Nefasta campanha de estatísticas de audição do Spotify

Sem chance de eu obter qualquer estatística sobre meus gostos musicais, artistas e músicas que mais ouço. Ora, porque não uso Spotify. Ouço música majoritariamente de meu acervo pessoal (via Jellyfin, Kodi e outros tocadores) ou no Tidal que ganhei do plano de telefonia. E também em rádios como Soma.FM, Mixcloud, Rádio USP FM e Cultura FM onde o repertório é feito diretamente por humanos.

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Carro Elétrico é melhor

Vejo muita gente divulgando memes que lançam luz na quantidade de poluentes nas baterias de carros elétricos.

O que especialistas em carros me explicam é que carro elétrico é carro melhor que carro a combustão. Ponto.

Isso sem nem olhar quem polui mais ou menos.

Carro elétrico tem arranque melhor, responde melhor ao motorista, é mais silencioso, mais eficiente, mais limpo (fuligem etc), mecânica mais simples e mais moderno em muitos aspectos.

Além disso — coisa que ninguém fala —, carro elétrico polui pouco ou nada onde é usado. Então, além de promover ar melhor onde também circulam as pessoas, qualquer reciclagem de componentes do carro elétrico fica mais centralizada e por isso acaba sendo mais eficiente.

Quem experimenta carro elétrico, mesmo sem dar a mínima para questões ambientais, acaba preferindo-o.

Criticar o carro elétrico é criticar avanços tecnológicos em geral. É como o pessoal do antigo StarTAC falar mal do iPhone. É como o pessoal do LP falar mal do Spotify. Não faz o menor sentido.

Essa divulgação de memes fica parecendo campanha velada da indústria automobilística obsoleta, afim de ganharem tempo enquanto correm atrás do atraso, enquanto deságuam suas velharias, enquanto modernizam suas cadeias de produção e ecossistemas.

O que é verdadeiramente ruim para o meio ambiente é a sociedade como um todo ser tão dependente de carros, como é a nossa. O problema ambiental jamais será resolvido com um novo tipo de carro. A solução passa por mais transporte público e cidades mais bem urbanizadas e planejadas de modo que as crianças possam circular com independência para suas atividades e que se possa fazer mais coisas a pé em cada bairro. Cidade de 15 minutos.

O pior dos dois mundos

Na década de 2010 o mundo corporativo começou a fazer um tradeoff.

Agora que todos os clientes e funcionários tinham um smartphone nas mãos, tornou-se imperativo uma transformação digital. A troca (tradeoff) foi abrir mão de infraestrutura muito controlada, mais barata e também burocrática do departamento de TI interno de suas empresas, numa corrida desenfreada para infra mais ágil, programável, self-service, elástica e também mais cara nas nuvens.

Barato, controlado e burocrático ➔ Ágil, self-service e caro. Este foi o tradeoff, onde cada lado tem suas vantagens e desvantagens.

Na nova década, com as nuvens se tornando o novo normal, chega o departamento de TI para “botar ordem nessa bagunça”.

Com os velhos argumentos de “segurança da informação”, “gerência de mudança”, “controle de custos” e outros, re-implantam suas montanhas de processos morosos numa infra jovem para assim chegarmos no pior dos dois mundos: burocrático, processos lentos, excessivamente controlado e bem caro, numa modalidade elástica.

A única coisa morosa eliminada foi o recorrente ciclo de negociações para comprar infra (equipamentos, energia, software). Antes se fazia meio que no atacado com muito desconto. Agora, na era das nuvens, é no varejo, a um clique de distância, com preço tabelado e praticamente inegociável.

Não era nada disso o que queríamos.

O investimento certo tem que ser feito em boa arquitetura de aplicações, e menos em controle de infraestrutura. Aplicações que nascem bem concebidas e bem desenvolvidas ganhariam o mérito de ir para a produção mais rapidamente, com mais frequência, com menos burocracia, menos controle.

Mas como as aplicações nascem com baixíssima qualidade, sem padrões nem boas práticas, sem arquitetura nenhuma, coladas com grampo e chiclete e na base da marretada, times de infraestrutura precisam aumentar o controle e burocracia lançando mão dos velhos chavões de “segurança da informação”, “gerência de mudança”, “controle de custos”. O resultado é que times de desenvolvimento de produtos e software ficam com acesso limitado a ferramentas novas ou simplesmente às certas, o que aumenta a necessidade de fazerem gambiarras. E a bola de neve vai aumentando.

Não era nada disso o que queríamos.

Reflexões sobre o Massacre de Simchat Torá — Israel, 2023-10-07

Reflexões sobre o Massacre de Simchat Torá — Israel, 2023-10-07

Em face dos atos terroristas de 7 de Outubro de 2023, eu já nem me arrisco a emitir opinião. Não quero entrar em discussões nem ser crucificado porque deixei de usar 1 vírgula em 1 frase qualquer. Tenho muitos parentes em Israel, país onde nasci, e também não posso ignorar minha veia humanista.

O que sentir e o que devo sentir numa hora dessas? O que vai acontecer com os inocentes sequestrados, com os palestinos oprimidos, com os israelenses, com a política da região, com as lideranças políticas, com a opinião global? Como espiritualista me pergunto também: o que vai acontecer com a alma dos inocentes assassinados a sangue frio e dos que puxaram o gatilho? Como o karma cósmico universal vai dissolver o desequilíbrio dessa equação?

Por hora fico preocupado com o ódio generalizado, revolta raivosa, e certo de que isso não vai levar a nada de bom.

Como não tem muito mais o que eu possa fazer, além de ler muito sobre a história da região, notícias do desenrolar, artigos de opiniões multilaterais, por hora quero organizar os pensamentos:

🌎 Povo palestino ≠ Hamas ≠ Árabes ≠ Islã

🌎 Povo israelense ≠ Governo do Estado de Israel ≠ Judeus de Israel ≠ Diáspora Judaica ≠ Judeus Laicos ≠ Judeus Ortodoxos ≠ Religião Judaica

Tenho pavor e asco ao ver ódio sendo fomentado quando astutamente misturam estes diferentes conceitos em narrativas que forçam criar causa e efeito onde não existe. Falo aqui de antissemitismo e islamofobia.

Dá desgosto também ver a exploração dessas múltiplas tragédias para se fazer política brasileira. Pior ainda quando se usa deliberadamente notícias falsas e/ou memes superficiais. É desumano para uma hora dessas, é fofoca imbecil e é injusto. As organizações acusadas tendem a ser melhores e mais complexas do que irresponsavelmente se pinta.

Que tenhamos misericórdia e compaixão uns dos outros.

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Semana de Trabalho de 4 Dias

Semana de Trabalho de 4 Dias

Semana de 4 dias é o primeríssimo item numa lista de benefícios que empresas prontas para isso lançam mão para atrair profissionais. E eu acho curioso e muito pertinente que no mercado de trabalho high tech, o segundo item que listam é “Equipamento Apple”.

Veja também este podcast da Folha que disseca mais o assunto num momento em que 400 empresas brasileiras se inscreveram para entrar num piloto da ONG Four Day Week:

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Os 10 trabalhos com maior potencial de crescimento

Os 10 trabalhos com maior potencial de crescimento

Os 10 trabalhos com maior potencial de crescimento, segundo o Fórum Econômico Mundial:

1️⃣ Especialista em inteligência artificial e em aprendizado de máquina
2️⃣ Especialista em sustentabilidade ambiental
3️⃣ Analista de «Business Intelligence»
4️⃣ Analista de segurança da informação
5️⃣ Engenheiro Fintech
6️⃣ Analista de dados e cientista de dados
7️⃣ Engenheiro de robótica
8️⃣ Especialista em Big Data
9️⃣ Operador de equipamento agrícola
🔟 Especialista em transformação digital

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A Maldição do Investidor

Newsletter da Nord (consultoria de investimentos) que analisa didaticamente as ações da NVIDIA, comparando com a Apple nas últimas décadas e Sun Microsystems. Spoiler: o analista não recomenda comprar porque o preço da ação da NVIDIA está sendo negociado a 40× as vendas da empresa.

Investidor é pessoa que vive infeliz. Lamenta não ter uma máquina do tempo para voltar e comprar Bitcoin, Apple, Nvidia, Yahoo. Ou, quando acerta quase que por sorte ter investido em algo que supervalorizou, lamenta ter comprado tão pouco quando o preço estava tão baixo.

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Anúncio do Drex

Anúncio do Drex

O Real digital vai se chamar Drex, conforme anunciou o BC, e ele pouca relação tem com criptomoedas, a não ser pela tecnologia sobre a qual ele roda: blockchain.

Para nós, compradores de bananada na hora do almoço, ele será pouco visível — não é algo que estará no dia a dia das pessoas tanto quanto o Pix. O Drex entra em ação em transações maiores, como a compra de um imóvel ou carro, lançando mão de minicontratos, simplificando, agilizando e barateando integração bancária e serviços como cheque caução, cheque administrativo, depósito em juízo etc.

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Investimento em marcados globais via Interactive Brokers

Investimento em marcados globais via Interactive Brokers

Nos últimos anos surgiram no Brasil meios mais fáceis de se investir em mercados globais, com a Nomad, Avenue, XP. Mas a melhor plataforma de investimentos que vi é a Interactive Brokers (ao abrir conta com este link você e eu ganhamos créditos e ações).

De todos que já usei, o aplicativo e site da Interactive Brokers é o que dá maior clareza de visão, facilidade de uso, opções de relatórios e acesso a informações de mercado. Inclusive quando comparado com os grandes bancos brasileiros de investimentos como XP e BTG.

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O dilema do mercado de imóveis

Eu como proprietário vendedor de um imóvel, gostaria que meu produto tivesse a maior exposição possível e o maior número de ofertas possível, por semana, por mês. Assim eu poderia escolher para quem vender e até negociar diretamente as melhores condições, ter opções B e C de compradores caso a oferta A falhe. E também venderia mais rapidamente pois teria uma noção mais real e pé no chão do preço de liquidação.

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Barbie Girl

Andei muito pela Av. Paulista e diversos xópens nos últimos dias e vi uma enormidade de gente vestindo cor-de-rosa para celebrar o filme da Barbie.

Para mim isso é um grande e bem-vindo déjà vu à belíssima canção Barbie Girl de 1997 do Aqua, que deixo aqui em inúmeras versões deliciosas.

Somos todos pela cultura pop!

A canção original de 1997, do Aqua
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Refugiados Afegãos no Brasil

Eu acho lindo e muito emocionante o Brasil receber esses refugiados. A reportagem fala de 150 que foram levados a Praia Grande e mais de 7000 no total.

São pessoas que vêm de um país destroçado, passaram o diabo, e o Brasil deve lhes parecer um paraíso de abundâncias com plenas condições de lhes acolher. E somos.

A prefeita de Praia Grande, numa atitude que me é incompreensível, tentou barrá-los, até que Flávio Dino, esse gigante humano com a cabeça e coração no lugar, interveio em favor dos refugiados. Estão alocados nas instalações de uma colônia de férias para finalmente receberem dignidade, comida e tratamento médico.

Tal solidariedade é uma obrigação nossa como nação-membro de uma comunidade planetária.

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Inelegibilidade

Essa inelegibilidade aí é como dar amendoim a quem precisa de uma feijoada completa.

Eu quero é julgamento justo e punição por todos os crimes cometidos contra a humanidade, contra a floresta, contra a educação, contra a saúde pública, contra a economia. Punição pelos crimes contra a inteligência das pessoas.

Eu quero é cassação dos direitos políticos, para que o energúmeno não apareça no santinho de nenhum outro projeto de político boçal, para que sumam suas redes sociais cheias de ódio, desinformação e intrigas idiotas. Para que se enterre de vez esse sobrenome maldito.

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Juros e empréstimos bancários

Investidor que empresta dinheiro para o banco via CDBs tem retorno, hoje em dia no Brasil, de uns 13% ao ano, 1% ao mês. R$100 emprestado ao banco são retornados como uns R$113 depois de 1 ano. Menos imposto de renda, claro.

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Investidor que empresta dinheiro para o banco via CDBs tem retorno, hoje em dia no Brasil, de uns 13% ao ano, 1% ao mês. R$100 emprestado ao banco são retornados como uns R$113 depois de 1 ano. Menos imposto de renda, claro.

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Café com Experiência

Me fizeram ir a um lugar famoso que vende “experiência” de café.

Muita frescura, muito caro, muito plástico.

O frappuccino de mais de R$20, artificialmente saborizado, vem num suntuoso copão de plástico, com tampa esférica enorme de plástico, mas com um canudo de papelão. Não entendi o sentido disso, talvez prá ver se cola pagarem uma de sustentáveis.

Enquanto houver gente pagando caro por porcarias industrializadas entregues em plástico para ser ágil, enquanto a base econômica da nossa sociedade forem máquinas de fazer lucro chamadas de “empresas”, podemos esquecer qualquer iniciativa séria e perene de sustentabilidade ou mera preocupação com o meio ambiente. É tudo prá inglês ver.

O pingado do bar, de R$3 em copo NF, continua fazendo mais sentido. Mas fica faltando a experiheeeeeeeeeiiiiincia……..

Chatbots de auto-atendimento 🥱

O dilema dos chatbots que empresas disponibilizam em seus canais de atendimento é que eles são só mais uma UI (user interface). Como é o app. Como é o site da empresa.

Se o usuário não encontrou a função que precisa no site ou no app, também não vai encontrar no chatbot 100% das vezes que procurar.

O desafio dos chatbots continua sendo integração dos sistemas por trás, que é o maior desafio de qualquer empresa que quer se informatizar, desde quando o computador entrou no mundo corporativo.

Então se sua última tentativa para resolver um problema é entrar no chat ou ligar no call center da empresa, pode já ir direto pedindo prá falar com ser humano. Pois estes nunca falham.

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Estação de Rádio a partir de uma Música

Todas as plataformas de música têm uma função incrível que cria uma estação de rádio a partir de uma música. Aí comecei com «The Captain of Her Heart», da banda suíça Double, e o que se seguiu foi um pé na jaca das coisas mais melecadas e saudosas dos anos 80. Já salvei a playlist como “Cheesy 80s”.

Não preciso nem dizer que é prá você experimentar também a função com a música que mais estiver a fim de ouvir no momento.

A alegria do menino da favela

Este texto de Pedro Doria é a análise mais bacana que vi sobre a polêmica dos portais estrangeiros que burlam imposto sobre importação, fazendo a alegria da classe média baixa e o desgosto da indústria nacional.

“[…] revelam ao brasileiro médio algo que ele em geral não percebe. O Brasil é um país muito caro. O brasileiro paga mais que o europeu ou o americano por seu celular, por seu computador, por seu tênis, por sua camiseta… É mais pobre e, no entanto, paga mais.”

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