Notícias como as do Banco do Brasil migrando seus 40.000 ATMs para Linux será cada vez mais freqüente.
Explico. Uma empresa que precisa manter uma infraestrutura de computadores largamente espalhados, deve ter uma equipe preocupada com os seguintes pontos:
- Obter suporte para o sistema operacional
- Desenvolver customizações do sistema operacional
- Desenvolver aplicações de negócio específicas que rodam nesses computadores
- Desenvolver camadas de integração entre essas aplicações e os serviços centrais da empresa
- Desenvolver novas funções de acordo com constantes requisições da área de negócios
- Preparar procedimento de instalação e atualização automatizado para tudo isso
- Testar constantemente tudo isso
Com excessão do primeiro ítem, todos devem acontecer obrigatoriamente dentro da empresa — ou terceirizado para uma equipe que trabalha de forma tão integrada com a empresa que pode também ser considerada interna.
Para uma equipe que precisa mergulhar tão profundamente na tecnologia de um projeto como esses, adicionar o primeiro ítem em seu conjunto de responsabilidades pode até ser benéfico porque traz mais controle.
Então, em casos como esse, ao invés de sair no mercado em busca de suporte pago ao SO, criar inteligência interna para prover esse suporte é um passo pequeno e fácil de ser absorvido, além de reduzir custos de licenças e suporte anual.
Empresas deste tipo são os grandes varejistas como Casas Bahia, Pão de Açucar, Droga Raia, Lojas Marabraz, etc — todos eles casos de sucesso no uso de Linux em seus Pontos de Venda.
Da perspectiva de TI, grandes bancos não são muito diferentes de varejistas. São idênticos na verdade, em termos de arquiteturas e fluxo da informação.
Banrisul e Bando do Brasil são os pioneiros no Brasil a entrar neste caminho, e anunciam o ingresso dos outros monumentais Itaús e Bradescos e Unibancos neste domínio de ATMs e caixas rodando Linux. Simplesmente porque não faz o menor sentido técnico e financeiro usar qualquer outro sistema operacional.
Correção: o Banrisul foi o pioneiro na utilização de Linux em ATMs. Os primeiros ATMs com linux foram instalados no ano 2000. O BB apenas agora está iniciando os trabalhos com Linux.
Citação do link: “A questão é que a IBM acabou desistindo de brigar com a Microsoft na parte de sistema operacional e optou por descontinuar os investimentos na área”. Isso não bate com o fato de a IBM estar investindo tanto no kernel do Linux, tendo ficado entre as empreasas que mais contribuem.
Leo, a IBM desistiu de brigar nessa camada com a abordagem de fazer um sistema operacional do zero, produtificá-lo e vender. É simplismente um mercado comoditizado e saturado.
Mas o mundo mudou desde o lançamento do OS/2 e Windows 95. A Internet mudou o mundo. Então agora, a abordagem da IBM para SOs é contribuir para sua evolução de forma orgânica, em conjunto com o resto da indústria, dividindo opiniões sobre como um SO deve evoluir e também o trabalho de evoluí-lo.
Oi, Avi.
Cheguei até seu blog, por conta de uma pesquisa sobre os cd’s do Buddha Bar. Ouvi na pizzaria do Zorba em Mauá e fui atrás de informações.
Estou começando a baixar as muicas.
Vou ler mais seu blog, também trabalho com TI.
Acho que vou encontrar muita coisa boa por aqui.
Abraços,
Lucia
Não vamos deixar de lado o SISPL, sistema de loterias da Caixa e o sistema de ATMs, juntos as duas redes representam aproximadamente 50.000 terminais.