Este ano fomos a algumas celebrações de Natal. E ideia super original que as pessoas tinham em todas as festas era “botaê uma playlist de Natal”. Aí por isso ouvi algumas dezenas de vezes as mesmas canções de Natal em inglês. Dezenas de vezes Wham, dezenas de vezes a mesma Mariah Carey, dezenas de Sias.
No auge da minha náusea musical eu interceptava o alto-falante e trocava para O Quebra Nozes de Tchaikovsky — a mais típica música de Natal —, ou uma bela seleção de música instrumental brasileira, ou alguma playlist variada de clássicos de Natal. Eu acho importante ser música instrumental, não ter ninguém cantando, prá não atrapalhar a conversa das pessoas na festa.
Não passava nem 4 minutos para que algum arrombado reclamasse que a música tava baixo astral.
E lá vamos nós ouvir de novo Bublé, Mariah, Sia, Wham. Repetidamente.
Não me entenda mal, gosto muito de todos esses artistas pop. O que me dá náuseas é a falta de abertura para ouvir coisas fora do núcleo duro selecionado pelo jabá.