Viagem de Nerd

Não é de hoje que vos digo que o Google Maps é o melhor site da Internet (depois de um blog ou outro).

Pois bem, vou fazer uma longa viagem a trabalho para os EUA, com muitas cidades, muitos lugares para ir, vários hoteis, muitos aeroportos. E como todo bom nerd, estou posicionando todos esses pontos em um mapa pessoal.

meu mapa pessoal

Ainda mais nos EUA, que está inteiro semanticamente mapeado (na linguagem nerd: the country is entirelly geocoded). Assim posso traçar rotas e imprimir mapas personalizados e não mais quebrar a cabeça procurando os meus lugares em mapas genéricos.

Não vivo mais sem o Google Maps.

Nos Domínios da Paravirtualização

A virtualização é um recurso usado para simplificar, esconder ou mascarar detalhes de funcionamento infra-estruturais de um hardware ou de um software. Sua função é fazer um componente simular ou se comportar como outro tipo de equipamento. Desta forma, o que é executado sobre a plataforma virtualizada passa a dar mais foco à sua super-estrutura, ou seja, à lógica de negócio.

Fica mais fácil entender quando classificamos alguns tipos interessantes de virtualização:

  • Driver de dispositivo: esconde detalhes de um dispositivo específico criando uma representação virtual de um dispositivo genérico. É uma das formas mais populares de virtualização.
  • Virtualização de hardware: trata-se de um software que simula todos os aspectos de um computador, incluindo firmware e dispositivos.
  • Virtualização de sistema operacional: provê interfaces genéricas que podem ser usadas por uma ou várias aplicações simultânea-mente. É uma das virtualizações mais completas, mais usadas e a que é menos associada à idéia de virtualização.
  • Virtualização de Servidor de Aplicações: idêntica em todos os aspectos a de SO, mas provê APIs e serviços de ordem mais abstrata. SOs modernos como Linux e Windows já incluem esta camada como parte das funcionalidades que provêem. Como exemplo, temos J2EE e várias outras APIs no universo Linux e .NET no mundo Windows.
  • Grid: pode ser visto como um novo sistema operacional cujas interfaces simplificam, escondem e automaticamente gerenciam uma malha de recursos computacionais heterogêneos e distribuídos.

Poderíamos citar outros tipos, mas o importante agora é entender que o objetivo maior do uso de virtualização é a independência e separação lógica entre camadas de funcionalidades diferentes, melhor gestão de políticas de segurança e melhor aproveitamento de recursos computacionais.

A virtualização de hardware é especialmente prática porque permite manipular o que antes era metal e silício físicos, como informação que pode ser gravada numa mídia e até mesmo transportada via rede. Mas a separação lógica entre a máquina virtual hóspede e o sistema operacional hospedeiro não lhes permite cooperar de forma mais eficiente. Por exemplo, o hospedeiro não sabe como o seu hóspede está usando a memória física. Assim, pode haver um retrabalho em tarefas comuns como gerência de memória virtual.

A paravirtualização, a princípio, parece uma virtualização de hardware, mas propõe que o sistema operacional hóspede saiba que ele está sendo executado na camada virtual e possa interagir com ela. Isso implica em alterações no sistema operacional hóspede, mas garante uma cooperação sem precedentes entre as duas camadas. O ganho imediato desta cooperação é a maior performance do conjunto.

O datacenter do futuro, vislumbrado com tecnologias de paravirtualização do presente, será todo virtual. Muitos dos produtos que hoje são executados em servidores físicos dedicados, sem virtualização, passarão para servidores paravirtuais. Isso acontecerá pois a perda de performance da paravirtualização tende a zero, e ao mesmo tempo ganha-se muita flexibilidade de operação, benefício típico da virtualização em geral.

A máquina paravirtual passa a ser como um líquido que se adapta a qualquer recipiente, podendo ser migrada a quente para outro equipamento com apenas milissegundos de indisponibilidade real, armazenada em backup ou fazer parte de uma infra-estrutura de alta-disponibilidade de máquinas virtuais.

O primeiro sistema operacional moderno que implementou essas modificações para paravirtualização foi o Linux, com o projeto Xen. A idéia se popularizou e aderiram a ela vários fabricantes. Hoje há um diálogo bem sucedido na indústria sobre padronização das interfaces hóspede-hospedeiro.

Com essa padronização se concretizando e com os benefícios que a paravirtualização oferece, podemos dizer que nos próximos anos ela substituirá por completo a tradicional virtualização de hardware.

Lançado Site da ODF Alliance Brasil

Em primeira mão:

BR.ODFAlliance.org

ODF é o formado de documentos de padrão aberto usado por uma série de softwares e suites de escritório como o OpenOffice.org, BROffice.org, IBM Lotus Notes 8, GNUmeric, Abi Word, KOffice e outros.

Desde que se estabeleceu no Brasil, membros da ODF Alliance vem trabalhando na divulgação do formato OpenDocument [definição da IBM], e nos grupos de trabalho de padronização de documentos de escritório da ABNT.

Não deixe de demonstrar seu suporte ao ODF no livro de visitas.

Pedágios Sem Fim

Numa viagem de carro ida-e-volta São Paulo-São Carlos talvez gasta-se mais em pedágio do que em gasolina.

São 2 x 230km = 560km. E de pedágios R$23.8 na ida e R$27.6 na volta.

Ou seja, o usuário paga R$1 para cada 10.89 kilometros rodados nessas ótimas (porém caras) rodovias.

Tentei descobrir a média de carros na Bandeirantes e Washington Luiz e assim calcular mais ou menos a renda da AutoBAn e Centrovias (respectivas concecionárias dessas estradas), mas isso parece ser uma informação confidencial, pois nem o Google acha nada. Nem no site da ARTESP — agência que regula transortes em São Paulo.

A AutoBAn colocou no ar uma página de números das estradas, mas esqueceu o número mais importante: o de usuários que passam (e pagam) por ela.

km 70 da Rod. Bandeirantes, agoraEu calculo que mais ou menos 10 mil carros passam por dia em qualquer trecho de 11 kilometros. Isso dá uma renda de R$10 mil por dia, ou R$300 mil por mês, para fazer a manutenção desses 11 kilometros. Isso me parece muito dinheiro para um trecho tão pequeno.

Quando você pegar a bela Rodovia dos Bandeirantes entre São Paulo e Campinas, repare no enorme canteiro central entre as duas pistas. Nunca se perguntou o porquê de todo aquele gramado? Segundo um amigo, o jornal da época dizia que já que estavam abrindo terreno para a estrada, iriam também deixar espaço para um monotrilho de alta velocidade ligando as cidades. Assim, poderia-se morar numa cidade e ir rapidamente ao trabalho na outra.

Mas pelo jeito o Poder Executivo falhou na execução desse projeto.

Tanto que no recente pronlongamento da Bandeirantes, de Campinas a Corumbataí, já projetaram e construiram sem esse canteiro.

Se esse monotrilho existisse, cidadãos como eu talvez tivessem a opção de morar no interior e trabalhar em São Paulo, deixando o carro em casa, diminuindo tráfego e poluição na capital.

Mas o Poder Executivo não nos ajuda aqui.

Blue Man Group

Blue Man Group TubeAcabamos de voltar do show do Blue Man Group.

É um show de rock instrumental percursivo, e algumas músicas famosas e energéticas cantadas por uma mulher.

Muito bem feito, totalmente tropicalizado, sincronizado, inteligente mas não cerebral, e também um pouco bobo.

De homens azuis mesmo são só 3. O resto é uma banda supimpa com uns percussionistas com fogo no rabo.

Blue Man GroupConforme o público vai se acomodando antes do show, vão mostrando umas frases provocantes e engraçadas.

A Tati viu eles em Nova York 10 anos atrás e achou muito mais legal porque o teatro era bem menor que o intimidante Credicard Hall do show de hoje.

Boa diversão, mas caro de mais.

McDonalds Vegetariano

Fazia anos que não colocava o pé no McDonalds, o templo da carne, a não ser para um sorvetinho. Mas com essa promoção do Shrek 3 que tem o tal do Veggie Crispy, fui arriscar.

O engraçado foi ouvir a moça do caixa dizer que apesar de a loja já estar quase fechando ela ainda tinha a “carne” desse sanduba. Hahaha. Quase virei e fui embora.

É lotado de maionese, no melhor estilo junk food, e o sabor é bem homogêneo e sem graça. Sem imaginação.

A opção vegetariana do Burger King (que só provei nos Estados Unidos) é mais bem temperada.

Ah, esses Agregadores

PlanetaEsses agregadores de feeds estão entre as coisas mais interessantes que aconteceram na blogosfera. Isso é a pura Web 2.0 em ação.

Coisa mais óbvia: juntar em um só lugar todo mundo que se interessa e escreve sobre mais ou menos o mesmo assunto.

O interessante começa no “mais ou menos”. Porque eu, fulano e sicrano não escrevemos só sobre tecnologia. Mas já que estamos aqui, por que não ler sobre outros assuntos que estão escrevendo pessoas com quem temos afinidades ?

Com a isca do “só vou ver o que mais vai ler quem for me ler” ou “só vou ver como meu post ficou no planeta” você foi fisgado pelo meme. E a informação flui, a consciência se amplia, e a qualidade dos leitores melhora.

Meu blog já está em 3 planetas técnicos. Mas quero mais, muito mais. Quero estar em agregadores não técnicos também. O resto do mundo precisa conhecer essa maravilha cybersociológica.

E tenho preparado os feeds do meu blog para isso: além das amadas tags/categorias por assunto, estou criando também tags operacionais, tipo lang:en para posts em inglês, geek:no para classificar coisas para mortais não técnicos, etc. E forneço o feed mais abrangente possível, de acordo com a audiência do planeta/agregador.

Matisse

Se você também está num desses agregadores, deve estar me lendo agora. Saiba que eu te leio também. E adoro. E comento no seu blog. Então comente no meu também. É legal. É giro (para os portugueses que me lêem).

Para os que que só lêem, tratem de criar um blog e entrar para a festa. É legal. É giro.

Microsoft Silverlight

When we think all standards, tools and frameworks for web on the client was already invented and now its time to spread its use, Microsoft comes with a “new” thing: Silverlight.

Silverlight logoSilverlight has same functionality of Adobe Flash. You install it on your desktop system and it works as a browser plugin. Silverlight leverages proprietary .NET, thus it is proprietary too.

When it says cross platform, read Windows and Mac only.

Development tools are Microsoft only.

My advise is to stay away from Microsoft Silverlight or any Mono reimplementation as Moonlight (as noted by Roberto Teixeira in comments). It will lock you in into proprietary technologies.

These are some alternatives (name in bold) for such an impressive interactive web functionality:

  • JavaFX [home] should be considered as a trully open standards alternative. Altough it is as new as Silverlight, JavaFX leverages all mature Java ecossystem.
  • SVG+JavaScript. A true and mature W3C standard for advanced 2D graphics presented as a XML dialect embedable in web pages. With the addition of DOM capabilities of well known JavaScript, SVG can have provide advanced animations. Drawbacks here are lack of user friendly graphical development and animation tools. SVG does not provide multimedia, but this type of content can be used leveraging the regular media player (and its browser plugins) the user has installed on its system.
  • Althought YouTube and other great online video services use Flash to deliver multimedia content, Flash is generally known as evil for web applications. But if you need such a fat client for web, Flash is more cross platform, cross browser and widely used than Silverlight.
  • Plain AJAX can also deliver high impact interactiveness. Its capabilities are similar to SVG above.

As happened with Real versus Microsoft media formats, and Java versus .NET, it is expected that when Silverlight gets more popular, the Flash plugin will be removed from default Windows installations (forcing users to explicitly install it), considered as non-strategic (or a competitor) for Microsoft.

Imigrante

O Brasil é um país de Imigrantes.

Gente que veio para cá cheio de esperanças em começar uma vida nova, de nações destruidas por preconceito, guerra, ou pela mão escravagista. Trouxeram sua cultura, sabores e música, muita música, para fazer do Brasil a colcha de retalhos colorida que é.

O Memorial do Imigrante em São Paulo revive tudo isso de forma muito emocionante. Na anual Festa do Imigrante, que acontece neste e no próximo final de semana, enche a casa conosco, seus descendentes.

Memorial ontem e hoje

Chorei emocionado, quando ví uma das fotos antigas que mostrava toda aquela população humilde esperando sua vez para oficialmente entrar num país “onde haja muito sol e que se possa correr livremente”, segundo o depoimento de uma romena.

Era como se toda a esperança daqueles imigrantes tivesse saltado da foto, atravessado os tempos e me invadido por inteiro. Foi incontrolável e tocante. Senti a mesma coisa na entrada do pavilhão do Brasil na Expo 98 de Lisboa, onde havia uma foto enorme de um capoeirista.

São Paulo de toda genteDepois desse pranto a exposição teve um tom especial. Eu já era todo emoção e outro momento forte foram os bonecos de pano de tamanho real, vestidos tipicamente e segurando suas bandeiras.

A quantidade enorme de gente que veio prestigiar a festa tratou de liqüidar com a comida da maioria das barracas de comidas típicas das nações. Menos da Itália, que tinha estoques sem fim de canelone, nhoque e pastiere. E a Tati observou que isso era a prova que os italianos sempre cozinham para um batalhão. Coisas de sabedoria irreverente dessa descendente de imigrantes italianos e poloneses.

Haviam também apresentações de danças típicas de diversos países. Tudo muito colorido, marcando cada retalho da colcha. Você descendente ou nativo, não deixe de visitar.

Eu sou brasileiro. Por ironia do destino não nasci no Brasil. Sou imigrante de corpo, porque minha alma sempre foi daqui.

500 Comentários !

Tinha previsto para o fim do ano chegar a 500 comentários no post de Aquecimento Global.

Essa marca foi alcançada hoje, 6 meses antes 😀 . A média é +/- 3.3 comentários por dia ou 22.8 por semana.

Pena que poucos realmente se salvam. Tinha apontado alguns engraçados, mas outros melhores ainda apareceram:

Pelo menos fico feliz em saber que estou contribuindo com vários trabalhos escolares.

Font Technologies on Windows and Mac

Since I started to write the Linux Font HOWTO I am interested in this subject. Personally I believe that good fonts and good renderer are the top contributors to an elegant and comfortable desktop.

Joel Spolsky wrote an insightful article comparing font rendering approaches of Microsoft and Apple.

And he refered another article by GRC explaining subpixel rendering.

By the way, GRC made history describing how Distributed Denial of Service works.

The Web and the Internet :: A Web e a Internet

  • The Internet is the collection of cables, routers, protocols, servers, IT services and data you can access with a browser or some other networked application.
  • While the Web is a mesh of human relations where knowledge and experiences are being trade.
  • Web 2.0 is the Web that uses the Internet in a more optimized way.

  • A Internet é o emaranhado de cabos, servidores, roteadores, protocolos, dados e serviços de TI que se pode acessar com um browser ou outro programa de rede.
  • Já a Web é a malha de relações humanas onde se troca conhecimento e experiências.
  • A Web 2.0 é a Web que usa a Internet de forma mais otimizada.

Platforms

In an internal account planning meeting:

  • “So what about to offer another architecture option for their SAP with Linux on Intel/AMD ?” — I said.
  • “No no. A customer of this size can’t have such a critical application in Intel/AMD platform. System P [with AIX] is more reliable.”

Then I had to explain that Intel/AMD is not a platform. Is an architecture.

Linux on Intel/AMD is a platform. Windows on Intel/AMD is another platform. And the last one is probably the one he doesn’t trust for such a critical application. You can trust on the first option, man !

Current Intel/AMD servers are very reliable. Have excellent chipsets, support advanced virtualization, are as fast as hell, and together with Linux are as reliable as any other UNIX server. By the way, Linux is UNIX, in case you didn’t notice.

SAP is trying to drive customers IT budget to their pockets, instead to the infrastructure guys pockets (as IBM). They are advising customers to switch to cheaper architectures (as Intel and AMD) so they have more money to spend with SAP. This is an opportunity for Linux.

If a company is making changes to their IT infrastructure, is hard to find a good reason to not switch UNIX servers to Linux on cheaper architectures. (By the way, total cost of ownership for Linux on System Z can be even cheaper for big datacenters.)

Main reasons for customers to insist on UNIX are legacy applications, culture, and a damn good UNIX sales force.

Sun uses ODF

Sun logoI spent the day in an Office Open XML conference in Brasília with many colleagues from companies in the industry, including Red Hat, Novell, 4Linux, ODF Alliance, IBM and Sun Microsystems.

For Sun, I was able to confirm they have ODF as their standard format for all documents, globally. OK, this was pretty much expected, but its exciting to hear it as an official statement from a Sun executive.

A TAM Não Gosta de Vegetarianos

A TAM é incorrigível, excludente e não se importa com diversidade.

logo TAMPor mais que eu me dê ao trabalho de escrever cartinhas para o presidente observando que eles nunca tem lanchinhos vegetarianos (ou lacto-vegetarianos) em seus vôos, eles continuam tendo só opções carnívoras.

As primeiras cartas eles se deram ao trabalho de responder, diplomaticamente, algo do tipo “estamos analisando”. Mas as últimas já desistiram de responder. E de tomar uma atitude pensando em seus clientes-passageiros-vegetarianos.

Uma vez fui tirar férias no Pará, voando de TAM. De São Paulo a Santarém tinhamos conexões em Brasília e Manaus. Foi uma viagem que durou quase o dia inteiro, e não havia tempo para comer algo nas paradas. As únicas opções eram os lanchinos carnívoros nos três trechos. Ou seja, um vegetariano chega em Santarém no fim da tarde sem ter almoçado e com fome de subir as paredes.

Vegetarianos não comem o que a maioria carnívora come, mas essa mesma maioria pode comer o que vegetarianos comem. Ajustar o cardápio (que hoje não tem nenhuma imaginação) só tende a agradar mais gente — os vegetarianos.

No começo dos vôos eles sempre declaram que sabem que é o passageiro quem escolhe a companhia. Talvez vegetarianos devam parar de escolher voar com a TAM.

Investing on Sun Microsystems

I met a friend that works on an investment bank and provides advisory to his customers about companies that are good to invest now.

He has Sun Microsystems on his short list.

He didn’t make any organic research about this company. He only analyzed the behavior of their graph.

Anyway, I told him Sun Microsystems is a company that I would not invest nowadays. They were very innovative in the past, but their future, in my opinion, is uncertain.

Novell uses ODF

Novell logoYesterday, in a meeting on the beutifull Novell office in São Paulo, I was able to confirm that ODF is their document standard. Globally, for all Linux and Windows users. If they need to exchange documents with customers, they send in PDF.

I supose Red Hat, a 100% Linux company, is also in this direction. I just didn’t have the chance to confirm this with the folks I know in Red Hat. But I’m pretty sure its the same. By the way, Red Hat, together with IBM and Sun, is member of our local ODF Alliance Chapter Brazil.

Quando Abrir o Código Fonte

Open Source LogoNum evento promovido na Universidade Federal de São Carlos eu fiz uma palestra longa sobre middleware IBM em Linux. No final os estudantes fizeram ótimas perguntas sobre carreira, trabalho, tecnologia e uma das mais interessantes foi essa do título.

A resposta rápida é: se um software fechado ainda traz lucro para seu dono não há porque abrir seu código fonte.

Mas na verdade essa é uma questão deveras delicada, e a decisão é muito difícil de se fazer.

Um software tem dois grandes valores:

  1. O valor de seu código, ou o quanto o mercado valoriza financeiramente a quantidade de trabalho empregada para desenvolver aquele software.
  2. Seu valor ecossistêmico, ou quantas pessoas conhecem bem esse software e estão prontas para trabalhar com (e para) ele, usando, desenvolvendo extensões, escrevendo livros, etc.


O segundo ponto é mais difícil de entender, então para explicar tomemos como exemplo o Adobe Photoshop versus o Gimp. O último tem a maioria das funcionalidades do primeiro e é de graça, mas o primeiro continua sendo muitíssimo mais popular, conhecido, usado, etc. O valor ecossistêmico do Photoshop é bem maior que o do Gimp e isso inclusive aumenta seu valor financeiro.

E para o primeiro ponto, lembrem-se do excelente webserver de código fechado da Netscape que perdeu a guerra ao se deparar com o Apache HTTP Server. O mercado não estava mais disposto a gastar dinheiro com algo tão simples e estrutural como o código fonte de um webserver.

Se você abrir o código cedo demais, vai perder lucro, mas se esperar muito pode perder ecossistema porque seus usuários irão migrar para opções abertas mais flexíveis e mais baratas. A qualidade geral da opção aberta talvez seja inferior num certo momento, mas conforme seu ecossistema cresce, a qualidade também cresce talvez ultrapassando as alternativas fechadas.

Community ROI

Há duas vantagens em abrir o código fonte:

  1. A primeira é tática e está relacionada a terceirizar o trabalho massante de manter um código que não tem mais valor comercial, mas que ainda é vital para outros produtos de maior valor.
  2. A segunda é de ordem estratégica e muito interessante. Consiste em usar o poder social do Open Source em agregar comunidades e assim estabelecer um padrão na área do código que foi aberto. Isso aniquila a concorrência, e se não há um padrão geral estabelecido, a abertura bem sucedida e amadurecida define um Padrão Aberto.

Abrir só com o primeiro ponto em mente, geralmente leva ao fracasso. Foi o caso do Darwin e o OpenSolaris, pois não conseguiram criar ao seu redor um ecossistema viável para sobreviverem sem seu criador. Seu código foi aberto muito tarde, tão tarde que Linux já dominava a cena de sistemas operacionais.


Quando há um equilíbrio entre as duas vantagens acima, abrir o código fonte pode mudar completamente o rumo do mercado naquele setor. Foi o que aconteceu com o Eclipse e o OpenOffice.org. No caso do Eclipse, era uma grossa camada de código muito bem feito mas que dava muito trabalho para manter. Além do fato de que o verdadeiro valor de produto estava no que ficava sobre o Eclipse, como o antigo WSAD da IBM. Quando foram abertos, não havia nem sombra de algo similar em código aberto e com aquela qualidade. O resultado hoje é uma comunidade dinâmica ao seu redor que está levando esses projetos onde nunca se imaginava poderem chegar.

O poder de uma abertura estrategicamente bem pensada pode abalar as bases de um produto bem estabelecido. É o caso do OpenOffice.org mais ODF versus o MS Office e todo o barulho que temos ouvido na mídia e nos governos.

Hoje, softwares que implementam conhecimento muito específico de áreas avançadas como engenharia, arquitetura, negócios, logística, etc estão longe de serem abertos, simplesmente porque o mercado ainda remunera bem seus fabricantes. Há opções abertas, mas é tão difícil criar e autosustentá-las de forma global e com qualidade, que as opções fechadas ainda são melhores.

E softwares que implementam funcionalidades de uso genérico como o de um sistema operacional, servidor de arquivos, webserver, etc, graças ao mundo pequeno que a Internet nos ofereceu já dominam seu escopo inclusive em termos de ecossistema, e ninguém mais se arriscará a criar um concorrente de código fechado. A excessão aqui é o Microsoft Windows, único sistema operacional proprietário e de código fechado, que ainda detém um ecossistema gigante.

Já estamos vivendo uma época em que a decisão de abrir o código fonte não está mais no âmbito da infraestrutura. Nos próximos anos provavelmente vamos ver middlewares populares terem seus códigos abertos. Open Source está avançando nesse setor, e a capacidade dos gestores dessas áreas em tomar decisões inovadoras será o que vai diferencia-los da concorrência.

Isso acontecerá num ritmo natural. Não se pode mudar os nove meses de uma gestação. São idéias que naturalmente estão amadurecendo no mercado.

Margaridas do Japi

Fomos novamente visitar as Borboletas do Japi. A mudança de clima não as mandou embora.

A Figueira TortaDias lindos de inverno conferiram uma visão mais límpida e nítida da paisagem. Não havia nenhuma nuvem no céu, nos 4 dias do feriado prolongado.

Somente Suzana estava no comando da fazenda desta vez e contou sobre seus projetos ambientais para a região. Despejou sua sabedoria, simpatia, alegria e experiência de vida por todos os hóspedes, e foi bom.

As perfumadas flores do lírio do brejo — de origem africana, via tábuas de dormir dos navios negreiros — não resistem ao inverno e deram lugar a enormes margaridas amarelas e brancas.

Fizemos desta vez um passeio mais curto com os cavalos, mas os belos animais nos agraciaram com uma corrida muito veloz no final.

Suzana nos levou para conhecer outras trilhas com bosques largos no meio da semi-mata e plantações de eucaliptos, e também a impressionante Figueira Torta.

A comida continuava abundante e boa. E agora preciso fazer um jejum radical de 20 dias.

O TucanuçuNo sábado, várias crianças e seus pais vieram passar o dia e encheram o lugar com risadas gostosas.

Um tucanuçu livre ficou se exibindo por horas a poucos centímetros de nós. Fiz longos filmes. Nunca vamos saber se nós estavamos a estudá-lo ou se era ele quem nos estudava.

A Casa Gênio no meio da mata continuou nos servido muito bem. E fiquei feliz em saber que elas gostaram do que escrevi sobre a outra visita, e mais ainda, em saber que aquele texto lhes trouxe novos clientes que estavam lá.

Adoramos novamente e não vemos a hora de voltar.

Install Java on Fedora, Red Hat, SUSE with RPM

Just to make more generic and to simplify Liquidat’s good howto about this topic, here is a better way to install Sun, IBM or BEA Java/JVM/JDK on any modern Linux RPM-based distribution as Fedora 7, Red Hat 5, SUSE, Mandriva, etc:

  1. On the JPackage non-free repository, look for the package named java-VERSION-PROVIDER-*nosrc.rpm and download it. For this example, I used IBM JVM. Procedure is the same for Sun’s or BEA’s.
  2. Check the package information with the RPM command as shown bellow:
    bash# rpm -qpi java*nosrc.rpm
    Name        : java-1.5.0-ibm               Relocations: (not relocatable)
    Version     : 1.5.0.2.3                         Vendor: JPackage Project
    Release     : 3jpp                          Build Date: Tue 15 Aug 2006
    Install Date: (not installed)               Build Host: tortoise.toronto.redhat.com
    Group       : Development/Interpreters      Source RPM: (none)
    Size        : 395165271                        License: IBM Binary Code License
    Signature   : (none)
    Packager    : Thomas Fitzsimmons
    URL         : http://ibm.com/developerworks/java/jdk/linux/download.html
    Summary     : IBM Java Runtime Environment
    Description :
    This package contains the IBM Java Runtime Environment.
  3. We visited the URL above to find IBM’s JVM binary for Linux. Chose the 1.5 SDK in tgz format and copied all this way:
    bash# cd /directory/where/binary-SDK/was/downloaded
    bash# cp ibm-java2-sdk-50-linux-i386.tgz /usr/src/redhat/SOURCES
    bash# cp ibm-java2-javacomm-50-linux-i386.tgz /usr/src/redhat/SOURCES

    In SUSE, copy to /usr/src/rpm/SOURCES.

  4. And built the final installable packages this way:
    bash# cd /directory/where/nosrc.rpm/was/downloaded
    bash# rpmbuild –-rebuild java*nosrc.rpm
  5. When finished, all final packages are under /usr/src/redhat/RPMS/. Install them all this way:
    bash# cd /usr/src/redhat/RPMS/i*86
    bash# rpm -Uvh java*rpm

    and the JVM is installed.

(All but step 5 may be done as a regular user instead of root, but explanations would be longer and more complex)

Later, you may also want to install the javaws package to have Java Web Start integrated on your browser.

By the way, JPackage Project has standarized how Java software should be packaged on Linux. And they are doing it with RPM (but the concepts may be ported to other packaging systems). It is such a great and well done standard that all RPM-based distributions such as Fedora, Red Hat Enterprise Linux, SUSE, Mandriva, etc are using it for their own Java works. It all starts with a package named jpackage-utils, probably already installed on your fresh system.

You may find many Java software as JBoss, Apache Geronimo, Ant, Eclipse, etc packaged in JPackage web site.

Welcome Planet Fedora Readers

My blog feed was included in one more of these planet-like web sites.

Welcome Planet Fedora readers.

I was already being read by Pandemonium and Planeta GNU/Linux Brasil readers.

I guess 90% of high quality readers and comments I get come from these community planets. OK, I have some very popular posts with 470+ comments but they are terrible.

For new readers, I blog a lot about Linux, Open Standards, Open Source, ODF, business related to all this stuff together with SOA, Web 2.0, and all those buzwords. At work I was asked to start blogging, to keep a connection with the community. So I can say to blog is officialy part of my job.

I also enjoy writing about travels, food, metaphysics, music, politics, and this is the place I store my published articles and presentations I use to deliver in events. Most of that in portuguese, but many technical stuff are in english.

Welcome all.

Fedora Post-installation Configurations

Inspired by an old post by Rui Moura, I’ll maintain here the plain commands needed to setup a freshly installed Fedora or Red Hat system, to include essential softwares they don’t ship by default due to legal issues.

These instructions are currently optimized for Fedora 14, 15 and 16, but most of it should work on any other Fedora and modern Red Hat Enterprise Linux too. Good suggestions provided as comments bellow will be added to this guide.

Index

  1. Permissions Setup
  2. Keeping System Updated
  3. Repositories Setup
  4. Activate Hardware Acceleration on NVidia and Intel GPUs
  5. Install Adobe Flash Player Globally
  6. Install Google Chrome or Chromium Browser
  7. Access LAN Hosts by Name Without a DNS Server (Bonjour, Zeroconf)
  8. Dramatically Improve Fonts
  9. Install Web Standard Fonts
  10. MP3 Support
  11. Amarok: The best audio player for Linux
  12. Enable Any DVD Player Software to Play DVDs from All Regions
  13. General DVD and DivX/Xvid/MP4/H.264 Movie Player
  14. General Digital Video Authoring and Editing tools
  15. Command Line DVD Copy & Decrypting Tool
  16. Enabling GMail as System’s Default Mail Relay (so you get sysadmin e-mails from your machine)
  17. Access Windows NTFS Partitions From Linux
  18. Configure text console in high resolution and smaller fonts

Terms highlighted in red should be changed to match your system.

Permissions Setup

This step will allow you to issue some administrative commands without having to be all the time logged in as root — the system administrator.

bash# echo 'your_plain_loginname_here ALL=(ALL) ALL' >> /etc/sudoers

Note that this is the only command throughout this guide that shows a root prompt (bash#). All other commands are indicated to be run as a regular non-root user (indicated by bash$).

After configuring sudo, every time you execute an administrative command with its help, a password is requested. This is your password (the regular user’s password), not the root password.

Keeping System Updated

Install the following packages so updates will come faster:

bash$ sudo yum -y install yum-presto yum-plugin-fastestmirror

You can also get e-mail notifications about system updates:

bash$ sudo yum -y install yum-cron
bash$ sudo chkconfig yum-cron on

Then make sure your /etc/sysconfig/yum-cron file has the following lines:

CHECK_ONLY=yes
MAILTO=YOUR-EMAIL@address-com

You will get one e-mail every day with a list of updates available. E-mail delivery will only work if you configure your system for that.
After all the steps below and from time to time, update all software installed on your system with the following command:

bash$ sudo yum update

Repositories Setup

RPM Fusion is a repository of many essential multimedia and general purpose software for Fedora and Red Hat systems. It is a good idea to have it configured so you can easily install players for DVDs, MP3s amongst other useful things.

bash$ sudo rpm -Uvh http://download1.rpmfusion.org/free/fedora/rpmfusion-free-release-stable.noarch.rpm http://download1.rpmfusion.org/nonfree/fedora/rpmfusion-nonfree-release-stable.noarch.rpm

Activate Hardware Acceleration on NVidia and Intel GPUs

bash$ sudo yum -y install vdpau-video-freeworld libva-freeworld libva-utils vdpauinfo libva libvdpau kmod-nvidia xorg-x11-drv-nvidia

Install Adobe Flash Player Globally

bash$ sudo rpm -Uvh http://linuxdownload.adobe.com/adobe-release/adobe-release-i386-1.0-1.noarch.rpm
bash$ sudo yum -y install flash-plugin --exclude=AdobeReader\*

On 64bit systems (x86_64) use this:

bash$ sudo rpm -Uvh http://linuxdownload.adobe.com/adobe-release/adobe-release-i386-1.0-1.noarch.rpm
bash$ sudo yum -y install flash-plugin nspluginwrapper.x86_64 nspluginwrapper.i686 alsa-plugins-pulseaudio.i686 libcurl.i686 --exclude=AdobeReader\*
bash$ mkdir -p ~/.mozila/plugins; ln -s /usr/lib/flash-plugin/libflashplayer.so ~/.mozila/plugins

Restart your browser to activate the plugin. For reference: Flash Player for Linux home page.

Install Google Chrome or Chromium Browser

There are 2 ways to install Chrome or Chromium:

  • Chrome is packaged by Google, has less frequent update cycles, includes Flash and H.264 support.
    bash$ sudo wget -O /etc/yum.repos.d/google.repo http://avi.alkalay.net/articlefiles/2011/01/google.repo
    bash$ yum -y install google-chrome-beta

    You can also find Picasa on the same repo but is 32 bit only and not on the latest versions.

  • Chromium is the open-source-only part of Chrome, it is more well packaged by the Fedora community, is more well integrated into the desktop, has more frequent update cycles but doesn’t include Flash (that can be added separately). All the rest is the same and I prefer Chromium.
    bash$ sudo wget -O /etc/yum.repos.d/fedora-chromium-stable.repo http://repos.fedorapeople.org/repos/spot/chromium-stable/fedora-chromium-stable.repo
    bash$ sudo yum -y install chromium

Access LAN Hosts by Name Without a DNS Server

You can access servers and machines on you LAN by name, instead of using their long IP address using the Zeroconf standard (implemented as Avahi in Linux). This is so useful and works out of the box in Ubuntu. The setup in Fedora is easy too, but not automatic.

bash$ sudo yum -y install avahi-tools nss-mdns

Now, instead of accessing local hosts by their IP, you can use the .local domain appended to their names. Just like this:

bash$ ssh 10.0.0.5 # stop using the IP address of dbserver
bash$ ssh dbserver.local # start using its hostname

Evnetually this will only work if you correctly configure or disable packet filtering (firewalling). To disable:

bash$ sudo service iptables stop
bash$ sudo service ip6tables stop
bash$ sudo chkconfig --del iptables  # disable even for next reboots
bash$ sudo chkconfig --del ip6tables # disable even for next reboots

Tip grabbed from Fedora Project wiki.

Dramatically Improve Fonts

bash$ sudo yum install freetype-freeworld

Logoff and login again your graphical environment to this update take effect.

To understand why you need this update read this section on the Linux Font HOWTO.

The freetype-freeworld package uses a technique described in this bug report.

Install Web Standard Fonts

These packages include popular fonts as Arial, Times New Roman, Tahoma, Verdana, as well as new Windows Vista and MS Office 2007 fonts. Learn more.

bash$ sudo rpm -Uvh \
http://avi.alkalay.net/software/webcore-fonts/webcore-fonts-3.0-1.noarch.rpm \
http://avi.alkalay.net/software/webcore-fonts/webcore-fonts-vista-3.0-1.noarch.rpm

Then, configure your desktop as described in the Linux Font HOWTO, for KDE or Gnome.

MP3 Support

For Gnome and GStreamer:

bash$ sudo yum -y install gstreamer-plugins-ugly libmad libid3tag id3v2


For KDE:

bash$ sudo yum -y install kdemultimedia-extras-nonfree id3v2

Amarok: The best audio player for Linux

bash$ sudo yum -y install amarok-extras-nonfree

Enable Any DVD Player Software to Play DVDs from All Regions

bash$ sudo wget -O /etc/yum.repos.d/atrpms.repo http://avi.alkalay.net/articlefiles/2011/01/atrpms.repo
bash$ sudo rpm --import http://packages.atrpms.net/RPM-GPG-KEY.atrpms
bash$ sudo yum --enablerepo=atrpms -y install libdvdcss

General DVD and DivX/Xvid/MP4/H.264 Movie Player

bash$ sudo yum -y install gnome-mplayer

General Digital Video Authoring and Editing tools

bash$ sudo yum -y install mencoder mkvtoolnix mkvtoolnix-gui ffmpeg avidemux subtitleripper

Command Line DVD Copy & Decrypting Tool

bash$ sudo yum -y install vobcopy

Now, thanks to libdvdcss installed above, you can use vobcopy to clone DVD while removing their protections like this:

bash$ sudo mount /dev/dvd /mnt
bash$ cd /some/directory
bash$ vobcopy -m /mnt

Enabling GMail as System’s Default Mail Relay (so you get sysadmin e-mails from your machine)

See an updated post about it, ready for Fedora 20.

Access Windows NTFS Partitions From Linux

bash$ sudo yum -y install ntfs-config

Then run the ntfs-config-root graphical tool and configure your partitions to be writable and mountable.

bash$ sudo /usr/sbin/ntfs-config-root

An example of my system:
NTFS config tool screenshot
After you configure the tool and quit, your NTFS partitions will be mounted in the specified place. In my case /media/Windows and /media/Work.

Configure text console in high resolution and smaller fonts

This tip is for the text console.

bash$ sudo echo 'SYSFONT="lat0-08"' >> /etc/sysconfig/i18n  # set a ISO-8859-15 font
bash$ sudo echo 'fbset 1024x768-60' >> /etc/rc.d/rc.local    # set console resolution to 1024x768 @ 60Hz

These settings will take effect after a reboot, but you can test them before rebooting executing the following commands:

bash$ sudo setfont lat0-08
bash$ sudo fbset 1024x768-60

Note that you can set different resolutions than 1024×768 if you have a video card and monitor that will accept it. A full list of modes can be listed with the command:

bash$ grep "mode " /etc/fb.modes

O Sorriso do Gato de Alice

Este post é só para mostrar como a Tatiana, minha namorada, escreve bem pacas.

Ela é especialista em direito público, entre outras coisas, e foi para Angola ajudar a organizar o Ministério das Telecomunicações, num projeto de uma ONG sueca.

Este foi um e-mail que ela mandou para todos nós contando suas peripécias, e um apanhado geral sobre esse país que é tão parecido com o Brasil, e sua capital Luanda.

Luanda não é o que eu imaginava. Ou melhor, não é só o que eu imaginava. Tem um quê de Jardineiro Fiel, daquela Africa de National Geographic, com mulheres que são só curvas, vestidas com cores do Gauguin e que carregam alegremente um balde enorme de bananas sobre a cabeça ou o filho amarrado nas costas com um pano florido. Pobreza africana — mas quase nada de miséria, ao menos a vista e ao menos até agora — de esgoto nas ruas, poeira, cartazes escritos à mão e tudo por fazer.

Mas Luanda tem também muito de Portugal e muito de Brasil. Há uma familiaridade em tudo, um pouco como se fosse em casa, um pouco como se fosse Salvador. A arquitetura colonial está lá, assim como as pastelarias com pasteis de nata e Santa Clara e um sotaquinho que lembra Camõesh. E essas caras conhecidas, caras de escravos que foram pro lado de lá, mas que continuam os mesmos como se as placas tectônicas tivessem se descolado 20 minutos atrás, separando as famílias aleatoriamente (isso é por causa do meu livro “tudo o que você sempre quis saber sobre o mundo e ninguém te explicou”, que acaba de falar sobre as placas tectônicas).

Luanda não é Angola. A capital é completamente diferente do interior, pois não sofreu as conseqüências da guerra como o resto do país (os únicos confrontos que chegaram à cidade aconteceram em 1992, a guerra acabou em 2002). Um pouco como no Brasil, Luanda dá a frente ao mar e as costas ao país.

Depois de ter sido comunista, decidiu-se pelo capitalismo selvagem. Há prédios e empreendimentos brotando em todo o lugar. Os carros estão em todos os cantos, todas as frestas, levantando uma poeira danada e mostrando quem manda aqui. Há congestionamentos quilométricos, mais do que a 9 de Julho na hora do rush (como se isso ainda existisse…). Carros enormes, sinal de que o petróleo e os diamantes estão fazendo uma classe de gente bem rica e outras de sub-ricos e subsub-ricos e assim por diante. E todos têm carros, já que o Estado permite a importação de carros usados.

Coisa mais estranha, não há violência, segundo dizem os angolanos. Eles vivem querendo saber a razão pela qual o Brasil — que eles consideram um pouco como irmão — é violento. E eis que eu não sei responder.

Assim como eles, tivemos uma ditadura, depois a ausência do Estado, grande exclusão e desigualdade social, violência histórica e racial, apropriação do público pelo privado, nenhum investimento em educação.

Por que então a nossa sociedade de homens cordiais decidiu dar tão pouco valor à vida?

Gente super gentil, sempre sorridente, incapaz de dizer não. Mesmo. Do tipo: você pede uma reunião e a pessoa diz “poish não, certamente”. Você pergunta se 9 da manhã está bom e vem um novo “maish claro”. Só que ela não disse que na verdade ela só entra no trabalho às 10, ou que amanhã não vem porque vai fazer as tranças do cabelo (essa da trança aconteceu mesmo). Só porque não quer te desagradar, afinal a tal da reunião parece tão importante para você… Então você fica esperando umas duas horas e aí ela chega feliz porque não te contrariou. Tô me identificando pacas.

No trabalho. O Ministério fica em um antigo prédio colonial português a beira-mar. Bonitão. Ficamos no primeiro andar, mas não podemos usar a escada (em madeira antiga escura, com um tapete vermelho) porque ela é reservada para o Ministro. Tem que subir de elevador. Só que o Ministro, quando vem, pega o elevador em vez da escada… Depois conto do nosso exército de Brancaleone aqui, mas eis a moral da história: é tudo uma questão de inteligência emocional.

Poltergeist de hoje: estou eu atravessando a rua (depois de meia hora ensaiando) quando vejo que o carro que parou para eu passar não tem ninguém no volante. Estarrecida com o fato sobrenatural, dou uma olhada apertada no vidro um pouco escurecido. E eis que está lá, boiando sozinho no preto do estofado, um sorriso. O sorriso do gato de Alice…

O Sabor da Música do Trio 202

Tinha um amigo mestre cervejeiro profissional que era capaz de provar qualquer cerveja de olhos fechados e cantar a marca, qualidade da água e até a fábrica de origem. Os apreciadores avançados de vinho também encontram ameixas, pneu, madeira e pêssego em suas degustações, que na verdade não estão lá.

Mas o que é realmente verdade neste mundo ?

Trio 202Ontem fui ao show do aclamado Trio 202, formado por Nelson Ayres no piano, Toninho Ferragutti no acordeon e ninguém menos que Ulisses Rocha no violão. No Tom Jazz em São Paulo.

A combinação inusitada de instrumentos ficou em segundo plano perante a magnitude dos músicos. Não me admira ver críticos internacionais babando quando ouvem a música brasileira instrumental. Ela é a melhor do mundo.

Abriram o show com uma canção inédita chamada Seu Sorriso, mas como bom degustador de música, identifiquei imediatamente a fábrica: Ulisses Rocha.

Vamos às metáforas:

As composições de Toninho Ferragutti soam como São Paulo. Expressa, incansável, irreverente, enorme mas cheia de pequenos cantos e lugares interessantes para visitar. Deixou sua marca para o resto do show com Helicóptero, e parecia ser o portador de toda história paulistana em seu acordeon que migrou com os italianos mas fincou raizes fortes no Brasil.

Nelson Ayres tinha uma sonoridade verdejante. Seu Caminho de Casa traz a imagem de uma estrada de terra do interior com árvores por todos os lados que leva ao seio caloroso da família, onde nos esperam para o almoço, uma tarde ensolarada, desocupada, e crianças brincando.

E tinha o Ulisses. Ah Ulisses, cuja música não está em uma geografia. Mora na estratosfera universal e lança suas harmonias para suavizar as arestas do mundo. Ouça Moleque para entender. É extremamente interessante vivenciar um capítulo da história onde algo novo é criado: Charlie Parker e seu Bebop, Bach e sua música sublime de contrapontos, Ulisses e seu violão solar.

Tocaram também Moacir Santos, Tom Jobim, Edu Lobo entre outros. E quando tocam em uníssono é que todo potencial do trio pode ser percebido.

Saimos com gosto de quero mais. Mais shows, mais interpretações, mais composições originais.

Vida e Trabalho

Tive uma conversa muito interessante sobre carreira e trabalho com uma amiga. Ela deu um tempo e está fazendo um balanço meditativo sobre como quer voltar a trabalhar, depois de ter passado vários meses de máxima dedicação ao último emprego.

Conversamos que na nossa cultura atual, o profissional de alta performance não tem a mínima chance de balancear carreira com a vida pessoal. Responsabilidade no trabalho é algo muito valorizado, o que implica em aceitar e executar todos as tarefas que são lançadas no nosso colo. Passados alguns meses de trabalho responsável, você foi fagocitado pelas tarefas, e já disse adeus à sua vida pessoal, família, etc.

Isso é um mal da nossa sociedade de grandes cidades competitivas ou está generalizado para o mundo ?

Percebe-se isso quando conhecemos alguém, e a segunda frase da conversa sempre é “o que você faz ?”.

Não há nada de errado em uma pessoa que não almeja um cargo maior, não quer virar gerente, não tem a necessidade de construir uma carreira sólida. Claro que para quem é carreirista, essa pessoa parece perdida, não tem performance nem “um grande futuro”.

Meses atrás fiz uma enquete simples que vi em outro blog. As respostas foram meio óbvias.

Publiquei ela aqui novamente, mas se for responder, por favor pense em o que você realmente é, e não no que você acha que deve ser.

No meu caso, por exemplo, acho que ainda sou o meu trabalho. Infelizmente.

Cuidado com o seu Emprego

Especificação do Microsoft Office Open XML, impressaAinda sobre a gigantesca (e ridícula) especificação do Office OpenXML, da foto ao lado, eu não sei qual é o seu emprego, mas imagine o seu chefe chegar te dizendo “leia isto e entenda tudo, implemente-o perfeitamente e tenha certeza que ele interopera com outros softwares produzidos por quaisquer outros que estão fazendo o mesmo que você”.

Traduza essa assertiva para seu próprio emprego e olhe novamente para a foto. O que você conclui ?

  • Você terá um emprego para o resto da vida tentando implementar a especificação.
  • Seu chefe vem de um universo paralelo maluco.
  • Isso é uma piada.
  • A avaliação do seu trabalho não será muito boa no ano que vem.
  • Não há nenhuma chance de você executar esse trabalho sem reimplementar partes significativas do protfólio de produtos da Microsoft e portanto você estará sujeito a problemas relacionados a propriedade intelectual.
  • A Microsoft está tentando mudar as regras sobre o que é um padrão e quem pode implementá-lo.

Todas as alternativas acima ?

Para quem gosta de fotos e gráficos interessantes sobre este assunto, veja http://www.openmalaysiablog.com/2007/05/putting_6039_pa.html.

Tradução livre de um post no blog de Bob Sutor.

Índice Linux Journal, Maio de 2007

  1. Bilhões de dólares que operadoras de cabos vão gastar até 2012 melhorando a capacidade de redes digitais: 80
  2. Milhões de dólares cotados por uma facilidade de Internet de alta velocidade baseada em fibra ótica, em São Francisco: 500
  3. Aumento de porcentagem em assinaturas fiber-to-the-home (FTTH) no Japão: 88
  4. Milhões de assinaturas FTTH no Japão, em março de 2005: 5.4
  5. Potência efetiva irradiada em watts do “rádio open-source” KRUU: 100
  6. Alcance em milhas do sinal metropolitano da KRUU: 4
  7. Número de planetas servidos pelo fluxo web ao vivo da KRUU: 1
  8. Número total de dólares pagos à AT&T pelo uso contínuo de um telefone “push-button” desde 1960 por uma pessoa de 88 anos de idade: 7500
  9. Milhões de carros ao fim de 2006: 800
  10. Milhões de PCs ao fim de 2006: 850
  11. Bilhões de conexões à Internet ao fim de 2006: 1.1
  12. Bilhões de cartões de crédito ao fim de 2006: 1.4
  13. Bilhões de TVs ao fim de 2006: 1.5
  14. Bilhões de telefones celulares ao fim de 2006: 2.7
  15. Bilhões de telefones celulares em uso em setembro de 2006: 2.5
  16. Milhões de telefones celulares novos no ano anoterior: 484
  17. Porcentagem de novos telefones celulares na Ásia: 41
  18. Bilhões de telefones celulares esperados ao fim de 2007: 3
  19. Projeção da remessa anual de telefones celulares em bilhões, em 2008: 1
  20. Estimativa de bilhões de seres humanos em Julho de 2006: 6,525170264

Fontes

  • 1: ABI Research
  • 2: “Fiber Optics for Government and Public Broadband: A Feasibility Study Prepared for the City and County of San Francisco, January 2007”, by Communications Engineering & Analysis for the Public Interest
  • 3, 4: Broadband Properties, December 2006
  • 5: FCCInfo.com
  • 6: radio-locator.com
  • 7: KRUU
  • 8: The Consumerist
  • 9-14: Tomi T. Ahonen and Alan Moore in Communities Dominate Brands
  • 15-18: Wireless Intelligence, via Cellular News
  • 19: Gartner via windowsfordevices.com
  • 20: CIA’s World Factbook

Por Doc Searls. Original: http://www.linuxjournal.com/article/9617#mpart4

Analisando o Acordo Microsoft-Novell

Andei participando de alguns eventos como o de Virtualização da Novell e o Linux Park da Linux Magazine, nos quais tive a oportunidade de entender melhor os detalhes desse acordo. No Linux Park foi até distribuido um whitepaper bem escrito que explicava aspectos do acordo.

O Roberto Prado da Microsoft tem a responsabilidade de articular o relacionamento de sua empresa com a comunidade Open Source. É o braço brasileiro do Open Source Software Labs da Microsoft, comandado por Bill Hilf, que conheci quando ele ainda trabalhava na IBM no mesmo time global de Linux em que trabalho. Entre reuniões de trabalho e pizzadas com o Bill ficou claro que ele conhece muito bem a dinâmica do mundo Open Source, incluindo vantagens e problemas, é um bom hacker e grande apoiador do movimento em geral.

Prado esteve nesses eventos, mas conversei com ele menos do que gostaria. Segundo ele, o que se conta sobre este acordo é que a iniciativa partiu da Microsoft, mais especificamente de Bill Hilf. Isso também representa um sólido reconhecimento, por parte da Microsoft, de que Linux está aí e veio para ficar.

Um dos pontos centrais do acordo é que ambas empresas vão poder usar patentes uma da outra com a benção de que não serão processadas.

A comunidade Open Source em geral não gostou e a blogosfera se encarregou de malhar tudo e todos, defendendo tecnologias e ideais e colocando a Novell e principalmente a Microsoft em posições maquiavélicas.

Mas podemos ver diferente. Deixando de lado o véu das ideologias, o que fica é uma postura madura de empresas que estão preocupadas em melhor atender seus clientes. Que colocam seus clientes e a demanda do mercado por interoperabilidade — e não tecnologias e ideais — no centro da discussão. Segundo Prado, interoperabilidade foi a demanda principal de clientes, em pesquisas da empresa.

A seguir uma análise sobre os pontos do acordo de interoperabilidade:

Permalink desta parte Interoperabilidade em (Para-)Virtualização de Hardware

Quem ganha: Windows, SLES e datacenters que têm ambientes heterogêneos.

Quem perde: Plataformas de hardware que não suportam paravirtualização à la Xen (porque as que suportam ganharão em eficiência), e distribuições Linux que a Microsoft não suportar (ou seja, todas menos SLES) quando essas precisarem interoperar com paravirtualização com o Microsoft Virtual Server.

A paravirtualização introduzida pelo Xen é uma tecnologia desruptiva. Ela muda tudo o que se estava falando ultimamente sobre virtualização. Basta ver as mudanças de estratégia da VMWare e agora da Microsoft. E o Kernel do Linux e seu modelo de desenvolvimento para sempre terão o mérito de ser o estopim e berço dessa inovação. Este é na minha opinião o ponto mais importante do acordo e onde mais a Microsoft se beneficia. Promete poder executar máquinas SLES virtuais e paravirtuais sobre Windows, e máquinas virtuais e enlightened (são os marketeiros inventando palavras para descrever a paravirtualização) sobre SLES.

A Microsoft ganha com isso uma forte ajuda dos técnicos da Novell para aprenderem sobre as APIs do Xen. Ajuda somente, porque sem a Novell a Microsoft já poderia aprender sobre isso sozinha, olhando o código do Xen, que é aberto. Mas o produto final importante é um valor agregado de “é suportado”.

Permalink desta parte Gerenciamento de Datacenters Heterogêneos

Quem ganha: Produtos da Microsoft e Novell que se encaixam nesta categoria, a comunidade Open Source, e datacenters heterogêneos.

Quem pode perder: Produtos concorrentes, Red Hat Linux e outras distribuições.

A Novell irá trabalhar com a comunidade para implementar o padrão aberto WS-Management (WS vem de Web Services), que será a base de comunicação para gerenciamento heterogêneo. Isso é uma aposta das duas companhias neste padrão.

Apesar de baseado em padrões abertos, espera-se que as duas companhias declarem um suporte mútuo somente, provavelmente excluindo ou atrasando o suporte a outras distribuições Linux .

Permalink desta parte Unificação de Diretórios e Identidades

Quem Ganha: SUSE Linux, Microsoft Active Directory, Novell eDirectory e datacenters heterogêneos que usarem esses produtos de diretórios.

Quem Perde: Outras distribuições Linux, e produtos concorrentes de diretório (LDAP) como o Red Hat Directory Server, IBM Tivoli Directory Server, OpenLDAP, etc.

Um diretório de identidades é peça chave de uma infraestrutura organizada porque gerencia centralizadamente (ainda que com replicação) todas as metainformações para acessos, permissões, PKI, etc.

O Novell eDirectory não é Open Source, então espera-se que as novas camadas de código de integração com o Active Directory não beneficiem outros produtos de diretório.

Se a Novell fizer altarações nas bibliotecas-cliente de acesso a LDAP (subproduto do OpenLDAP) para agora conseguirem acessar o Active Directory, talvez tenham que usar patentes da Microsoft, e é aqui que o acordo beneficia somente o SUSE Linux como distribuição.

Este é um ponto forte do acordo.

Permalink desta parte Compatibilidade de Documentos

Quem Ganha: O formato Office Open XML da Microsoft (MOOX), o Microsoft Office e seus usuários, e, a longo prazo, o OpenOffice.org empacotado pela Novell.

Quem Perde: O formato OpenDocument (ODF) e a suite OpenOffice.org em geral.

Este é um ponto muito estratégico para a Microsoft que visa popularizar seu novo formato de decumentos de escritório: o MOOX. Hoje ODF já é um padrão mundial ISO e o MOOX não. Isso confere ao ODF um status único de “formato da interoperabilidade”.

Se o MOOX começar a ser implementado em outras suites de escritório, o ODF pode aos poucos deixar de ser um oásis no deserto. Por outro lado, a especificação MOOX é tão complexa, longa, inconsistente e de futuro incerto, que talvez nunca haja uma implementação descente além da do Microsoft Office.

É mais fácil, natural e, a princípio, benéfico para a sociedade em geral o Microsoft Office entrar para a longa lista de aplicativos que já suportam o formato universal OpenDocument, do que todos os outros aplicativos aderirem a um formato — o MOOX — que não tem nenhum ecossistema e que é, por design, atrelado a uma ferramenta proprietária.

Permalink desta parte Mono e Samba

Quem Ganha: Samba e sua comunidade de usuários, e .NET.

Quem Perde: Java.

Mono é uma reimplementação de código aberto de parte do .NET. A Microsoft passa agora a assumir que isso existe. Por enquanto não se pode tentar adivinhar o que vai acontecer além disso.

Java e seu ecossistema reina como a tecnologia aberta para criar aplicações e componentes de negócio. E .NET — uma tecnologia proprietária — tenta vir atrás. Para mentes menos atenciosas, a Microsoft abraçando o Mono pode dar a impressão de que abriu alguma coisa, e mover culturalmente programadores de Java para .NET. Não se iluda. Só a tecnologia Java é 100% aberta de ponta a ponta.

Permalink desta parte Conlusões Gerais

Perguntei ao Roberto Prado se as novas extensões aos produtos Open source, fruto do acordo, poderão ser devolvidas à comunidade. Sua resposta foi vaga. De fato, ainda é cedo para saber.

A nova licença GPL3 — ainda em fase de confecção — pretende ferir este acordo limitando a Novell integrar software GPL3 com patentes proprietárias. Isso soa como uma espécie de ditadura da bondade, coisa que é difícil de conceber. Esse é um mercado muito concorrido, commoditizado, e é natural que as empresas queiram ter benefícios extras a oferecer aos seus clientes. Apesar dessas empresas estarem usando o mecanismo de processos e patentes, é preciso lembrar que não foram elas quem inventaram esse jogo. São as regras do mercado de nossa era, produto de séculos de aprimoramento. Talvez um dia essas regras mudem como uma evolução natural, mas elas estão estabelecidas hoje, e se eles não as usarem para benefício próprio e de seus clientes, outros usarão.

Como disse no começo, esse acordo beneficia muito a Microsoft e a Novell, e facilita muito a vida de clientes que tem um TI heterogêneos (quem é que não tem hoje em dia ?). Particularmente para a Novell, coloca-a numa posição de vantagem técnica e de valor agregado quando comparada com outras distribuições Linux.

De quebra, a comunidade Open Source pode também ganhar com isso, principalmente em padrões de gerenciamento de infraestrutura.

O acordo dura 5 anos, e só o tempo dirá onde chegaremos.

Propagandas do iPhone para Linux

A Apple finalmente deu a data de lançamento do iPhone: 29 de junho.

Em seu site há 3 lindos videos mostrando a operação fácil do aparelho. Mas exige Quicktime e sem isso não funciona. Para um leigo.

Mas como já sabia que a Apple usa padrões ISO em seus videos, tipo MP4, H.264 e AAC, foi só ver o fonte e descobrir a URL dos videos. Então é só clicar com o botão direito, salvar o arquivo MOV (MP4) e depois assistir com MPlayer ou outro player de Linux que você preferir.

Never been an iPod
Never been an iPod

How to
How to

Calamari
Calamari

Ou então, se tiver um link rápido, pode assistir enquanto baixa, assim:

bash$ mplayer http://movies.apple.com/movies/us/apple/iphone/never_been/apple-iphone-never_been_848x496.mov
bash$ mplayer http://movies.apple.com/movies/us/apple/iphone/how_to/apple-iphone-how_to_848x496.mov
bash$ mplayer http://movies.apple.com/movies/us/apple/iphone/calamari/apple-iphone-calamari_848x496.mov

Os links que escolhi são os de alta definição. Há versões com qualidade mais baixa no site original.

Um Sonho Lúcido

Não tenho certeza se foi o primero, mas foi provavelmente o mais longo e lúcido de todos os meus sonhos até hoje.


Estava num quarto de hotel em São Carlos, adormeci com a TV ligada e me vi em uma projeção astral do mesmo quarto, manipulando com muita facilidade um cubo-mágico.

Plenamente consciente, estiquei minha mão real para alcançar o controle-remoto e apagar a TV, a fim de mergulhar naquele sonho. Numa idéia maluca achei que se me concentrasse muito naquele cubo, conseguiria rematerializá-lo para a vida real, e tentei isso. Sua imagem começou a encolher e distorcer, como se entrasse num portão dimensional, mas, como estava consciente, percebi a doideira da idéia, desisti, e resolvi limpar completamente a mente.

Mergulhei fortemente em um grande nada, e apesar de não haverem objetos de referência em volta, senti o movimento dinâmico do mergulho.

Vi-me então num apartamento elegante, todo branco, com a Tatiana e algumas mulheres que realmente conheço, mas que no sonho eram amigas dela. Estavamos numa pequena saleta sentados sobre pufes e eramos 5 jogando conversa fora, mas sentia-me um pouco deslocado de lá. Serviam cerejas. Isso durou pouco. Eu adormeci dentro do sonho. Comecei a ter um sonho-lúcido dentro de outro sonho-lúcido, que seguiu.

Estava no trabalho, de blaser, usando uma sala da gerente que no sonho-dentro-do-sonho parecia ser minha, mas minha lucidez dizia que não era. Ia fechar a porta por algum motivo quando um colega que não reconheço na vida real, mas que me tratava como seu superior, foi entrando com uma pequena multidão. Antes de ele apresentá-los, um jovem gordo, de tetas grandes, cabelos brancos cacheados e muito entusiasmado foi se apresentando. Ele tinha um irmão parecido, de cabelos menos brancos, e que parecia ser seu sócio. Disseram ser uma empresa (que não lembro o nome), um parceiro de negócios. Foram entrando na sala, umas 40 pessoas, e se sentaram como um coral. Havia espaço para todos na sala. Falavam de tudo menos sobre trabalho, as vezes em unissono, e as vezes entre si, sempre muito alegres e entusiasmados. O tal colega tinha uma expressão de desaprovação, de quebra de protocolos, e ficava pedindo desculpas pelo incômodo. Eu achei ele quadrado e estava gostando de toda aquela gente alegre.

Enquanto se divertiam com o próprio entusiasmo, comecei a analisá-los. A função séria que aquela empresa se propunha a exercer versus o entusiasmo alternativo típico de uma agência de propaganda não combinavam.

Rubik's snakeEntão a minha sala de repente parecia enorme, como se tivessem derrubado uma divisória. Tinha duas paredes inteiramente janeladas com vista alta e ampla. Virou uma festa com 200m² de espaço. Queria conversar com o dono da empresa porque afinal estávamos trabalhando, mas o tal colega pediu um minuto. O cubo reapareceu na minha mão, mas agora ele era aquela cobra articulada de brinquedo, branca e preta.

Subitamente estávamos no andar superior, o último andar do prédio. Totalmente aberto e sem janelas por todos os quatro lados, mas ainda tinha um telhado plano. Parecia o vão livre do MASP, mas por estarmos bem alto, a sensação de amplidão era anorme. No centro do vão vazio havia um tipo de monumento circular com uns 4 metros de diâmetro, com água em volta no estilo Niemeyer, que saltava do chão como uma meia esfera de metal cor de chumbo, com pedras cravejadas e algumas coisas pontudas. Tinha um metro e meio de altura mais ou menos, mas prestei pouca atenção nisso.

As pessoas se espalhavam pelo vão. Reparei no ar, bem perto de nós, um monomotor de duas asas que fazia mergulhos rasantes. Era um pouco assustador. E lá de longe vinham helicópteros, Boings, caças e Concordes diretamente em nossa direção. Os helicópteros chegaram primeiro e começaram a perseguir o monomotor. Em uma das violentas piruetas que fazia para espacapar, o monomotor perdeu o controle, foi caindo e ouvi o barulho do seu choque contra o prédio ou o chão lá em baixo. Não dava para ver exatamente onde e como foi o impacto.

Então me dei conta que o monomotor abatido era um terrorista e os caças, Concordes, etc tinham vindo atrás dele. Como foi derrotado, os grandes aviões começaram a dar meia volta para voltar à base, mas já estavam muito próximos de nós. Percebi que íamos sentir o vento quente do escape de suas poderosas turbinas, e num grito tentei alertar todos para se protegerem. Sim, sentimos o calor, mas não foi nada. A sensação da previsão que se realizou foi maior. Tipo, “eu estava certo”.

Proposta de novo ônibus espacialFiquei intrigado e queria saber porque aconteceria um atentado ali. Fui até a beira do vão — que não estava protegido por nada —, no lado do prédio onde tinha acontecido toda a perseguição, e olhei para a rua lá em baixo. E para minha surpresa, havia uma enorme multidão, soltando balões e tal, ao redor de uma espécie de novo ônibus espacial, mais robusto e gordo, que estava sendo inaugurado e seria enviado para alguma missão em breve.

Tudo aquilo acabou. Despertei do sonho-lúcido-dentro-do-sonho para o sonho lúcido, e estava na saleta com a Tatiana e outras 3 mulheres. A Ana Vieira tinha acabado de chegar das compras, bem vestida como sempre, e contava sobre as lojas que visitou. Eu estava absorvido pela experiência do sonho lúcido, e num interlúdio da conversa da saleta, tentei contar empolgado o que tinha acabado de viver. Tipo, “gente, acabei de ter um sonho lúcido!”. Elas não pareciam muito interessadas e a Rita até cochichou algo com a moça do lado. Desistí de contar detalhes, levantei e disse para a Tatiana que ia embora. Então percebi que minhas calças brancas estavam sujas com o suco das cerejas que comiam enquanto tinha adormecido, entre outras sujeiras.

Andei pelo apartamento para me despedir. Ele era de bom padrão, com decoração toda branca, mas pretensamente chique com seus móveis num estilo meio rococó cafona. Apesar de grande, tinha muitas cadeiras que atrapalhavam a circulação.

De repente apareci num lugar quase vazio. Havia um longo vestido de festa, de seda roxa clara com rendas em um padrão que formava quadrados. Ele estava esticado sobre um divã de vinil ou couro azul, de linhas retas. Fiquei muito perto do vestido e me movia sobre ele. Coisa de sonho. Enquanto isso, ouvia uma música com ritmo eletrônico e orquestra de sopros. Eu comandava a música, como se fosse o compositor. A melodia era clara e original. Podia até anotá-la para tocar no piano depois.

Ia testar mais controle no sonho lúcido, mas a geladeira do quarto do hotel começou a funcionar, perdi a concentração e acordei. Sempre esqueço de desligar essas malditas barulhentas.


Já no mundo real relembrei tudo vividamente. A primeira coisa que pensei foi que precisava contar a experiência ao Rodrigo Stulzer, o primeiro (e único) a me falar sobre sonhos lúcidos. É legal conhecer pessoas que estão fora da curva do conhecimento geral.

E a segunda coisa: da mesma forma que experimentei nitidamente um sonho dentro de outro sonho, dentro da vida real, esta também pode estar contida numa meta-existência mais ampla. E o que falta é só uma consciência lúcida entre ambas, entre a vida que chamamos de real e essa meta-existência que seria mais real ainda.

Algumas pessoas chamam isso de sonho lúcido, outras de viagem astral, outras ainda de uma experiência espiritual.

Surpresa com Cabernet Sauvignon

Cabernet Sauvignon Casillero Del DiabloEm geral eu não gosto de tintos Cabernet Sauvignon. Acho eles meio fracos e prefiro as uvas mais fortes como Merlot e Shyraz.

Mas ontem no bar pedimos um Casillero Del Diablo Cabernet Sauvignon 2005 da Concha y Toro (impossível colocar um link porque o site da Conha y Toro é totalmente feito em Flash, e por isso é inútil). Foi bom. Bem bom. Bom demais.

Não vou dar descrições psicodélicas e alucinadas sobre ele. Mas vou aproveitar para falar sobre os melhores vinhos que tomei:

  • Chile, Tabalí Shyraz 2003. Realmente espetacular, mas não encontro mais em lugar nenhum. O 2004 e 2005 não é a mesma coisa.
  • Chile, Tabalí Pinot Noir. Provei num batizado e me deixou feliz, em todos os sentidos.
  • Argentina-França, Catena Zapata, não lembro a uva.
  • Argentina, Clos de Los Siete. Encontra-se em qualquer lugar, custa uns R$80 no supermercado e vale.
  • Henry Lagarde. Um vinho branco de sobremesa. Simplesmente espetacular. Renasci quando o provei.

Já provei sulafricanos e australianos que adorei. Os vinhos brancos não são muito a minha praia, mas os californianos são ótimos.

Em suma, prefiro os vinhos do novo mundo. A maioria da Europa que provei, não gostei. Achei eles bobos. Principalmente os da França, tão famosa em vinhos.

Mas, de Portugal um excelente foi um tinto chamado Terroso. Bem encorpado.