Novas fronteiras do Balé Clássico

Ontem foi belíssimo e aprendi várias coisas sobre as novas fronteiras do balé clássico, de modo que eu queria registrar essa memória aqui.

No caminho debatíamos se o espetáculo MINDscape seria dança moderna ou contemporânea. Mas assim que o Boston Ballet começou a coreografia «Blake Works I» percebi que não seria nenhum desses estilos. E foi surpreendente. No intervalo, um bailarino profissional que estava no nosso grupo usou o termo “extreme classical” para tentar definir o estilo e explicou, com passos e movimentos, que essa é a marca do coreógrafo William Forsythe — que depois descobri ser super renomado —, residente no Boston Ballet.

O fato é que eu nunca tinha visto dança assim. Segue vídeo que encontrei com outra companhia dançando a mesma coreografia, pra sentir a pegada. Foi tão bom quanto os maravilhosos espetáculos dos coreógrafos brasileiros — Colker, Pederneiras, Abranches —, ainda que completamente diferente.

Dançaram também, em world premier, as coreografias «Ruth’s Dance», de Jorma Elo, e «Blake Works III», também de Forsythe, que foi a que mais gostei. Música — lindíssima — de James Blake nas coreografias que levam seu nome, e concertos de piano de J.S. Bach (ao vivo) na de Elo.

Inunde-se de todo tipo de arte, sem expectativas nem rótulos. É sempre instrutivo, emocionante, edificante. Sempre. Eu lembro: meu batismo com dança foi no Municipal de São Paulo, na década de 1990 com a Paula, que me levou prá assistir a companhia israelense Batsheva.

Aos homens que leram até aqui, eu já disse outra vez e mantenho a dica: levem suas companheiras a espetáculos de dança. Além de perder o fôlego de emoção, você fará uma moral danada com ela.

Também no meu Facebook.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *