Twitter e Liberdade de Expressão

Twitter e Liberdade de Expressão

O 𝕏 quer que acreditemos que liberdade de expressão só ocorre através dele, quando na verdade as pessoas continuam podendo se expressar livremente em outras plataformas digitais, praças públicas e na rua.

O 𝕏 quer usar sua enorme base de usuários brasileiros para manipular a opinião pública de modo que se acredite que sua plataforma é tão necessária e vital ao ponto de estar acima das leis do país.

O fato é que a novela do bloqueio do 𝕏 nada tem a ver com liberdade de expressão. Isso é só a tal da “narrativa”, onde se tenta criar uma relação de causalidade onde não há. O caso do 𝕏 é sobre uma empresa que quer usufruir da enorme audiência que tem no Brasil, extrair lucro de anunciantes, mas sem respeitar as leis do país.

O bloqueio não foi abrupto. O Judiciário do Brasil passou um tempão pedindo para que certos conteúdos fossem moderados. Se a direção do 𝕏 manda um “que se dane” para a visão de mundo de uma democracia gigante como o Brasil, eles terão problemas sim para operar aqui. Todas as pessoas físicas e jurídicas estão sujeitas a isso; por que não o 𝕏? É uma questão de soberania nacional contra direção predatória de uma empresa.

O bloqueio é uma medida contundente. Mas vejo que a justiça do Brasil ficou sem alternativas perante a petulância dos dirigentes do 𝕏. Basta o 𝕏 ter representação no Brasil, moderar conteúdo, que eles imediatamente serão desbloqueados. Com a conduta atual de seus dirigentes, era uma questão de tempo para que o 𝕏 fosse bloqueado em algum país. Aconteceu só de o Brasil ser o primeiro.

Enquanto isso, não faltam lugares físicos e virtuais para qualquer um exercer sua liberdade de expressão. Todos eles obviamente sujeitos as leis do país.

Também no Facebook e Instagram.

Chatbots de auto-atendimento 🥱

O dilema dos chatbots que empresas disponibilizam em seus canais de atendimento é que eles são só mais uma UI (user interface). Como é o app. Como é o site da empresa.

Se o usuário não encontrou a função que precisa no site ou no app, também não vai encontrar no chatbot 100% das vezes que procurar.

O desafio dos chatbots continua sendo integração dos sistemas por trás, que é o maior desafio de qualquer empresa que quer se informatizar, desde quando o computador entrou no mundo corporativo.

Então se sua última tentativa para resolver um problema é entrar no chat ou ligar no call center da empresa, pode já ir direto pedindo prá falar com ser humano. Pois estes nunca falham.

LinkedIn e Facebook.

LinkedIn Inferences About You

Export all your LinkedIn data (on computer, select Me ➔ Settings & Privacy ➔ Data Privacy ➔ Get a copy of your data ➔ Larger data archive) and then check the Inferences_about_you.csv file.

As the file name says, it is how LinkedIn AI models see you. Do you have career stability? Are you in the early stages of your career? Are you a people or senior leader? Business owner?

These classifications are certainly used by recruiters to search for people. And you should use it to check if there are things you must change in your profile.

UPDATE: LinkedIn apparently isn’t providing this information anymore. It was being provided until a few days before my post.

Also on my LinkedIn.

Melhorias para o Pix do BaCen

O Banco Central do Brasil acertou em cheio com o Pix, inovação bancária digna de ser copiada por qualquer BC do mundo. Mas ainda acho o Pix bem burocrático de ser usado. Vejo que ele é um sucesso porque era algo muitíssimo desejado, não por ter boa usabilidade nem por promover boas práticas. Minha veia de designer de aplicações não pode deixar de sugerir algumas melhorias que poderiam ser feitas numa próxima revisão, especialmente em relação a usabilidade.

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Como o WhatsApp foi usado para disseminar fake news e como combater

Ao contrário do que se pensa, os robôs da campanha via WhatsApp não enviaram as fake news diretamente para milhões de brasileiros. Enviavam só para algumas centenas de grupos extremistas enormes como “Direita é o Poder”, “Parada Hétero” etc. A partir daí, seus usuários humanos propagavam organicamente os memes e fakes pelos seus grupos de família, escola e trabalho, que por sua vez também os propagavam. E foi assim que a maioria dos brasileiros receberam de seus próprios amigos (e não de robôs) a enxurrada de memes que vimos ao longo de setembro.

Todas as campanhas políticas da história lançaram mão de disseminação de boatos, propaganda enganosa, disseminação de medo, incerteza e dúvida. Essas construções da mente são, inclusive, uma das característica que nos diferenciam dos outros animais, conforme citam Yuval Harari em seu livro Sapiens e outros autores.

Mas na campanha presidencial brasileira de 2018 isso foi levado a níveis extremamente nocivos devido a junção inédita de 3 fatores:

  1. Conteúdos mais acessíveis, em forma de memes, imagens, charges, videos e também artigos. As mensagens são sutis e enviesadas, nem sempre são noticias falsas, às vezes são só piadas de mau gosto. Mas o objetivo é claro e sempre o mesmo: destilar escárnio, ódio e preconceito. Seus mensageiros, quando questionados quanto a ofensa contida na mensagem, frequentemente responderão que ela contém “a mais pura verdade”. O meme é facilmente produzido pelos próprios usuários em seus celulares ou por agências profissionais contratadas. O importante é capturar imediatamente a atenção de quem recebe o conteúdo. Veja alguns exemplos neste artigo do El Pais.
  2. Disseminação em massa do conteúdo por robôs, em grandes grupos de WhatsApp de muito interesse naquela mensagem. Trata-se de grandes grupos de WhatsApp onde a maioria dos participantes não se conhecem pessoalmente, nunca saberão se um dos números de telefone alí é um robô de disparo de mensagens. Quando o conteúdo é inserido pelo robô, a posição política coletiva do grupo entra rapidamente em sintonia com ele, e sua pitada de humor o livra de maiores questionamentos sobre sua veracidade. Um usuário mais questionador rapidamente perderia força num embate com o grupo extremista porque o massacrariam com “deixa disso”s. Depois da inserção intencional do conteúdo, começa a 2ª fase: os próprios usuários, felizes com um novo conteúdo divertido e importante, divulgam-no organicamente para seus outros grupos restritos e fechados que são da família, da escola, do trabalho e assim ele continua se propagando organicamente. A enorme maioria das pessoas acaba recebendo o conteúdo nessa segunda fase, de forma orgânica. Essa 2ª fase orgânica esconde a origem robótica e artificial da 1ª fase. A seleção inicial desses grandes grupos de WhatsApp, que têm afinidade com a mensagem que se quer transmitir, e a adição dos robôs neles, é a parte mais estratégica da campanha porque é o mecanismo para se plantar a semente. Os robôs enviam os memes somente para os grupos de interesse, nunca diretamente para pessoas avulsas, como alguns pensam.
  3. Mobilidade pervasiva. Este fator obviamente habilitou os dois anteriores. É o celular que nos chama o tempo todo e que só saberemos se é uma emergência médica de um parente ou uma bobagem qualquer depois de dar uma olhadinha.

Foi no começo de setembro que observei um aumento expressivo na disseminação de memes nos grupos da escola e da família que faço parte. É difícil saber se é puramente orgânico ou se foi estimulado por uma campanha de robôs alguns níveis antes. No meu caso, o conteúdo era encaminhado sempre por 3 usuários, um deles declaradamente de extrema direita e muito ativo politicamente.

O video da denuncia, que mostra o próprio Bolsonaro e a tela do WhatsApp em atualização frenética devido ao envio robótico de mensagens (que emergiu em 2 de outubro de 2018), revela os grupos de muito interesse através de seus nomes: “Direita é o Poder”, “Direita Ativa”, “Direita Agreste”, “BolsoMito”, “Direita Aprendiz”, “Parada Hétero” etc. Essa lista específica de grupos, aquela alta velocidade anormal de recebimento de mensagens, nas mãos de Bolsonaro, para mim comprovam o uso consciente de robôs de envio de mensagens de campanha. Todos os brasileiros puderam observar a eficácia dessa campanha visto a enxurrada de memes de ódio e escárnio que recebemos em nossos celulares. Muitos infelizmente foram permeáveis a esse ódio constante e insistentemente comunicado.

Como levantar provas sobre o conteúdo inserido no WhatsApp, ainda para as eleições de 2018

O aplicativo registra quando uma mensagem é encaminhada, pode-se ver o “Forward” ou “Encaminhado” sobre o balão da mensagem. Por trás dos panos, o aplicativo guarda uma série de metadados sobre a mensagem que numa análise forense nos servidores do WhatsApp permitiriam recriar toda a trajetória da mensagem, mesmo que o conteúdo em si é criptografado na transmissão entre usuários. Em outras palavras, via mandado judicial ou outro pedido formal, o WhatsApp seria capaz de dar um relatório completo sobre o conteúdo, incluindo quando o meme foi inicialmente publicado na rede, de qual endereço de internet, se foi usado um computador ou celular, de qual marca, de que região do planeta, número de telefone do usuário e eventualmente até seu usuário Facebook.

Como combater esse mal de forma mais definitiva no futuro

Qualquer tipo de limitação ou restrição não é a solução de longo prazo, mesmo porque o aplicativo não sabe diferenciar entre receitas de bolo e memes de ódio. Criar restrições para um tipo, valerão desnecessariamente para o outro tipo de conteúdo.

O que falta no WhatsApp é um mecanismo para que usuários denunciem conteúdo impróprio, colocando-o numa espécie de quarentena e assim evitar que outros usuários, inclusive em outros grupos façam qualquer coisa com tal conteúdo problemático. No Facebook, funcionalidade similar já foi implementada após os problemas nas eleições do Trump. Uma proposta para o WhatsApp seria o usuário selecionar o conteúdo ofensivo e denunciá-lo via alguma opção inédita no aplicativo. Uma vez decidido que é ofensivo/falso, o conteúdo passaria a ter uma moldura vermelha ou outra marca visual clara aos usuários informando que ele é problemático. O aplicativo inibiria e bloquearia outras operações sobre esse conteúdo também, como encaminhamentos, salvar no rolo da câmera etc.

Mas tudo isso, só para as próximas eleições.

A nova TI do iPhone

Do PC ao Datacenter, como o iPhone mudou tudo o que fazíamos em TI

A fórmula era ambiciosa para 2007: um telefone com inovadora tela multitoque grande, teclado virtual que finalmente funcionava, SMS repensado e apresentado como uma conversa, aplicação de e-mail com interface extremamente efetiva e clara, inúmeros sensores que interagiam com o mundo físico. E, acima de tudo, um browser completo e avançado, que funcionava tão bem quanto o que tínhamos no desktop. Read More

WordPress Community is in Pain

I don’t know about you senior bloggers but I’m starting to hate the way the WordPress community has evolved and what it became.

From a warm and advanced blogging software and ecosystem it is now an aberration for poor site makers. Themes are now mostly commercial, focused on institutional/marketing sites and not blogs anymore. WordPress is simply a very poor tool for this purpose. You can see this when several themes are getting much more complex than WordPress per se. Read More

SMS sem Ansiedade

SMS, WhatsApp, iMessage, Hangouts mudaram a forma como nos comunicamos.

Só não podemos nos deixar cair na armadilha de achar que a mensagem entrou no cérebro do destinatário quando aparece ✔✔. Evite ansiedade desnecessária pois o destinatário pode estar ocupado, esqueceu de responder ou simplesmente viu mas não leu direito.

De resto essas Apps são adoráveis mesmo.

Publicado também no Facebook.

Como será sua próxima TV

Antena ou “conversor” digital é bobagem para quem tem TV a cabo. Só serve pra quem precisa captar sinal digital do ar e por enquanto só serve para a cidade de São Paulo.

Sobre OLED vs LED vs LCD vs Plasma, é o tipo da coisa que você só sente a diferença de imagem na loja, quando vê a mesma imagem passando em tecnologias diferentes. O importante é você não entrar numa tecnologia que deixaram pra trás, tipo Plasma, e entrar no que é bom em termos de custo/benefício hoje. Meu pai comprou uma LG LCD uns meses atrás com fatores de contraste e luminosidade superbons e preço bacana. E lembre-se que 3 minutos depois que o filme começar, deitado no sofazão, comendo pipoca, o que importa é a emoção e não mais a tecnologia. Este é o fator mais importante. Read More

Drupal is Gonna Change Your World

Forget expensive and proprietary MS Access. Forget about applications built on top of complex muiltitab spreadsheets. Drupal with Content Construction Kit, Views and Faceted Search are the right and way better solution for you.

Forget about building Flash-only web sites. Drupal and its modules is a better and semantically correct way for your Web 2.0 site.

Forget about PHP, ASP, JSP development from scratch. Drupal and its modules will put your site running faster with near zero programming.

This is a just a note for people building websites and general applications.

Eu, Drupal e a Arrebentação

Dediquei-me nos últimos meses a estudar o Drupal. Fiz isso nas horas vagas (tipo da meia noite às 6 da manhã) e foi uma longa curva de aprendizado.

Para quem não sabe, Drupal é um Sistema de Gerenciamento de Conteúdo (CMS) para a Web. Um fazedor de sites, em outras palavras. Quaisquer sites.

Umas semanas atrás ultrapassei o ponto da arrebentação. Agora é só um mar de calmaria, ou seja, a luta contra o maremoto da falta de conhecimento foi ultrapassado. Minha saga com CMSs começou com o WordPress, quando montei este blog que vos fala. A partir daí aprendi o que é um conteúdo atômico, como gerenciá-lo corretamente, taxonomias, tags, feeds, mashups, blogosfera, e as maravilhas da web semântica.

O WordPress é um CMS otimizado para blogs e por isso ele se dá ao luxo de ser fácil de usar. OK, você pode fazer outros tipos de sites com ele, mas isso exige uma violenta intervenção em seu mecanismo de temas, e ao longo do tempo esse site não-blog se tornará ingerenciável — uma aberração.

Se o WordPress foi feito para fazer blogs, Drupal foi feito para fazer qualquer tipo de site. O custo disso é que os elementos que o constituem são mais abstratos e por consequência mais difíceis de se entender. Além do mais, o Drupal Core por sí só é meio feio, pouco prático e não faz muita coisa.

No processo de aprendizado, é necessário dedicar uma boa lapa de tempo para conhecer seu ecossistema de plugin e extensões. Ultrapassar a arrebentação então constitui em vencer os seguintes passos:

  1. Entender os elementos básicos do Drupal e suas correlações: nó, taxonomia, URLs limpas, módulos, papéis (roles) e permissões, temas, etc
  2. Conhecer um conjunto razoável de módulos que se integram bem e que extendam enormemente a funcionalidade do Core. Alguns exemplos de extensões/módulos poderosíssimos: Views, Content Construction Kit, Busca Facetada, Painéis, CSS Injector

Construi dois sites relativamente complexos, semânticos, com múltiplos tipos de categorias, buscas facetadas, layouts diferenciados, look profissional etc, sem escrever sequer uma linha de código. OK, para não enganar vocês escrevi umas 30 linhas de CSS para embelezar alguns elementos da página. Só. Posso dizer que há algumas dezenas de pessoas encantadas com um deles, rodando na Intranet da minha empresa — IBM— e que ele é tão funcional, simples e interessante que até meu chefe comprou a idéia e está vendendo-o empresa a dentro.

Drupal tem o mérito de juntar duas características importantíssimas que cada uma por sí só já é ultravaliosa:

  1. Seu Core é extremamente bem arquitetado visando economia e extensibilidade total.
  2. Conseguiu montar um ecossistema de extensões que tornam o trabalho (depois da arrebentação) um prazer altamente produtivo.

Há outros CMSs por aí — Plone, Joomla etc —, não os conheço na prática. Mas acho que dificilmente alcançaram a maturidade e a solidez do Drupal. O retorno disso é que Drupal está conquistando algumas referências incríveis como o site da Casa Branca, Sony, MTV, etc.

Anotem esta previsão: Dentro de 2 ou 3 anos, Drupal estará para o mundo dos sites assim como Linux está hoje para o mundo do Sistemas Operacionais — não fará nenhum sentido criar um site sem ele.

WhiteHouse.Gov migrou para Drupal

Drupal é um dos melhores gerenciadores de conteúdo que existem e é Open Source.

Há quem diga que é porque o governo Obama incentiva Open Source blablabla etc. Mas a verdade é que provavelmente a escolha foi pelo melhor: Drupal. No blog do Tim O’reilly, há também mais detalhes sobre a infraestrutura: Red Hat Linux como SO e MySQL como DB.

Eu uso-o diariamente e posso dizer que é extremamente bem arquitetado e tem uma comunidade vibrante. Posso dizer também que não faz nenhum sentido hoje em dia criar um site do zero sem usar uma ferramenta poderosa e flexivel de gestão de conteúdo como o Drupal.

Bem, a prova que o site da Casa Branca roda sobre Drupal está em seu HTML enviado ao browser.

Assinaturas do Drupal no HTML do site da Casa Branca

As partes em destaque são típicas URIs do Drupal.

Se Linux reina hoje no universo dos sistemas operacionais de servidor, Drupal reinará também no universo dos sites em 2 ou 3 anos.

Yawasp Ultimate Anti-Spam Solution

Spam fighting is a difficult job. Many spammers are too smart for Akismet and I was spending too much time cleaning comment spam.

Captcha-based anti-spam methods are ok but they hurt too much the usability and user experience.

Then I finally found Yawasp WordPress plugin that implements an innovative anti-spam method. It makes the comment form field names to be dynamic and to always change so spambots will have a harder time to know what field is what.

Additionally, it creates a hidden field also with a random cryptic name that must be sent empty. Smarter spambots (but not smart enough) usually send it filled because they can’t see the difference between this honeypot field to a real one.

This methods ensure a full shield against spammers without hurting usability. I simply stopped receiving spam since Sunday when I installed it. And Yawasp is reporting this about the 48 hours it is running in my blog:

Yawasp has blocked 888 birdbrained Spambots since its last activation.
♦ 856 Spambots send the default author and/or comment field.
♦ 32 Spambots send the hidden field, but filled it out.

The only drawback of Yawasp is that my WordPress theme PHP code had to be changed to activate Yawasp dynamic filed names hook. But I can deal with that. And Yawasp may also try to change your theme automatically so you don’t have to worry about that.

I recommend Yawasp to any WordPress blog owner.

Para que afinal servem essas redes sociais online ?!

Matisse

… foi a pergunta que me fez hoje no almoço o Agostinho Villela, uma cara multicultural, multimídia e multilegal que trabalha comigo.

— Agostinho, tu não pode ver essas coisas como sites. Orkut, Facebook etc são como festas (© Avi Alkalay). — respondi na hora.

É fácil continuar pensando nisso: geralmente você se veste bem para ir a uma festa, se arruma de acordo com a ocasião, trabalha bem o seu perfil, inclui boas fotos, coleciona bons depoimentos etc.

O que muda é o que cada um faz numa festa. Alguns vão paquerar, outros só querem encontrar velhos amigos, ou fazer novos, ou só fazer contatos profissionais (caso do Linked In), outros ainda estão interessados em usar o poder de alcance da Web para achar interlocutores de assuntos raros. E muitos, como eu, fazem tudo isso.

Sou um dos primeiros usuários do Orkut no Brasil — entrei em fevereiro de 2004 — e posso dizer com toda propriedade que isso mudou a minha vida. Apesar de não ser mais um freqüentador tão assíduo.

Não que eu adore o Orkut. Tecnicamente acho o Facebook, por exemplo, bastante superior. Mas creio que qualquer um declinaria um convite a uma festa cheia de pirotecnias e luzes bonitas ao preferir estar em outra mais simples, onde se pode desfrutar da companhia de seus amigos e o poder de suas respectivas conexões.

Mas a festa evoluiu. Ela tem uma espécie de onisciência e onipresença. Ao alcance de um clique, pode-se saber mais sobre o autor de um comentário interessante: é a onisciência. E pode-se participar de várias conversas simultaneamente: é a onipresença.

Nunca canso de citar Doc Searls e David Weinberger em seu artigo Mundo de Pontas (“World of Ends”). Dizem que a Internet é uma grande esfera oca com a superfície formada por pontas interconectadas. Bem, nós somos as pontas e ela é oca porque não há nada no meio que limite a nossa interação.

De todos os nossos selves, o mais novo é o Digital Self (© Avi Alkalay ?). Acredito que esse conceito vai se consolidar e em breve cada indivíduo terá uma URL (um permalink) onde se encontra seu OpenID, parte pública de sua assinatura digital, perfil, interesses, blogs etc. Algo como os perfis dos Orkuts, Facebooks etc, só que consolidados em um só lugar.

Existem mil e uma maneiras de ir a uma festa. Orkuts, forums, Google Talks, SecondLifes, blogs, planets etc. Invente a sua.

Vida Digital

Podem me chamar de geek mas eu adoro informação em formato digital.

  • Música ⇒ MP3
  • Filme ⇒ H.264 com MP4 ou MKV
  • Idéias ⇒ ODF
  • Desenhos ⇒ SVG
  • Fotos ⇒ JPEG
  • Termos ⇒ Wikipedia
  • Qualquer coisa que já foi ou será inventada ⇒ XML
  • O mecanismo de funcionamento do mundo ⇒ Código, Software
  • Gente ⇒ Orkut, Geni, FaceBook, SecondLife, Lively, etc
  • Festa, ou onde pessoas trocam de tudo ⇒ Web 2.0
  • Repositório para criação coletiva de idéias ⇒ Wiki
  • Um ponto na Terra ⇒ Google Maps
  • E, para encontrar tudo isso ⇒ URLs, Permalinks

Alguém mais adora comigo ?

Web 2.0 Heaven for Brand Owners

There is this website called Brand Tags that lets people quickly tag brands that pop up in a web 2.0 style.

Then you can also browse brand names and see their tag cloud.

For example, Linux is associated with “penguin”, “free”, “tux”, “cute”, “free” etc. Windows gets “computer”, “crap”, “crash”, “monopoly”, “sucks” etc. Apple gets “apple”, “computer”, “awesome”, “cool”, “design”, “innovation”, “love”, “trendy”. IBM gets “big big blue”, “boring”, “computer”, “corporate”, “old”, “pc”, “thinkpad”. Nike has a scary association with “child labor”. Oracle has a plain “database”.

In portuguese we use to say that people’s voice is God’s voice.

Profissões Web 2.0

Em 2007 participei de uma série de reuniões com clientes e discussões sobre a importância do Second Life na estratégia de qualquer pessoa ou empresa que se julgue “in”.

Veja, não estou dizendo que o Second Life é importante, mas que muitas pessoas e empresas chegaram a discutir isso seriamente.

Levante a mão quem já entrou no Second Life. Agora levante a mão quem entrou mais de uma vez e continua usando.

A Sociedade da Informação de hoje não esta pronta nem tecnológica nem psicologicamente para esses mundos virtuais. Mas eles nos ensinaram uma lição: muito relacionamento humano está acontecendo em forma de fluxo de bits, e as empresas querem estar onde as pessoas [seus clientes] estão.

O Second Life (e similares) é a manifestação máxima dessa malha digital de relacionamentos (também conhecida como Web 2.0), mas se é ainda inusável, que tal as empresas clarearem seus objetivos – estar perto das pessoas, lembra? – e usarem outras ferramentas da mesma família para atingí-los?

Que tal criarem blogs corporativos para se comunicarem de forma mais direta, descontraida e interativa com seus clientes, como a IBM, Sun, Intel, Google, Microsoft, Nokia tem feito ?

Que tal aumentarem sua participação em comunidades onde as pessoas estão, como Orkut, Facebook etc? Essas festas online, especificamente, são um prato cheio para fabricantes de produtos de uso final. E não estou falando de spam, mas de uma participação oficial que realmente agregue valor.

Que tal usarem conceitos de Wikinomics a fim de criar novos produtos baseado diretamente no desejo do consumidor ?

Agências de propaganda que tiverem afinidade com essas novas características da Sociedade da Informação poderão levar seus clientes a graus de competitividade mais confortáveis.

Profissões como Gerente de Redes Sociais, Blogueiro Corporativo, Evangelizador Digital estão surgindo no horizonte, são profissionais raros e que começam a ser procurados pelas empresas.

Esse profissional precisa de alguns ingredientes bem apimentados: capacidade de comunicação, bom conhecimento dos produtos da empresa, entender como redes sociais digitais funcionam, seus códigos de ética etc, alguns conhecimentos do linguajar dessa nova esfera (feeds, podcasts, trackbacks, avatars, OpenIDs etc) para fazer a tecnologia efetivamente trabalhar a seu favor, noções de user-friendlyness, etc. Meio técnico, meio comunicador, meio designer, meio webguy. Uma mistura bastante peculiar de características.

E como se trata de comunicação externa, há um certo risco e medo envolvido. “Será que meu blogueiro vai falar o que não deve, revelar segredos, etc?”.

Posso contar como isso aconteceu aqui na IBM. Há anos foram criados blogs, wikis e outras ferramentas típicas da Web 2.0 na Intranet. Todo funcionário pode ter seu blog interno, pode criar um wiki, etiquetar sites e pessoas, e automaticamente tem um perfil online tipo Orkut, que chamamos de Bluepages. Há também uma atmosfera e incentivo quase que formal para fomentar inovação, mas isso é outra história.

Alguns funcionários que começaram a blogar internamente passaram a fazer isso para a Internet. Houve uma espécie de seleção natural dos escritores.

O curioso é que essas ferramentas internas não foram criadas para fazer tal seleção. Mas seu uso é tão marcante no dia a dia dos funcionários que elas até viraram produtos para empresas que querem criar sua infraestrutura para a Web 2.0 sem o uso das ótimas opções em Software Livre que existem por aí.

Mas voltando às profissões, o mais interessante é que não há curso universitário que forme para tal missão. Pense nisso.

Upgrade to WordPress 2.5

This is my first post in the new WordPress 2.5.

Upgrade was as easy as:

$ cd avi.alkalay.net
$ svn sw http://svn.automattic.com/wordpress/tags/2.5/

Everything worked without any changes, including my experimental content-optimized Plasma theme.

The new WordPress has lots of improvements, specially in the administration part and I recommend it.

Web 2.0 Party

Web 2.0 is about people. Its a global party where human beings exchange knowledge, experiences, information and even emotions.

Yesterday I saw the Xanadu movie again with ELO’s All Over the World, a good-vibe song from the 80’s that still has very current lyrics that explain what people are doing in our 2008’s Web 2.0.

Check out the movie excerpt with the song and the lyrics.

Everybody all around the world
Gotta tell you what I just heard
There’s gonna be a party all over the world

I got a message on the radio
But where it came from I don’t really know
And I heard these voices calling all over the world

All over the world,
Everybody got the word
Everybody everywhere is gonna feel tonight

Everybody walkin’ down the street
Everybody movin’ to the beat
They’re gonna get hot down in the U.S.A.
(New York, Detroit, L.A.)

We’re gonna take a trip across the sea
Everybody come along with me
We’re gonna hit the night down in gay Pareee

All over the world,
Everybody got the word
Everybody everywhere is gonna feel tonight

London, Hamburg, Paris, Rome, Rio, Hong Kong, Tokyo
L.A., New York, Amsterdam, Monte Carlo, Shard End and

All over the world,
Everybody got the word
Everybody everywhere is gonna feel tonight

Everybody all around the world
Gotta tell you what I just heard
Everybody walkin’ down the street
I know a place where we all can meet
Everybody gonna have a good time
Everybody will shine till the daylight

All over the world,
Everybody got the word
Everybody everywhere is gonna feel tonight

All over the world
Everybody got the word
All over the world
Everybody got the word
All over the world
Everybody got the word

Google Maps com Posicionamento por Antenas de Celular

Já faz um tempo que tenho me divertido com a nova versão do Google Maps que se instala no celular.

Ele faz uma coisa incrível: te diz mais ou menos onde você está agora, mesmo se seu celular não é equipado com GPS. É um recurso que se chama “My Location”.

Me falaram que a técnica que usada para fazer isso chama-se triangulação de antenas. Parece que é conhecida a posição geográfica de cada antena de celular e o Google Maps sente a potência de cada antena próxima e calcula a posição aproximada de acordo com a força do sinal de cada uma delas.

No mapa abaixo, estou realmente no ponto mais ao sul mas o Google Maps do meu celular calculou que estou um pouco mais ao norte, ponto este que vejo de minha janela a uns 100m mais ou menos.

Center of map
map
Estou realmente aqui
map
O Google Maps calculou que estou aproximadamente aqui

É bastante bom para eu que não tenho GPS.

Já disse antes e continuo repetindo: o Google Maps é o serviço mais legal da Web. Mais ainda que o Google Earth por ser mais acessível e leve.

O mapa desta página é feito com o Google Maps plugin para WordPress.

A Blogosfera

Um blog é um website qualquer cujo conteúdo é organizado como um diário (log, em inglês), ou seja, por datas e em ordem cronológica. O nome surgiu quando “web log” virou “weblog”, que em uma brincadeira se transformou em “we blog”, para enfim se popularizar em “blog”.

A cultura dos blogs tem um dicionário de jargões:

  • Post: um artigo ou publicação que pode conter texto, imagens, links, multimídia, etc. Um post tem um título, data e hora, é categorizado sob um ou mais assuntos como “vinhos”, “tecnologia”, “viagens”, “poesia”, etc., definidos pelo dono do blog. Usa geralmente linguagem mais direta e descontraída, e pode ser tão longo quanto um extenso artigo, ou conter somente poucas palavras. Um blog é uma seqüência de posts.
  • Comentário: visitantes do blog podem opinar sobre os posts, e esse é um lado muito importante da interatividade dos blogs.
  • Permalink: um link permanente, o endereço direto de um post específico.
  • Trackback e Pingback: um post que faz referência a outro post, até mesmo em outro blog.
  • Feed: há ferramentas que permitem ler vários blogs de forma centralizada, sem ter que visitá-los separadamente. O feed é uma versão mais pura do blog, contendo somente os últimos posts em formato XML (RSS ou ATOM), e serve para alimentar essas ferramentas. Podcasts nada mais são do que feeds contendo mídia, ao invés de só texto.

Blog é um nome mais atual para o que se costumava chamar de “home page”. A diferença é que antes da era dos blogs, uma pessoa que quisesse ter um website pessoal, tinha um enorme trabalho para publicar conteúdo de páginas, que geralmente eram estáticas, não interativas, e francamente, sem graça. Era um processo manual que exigia algum conhecimento técnico, e por isso eram geralmente os técnicos que publicavam conteúdo na web.

Com a padronização do conteúdo em ordem cronológica, em posts, surgiram uma série de ferramentas e serviços de blogging, sendo os mais conhecidos o WordPress, Blogger, LiveJournal e MovableType.

Eles facilitaram a publicação de textos, links, multimídia, de forma organizada e bonita, e a web ficou muito mais interessante. Se antigamente um escritor precisava ter influência com editoras para publicar trabalhos, hoje qualquer pessoa é um escritor em potencial. E, sim, os blogs revelaram inúmeros ótimos escritores — alguns viraram celebridades —, só porque agora eles tem acesso a uma plataforma de publicação independente e direta: a Internet.

Os “blogueiros” (bloggers, pessoas que possuem e escrevem em seus blogs) visitam e lêem outros blogs, fazem comentários, criam links e se referenciam, criando uma espécie de conversa distribuída.

A consolidação da cultura dos blogs fez surgir alguns serviços como Technorati, Truth Laid Bear, BlogBlogs, Ping-o-matic, Digg, dentre outros, que tem a habilidade de seguir a conversa. Mais ainda, eles conseguem medir a popularidade de um blog ou de um assunto, e mensurar sua vitalidade e popularidade na web. Usando extensamente idiomas XML como XHTML, RDF, RSS e ATOM, eles conseguem notificar um blog de que ele foi citado em outro blog, ajudando o primeiro a publicar automaticamente um pingback ou trackback, mostrando quem o citou e como.

A Blogosfera é o fenômeno sócio-cultural materializado nessa malha de interações digitais entre os blogs e seus autores. Pode ser comparada a Comunidade de Software Livre. Onde esta cria software de forma distribuída e de acesso livre e direto aos usuários finais, a Blogosfera trabalha com idéias em geral, poesia, fotografia, multimídia, notícias, de qualquer um que se disponha a escrever para qualquer um interessado em ler.

Como dizem Doc Searls e David Weinberger no artigo Mundo de Pontas (“World of Ends”), a Internet é uma grande esfera oca com a superfície formada por pontas interconectadas. Bem, nós somos as pontas e ela é oca porque não há nada no meio que limite a nossa interação. Essa metáfora explica como os bloggers ganharam voz ativa na sociedade livre da Internet, onde falam bem de quem gostam e denunciam quem ou o que não gostam. Sendo público e interativo, qualquer assunto verídico e bem conduzido tem potencial para virar uma bola de neve ao ponto de iniciar um escândalo político (exemplo), obrigar uma empresa a admitir que deve fazer um recall de produtos defeituosos, ou de dar informações muito precisas sobre a bomba que explodiu no bairro durante uma guerra (warblog).

O Software Livre, a Blogosfera e outros movimentos socioculturais que estão por vir são um resultado direto da benéfica massificação da Internet.

Empresas têm usado blogs como forma de se aproximarem de seus clientes. Sua linguagem descontraída, não-institucional e principalmente interativa derruba barreiras e potencializa comunidades. Bons blogs corporativos passaram a ser peça chave do ciclo de desenvolvimento de produtos, como plataforma de divulgação das próximas novidades e ponto de coleta direta de opiniões de usuários.

O que você está esperando para ingressar na Blogosfera ?

Complete a Ponte

Lotus SymphonyE parece que o pessoal de marketing aqui na IBM tem usado a imaginação para mostrar a linha de produtos de colaboração com o lúdico site Complete A Ponte. Fizeram também uns vídeos engraçadinhos.

Um dos produtos mais em voga que está lá é o Lotus Symphony, suite de escritório gratuita, compatível com o formato aberto ODF, os proprietários do MS Office (.doc, .xls, .ppt) e também com o formato do antigo Lotus Smart Suite (.lwp, .prz, .123, .wk4). Ou seja, o Symphony pode ser usado para converter tudo isso para o moderno ODF.

Mas há outras coisas lá também como o Lotus Connections que traz para o ambiente corporativo o que há de mais atual na Web 2.0, como Wikis, Blogs, tagging e comunidades e redes sociais (a la Orkut). E claro não poderiam ficar de fora o Lotus Domino, servidor de workgroup mais popular do mundo, e outros.

Visite e complete a ponte !

Creating OpenSearch plugins for Browsers

I just came across a Mozilla::Developer page that teaches how to let visitors on a site easily add that site’s search function into their browsers as a plugin.

If you are reading this in my blog and you select your browser’s search tool, this is what you’ll see:

OpenSearch option in browser’s tool

You’ll get the option to permanently add my blog’s search function to your browser. If you select it, you’ll have this:

OpenSearch option added to browser’s tool

To make it, I followed the instructions on the first link and created my OpenSearch description file. Look! Technorati, Microsoft, and many others have OpenSearch-enabled websites.