Twitter e Liberdade de Expressão

Twitter e Liberdade de Expressão

O 𝕏 quer que acreditemos que liberdade de expressão só ocorre através dele, quando na verdade as pessoas continuam podendo se expressar livremente em outras plataformas digitais, praças públicas e na rua.

O 𝕏 quer usar sua enorme base de usuários brasileiros para manipular a opinião pública de modo que se acredite que sua plataforma é tão necessária e vital ao ponto de estar acima das leis do país.

O fato é que a novela do bloqueio do 𝕏 nada tem a ver com liberdade de expressão. Isso é só a tal da “narrativa”, onde se tenta criar uma relação de causalidade onde não há. O caso do 𝕏 é sobre uma empresa que quer usufruir da enorme audiência que tem no Brasil, extrair lucro de anunciantes, mas sem respeitar as leis do país.

O bloqueio não foi abrupto. O Judiciário do Brasil passou um tempão pedindo para que certos conteúdos fossem moderados. Se a direção do 𝕏 manda um “que se dane” para a visão de mundo de uma democracia gigante como o Brasil, eles terão problemas sim para operar aqui. Todas as pessoas físicas e jurídicas estão sujeitas a isso; por que não o 𝕏? É uma questão de soberania nacional contra direção predatória de uma empresa.

O bloqueio é uma medida contundente. Mas vejo que a justiça do Brasil ficou sem alternativas perante a petulância dos dirigentes do 𝕏. Basta o 𝕏 ter representação no Brasil, moderar conteúdo, que eles imediatamente serão desbloqueados. Com a conduta atual de seus dirigentes, era uma questão de tempo para que o 𝕏 fosse bloqueado em algum país. Aconteceu só de o Brasil ser o primeiro.

Enquanto isso, não faltam lugares físicos e virtuais para qualquer um exercer sua liberdade de expressão. Todos eles obviamente sujeitos as leis do país.

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Sou Racista

Sou Racista

Será que sou racista?

Mas é claro, óbvio, com certeza absoluta que sou racista.

Por mais que eu me esforce, por mais que seja uma injustiça que precisa ser eliminada, eu sou racista sim.

Não tem a menor chance de eu não ser racista, imerso na sociedade que vivo e na qual cresci.

Já namorei com (poucas) pretas, tenho (uns poucos) amigos pretos, já morei com (poucos) pretos. Mesmo assim sou racista.

Eu sou racista enquanto pretos forem a esmagadora minoria na escola particular dos meus filhos e eu não achar isso estranho.

Eu sou racista enquanto pretos praticamente inexistirem no meu ambiente de trabalho de alto nível cerebral e eu não achar isso notável.

Eu sou racista enquanto os shows, restaurantes, padarias que vou não forem frequentados por uns 54% de pretos.

A pessoa ali diz que não é racista, como se estivesse em outro patamar evolutivo, fora desse contexto. Sinto lhe dizer, é racista sim. E míope.

Onde estão os negros?

(Foto da fachada do MASP que eu mesmo tirei em julho de 2018)

“Político é tudo igual”

“Político é tudo igual, só estão lá prá roubar”

Ah claro, não vamos esquecer também que:

  • “toda loira é burra”
  • “todo preto é ladrão”
  • “todo judeu é avarento”
  • “todo muçulmano é terrorista”
  • “todo vendedor é malandro”
  • “todo evangélico é fanático”
  • “todo empresário é explorador”
  • “todo pobre é pobre porque não se esforçou o suficiente”

Essas generalizações, simplistas e superficiais, são porta de entrada para discurso de ódio, para narrativas fabricadas por grupos de interesses, e que fica a poucos centímetros de descambar para fascismo.

A evolução do mundo se dá somente através de debate, que é política. E só se faz política com políticos.

Escadaria em Pinheiros, São Paulo, com foto de Marielle Franco

Caso Marielle

Passei os últimos dias mergulhado em reportagens e artigos de jornal que respectivamente cobrem e opinam sobre a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018-03. Creio que, para esta encarnação, já tive dose suficiente de “romances” polícias.

Que história intrincada e infeliz. O que todos os brasileiros precisam temer do bolsonarismo é que esse suco de Rio de Janeiro, onde governo, polícia e crime trabalham juntos, não escale para níveis federais. Mesmo que a família Bolsonaro nenhuma relação tem com o assassinato de Marielle (por enquanto), o bolsonarismo, no fim, é isso. Governar em causa própria, uso privado do poder público, sumariamente matar quem for contra, populismo via polarização para capturar mentes raivosas e incautas.

Esse suco escalado a níveis federais seria muito pior, mais longevo, mais fatal que o descaso que matou 700 mil pessoas na pandemia.

Que a solução do caso Marielle seja um ponto de partida para uma limpeza mais profunda, não só o fim de um triste romance policial.

A foto é do Escadão Cristiano Viana, cruzamento da rua homônima com a rua Cardeal Arcoverde no bairro de Pinheiros em São Paulo.

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Israel-Palestina, o conflito em 6 pontos

Israel-Palestina, o conflito em 6 pontos de Thomas Friedman

Israel-Palestina, o conflito em 6 pontos

Numa longa e edificante entrevista no Ezra Klein Show, Thomas Friedman fecha com seis pontos muito interessantes sobre o eterno conflito Israel-Palestina, que reproduzo livremente aqui:

  1. Israel é um lugar incrível. O que foi construído em 75 anos em termos de cultura, agricultura, tecnologia e ciência é milagroso.
  2. Israel faz coisas terríveis às vezes, especialmente na Cisjordânia. Rouba terra dos palestinos, deixa colonos matarem palestinos com impunidade, permite árabes palestinos serem tratados como cidadãos de segunda classe.
  3. Israel está no meio de uma vizinhança incrivelmente perigosa e os fracos não sobrevivem.
  4. Os palestinos passaram por uma tragédia onde um outro povo (judeus) vieram em grande número para reivindicar seu direito histórico à terra. E mesmo que estivessem dispostos a compartilhar a terra, para os palestinos isso causou um enorme problema de refugiados. Chamam de Nakba ou “grande tragédia”, nome que não é um exagero.
  5. Palestinos fazem burrices e coisas ruins. Perderam grandes oportunidades, brigam entre si, são vis com judeus, têm um governo que tolera muita corrupção.
  6. Palestinos vivem numa vizinhança hostil, perigosa e que frequentemente os explora. Ditadores árabes da região, desde a década de 1940, usam uma frase que diz “nenhuma voz deve falar mais alto que a batalha”, onde, em outras palavras, chamam para falar sobre a questão palestina e não prestarem atenção em sua própria autocracia e corrupção. Assim, palestinos foram e são usados pelos seus vizinhos de forma injusta e pejorativa para a sua causa.

Thomas Friedman é o principal colunista sobre Israel-Palestina do New York Times, e autor de artigos que achei importantíssimos para entender toda essa questão. Ele adiciona um 7º ponto:

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Petição da África do Sul contra Israel

Se os palestinos precisam desassociar sua imagem do Hamas, os israelenses e até os judeus do mundo também precisam se desassociar das atuais lideranças políticas de Israel, nos nomes desses dementes Ben Gvir, Bezalel Smotrich, Giora Eiland, Nataniahu, Nissim Vaturi e outros.

Reinaldo Azevedo fez uma apuração e análise aprofundada sobre a petição da África do Sul contra Israel partindo de 3 perguntas:

  1. A petição ignorou o Hamas?
  2. Israel comete genocidio?
  3. O Brasil acertou em apoiar?
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100 dias de 7 de Outubro de 2023

Hoje completa 100 dias que o Hamas executou um massacre sem precedentes em Israel. Matou, sequestrou e estuprou crianças, mulheres, idosos e adultos.

Os sequestrados precisam ser devolvidos e isto é inegociável. Por mais óbvio que seja, precisa ser falado.

A resposta de Israel devolvendo uma invasão em Gaza é muito dolorosa. Em termos práticos, haveria outra saída? Alguma que fosse política ou diplomática? Eu não consigo enxergar contexto para isso, infelizmente.

Hamas, devolvam os sequestrados! Hamas, parem de se esconder atrás da população civil e dos sequestrados.

Israelenses e Palestinos, construam diplomacia para resolverem seus conflitos, pois guerra no longo prazo só fará a situação piorar.

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“Depende do Contexto”

No seu campus, pedir o genocídio de judeus representa violação de regras e código de conduta relacionadas a assédio e intimidação de sua universidade?

Três reitoras de três das mais renomadas universidades americanas responderam em coro, “depende do contexto”, a essa pergunta precisa numa audiência pública no congresso daquele país.

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Reflexões sobre o Massacre de Simchat Torá — Israel, 2023-10-07

Reflexões sobre o Massacre de Simchat Torá — Israel, 2023-10-07

Em face dos atos terroristas de 7 de Outubro de 2023, eu já nem me arrisco a emitir opinião. Não quero entrar em discussões nem ser crucificado porque deixei de usar 1 vírgula em 1 frase qualquer. Tenho muitos parentes em Israel, país onde nasci, e também não posso ignorar minha veia humanista.

O que sentir e o que devo sentir numa hora dessas? O que vai acontecer com os inocentes sequestrados, com os palestinos oprimidos, com os israelenses, com a política da região, com as lideranças políticas, com a opinião global? Como espiritualista me pergunto também: o que vai acontecer com a alma dos inocentes assassinados a sangue frio e dos que puxaram o gatilho? Como o karma cósmico universal vai dissolver o desequilíbrio dessa equação?

Por hora fico preocupado com o ódio generalizado, revolta raivosa, e certo de que isso não vai levar a nada de bom.

Como não tem muito mais o que eu possa fazer, além de ler muito sobre a história da região, notícias do desenrolar, artigos de opiniões multilaterais, por hora quero organizar os pensamentos:

🌎 Povo palestino ≠ Hamas ≠ Árabes ≠ Islã

🌎 Povo israelense ≠ Governo do Estado de Israel ≠ Judeus de Israel ≠ Diáspora Judaica ≠ Judeus Laicos ≠ Judeus Ortodoxos ≠ Religião Judaica

Tenho pavor e asco ao ver ódio sendo fomentado quando astutamente misturam estes diferentes conceitos em narrativas que forçam criar causa e efeito onde não existe. Falo aqui de antissemitismo e islamofobia.

Dá desgosto também ver a exploração dessas múltiplas tragédias para se fazer política brasileira. Pior ainda quando se usa deliberadamente notícias falsas e/ou memes superficiais. É desumano para uma hora dessas, é fofoca imbecil e é injusto. As organizações acusadas tendem a ser melhores e mais complexas do que irresponsavelmente se pinta.

Que tenhamos misericórdia e compaixão uns dos outros.

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Refugiados Afegãos no Brasil

Eu acho lindo e muito emocionante o Brasil receber esses refugiados. A reportagem fala de 150 que foram levados a Praia Grande e mais de 7000 no total.

São pessoas que vêm de um país destroçado, passaram o diabo, e o Brasil deve lhes parecer um paraíso de abundâncias com plenas condições de lhes acolher. E somos.

A prefeita de Praia Grande, numa atitude que me é incompreensível, tentou barrá-los, até que Flávio Dino, esse gigante humano com a cabeça e coração no lugar, interveio em favor dos refugiados. Estão alocados nas instalações de uma colônia de férias para finalmente receberem dignidade, comida e tratamento médico.

Tal solidariedade é uma obrigação nossa como nação-membro de uma comunidade planetária.

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Inelegibilidade

Essa inelegibilidade aí é como dar amendoim a quem precisa de uma feijoada completa.

Eu quero é julgamento justo e punição por todos os crimes cometidos contra a humanidade, contra a floresta, contra a educação, contra a saúde pública, contra a economia. Punição pelos crimes contra a inteligência das pessoas.

Eu quero é cassação dos direitos políticos, para que o energúmeno não apareça no santinho de nenhum outro projeto de político boçal, para que sumam suas redes sociais cheias de ódio, desinformação e intrigas idiotas. Para que se enterre de vez esse sobrenome maldito.

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A alegria do menino da favela

Este texto de Pedro Doria é a análise mais bacana que vi sobre a polêmica dos portais estrangeiros que burlam imposto sobre importação, fazendo a alegria da classe média baixa e o desgosto da indústria nacional.

“[…] revelam ao brasileiro médio algo que ele em geral não percebe. O Brasil é um país muito caro. O brasileiro paga mais que o europeu ou o americano por seu celular, por seu computador, por seu tênis, por sua camiseta… É mais pobre e, no entanto, paga mais.”

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Libertários na crise do SVB

Beeeem interessante ver os clientes libertários anti-governo do Silicon Valley Bank implorarem justamente para o governo vir salvá-los.

A conclusão é que, conforme aprendi com o Robert Reich, não existe cenário viável sem o governo. No começo você precisa da posição holística do governo prá regular como as coisas devem funcionar numa sociedade civilizada e empática, ou, se abrir mão disso para ser uma espécie de predador, vai precisar do governo depois prá te salvar quando estiver sofrendo as consequências do abuso de sua liberdade.

Restaurantes querem continuar lucrando com água potável

A lei municipal que restaurantes tentam combater os obriga a fornecer água potável de graça desde setembro de 2021.

Mas eu queria saber se você, ao levar a família para jantar ontem, onde a conta saiu mais de R$300, pediu “água da casa” de mais, a ponto de dar prejuízo ao estabelecimento. Ah, seu malvadão!

A lei do vereador Xexéu Tripoli visa consumo consciente e redução de resíduos plásticos. Se restaurantes acham que dá trabalho de mais anotar pedido e trazer 1 copo de água à mesa de cada vez, que já tragam jarra inteira sem pedir — economiza um tempão do garçom —, como é feito em inúmeros países desenvolvidos. Os outros argumentos da contestação são incabíveis ou até risíveis. Dá uma canseira ver lei progressista e boa como essa ser combatida com argumentos de “livre iniciativa”, quando sabemos que é simplesmente para mascarar desejo por mais lucro.

Quanto ao seu bolso, saiba que água na garrafa de plástico ou vidro do restaurante é em torno de 3500 vezes mais cara que a água da Sabesp. E a água produtificada na garrafa não tem qualidade melhor, como tenta vender o marketing dos fabricantes.

Fornecer água potável de graça é lei municipal nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasilia. Deveria ser lei nacional.

Sustentabilidade não é uma tendência. É a única forma de seguir adiante.

https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2023/03/restaurantes-de-sao-paulo-tentam-tornar-inconstitucional-a-lei-que-garante-fornecimento-gratuito-de-agua-da-casa.ghtml

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Terrorismo e o silêncio do presidente

24 horas depois e nem 1 palavra sequer do presidente da república repudiando os atos terroristas em Brasília.

Nem 1 palavra de repúdio sequer também do diretor da PF, Márcio Nunes de Oliveira.

Do ministro da justiça, Anderson Torres, só tweets dúbios e amenos.

Se for capaz, justifique para mim que esse presidente, ministro e diretor não têm sonhos e desejos golpistas.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/12/bolsonaro-divulga-mensagem-dubia-em-evento-militar-e-silencia-sobre-vandalismo.shtml

Má política e patrocino comercial

A marca Puma patrocina o jogador Neymar. Mas Neymar declarou apoio a um político condenado por crimes contra a humanidade (link nos comentários), conhecido pelo seu sadismo e elogios à tortura e que, nem veladamente, apoia, por exemplo, desmatamento ilegal.

Como fica a situação da Puma que é a 2ª empresa têxtil mais sustentável do mundo?

Artigo intrigante de Rodrigo Tavares na Folha de São Paulo.

https://www1-folha-uol-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www1.folha.uol.com.br/amp/colunas/rodrigo-tavares/2022/10/quem-devemos-boicotar-neymar-ou-a-puma.shtml
https://www.linkedin.com/posts/avibrazil_opini%C3%A3o-rodrigo-tavares-quem-devemos-boicotar-activity-6983794916590010368-BT0i
Correlação é diferente de Causalidade!

Correlação é diferente de Causalidade!

Correlação é diferente de Causalidade!

Apesar da RELAÇÃO entre a posição do gato e o telhado amassado, o bom senso sabe que o gato não CAUSOU o amasso. O bom senso aqui vem do conhecimento que todos temos sobre o peso de gatos e a dureza de metais.

Bom senso é fruto de dados analisados, conhecimento, sabedoria, luxos que nem sempre estão disponíveis. Não para qualquer assunto, menos disponíveis ainda para assuntos longínquos, complexos e novos.

Fake news e “narrativas” mirabolantes exploram astutamente essa falta de dados e conhecimento das pessoas com o objetivo de fabricar uma causalidade na cabeça delas — “isto acontece por causa daquilo” — quando na verdade mal existe uma relação.

Agora imagine que você acabou de chegar no planeta, não conhece peso de gatos e tem a impressão que esses telhados são feitos de papel, pois aparentemente amassam como papel. Imagine que alguém adiciona um “malditos gatos” à imagem e que você recebe isso repetidas vezes, de formas diferentes. É bem provável que você comece a odiar os gatos “POR CAUSA do mal que fazem”. É assim que funciona nosso viés — começa com falta de informação — e é esta a fraqueza humana explorada por notícias falsas e memes em geral.

Cientistas de dados, estatísticos, economistas e pessoas que estudam fenômenos naturais e sociais, sempre, SEMPRE, precisam se lembrar que correlação observada não implica em causalidade para não cairem na armadilha do viés, que leva a conclusões erradas.

A foto do gato apareceu neste tweet: https://twitter.com/packetlevel/status/1451584653748408323

Mais correlações espúrias aqui:

https://tylervigen.com/spurious-correlations

https://pt.wikipedia.org/wiki/Relação_espúria

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