Middleware IBM num evento da SUCESU

Vou ministrar um workshop acompanhado por café da manhã sobre middleware IBM para Linux, na SUCESU-SP dia 27/06, a das 8:30 às 11:00, na rua Tabapuã 627.

O público alvo são desenvolvedores e administradores de sistemas, e vamos abordar ferramentas Rational, Data Management, WebSphere e Open Desktop.

Gratuito para sócios SUCESU, e R$40 para quem não é associado.

Mais informações e inscrição no site da SUCESU-SP.

A Little Bit of Jazz

Capa do CD VoodoobopQuando vou aos EUA faço questão de ouvir rádio.

Já não ouço muito Rock e Pop, e a Cultura FM de São Paulo é dez vezes melhor que qualquer rádio de música classica de qualquer cidade que já visitei ali. Já até ouvi maestros internacionais dizerem que em matéria de erudito, a Cultura FM é a melhor rádio do mundo. E pelas minhas andanças eu preciso concordar.

Então, ao contrário do Brasil que mal se encontra rádios de Jazz nas maiores cosmópoles, ali, qualquer cidade de interior tem ótimas radios que tocam do Bebop ao Jazz contemporâneo. E é nelas que sintonizo nessas viagens.

Já algumas vezes mudei minha rota imediatamente para uma loja de CDs após ter ouvido lindos temas de Jazz no rádio.

Foi o que aconteceu quando ouvi VooDooBop do Astral Project, que soa como um Bebop mas tem uma pegada surpreendentemente funky, groovy. Nunca ouvi coisa do gênero. Depois fiquei sabendo que eles são um dos melhores grupos de Jazz da atualidade, lá de New Orleans. Do mesmo album Voodoobop, The Queen Is Slave To No Man tem alucinações típicas das últimas canções de um album, mas é um tema dos mais belos.

E numa outra viagem aconteceu de novo com a Mother Nature’s Son de Lennon e McCartney (editado pela primeira vez no White Album dos Beatles), numa versão suave, instrumental e linda, no sopro e piano de Joel Frahm e Brad Mehldau respectivamente.

Para baixar os MP3 em alta qualidade, clique com o botão direito do mouse sobre o nome das músicas e selecione a opção correta.

O Meme dos Comandos Mais Usados

Resolvi aderir ao meme (alguém sabe onde começou?).

floripa:~$ history|awk '{print $2}'|awk 'BEGIN {FS="|"} {print $1}'|sort|uniq -c|sort -rn|head -20
    222 ls
    140 cd
    136 ls
     52 rsync
     43 dmesg
     35 mv
     35 gmplayer
     24 sudo
     23 ps
     23 df
     19 mkvinfo
     18 rpm
     15 mkdir
     14 cat
     11 mkvextract
     11 less
     11 ffmpeg
     10 mmg
      9 ping
      9 kill

Resolvi dobrar o tamanho da lista para dar a chance das pessoas conhecerem novos comandos, menos populares, como mkvextract, mmg, mkvinfo, ffmpeg.

Queria lembrar que essa lista é uma fotografia do meu uso atual, e tenho manipulado muito vídeo últimamente. Em outros carnavais, iriam aparecer coisas como java, ssh, etc.

Inauguração da Sessão Índice Linux Journal

A revista Linux Journal sempre teve uma pequena sessão que passa quase despercebida pela maioria das pessoas, mas que é a primeira que devoro quando um exemplar cai em minhas mãos: a LJ Index.

Preparada por ninguém menos que Doc Searls — autor de Mundo de Pontas (World of Ends), The Clue Train Manifesto, e outros textos monumentais sobre a cybercultura, cybereconomia e Open Source — traz uma numerologia rápida, geral e deliciosa sobre coisas como Linux e cybercultura.

Comecei a traduzi-lo desde março de 2007, e vai aparecer na sessão Índice Linux Journal do meu blog. Quem assina meu feed geral já está recebendo. Quem só quiser assinar esta sessão, fique a vontade também.

Divirtam-se.

Índice Linux Journal, Abril de 2007

  1. Milhões de residentes no Second Life em 1 de janeiro de 2007: 2,287
  2. Milhares de dólares gastos por dia no Second Life, em 1 de janeiro de 2007: 803,79
  3. Dias em 2007 quando Linden Labs abriu o código fonte do cliente do Second Life: 8
  4. Bilhões de dólares em vendas de eletrônicos em 2006: 145,7
  5. Porcentagem de lares pesquisados na Alemanha que leem blogs: 15
  6. Porcentagem de “influenciadores” pesquisados na Alemanha que leem blogs: 27
  7. Porcentagem de lares pesquisados nos EUA que leem blogs: 27
  8. Porcentagem de “influenciadores” pesquisados nos EUA que leem blogs: 34
  9. Porcentagem de lares pesquisados no Japão que leem blogs: 74
  10. Porcentagem de “influenciadores” pesquisados no Japão que leem blogs: 91
  11. Porcentagem de todos os blogs que são escritos em inglês: 39
  12. Porcentagem de todos os blogs que são escritos em japonês: 33
  13. Porcentagem de mulheres americanas vivendo sem um marido em 1950: 35
  14. Porcentagem de mulheres americanas vivendo sem um marido em 2000: 49
  15. Porcentagem de mulheres americanas vivendo sem um marido em 2005: 51
  16. Anos desde que o código fonte do Jabber foi lançado: 8
  17. Faixa em milhões de usuários das tecnologias de código fonte XMPP (Jabber): 40-50
  18. Número de PCs biprocessados rodando Linux em Tradebit AG: 10
  19. Terabytes de dados servidos por Tradebit AG: 20
  20. Milhões de números de downloads por dia de Tradebit: 1

Fontes

  • 1, 2: Tristan Louis
  • 3: Linden Lab
  • 4-10: Edelman
  • 11, 12: Technorati
  • 13-15: New York Times
  • 16, 17: XMPP.org
  • 18-20: Tradebit AG

Por Doc Searls. Original: http://www.linuxjournal.com/article/9594#mpart5

Índice Linux Journal, Março de 2007

  1. Número de jornalistas na prisão, no mundo todo, em 7 de dezembro de 2006: 134
  2. Aumento anual de jornalistas presos, no ano passado: 9
  3. Número de nações com jornalistas presos: 24
  4. Número de jornalistas presos, relacionados a Internet: 67
  5. Posição da China na lista de campeões em prisão de jornalistas: 1
  6. Número de jornalistas presos na China: 31
  7. Porcentagem do market share do Firefox na Slovênia: 39
  8. Porcentagem do market share do Firefox na Finlândia: 35.4
  9. Porcentagem do market share do Firefox na Eslovákia: 34.3
  10. Porcentagem do market share do Firefox na Polônia: 32.3
  11. Porcentagem do market share do Firefox na República Checa: 31.3
  12. Taxa de crescimento do market share do Firefox na França: 19.5
  13. Porcentagem do market share do Firefox na América do Norte: 13.5
  14. Porcentagem do market share do Firefox na Oceania: 21.4
  15. Tempo médio em minutos e segundos gastos num site, com telefones móveis: 2:53
  16. Tempo médio em minutos e segundos gastos num site, com outras conexões, incluindo PCs: 5:03
  17. Renda de servidores Linux em bilhões de dólares no último trimestre medido: 1.5
  18. Porcentagem de crescimento de renda de Linux, ano a ano: 5.4
  19. Porcentagem do share de Linux entre todas as rendas de servidores: 11.8
  20. Ranking de confiabilidade de Tiscali, rodando em Linux: 1

Fontes

  • 1-6: Comtê de Proteção a Jornalistas
  • 7-16: XiTi Monitor
  • 17-19: IDC
  • 20: Netcraft.com

Por Doc Searls. Original: http://www.linuxjournal.com/article/9474#mpart4

Simples de Implementar

Especificação do Microsoft Office Open XML, impressaEstas são as 6000 páginas impressas da especificação do Microsoft Office “Open” XML.

A que tem “aberto” no nome, mas ninguém pode participar de seu desenvolvimento. Aquela que não tem nenhuma outra implementação além da do Microsoft Office.

Aquela que foi objeto da assertiva da Microsoft ao dizer que ter vários padrões é bom.

É o “padrão” que concorre com o ODF, que por sua vez é bem mais simples e tem dezenas de implementações em softwares como o OpenOffice.org, BROffice.org, KOffice, Gnumeric, IBM Open Desktop, etc.

Conta a lenda que a Microsoft não tinha a menor intenção de abrir a especificação do OOX, mas como o ODF virou um padrão ISO, a Microsoft documentou a toque de caixa a sua proposta de formato para documentos de escritório, para enviar para pré-padronização pelo ECMA.

Pelo jeito foi um longo trabalho. Em todos os sentidos.

Cinema Europeu

Cinema europeu, ou não-só-americano, é legal. Os melhores filmes que já vi não são americanos: Excêntrica Família de Antônia, Gato Preto, Gata Branca, O Abraço Partido, Felicidade (que é americano, mas de uma facção alternativa) e outros.

Mas quando vem coisa ruim, é de lascar. É quase arriscado assistir um filme europeu, porque é altíssima a chance de não prestar. Por isso cinema americano-popular dá certo: você vai com certeza pelo menos se divertir, mesmo que o filme não toque o âmago do seu ser.

Outro dia a Tati me levou para assistir A Leste de Bucareste.

  • — Tati, tem certeza que quer assistir esse filme romeno ?
  • — Sim. Você tem que largar mão de só assistir filmes blockbuster.
  • — Bom, é só “para não dizer que não falei das flores”.

Filme ruim de doer, mas o veredito dela foi “ah, bonitinho vai”.

Sabe quando sua sobrinha de 3 anos te dá um rabisco feito com lápis-de-cor? Você pendura na geladeira, mostra pros amigos e tal. É bonitinho porque foi ela quem deu. Mas aquilo não é arte nem nada, afinal ela só tem 3 anos e está aprendendo a manusear lápis.

É a mesma coisa com esses filmes alternativos ruins. Na maioria dos casos, poupe-me, por favor.

SOA, Web Services, Virtualização, Grid, Web 2.0: Mashup gigante

SOA é um estilo de arquitetura que tenta alinhar melhor processos de negócio com a TI.

Apesar de os frabricantes de TI — como a IBM — serem os que mais falam sobre isso, ingressar em SOA significa primeiro modularizar seus processos de negócio para depois mapear isso aos módulos de aplicações e infra-estrutura.

Grid é um conceito meio obsoleto. Como conceito, mas não como tecnologia. O conceito é obsoleto porque sua atuação é extremamente estrutural e muito complexa. Toda a terminologia relacionada a Grid tem caráter técnico, difícil de explicar e de nada adianta uma empresa pensar em Grid se seus processos de negócio e aplicações que os implementam não estiverem modularizados.

Por isso inventaram SOA. Para que provedores de TI pudessem ter um discurso mais ameno e acessível ao vender a idéia para gestores em seus clientes. E também para atacar o problema do excesso de complexidade da TI do cliente em sua raiz: na modelagem de seus processos de negócio.

E Web Services, onde entra? Dividindo em camadas, o conceito de SOA mora na fronteira entre negócios e TI. Na hora em que os processos vão se materializar em software e aplicações, a boa prática sugere usarmos certos padrões de desenvolvimento, de integração entre módulos. Esses padrões foram agrupados juntos nas especificações de Web Services, e se preocupam em definir como se faz chamadas a serviços (métodos) remotos, como um serviço encontra outro, etc. Então, nessas camadas conceituais, Web Services encontra-se logo abaixo de SOA.

E Grid está logo abaixo de Web Services. Ocupa-se dos mesmos problemas e soluções, mas com abordagens mais operacionais. Grid nasceu em um ambiente científico e WS em um ambiente de aplicações de negócios. Reinventaram a roda um do outro diversas vezes. Mas nos últimos anos têm juntado esforços para limpar os overlaps a fim de produzir um único conjunto de métodos e boas práticas.

Tudo isso é Virtualização

Se a virtualização de hardware (Xen, VMWare, z/VM) divide um equipamento em vários pedacinhos, SOA, WS e Grid dividem a aplicação em vários pedacinhos funcionais.

A virtualização de software (SOA, etc.) é mais difícil de fazer. Mas é também muito mais poderosa que a de hardware. Traz benefícios mais consistentes, mais abrangentes (porque tiveram que arrumar a casa dos negócios antes) e de mais longo prazo.

Tudo isso tem a ver com a Web 2.0

Explicar Web 2.0 está fora do escopo agora, mas sua arquitetura tem muito a ver com SOA.

Ao invés de feeds, podcasts e APIs JavaScript da Web 2.0, SOA tem serviços, provedores de dados e de funcionalidades. Equivalente ao HTML, capaz de juntar funcionalidades e dados de diversos sites, SOA tem a Linguagem de Execução de Processo de Negócio (BPEL, que é XML) que define a ordem e dependências ao juntar Web Services para formar uma aplicação maior. O papel das tags e folksonomy da Web 2.0, é exercido pelo UDDI no contexto de Web Services.

Mashups da Web 2.0 (experimente o iGoogle) são as Aplicações Compostas do SOA (veja também na Wikipedia).

E o Enterprise Service Bus do SOA (também na Wikipedia) tem o Browser como seu equivalente na Web 2.0. Sim, porque ambos tem a missão de materializar as conexões lógicas definidas pelo DHTML ou BPEL.

Web 2.0 é a Arquitetura Orientada a Serviços global.

Indústria do Medo

Estão instalando aqueles portões duplos no meu prédio, também conhecidos por eclusas ou “jaulinha”, para aumentar a segurança.

Gostaria que alguém me explicasse como uma grade extra evitaria que um ladrão convicto apontasse uma arma, do lado de fora, ameaçando o zelador que está do lado de dentro.

Que me explicasse como evitaria que esse mesmo ladrão entrasse na cola de algum morador, ou pela garagem na cola de um carro do prédio.

E quando vem uma visita num dia de chuva, ao invés do zelador abrir o primeiro portão para que ela espere ser autorizada sob um teto seco, e só aí passar pelo segundo, não, ela tem que esperar do lado de fora, tomando chuva, graças a uma regra sem pé nem cabeça do condomínio.

O mesmo para o entregador do restaurante, que o porteiro já conhece de todos os domingos, mas não deixa subir, obrigando a gente a descer de pijama e pantufas para pegar a pizza que já esfriou com todo esse protocolo.

Na verdade não houve nenhum caso de roubo na minha rua. Parece que tem uns banqueiros ricaços morando aqui perto, e os edifícios são cheios dos seguranças. Além dos da escola que fica no mesmo quarteirão, e os do shopping, um quarteirão prá lá, e os da academia, e os da boutique de sapatos, e os das sinagogas. Isso sem contar que o shopping faz a rua ser supermovimentada por pedestres que vêm e vão a caminho do Metrô Marechal Deodoro.

Instalam essas jaulas feias por uma vontade incontrolável de gastar o dinheiro do condomínio, ou por ignorância, ou por terem comprado a idéia do medo generalizado. Ou porque acreditaram nos argumentos vagos e inexplicados de algum VP do sindicato da habitação que ainda hei de provar que é sócio de uma dessas firmas de segurança.

A maioria dos perigos da cidade estão só na cabeça das pessoas. E quem não tem essas caraminholas vive seguro.

Estúpido meme do medo.

A “Outra” Comunidade Open Source

O Tux corporativoEu acho vibrante ser membro da comunidade Open Source, contribuir com código, evangelizar e encontrar geeks em eventos para escovar bits verbais sobre módulos do kernel a ideais futuristas.

Mas tem uma outra Comunidade Open Source que estou me tocando que existe e que faço parte: a corporativa.

Sim, existe uma seita de engravatados que tem o Tux como mascote, carregam-no como broches em seus ternos, e conversam sobre um monte de assuntos interessantes, inclusive Linux e Open Source.

Ontem fui a um jantar que a Linux Magazine promoveu em São Paulo para os patrocinadores de seus eventos Linux Park. Estavam presentes todos os representantes da seita: Gouveia pela LPI, Annunciação, Tamaris, Carol pela Novell, David Barzilay pela Red Hat, Meyer, Edmundo e Batista pela Itautec, Sulamita a Linux Chix de cabelo vermelho da Intel, Edson pela Fujitsu, Rafael pela revista, e eu pela IBM. Faltaram (de fazer falta mesmo) Oracle, HP, e outros.

Enquanto os geeks trocam pessoalmente chaves GPG de criptografia (juro que vi esse ritual num evento do KDE, na Alemanha), nós, os engravatados, vibramos com o ritual do trading de cartões de visita. Brincos, piercing, cabelão são trocados por gel e bons perfumes. Um tom de voz idealista e revolucionário é substituido por um tratamento formal, moldado por anos de prática em atendimento a clientes. Num evento geek como o FISL é comum ver muitos, em público, focados em seus laptops, construindo código, enquanto nessa nova seita os coffee-breaks são importantes para construir relacionamentos. Network de dados versus o networking corporativo.

As duas facções dessa comunidade — a geek e a corporativa — são importantes e se completam. Uma gera tecnologia, a outra trata de dar um sentido prático e de valor comercial. Uma idealiza e pensa no amanhã, e a outra comunica e prepara o terreno hoje. Os geeks vão ao fundo da tecnologia, e a corporação trata de moldá-la para ser user friendly e de fácil compreensão. E da mesma forma que Fedoras e Slackwares esquecem suas diferenças a fim de trabalhar por um ideal comum, Red Hats e Novells, IBMs e Itautecs e HPs, etcs e etcs comungam juntos para o bem de um mercado livre e grande o suficiente para todos. As comunidades engravatada e a geek não podem existir uma sem a outra e vice-versa. E fico feliz em navegar bem entre as duas.

O jantar estava ótimo e se estendeu até tarde. Tive que sair umas 11 por completa exaustão física e mental, depois de um dia cheio, com muita evangelização num evento para parceiros, sobre Linux em System z (o famoso mainframe).

Suas Multas e Linux

Sabe aquela multa de radar que você recebeu? Foi enviada pelo Tux.

Mas não o culpe por isso. Linux só foi a base tecnológica para todo o sistema.
Ontem conversei bastante com o pessoal da Engebras, empresa que cria e administra a maioria dos radares de São Paulo e outros estados. Já tinha ouvido falar que todos os sistemas para suportar essa monitoração era baseada em Linux, e eles contaram mais detalhes. Continue lendo…


Os radares são na verdade câmeras analógicas com sensibilidade melhorada conectadas a computadores próximos que rodam Linux que por sua vez digitalizam a imagem instantaneamente com a ajuda de placas de captura de vídeo. As placas dos carros são imediatamente reconhecidas por OCR por uma biblioteca de uma empresa israelense, a multa é impressa, enviada pelo correio, recolhida no banco e repassada para o governo estadual, federal ou município, dependendo da jurisdição.

Todos os carros que passam por um radar — infrator ou não — são filmados. Não é uma câmera fotográfica, e sim uma filmadora.

Tazo (gerente de informática da Engebras) e seu pessoal afirmaram que todos os sevidores da empresa rodam Linux. Coisa de 50 a 60 servidores. Mas são servidores paravirtuais. Porque servidores físicos mesmo a empresa tem menos de 10.

Fiquei feliz em ver um exemplo vivo de um datacenter inteiramente virtual, e imaginei a flexibilidade operacional que eles tem em fazer movimentações de serviços sem indisponibilidades.

Mostraram sua extranet onde pode-se ver as fotos de infrações do momento, mais estatísticas de variação de velocidade média por hora, número de veículos, e até seu tamanho. Mostraram também como motoqueiros cometem infrações, mas escondem sua placa com a mão.


Além disso, imediatamente consultam uma base de dados de veículos não licenciados (em MySQL), mas aqui não se pode multar por radar. Por outro lado uma aviso é enviado para a polícia da região, avisando a placa e o ponto onde o veículo foi detectado.

40% da frota nacional não é licenciada, inclusive viaturas da polícia.

Há também os radares de farol, onde não basta uma imagem estática. É necessário registrar o movimento do veículo ultrapassando o sinal vermelho como evidência. Neste caso são usados softwares livres como ffmpeg para gerar este clip em MPEG.

A comunicação entre os radares e o datacenter central é geralmente provida por GPRS, pelas operadoras de celular da localidade.

Se tiver sorte, o pessoal da Engebras vai passar no meu blog para dar mais detalhes de sua operação.

Supra-sumo em Compressão de Video

Andei estudando tecnologias de compressão de vídeo e é um mundo fascinante. Tudo sobre Linux.

DivX e Xvid são compressores ainda bons mas de gerações anteriores. O mais moderno e avançado é o H.264 também conhecido por MPEG-4 AVC, padrão ISO. Uma das melhores implementações desse compressor é livre: o projeto x264.

E sobre containers, um dos mais completos hoje em dia é o MP4. Um mesmo arquivo MP4 pode conter uma trilha de vídeo, outra de vídeo em outros ângulos, outra de audio em inglês, outra de audio em português, e outras de legendas em várias linguas, em Unicode, menu como o de um DVD, informação sobre capítulos etc. Isso é um significativo avanço em relação ao container AVI da Microsoft que não suportava nada disso. Pode-se fazer um backup de um DVD para um arquivo MP4, incluindo toda a sua interatividade, menus e capítulos.

Apesar do nome sugestivo, MP4 não é a evolução do MP3. Afirmar isso é como dizer que .gif evoluiu para .tar, coisa que não faz sentido. A evolução do MP3 é AAC e HE-AAC. MP4 (um formato de container) pode conter streams MP3 (um formato de audio), como fiz abaixo, mas o mais natural e moderno é um MP4 conter streams AAC.

Converti um vídeo de 53 segundos que fiz com minha câmera. Veja a comparação:

  Original.avi Comprimido.mp4
Geral 53s, 15.077 kb/s, 640×480, 30 quadros por segundo 53s, 2.495 kb/s, 640×480, 30 quadros por segundo
Tamanho 100.326.316 Bytes 16.639.145 Bytes
Trilha de vídeo 99.697.780 Bytes, compressão Motion JPEG 15.952.188 Bytes, compressão H.264
Trilha de audio 586.888 Bytes, formato PCM mono 11,024 Hz 657.699 Bytes, compressão MP3 mono 22,05 Hz 64kbps
Overhead do container 41.648 Bytes ou 0.04% do tamanho do arquivo 29.258 Bytes ou 0.18% do tamanho do arquivo

Há duas discrepâncias aqui:

  1. O tamanho relativo do container deveria ter diminuido.
    O overhead do container MP4 é bem menor que AVI, mas como o tamanho do vídeo diminuiu muitíssimo, isso distorceu a relação do tamanho do container com o do arquivo. Se transferíssemos sem recomprimir os streams de audio e vídeo do AVI p/ MP4, veríamos uma significativa queda de overhead do container.
  2. O tamanho da trilha de audio aumentou.
    O fato é que tive sérios problemas para compactar o audio. Minha câmera grava som em formatos tão baixos que tive que aumentar a freqüência do sinal para o arquivo ser aceito pelo LAME. E ai usei bitrates talvez altos de mais para a compressão. Mas ganhei tanto com o H.264 que nem vou esquentar a cabeça.

O vídeo final é de alta qualidade (comparado com o original), e não consegui perceber diferença entre eles. Olhei várias vezes, com muita atenção.

Eu ainda fiz questão de alta qualidade, e mantive o bitrate em 2495 kbps. Poderia ter diminuido mais ainda o tamanho se fizesse compressão em 2 passos. Filmes em formato Xvid (MPEG-4 ASP) que se baixa da Internet, em boa qualidade, tem aproximadamente 850 kbps. É esperado que se dermos só 850 kbits para o H.264 trabalhar 1 segundo de vídeo, obteremos resultados melhores comparados ao Xvid.

The Blog Icons

This is a collection of high quality vectorial icons to represent common ideas and actions of the blogosphere.

They were based on the SVG work from FeedIcons.com. The base button is the same, but mathematically simplified on the XML level. New buttons were added based on other popular icons found on the web or created by myself. Also some redesign was made for new shapes to make the icons look better when exported to smaller image sizes.

By the way, I am not a designer nor an artist. I just know how to use SVG-creation tools as Inkscape or make good XML. Or I just have a blog demanding for these icons. So I’m sure people can contribute better color mixings an outlines. Let me know and lets integrate your ideas into this project in the right way.

Please share alike this icons. They have a Creative Commons license. I appreciate if you can link to my blog when using them.

Icons for Feed and OPML

Feed IconThese icons where the base for this work, specially the feed icon as found in its website. They were probably created with proprietary tools such as Adobe Illustrator and then exported to open formats such as SVG or PNG. The original OPML icon can be found at opmlicons.com

OPML IconThe versions here are visually identical to the original ones, but mathematically simplified. They are now being maintained in an open format — SVG — here, and are a better option because of its open source code and formats, and distribution.

Icons for Trackback and Share

Trackback and Pingback IconThese icons can be found sometimes in the blogosphere. I don’t know who designed them but they are a good representation of the Trackback and Pingback ideas.

The Share icon is not my preferred but for now it is just a copy of what can be found around.

Share IconColors and shapes are identical and based on the feed icon button. I never saw these icons in a size bigger than 16×16 pixels. Now, in a scalable format, they can be rendered at any size you want.

Permalink IconThese are original creations and come in several options. I am still not sure which one is the best. You can also suggest other shapes.

As you can see, I am using this icon to identify that each section on this post has a permalink.

Other Icons

Comment Icon Edit Icon Cancel Icon Tag Icon Download Icon Clock Icon

Other original icons: Comments, Edit, Cancel, Tag, Download, Upload and Clock (to represent date and time). I’m open to suggestions for better shapes.

Challenges for Icon Sizes

The original design of these icons (from feedicons.com) looks wonderful on sizes bigger than 22 pixels, but most people will use them on small sizes as 16×16. So this package delivers also shape design that look better on small sizes as 22×22, 16×16, etc. I am using these sizes all around my blog as you can see.

Converting the SVG Files into Images

In the Blog Icons ZIP file you will find the XML:SVG source code for all icons. Additionally you will get all icons in PNG (preferred), GIF and JPG formats, in common sizes from 10×10 to 128×128 pixels. If you want a specific size, you can import the source SVG file in some graphical tool as Inkscape (on Linux), or CorelDraw, Adobe Illustrator, etc and export them into any format and size you want.

Or use the Makefile like this (on Linux you will need Inkscape and ImageMagick installed):

Make all default sizes of all icons, in PNG, GIF and JPG:

bash$ make all

Make Feed icon in GIF format, at 40×40 pixel size:

bash$ make SIZE=40 feed.gif

Make all icons, all formats at 40×40 pixel sizes:

bash$ make SIZE=40

Evento sobre Soluções Práticas para Linux

Vamos realizar aqui na IBM um evento gratuito para empresas e profissionais que prestam serviços de TI. O objetivo é mostrar possibilidades de arquiteturas que poucos conhecem mas que trazem enormes benefícios operacionais e financeiros, pois usa computação de forma ecônomica.
Abordarei os seguintes assuntos:

  • Posicionando Open Source e Linux no TI das empresas
  • Clusters de Alta Disponibilidade e Replicação
  • Paravirtualização: a última tendência em virtualização de Hardware
  • Esquemas especiais de segurança com SELinux e AppArmor
  • Grid e SOA com Linux
  • Possibilidades de Linux no desktop
  • PC Multiusuário
  • Formato OpenDocument
  • Outros

Será dia 8 de maio, próxima terça, das 14:00 às 17:30 na IBM São Paulo (rua Tutóia 1157). Sala TU02-226.

Confirme presença com a Fernanda Moraes <femoraes@br.ibm.com> por e-mail ou no telefone 11-2132-5691.

Adicione:

Venha conhecer mais profissionais de sua área, trocar idéias e tomar um café.

O Efeito Online

Estou usando barba a uns 2 anos.

Mas nesse tempo todo não troquei minhas fotos online, tipo a do MSN Messenger, Orkut, etc. No cyberespaço estou sem barba.

Ai, reencontro pessoas que não me vêem a uns 6 meses (as últimas vezes que me viram ao vivo já estava com barba), mas me dizem que estou diferente, que deixei a barba crescer !!

Isso tem acontecido com muita freqüência.

Conclusão: inconscientemente, as pessoas esperam me enxergar ao vivo com a mesma fisionomia que me vêem online.