Um conhecido me comentou que fez o seguinte teste:
- Mora há anos no apartamento 32 de seu prédio, e assim sempre preencheu na declaração do imposto de renda.
- Certo ano propositadamente trocou o apartamento na declaração de 32 para 32A, uma mudança que em termos práticos e de correspondência não faz nenhuma diferença.
- Naquele ano começou a receber mala direta de uma grande editora de revistas endereçada para o tal apartamento 32A que o zelador obviamente mandava para o 32.
Bem, tire suas próprias conclusões. Depois imagine quais das suas informações financeiras pessoais foram negociadas entre a vazaram da Receita Federal para tal editora.
A editora abril também vende os dados de seus assinantes. Já há algum tempo, eu grafo meu nome de diversas formas para saber quem vende minhas informações pessoais. É bem interessante descobrir que não há privacidade nenhuma. Praticamente todas as empresas repassam seus cadastros. Mas a informação mais vendida sem dúvida é o e-mail.
Eu também já ouvi essa história e fiz um teste nas duas últimas declarações, mas em nenhum caso recebi mala direta ao longo do ano.
Como todo bom cético, me vejo obrigado a perguntar: ele tem certeza que nunca usou o recibo da receita federal ou cópia da declaração pra nada? Algumas imobiliárias, por exemplo, pedem cópia da declaração completa pra aprovar fiadores e inquilinos.
Mas no final das contas, como todo bom agnóstico, não duvido da conclusão dessa história. Só não acredito também. 🙂
Wow, o cara (assumindo que ele existe mesmo) reinventou plus-addressing independentemente!
leoboiko+avi@gmail.com
Er, acabei de notar que você disse que era seu conhecido em primeiro grau. Então s/existe mesmo/fez isso mesmo/