Acabei de votar no censo de Linux do br-linux.org
Meus votos:
- Ferramenta de Administração do sistema: rpm
- Ferramenta de Segurança : ssh e iptables
- Servidor de Banco de Dados: DB2
- Visualizador de Vídeo: mplayer
- Programa de Audio (MP3 e similares): amarok
- Editor de textos: kate
- Navegador web: Firefox
- Programa de mensagens instantâneas: kopete
- Cliente de e-mail: GMail
- Agregador RSS: Google Reader
- Aplicação P2P: Azureus (BitTorrent)
- Ambiente Gráfico: KDE
- Ferramenta de Desenvolvimento: KDeveloper e Eclipse
- Linguagem de programação: C, C++, Java e Shell
- Editor de imagens: Kuickshow e Gimp
- Suíte Office: OpenOffice.org
- Distribuição Live CD: Knoppix
- Distribuição nacional:
- Distribuição para desktop: CentOS ou SLED
- Distribuição para servidor: Red Hat Enterprise Linux
- Site nacional, excetuando o BR-Linux: vivaolinux.com.br
- Site internacional: ibm.com/developerworks
- Personalidade da comunidade livre nacional: EU !
- Personalidade da comunidade livre internacional: Bob Sutor
- Ponto alto do software livre em 2006: A Iniciativa Elektra
- Ponto baixo do software livre em 2006: Iceweasel – o ridículo nome que a comunidade Debian decidiu dar ao Firefox, só no Debian
- Fórum web ou lista de e-mail:
- Livro sobre software livre: O do Cezar Taurion sobre Software Livre
- Grupo de usuários ou organização livre nacional:
- Evento da comunidade:
- Empresa atuante na comunidade livre nacional: 4Linux
- Revista que acompanha a comunidade livre: Linux Magazine
Só uma coisa, IceWeasel não foi só uma “rídicula mudança de nome”, e sim uma espécie de fork (além das questões legais de logotipos e etc., também havia a política de patches e mudanças que o Debian fazia no fonte do Firefox). Mas com certeza, o que motivou foi a questão legal do logotipo…
Poizé, FreaK, eu não sei que tipo de liberdade o logotipo tira das pessoas. Acho que a única liberdade que tira é dos empacotadores do Debian, que gostam de meter a mão em tudo para colocar o logo da distribuição.
Logotipo é uma questão de identidade. Associa uma imagem a uma funcionalidade, para que as pessoas tenham a liberdade para usar seu tempo em coisas mais úteis do que “para que serve esse ícone mesmo?”.
“senso” é com “C”
Oops, valeu Jorge.
O projeto Debian distribui três repositórios de software, entre eles o main e non-free.
Programas, imagens, fontes e outros códigos proprietários devem estar de acordo com a DFSG para estar no repositório main; o Debian distribui software não livre, mas no repositório apropriado. A DFSG foi escrita de acordo com o Contrato Social do Debian, que parece que você ainda não conheceu. Não precisa ler o documento todo, mas pelo menos saiba do que se trata se quer ficar martelando contra o Debian toda hora.
Talvez você não veja utilidade em ter arquivos como imagens numa licença livre, mas isso não vem ao caso; não é porque algo não tem utilidade para *você* que o Debian vai deixar de lado seu contrato social.
Se ainda não leu, pode consultar o bug criado pela Mozilla Corporation para a questão do logo. Em particular, leia com atenção o post abaixo:
“The distinction here is that the firefox name is just a name, covered only by trademark law (not by copyright law), but a logo is a work of art, covered both by copyright law and trademark law. Applying trademark-*like* restrictions on a work of art in its copyright license prevents our users from doing things with that work that they are allowed to do with other free artwork, *and* which are permitted under trademark law. For instance, a
trademark is limited to a field of endeavour, so using the logo in an unrelated field is permitted by trademark law but not permitted by the copyright license; or, a logo may be used as a starting point for another work of art which is a derivative *work* under copyright law, but is not a derivative *mark* under trademark law.
These are corner cases, but they are nevertheless important to Debian, as we’re committed to providing our users an operating system consisting entirely of material that they have the right to modify, reuse, and redistribute (trademarks not withstanding).”
O logotipo poderia ser livre e ainda sim a marca “Firefox” estaria protegida.
Note também que a Mozilla Foundation havia entrado em acordo com o projeto Debian, dando permissão para o uso do nome Firefox sem o logotipo não livre. No entanto, a Mozilla Corporation resolveu revogar tal permissão, além de ter criado outras novas exigências.
Leia também o esclarecimento do desenvolvedor do Debian em seu blog.
Sobre o seu comentário, “só no Debian”, eu respondo: “só no Mozilla”. Dos 15500 pacotes no Debian, só a Mozilla Corporation criou este tipo de problema.
Então anônimo, talvez esteja na hora da comunidade Debian rever suas diretrizes, pois para mim parecem muito restritivas.
Eu entendo o valor da liberdade e valorizo muito isso, mas deve-se tomar cuidado para que a “diretriz” não tome proporções maiores que a “liberdade”.
Essa história toda soa como se a comunidade Debian adorasse Choquito, e quisessem que todos o comessem, e de fato ele está livremente disponível para que todos o comam, assim como ele foi inteiramente desenvolovido pelo seu criador (incluindo sabor e identidade). Mas devido a embalagem não ter a cor compatível com o espírito Debian, trocam a embalagem e o nome do chocolate para Delicióte. Daqui a pouco ninguém mais sabe o que é um e o que é outro. Eu considero a possibilidade de criar forks um “bug” no conceito Open Source. Ironicamente, é a coisa que mais trabalha contra o ideal Open Source. Mas tudo bem…. a homem ainda não aprendeu a trabalhar cooperativamente, seja essa uma falha no lado Debian ou no lado Mozilla.
Um produto de massa como um browser precisa ter uma identidade clara e instantânea para as massas. Daí a importância de um logotipo único e uniforme.
Não me importa pessoalmente nem um pouco essa mudança de nome, porque eu e outros hackers vamos conhecer a relação entre Choquito (Firefox) e Delicióte (Iceweasel). Mas vai confundir as massas, o que não ajuda nem um pouco a adoção cultural em massa de Linux como um todo. É uma cicatriz no mindshare de Linux.
Na verdade as diretrizes foram revistas recentemente. A política atual foi a preferida dos desenvolvedores. 🙂
Realmente, o objetivo principal do Firefox é “marketshare”. O Debian tem outro objetivo principal, que é criar um sistema universal inteiramente livre. Em alguns casos esses não são compatíveis, como no que estamos vendo agora. Mas fazer o que? Se a Mozilla tivesse alterado a licença do logo (o que não implicaria perda da trademark), o problema estaria resolvido. Ou se o Debian ignorasse suas diretrizes, também estaria resolvido. Nenhum dos dois lados quis mudar sua postura, então temos o Firefox com outro nome.
Sobre o conceito de fork, eu não sou contra e explico o porquê. Forks “errados” não fazem sucesso. No caso do Debian eu não diria que é um fork normal, já que o Debian não irá manter um repositório com o código fonte; simplesmente pegarão o Firefox, mudarão o nome e o logo e empacotarão os debs.
O próprio Firefox começou com um fork, só depois que se tornou muito popular virou um projeto oficial da Mozilla. O Xorg é um fork do XFree86, e em poucos tempo de existência já mostra um avanço que o XF86 nunca viu. O egcs foi um fork do gcc que depois foi reintegrado. O SUSE Linux começou como um fork do Slackware. Por aí vai…
Os forks “errados” simplesmente não dão certo e morrem; é o caso do GoneME, um fork do GNOME. Mas se o autor não tivesse criado esse projeto que deu errado, ele provavelmente estaria até hoje envolvido no GNOME gerando flamewars por discordar de algumas decisões do projeto. ‘As vezes é melhor que cada um siga seu caminho e faça o que acha melhor.