Isto é uma engenharia reversa bem sucedida de uma entrada típica da culinária judaica-sefaradita ou búlgara. Pode ser encontrada em São Paulo no Shoshi Delishop, no Bom Retiro (R. Correia de Melo quase esquina com a Três Rios).
Ingredientes
- Beringelas: 4
- Pimentão vermelho: 1
- Alho amassado: um pouco menos de 1/2 cabeça
- Azeite extra virgem
- Suco de limão: 1 se for fraco, 1/2 se for forte
- Sementes de kümmel, opcional
- Adoçante ou açucar a gosto
- Sal a gosto
Modo de Preparo
- Coloque as beringelas e o pimentão diretamente sobre o fogo das bocas do fogão sem nenhuma proteção. Isso vai dar um sabor especial ao prato.
- Vire de vez em quando com um pegador longo de metal, pegando a beringela sempre pelas extremidades. Toda a pele deve ficar queimada e carbonizada, praticamente se descolando da polpa, e o fruto deve se abrir em alguns pontos revelando estar mole e molhado.
- Espere esfriar até uma temperatura que não queime as mãos.
- Segure a beringela pelo cabo e remova gentilmente a pele queimada, e por último o cabo.
- Faça a mesma coisa com o pimentão, removendo a pele e sementes. Mais detalhes na receita de matbukha.
- Coloque a beringela longitudinalmente numa tábua, uma de cada vez, e com uma faca grande massere-a na transversal quebrando suas fibras. Depois pique mais até o ponto de ficar uma massa. E vá juntando todas elas num recipiente final.
- Pique o pimentão em pedaços bem pequenos e finos e junte no recipiente final. Ele serve mais para dar um tom vermelho esporádico à salada.
- Junto o alho amassado.
- Regue com azeite extra virgem. Regue com o limão ou vinagre. Por incrível que pareça, o azedo do vinagre desaparece e ele potencializa o sabor assado da beringela.
- Adicione um pouco de kümmel. Atenção para ele não dominar a salada. Ele deve funcionar como uma surpresa em algumas poucas mordidas.
- Misture tudo e vá experimentando, regulando o sal, vinagre e adoçante/açucar. É importante ter um sabor levemente adocicado.
Sirva frio, com pão sírio ou outro tipo de pão, como entrada ou petisco.
Kiopolo é delicioso e quem experimenta quer a receita. Eu sempre preparo esta receita quando faço matbukha, porque o trabalho é o mesmo.
Oi Avi, obrigada pelas receitas. Realmente são pratos otimos. (Não esqueça que os quero para o Natal – o pessoal vai lamber os beiços).
Quanto ao meu email, nunca tive problema com o bol; o ig não tenho usado mais. Como é essa historia do gmail que você falou? Se for me onerar, desista.
Um abraço
Cida
Avi, testamos aqui sua receita e aprovou. Como sou louco por qualquer prato que contenha beringela, sou suspeito para falar, mas dou nota dez.
Agora, uma pergunta: aquela sabor especial que você se refere é o gostinho de queimado ou nós passamos do ponto na hora de sapecar a casca?
Renato, o gostinho especial é de algo defumado, ou assado.
Duvido que vocês passaram do ponto. A casca de beringela deve literalmente carbonizar. Em alguns pontos até fica branco.
Ai você despela com muita facilidade. Nessas alturas a beringela já cozinhou por dentro e a casca está praticamente descolada da polpa.
Há tempos estou à procura de uma receita de salada de beringela aos pedaços, com casca, bem molinha, fica escura ou dourada, pode ser juntamente com outros ingredientes. Quando encontro em restaurantes, às vezes dizem que é assada, outras vezes, frita, portanto não sei dizer se é uma coisa ou outra.
Agradeço antecipadamente.
Luci
Luci, esta receita é com certeza diferente da que você procura. Na verdade, é muito raro encontrar kiopolo em restaurantes no Brasil.
Mas sugiro você experimenta-la. Não vai se arrepender.
Fantástica receita!
Sabor sem par, preparo relativamente fácil…
Só tem um problema: é meio difícil parar de comer!
Aqui pra mim tive que dobrar a receita pra poder sobrar um pouquinho pra depois!
Muito obrigado por esta magnífica contribuição.