Cartão de Crédito nada mais é do que empréstimo de dinheiro pré-aprovado a juros altíssimos, disponível na hora que se deseja/precisa usar.
Sua fatura mensal é uma comodidade banal para quem tem dinheiro, mas é a corda no pescoço para o pobre no caixa do supermercado com a compra de comida para a família. Na farmácia e na loja de indulgências também. Uma corda que sempre aperta mais e ele não vê perspectiva de soltar. Mesmo que num mês irreal ele não gaste nada, os juros farão trazer uma fatura sempre mais alta.
Eu vi gente vivendo subjugada por essa realidade lamentável. Esses serviços financeiros — como o cartão de crédito — promovem inovações bacanas (só para quem tem dinheiro) mas sempre têm um lado super sombrio. Não tem como você ganhar do banco.
Eu me preocupo com isso e quero que meus filhos tenham educação financeira, entendam de juros, poupar, investir. Faz parte desse pacote também consumo consciente. Aprender a se segurar para não comprar indulgências sem ter como pagar. Aprender a se blindar de marketing e publicidade que vai muito além da mera “propaganda enganosa”, mas que cria nas pessoas armadilhas de consumo e necessidades que não existem. E também compreender o consumo de forma mais ampla, ligado a questões planetárias, meio ambiente na era do consumo, questões de bem estar coletivo e igualdade, e da civilização que tentamos construir.
Como pai, eu não quero deixar dinheiro para meus filhos. Mentira, quero sim. Mas mais importante, eu quero plantar neles a sabedoria de como lidar com dinheiro de forma útil para si e para a sociedade.