Casal matutando sobre o que se dá de presente para menino que vai fazer bar-mitzvá. Ela pede ideias pra ele. Ele de cara responde:
— Não dá nada. Ou dá dinheiro.
Read MoreCasal matutando sobre o que se dá de presente para menino que vai fazer bar-mitzvá. Ela pede ideias pra ele. Ele de cara responde:
— Não dá nada. Ou dá dinheiro.
Read MoreEsse filme Koyaanisqatsi, de 1982, é maravilhoso. Tinham que fazer similares a cada 10 anos para capturar as rápidas mudanças do nosso mundo. A música de Philip Glass dá o tom dramático e vanguardista perfeito para o filme.
Me fizeram ir a um lugar famoso que vende “experiência” de café.
Muita frescura, muito caro, muito plástico.
O frappuccino de mais de R$20, artificialmente saborizado, vem num suntuoso copão de plástico, com tampa esférica enorme de plástico, mas com um canudo de papelão. Não entendi o sentido disso, talvez prá ver se cola pagarem uma de sustentáveis.
Enquanto houver gente pagando caro por porcarias industrializadas entregues em plástico para ser ágil, enquanto a base econômica da nossa sociedade forem máquinas de fazer lucro chamadas de “empresas”, podemos esquecer qualquer iniciativa séria e perene de sustentabilidade ou mera preocupação com o meio ambiente. É tudo prá inglês ver.
O pingado do bar, de R$3 em copo NF, continua fazendo mais sentido. Mas fica faltando a experiheeeeeeeeeiiiiincia……..
Eu passei a vida toda achando que o nome internacional do maracujá — passion fruit, fruta da paixão — era devido a sua cor e aroma exóticos e afrodisíacos.
Me enganaram! Ou, mais provável, eu me enganei a si próprio.
O maracujá é típico da Amazônia e o nome latim/inglês/francês — passiflora — foi dado pelos jesuítas, no século 18, porque usavam a flor para ensinar sobre a Paixão de Cristo aos nativos do novo mundo. Pois a flor tem pétalas que lembram uma coroa de espinhos, e estames que lembram uma cruz.
O nome original em tupi — mara kuya — significa alimento na cuia. Porque afinal fazemos da casca do fruto o recipiente para se comer a polpa.
Mais uma coisa bem aprendida numa bela viagem.
O abacaxi é uma bromélia amazônica.
A gente chama de “fruta”, mas aquilo é na verdade um conglomerado de frutos, sendo cada fruto um dos gomos que se vê na casca. Da bromélia brota uma estrutura cheia de florzinhas, parecida com a foto. E aí cada 1 florzinha se transforma em 1 fruto. Eles vão engordando e grudando um no outro até formar o abacaxi inteiro.
Read MoreA Vitória-Régia, além de linda e exótica, é também uma planta alimentícia não-convencional (P.A.N.C.).
Típica da Amazônia, ancora sua raiz no fundo de lagos ou águas doces estáveis, e de lá estende grossos caules até a superfície para cada flor, cada fruto, cada folha enorme em forma de prato de 1 a 2 metros de diâmetro.
A raiz é um tubérculo, que pode ser cozido e consumido como batata. Os caules podem ser descascados e preparados como palmito ou aspargos ou espaguete. As folhas, após removidos os espinhos, podem ser consumidas cruas ou cozidas como couve.
Read MoreTati acabou de voltar do Egito 🇪🇬 e conta as maravilhas do Rio Nilo, como é majestoso, surpreendentemente limpo — mesmo com o caos do Cairo nas suas margens —, e como é caudaloso e um pouco mais largo que o Rio Tietê na cidade de São Paulo (rio abaixo, perto de Santa Maria da Serra, o Tietê é bem mais largo).
Lembro que anos atrás discutia-se qual rio era o maior do mundo, o Nilo ou o Rio Amazonas. Essa conversa mole acabou da noite pro dia quando alguém lembrou que ficar medindo comprimento de rio era pura bobagem porque o Amazonas é algumas centenas de vezes mais largo que o Nilo e transporta não sei quantos zilhões de litros a mais de água.
Só o Rio Tapajós, um dos afluentes do Amazonas, tem 14km de largura (quatorze quilômetros de largura) em seus últimos 220km antes de desaguar no, ainda maior, Rio Amazonas. É uma piscina oceânica de 14×220≈︎3000km²︎ de superfície, só um trecho, só do Tapajós.
Não tem prá ninguém contra os rios do Brasil. Sensacionais esses rios do nosso planeta, sobretudo os brasileiros.
Uma belezura de luminária que eu quase comprei prá minha filha ler. Sem fio, luz regulável, recarrega por USB, baixo consumo, tem até alto-falante bluetooth embutido. R$120.
— Que show, moço. E comé que troca a lâmpada?
— Não troca. É prá descarte quando queima.
— Ela toda?
— Tudo, com bateria, 400g de plástico, alto-falante, lâmpada queimada e tudo.
E assim devolveremos aos nossos filhos um planeta com uma pilha de lixo descartável e tóxico prá eles viverem.
Como é que deixamos isso acontecer?
Ele não tinha nenhuma outra opção para iluminação de cabeceira. Loja de iluminação.
Eu não comprei.
Esta canção voltou à minha cabeça creio que por causa das coisas que ando lendo sobre mudança climática, decadência social de grande quantidade de pessoas etc.
Fala de uma Terra depredada pela civilização e aí vem um índio-messias que deixa todos atonitos por falar e fazer nada mais do que o óbvio.
Uma pessoa — Caetano Veloso — que escreve uma letra profética como esta, já em 1976, 45 anos atrás, merece todo o meu respeito.
Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada
Das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto, em cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Em abril contei para vocês que deixei de ter carro argumentado que minha vida ficaria mais verde e mais barata. Bem, vejamos.
Valorizo meu tempo e muitas vezes preciso chegar rápido aos meus destinos, então não penso duas vezes antes de chamar um taxi.
Mas cuidado. Não troquei um carro por um taxi. Esforço-me para encontrar carona (desenvolvi cara-de-pau para isso) e uso metrô e ônibus quando possível. Taxi é minha última opção quando não há nenhuma outra disponível.
Então vamos aos números:
Quando tinha carro, acredito que gastava uns R$300 por mês em combustível. Fora IPVA, seguro, manutenção, estacionamentos, preocupações, depreciação anual do carro, perda de custo de oportunidade. E multas, muitas multas injustas.
Novamente, cuidado ao interpretar esses números pois este é meu contexto de vida:
Mesmo com esses fatores favoráveis, acho que não sou ponto fora da curva. Acredito que existam muitas famílias que poderiam reduzir o número de carros na garagem com um esforço mínimo e sem perder o conforto que um carro dá.
E claro, ainda por cima economizando dinheiro.
Para quem quiser ver os detalhes, trajetos, valores etc, anotei e continuarei anotando todas as corridas de taxi numa planilha pública.
E lembre-se: seu carro poluiu em sua fabricação muito mais do que você poluirá ao usá-lo em toda a sua vida útil.
Ontem 17:30 a cafeteria estava lotada e resolvemos esquentar a garganta rapidinho na padaria da esquina. Esse maravilhoso arco-íris estava a nos esperar e encheu de cor a nossa tarde. Enjoy…
Estou até me sentindo mais verde… Vendi meu carro esta semana simplesmente porque não estava mais usando-o.
Eu e Tati trabalhamos perto e tentamos casar os horários. Quando não dá, usamos ônibus, metrô, carona ou taxi na ida ou na volta, nunca nos dois.
Num contexto familiar, dois carros é muitas vezes um luxo desnecessário e caro para seu bolso. Acompanhe:
Ou seja, sobra de R$400 a R$500 por mês para, eventualmente, gastar com taxis quando for necessário.
Isso sem falar no custo de oportunidade do dinheiro que estava materializado e depreciando num carro e que agora é líquido e pode ser investido e render juros. Comprei novo meu ex-Astra em 2003 e paguei R$33500. Vendi semana passada por R$24800. Se tivesse colocado esse primeiro valor num investimento conservador, a 13% ao ano, teria hoje uns R$45530. Essa é uma conta bem por cima, meti numa planilha a seguinte fórmula:
=FV(13%;ANOS_QUE_FIQUEI_COM_O_CARRO;VALOR_DO_CARRO/ANOS_QUE_FIQUEI_COM_O_CARRO)
Um amigo me disse que a quantidade de poluição, emissão de carbono e desgaste a natureza que é necessário para fabricar um carro é infinitamente maior do que toda a poluição que você, usuário do carro, vai produzir ao usá-lo.
Hoje ainda não abro mão do conforto de um carro, mas estou convencido de que, num contexto familiar, é mais difícil um segundo carro se justificar.
Replaneje sua vida, faça as contas, livre-se de um carro e devolva um planeta melhor para seus filhos.
Help save our planet !!
Yesterday I met a colleague at IBM Brazil that moved to a world wide position. He is now living in Manhattan, New York.
His everyday routine, as most Information Workers nowadays, is to talk to people, make phone conference calls, e-mails, design and communicate strategies, make some data consolidation and reports, instant messaging, etc.
Since most of this things have become information, and since we have information technology today, he can do his job from any point on earth as long as he has an Internet connection to let the information flow.
He choose NY because he enjoys life jazz and wanted to experiment the Big Apple, not because his job is physically located there. He could choose Montana, Alaska, Manaus, Fernando de Noronha etc to live.
Of course personal contact is sometimes needed. In these occasions, people schedule meetings and get a flight to meet someplace. This is probably cheaper than maintaining an office space for all these information workers, and probably more friendly to the environment than make them drive everyday to a physical location.
I can think about dozens of jobs that could be this way. Lawyers, journalists, writers, architects, web 2.0-related jobs, even also physicians in many situations when they don’t need to examine their patients.
The matter of all these jobs is information and the platform to make it flow is ready — the Internet. Now we just need a sort of cultural shift.
Numa cobertura do evento CES no caderno Link do Estadão, entre um monte de matérias sobre as novas tralhas tecnológicas apresentadas lá, há uma nota tímida sobre as bizarricies do evento.
Uma delas é uma bateria ou pilha que é recarregada com líqüidos tipo saliva ou urina.
Uma ótima invenção, de um gênero que deveria ser cada vez mais incentivado !
Porque afinal, toda essa mobilidade eletrônica e digital que a gente gosta cobra seu preço ao meio ambiente.
Diga-se de passagem, isso me lembrou as stillsuites do fictício universo de Duna (livro e filme): roupas especiais que capturam e reciclam a umidade do corpo de quem a veste, para serem usadas em ambientes inóspitos como o planeta-deserto Duna.
Deu uma ventania aqui no bairro no domingo a noite e não choveu. Mas foi o suficiente para estremecer as bases da velha Tipuana de frente de casa.
Esta madrugada ela caiu do nada. Só porque estava velha e podre por dentro.
Ela caiu às 3 da manhã e parece que amassou um pouco o teto de um carro do outro lado da rua.
Os bombeiros começaram a picotá-la às 5h com motoserras barulhentas. Mas o pior foi a incompreensão dos carros que buzinavam sem parar. Poxa, um pouco de respeito pela querida árvore morta.
A árvore estava oca por dentro e tinha raízes pouco profundas, incompatíveis com sua idade e tamanho centenário. A certa altura, os bombeiros acharam um ninho de abelhas ou algo do gênero e se empenharam para retirá-lo com cuidado e tentar guardar o mel que escorreu. Alguns provaram e gostaram. Parecia até que o principal momento de seu trabalho era marcado por esse achado.
Adeus Tipuana. Nossa rua vai ter menos cara de alameda sem você. Mais ainda quando sua irmã ao lado foi também cortada este ano.
O único consolo é que a nova árvore que será plantada no lugar vai absorver bastante CO2 para crescer.
After this story from Slashdot, maybe people can really start working for bandwidth.
Remember this t-shirt ?
Ouvi esta manhã na KUT, ótima rádio comunitária aqui em Austin, que alguns estados americanos tem pensado em formas de reduzir o consumo doméstico de energia elétrica.
Uma das soluções é instalar dentro de casa um mostrador de consumo em dólares e não em indecifráveis kWh. Deram um exemplo de que uma torradeira acusa consumo de US$0.59 por hora enquanto uma lavadora de roupas acusa US$1.09 por hora. Muito mais fácil de entender, não !?
O dispositivo tem duas partes. Uma para coletar os dados, agregada ao relógio de kWh da casa, e outra dentro de casa funcionando só como mostrador. A comunicação seria por algum tipo de wireless.
Selecionaram uma população para testar esse dispositivo por algum tempo, e observaram que 75% dos lares passaram a gastar menos energia. Não mencionaram quanto economizaram.
Mas já é bastante efetivo. E funciona só porque apresentaram o consumo para as pessoas numa medida que todo mundo entende muito bem. Sim, isso é uma questão de acessibilidade também.
Claro que discutiram também questões de redução do lucro das empresas que provêm energia. Mas pensando a longo prazo, na minha opinião isso é um problema menor e que se ajeita com o tempo.
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Extraido do Northeast Organic Farming Association of New York‘s Organic Food Guide 2007, distribuido numa pequena feira orgânica em Mount Kisco, NY.
SAIBAM, que a Terra não será mais a mesma dentro de 20 ou 30 anos.
A Natureza não consegue rearranjar seus ecossistemas tão rápido quanto o homem tem feito a temperatura do planeta subir, através da crescente emissão de CO2 (dióxido de carbono), marca de nossa era industrial. Então, antes da maioria de nós deixar esta vida, veremos secas fustigantes, enchentes avassaladoras e extinções irreversíveis. Já começou. Espécies, geleiras e continentes inteiros sumirão do mapa.
O mais terrível não é a mudança na paisagem global, mas os impactos sócio-econômicos. Imaginem as hordas de milhões de pessoas — 6 casas decimais de desabrigados — migrando para as montanhas porque seus paises e cidades viraram parte dos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico. Ou teremos séculos de guerras por água e m2, ou aprenderemos a viver em paz e compartilhar os recursos.
Este assunto era um rumor remoto para mim, mas é impossível não se sensibilizar com o documentário Uma Verdade Inconveniente, ainda em exibição em algumas salas de São Paulo. Os fatos relatados alí não me saem da cabeça, e é filme obrigatório para todas as pessoas.
Lembre-se: o planeta não é nosso; ele nos foi emprestado pelos nossos filhos (provérbio africano).