“Carnes” impossíveis

“NOVO SABOR MAIS CARNUDO” — é o que vem escrito na embalagem dessas “carnes” vegetais.

Plant-based protein in the supermarket

Salve a proliferação desses produtos de proteína vegetal. Basta jogar na frigideira e em 5 minutos tem-se uma refeição que satisfaz e é até gostosa.

Mas será que é saudável? Sendo esses alimentos altamente processados e industrializados, a resposta é óbvia: NÃO.

Pessoas param de consumir carne por diversos motivos. Para ficar com saudade de carne não é um deles. Mas aí surge outro problema: aprender a cozinhar sem carne.

Veja, é muito fácil preparar refeição gostosa, saudável e rápida com carne. Basta sal, aquecer e pronto. Já comida baseada em vegetais exige preparo muito mais elaborado, demora mais para higienizar, precisa-se de mais temperos, há ponto certo de cozimento, é necessária maior variedade para ser nutritivo. Em suma, cozinheiro vegetariano precisa ter conhecimento muito mais amplo, mais experiência e mais tempo.

Isso também explica porque algumas pessoas “não conseguem viver sem carne”. Em geral não tem nada a ver com falta de vitaminas. E sim falta de acesso, na infância ou na idade adulta, a cozinha variada e feita com mais tempo, temperos e consciência, que são os principais “ingredientes” para fazer comida gostosa. O “não consigo viver sem carne” é normalmente proferido com orgulho, mas a frase na verdade revela outras coisas que não são motivo de orgulho.

Voltando aos vegetarianos, eles tendem a não preferir essas “carnes vegetais”. Mas tais produtos são úteis para o cozinheiro que precisa alimentar um vegetariano e não sabe o que fazer. Eu, vegetariano, em geral não como isso. Mas fico feliz quando estão disponíveis em ambientes carnívoros. Em hamburguerias, prefiro esse tipo de hamburger vegetal industrializado ao invés dos horrorosos hamburgers de quinoa ou grão de bico mal-inventados por aí.

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