Picnic em Vinhedo

Local do Parque da Represa em VinhedoFez um dia de sol no último feriado e decidimos fazer um picnic num belo lago que descobrimos numa outra viagem, em Vinhedo.

Enchemos o isopor com frutas e água e caimos na estrada. É um parque municipal chamado Represa II que tem pedalinho e barco de passeio, e a vista do outro lado da água é um morro de selva preservada.

Caminhando para o leste há um lago menor, pouco visitado e foi muito agradável sentar lá e ver a revoada de pássaros.

Havia uma casa abandonada depois do lago e decidimos ir ver, atravessando uma picada no meio do mato. Parecia ser uma velha casa de fazenda, com curral etc, mas caindo aos pedaços.

MacacosEncontrei no chão umas gordas vagens de jatobá que não exitei em abrir para comer. É uma fruta intrigante: sua polpa é verde, envolve os caroços e é totalmente seco ao ponto de parecer um pó, que quando colocado na boca forma uma massa que gruda. É como comer farinha, só que de sabor perfumado e doce.

Na volta para o lago principal havia um bosque onde macacos do tamanho de esquilos eram alimentados pelos biscoitos e picolés das crianças. Ofereci jatobá, mas nem deram bola.

Foi um passeio muito agradável que se pode encaixar numa tarde, incluindo a ida e volta para São Paulo.

Filhote Pai D’égua

Cheguei ontem em Belém do Pará, para um evento, e jantei num ótimo restaurante chamado Lá em Casa.

Foto do Lá em Casa Queria traçar uma comida típica e o garçom foi excelente nas sugestões e descrições, e acabei indo no Filhote Pai D’égua. Filhote é um peixe da região, e o prato vinha acompanhado de arroz com jambú (que parece espinafre, mas é diferente), farinha molhada com leite de côco, e salada de feijão manteiguinha de Santarém (um feijão claro e muito pequeno). O peixe era grelhado, macio, suculento e muito saboroso.

Prato de Filhote Pai D'éguaO garçom — cujas explicações regionais não deixavam a desejar perto de qualquer documentário de Travel Channel — explicou que o nome “Filhote” caiu na boca do povo como o nome do tal peixe. Mas não é. Chamam-no assim até ele atingir 20kg. Pense num peixe de 20kg que é chamado de Filhote. Bem, depois disso o nome dele vira Piraíba, mas seus 100kg não são mais apreciados porque na fase adulta sua carne fica fibrosa. Imagine um peixe de 100kg!! Coisas da Amazônia….

Já estava satisfeito quando descobri que a carta de sobremesas incluia sorvete de Bacurí — a maior de todas as delícias da Amazônia, talvez do Brasil, que já conhecia de outra viagem que fiz aos Lençóis Maranhenses e ao Piauí. Para não desencarnar de êxtase, pedi só uma bola, acompanhada de outra de sorvete de tapioca. Dormi feliz, mesmo porque tinha passado o dia comendo só barras de cereais nos vôos.

Em São Paulo pode-se provar sorvete de Bacurí numa pequena cafeteria que fica no Itaim Bibi, na rua Jesuino Arruda entre ruas João Cachoeira e Manuel Guedes.

Belém do Pará

Belém é uma cidade plana, com casarões antigos muito bonitos, alguns infelizmente não muito preservados. O que mais impressiona na cidade são as mangueiras carregadas e outras arvores gigantescas que enfeitam as ruas. Um taxista me contou que as mangas dessas árvores eram uma arma letal da natureza contra os carros passantes, mas agora a prefeitura organizou um esquema em que elas são colhidas das árvores e transformadas em suco para escolas carentes.

Estação das Docas nas margens do Rio Amazonas.

Fui ao evento na sexta, na famosa Estação das Docas, que fica na beira do rio Amazonas. No almoço um garçom me informou que havia uma feira livre — que depois soube que era a Feira do Ver-o-Peso — a sudoeste (dava para ir a pé), onde uma senhora (e suas filhas) vendia polpa de frutas. Numa operação rápida atravessei a feira, comprei um isopor, e enchi com 4 litros de polpa de Bacurí e Graviola. A Tati ganhou uma sorveteira esses dias, que só faltava agora se juntar às polpas e me proporcionar a atmosfera ideal para desencarnar de vez com a êxtase do sorvete de Bacurí.

No fim do evento, aquele povo lindo de feições indígenas se juntou na parte externa das Docas, de frente para o rio, para ver um show que acontece toda sexta-feira, e sucedeu uma cena tocante: todos suspiraram sincronizadamente ao ver o último fio de sol sumir, laranja, quente, lindo, atrás da floresta, que ficava atrás daquele pequeno — mas já gigante — braço do rio Amazonas.

Dançarinas em BelémAcho que por respeito ao por-do-sol, a banda só começa a tocar logo depois. Músicas regionais que todos conheciam, menos eu. Lundus, etc. E depois entrou um grupo de dançarinas morenas e sorridentes, girando suas saias longas com os braços erguidos. Era uma cena da mais pura e singela alegria.

Mais uma vez, adorei o Pará.

Feriado em Caldas da Imperatriz

Eu que nunca ganho nada, ganhei um final de semana no Resort Plaza Caldas da Imperatriz, na serra de Santa Catarina, uns 40 km de Florianópolis. Como eu tinha que estar em Floripa na segunda-feira, 16 de outubro, resolvi passar o feriado inteiro lá, numa espécia de mini-férias, chegando na quarta anterior, a noite.

A princípio, Tati e eu achamos que talvez seria tempo de mais ficar 4 dias enfurnado num “resort” — palavra que me dava calafrios só de imaginar. Estavamos enganados e foi mais-do-que-ótimo.

Ofuros ExternosEra um hotel grande e legal montado sobre umas fontes históricas de águas termais — que já brotam da terra a agradáveis 39° C —, em Santo Amaro da Imperatriz, SC. Então, por causa disso, o hotel dava foco a banhos, hidromassagens e piscinas com cascatas quentes. Contei umas 2 piscinas fechadas, 1 gigante externa, 5 ofuros externos e mais uns 2 internos, fora as saunas e duchas. O resort estava cheio de gente de todos os tipos, principalmente famílias e era comum ver os hóspedes circulando de roupão pelo hotel.

Além disso, havia um SPA que oferecia massagens e tratamentos especiais, e pacotes de alimentação acompanhada de nutricionista. Tudo isso, claro, cobrado a parte.

Fazíamos todas as refeições lá mesmo, com muitas opções quentes, de saladas, e de sobremesas. Tudo muito bom, mas acho que na cozinha eles podiam pensar um pouco mais nos vegetarianos: até um frugal arroz-a-grega levava uns pedaços de presunto que não precisavam estar lá.

Piscina ExternaTodos os dias eles publicavam uma programação diferente para adultos e crianças, que incluia hidroginástica, aulas de dança, caminhadas, trilhas, filmes, música ao vivo, mágico, aulas de Tai Chi Chuan e Lian Gong (um tipo de auto-massagem que parece Tai Chi). Quando não queríamos fazer uma das atividades, saíamos para passear pelos belos jardins de bromélias, palmeiras imperiais, flores, rios, lagos e pássaros. Ou caíamos na água morna de um dos ofuros. Ou ainda nos refugiávamos no quarto para assistir TV a cabo até o sono da tarde chegar tranqüilo.

Fiz algumas massagens, esforcei-me para me alimentar sem exageros e corretamente, fiz questão de manter a mente longe de coisas que a deixavam muito agitada, e o resultado foi uma bela limpeza perceptível de corpo e alma.

A-do-rei.

Recife e o Mar

Estou em Recife.

Hoje de manhã (ok, já era umas 11:30) olhei pela janela do quarto do hotel e vi uma cena linda: a maré baixa e os recifes cheios de piscinas naturais convidando a criançada a brincar na água calma e morna.

Perdi meu laptop !

Peguei um vôo da Gol p/ Salvador ontem, para fazer uma apresentação num evento da Novell e Officer que iam fazer lá. Salvador era a escala – o vôo seguia para Maceió depois.

Poizé…. sequei a bateria do meu laptop durante o vôo, trabalhando no Elektra, que é um de meus projetos open source. Ai fechei-o e ele encaixou direitinho e por inteiro naquela parte que serve para guardar revistas, na poltrona da frente.

Pousei, peguei minha mochila, entrei no taxi, e viajei até o hotel por uma 1/2 hora. Fiz check-in, decidi onde ia jantar depois, e subi no quarto para largar o laptop carregando.

Quando abri a mochila, cadê meu laptop !?

Eu que sou mór neurótico com essas coisas de não esquecer nada, larguei o bixo na poltrona do vôo que ia seguir pra Maceió, que a essas alturas, já devia estar chegando lá.

Xinguei injustamente Deus e o mundo, contei até 10 e liguei pro aeroporto. Depois de umas transferências de ramal, alguém da Gol me atendeu:

  • — Me ajuda! Esqueci uma coisa muito importante no avião que acabou de chegar de São Paulo
  • — Vixi Maria! E foi o que, minino!?
  • — Foi um laptop !
  • — Ôxe, tá aqui, já acharam.
  • — Jura!? Não foi pra Maceió ?
  • — Foi não. Ma tu tem que vir aqui pégá-lo, viste !?
  • — É pra já !

Gastei mais 1 hora e R$60 de taxi ida e volta viajando até o aeroporto para pega-lo, e me devolveram-no embrulhado em plástico bolha e tal.

Ufa… Voltei morrendo de fome, e fui direto a um japonês traçar um sushi.

Parabéns ao pessoal da Gol e do aeroporto de Salvador. Salvou minha apresentação no evento, que foi um sucesso.