Seria esse bolsonarismo autoritário e terrorista — que sempre existiu, mas que agora revelou toda a sua fúria até para os que não queriam acreditar — um novo “inimigo comum” que por hora unirá diversos humores do espectro político?
E com que grau esse “inimigo comum” será reprimido, perseguido, processado e julgado? Os próximos dias exigirão sabedoria, maturidade descomunal, atuação cirúrgica de figuras como o ministro da justiça (Flávio Dino), juízes e legisladores. Terão que caminhar sobre uma linha muito tênue entre justiça e inquisição.
Uma coisa é certa: todo mundo, todos nós, esquerda, direita, politizados ou não, informados ou não, perdemos com esse terrorismo. Não só em patrimônio destruído mas também em civilidade e nervos. Pois esses atos são anti-politica e não se faz política com anti-politica.
E curioso é que para o bolsonarismo, o “inimigo comum” sempre foi favelado, LGBT, comunista, preto, cientista, professor… Ficaram completamente desmoralizados agora.
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