Nesta entrevista no New York Times, a reporter de ciência Apoorva Mandavilli explica como, após 3 anos, por diversos motivos mais políticos e menos técnicos, o governo americano vai finalmente retirar o estado de emergência imposto pela CoViD-19.
Entre muitos efeitos, o mais notável é que vacinas e testes PCR deixarão de ser gratuitos para a população. Movendo-se totalmente ao setor privado (não há saúde pública nos EUA), fabricantes de vacinas passarão a cobrar de $80 a $130 por dose — a ser negociado com planos de saúde privados. O governo americano comprava por $30 e poderia ser até mais barato, pois especialistas dizem que não foi usado todo o poder de barganha do governo federal.
Americanos sem plano de saúde voltam à normalidade: pagam preço cheio de tudo caso precisem de qualquer acesso a tratamento e remédios.
Nos EUA, o país mais rico do mundo, despesas hospitalares são uma das principais causas de falência financeira de famílias inteiras — 66,5% das causas, segundo este estudo —, e ocorre quando um familiar, mesmo segurado, contrai doença de alta complexidade e precisa de cuidados por longo período.
Em termos de saúde pública, os EUA estão bem longe de ser um modelo a ser seguido.
Alguém sabe por que preço o governo brasileiro compra Comirnaty (a vacina contra CoViD-19) da Pfizer?