Cantá seja lá cumu fô
Si a dô fô mais grandi qui o peito
Cantá bem mais forte qui a dô
Cantá pru mor da aligria
Tomém pru mor da triteza,
Cantano é qui a natureza
Insina os ome a cantá
Cantá sintino sodade
Qui dexa as marca di verga
Di arguém qui os óio num vê
I o coração inda inxerga
Cantá coieno as coieta
Ou qui nem bigorna no maio
Qui canto bão de iscuitá
É o som na minhã di trabaio
Cantá cumu quem dinuncia
A pió injustiça da vida:
A fomi i as panela vazia
Nus lá qui num tem mais cumida
Cantá nossa vida i a roça
Nas quar germina as semente,
As qui dão fruto na terra
I as qui dão fruto na gente |
Cantá as caboca cum jeito,
Cum viola i catiguria
Si elas cantá nu seu peito
Num tem cantá qui alivia
Cantá pru mor dispertá
U amor qui bati i consola
Pontiano dentro da gente
Um coração di viola
Cantá cum muitos amigos
Qui a vida canta mio
É im bando qui os passarim
Cantano disperta o só
Cantá, cantá sempri mais:
Di tardi, di noiti i di dia
Cantá, cantá qui a paiz
Carece de mais cantoria
Cantá seja lá cumu fô
Si a dô fô mais grandi qui o peito,
Cantá bem mais forti qui a dô |
Cara, procura uma banda chamada Anima, de campinas e a musica chamda Beira Mar/Cantá…
Tem esse poema ae no meio da musica, mto bom.
A proposta do grupo tb eh mto boa e deveria ser propagada.
Uma pena eh q eles nunca iriam distribuir as musicas em uma licenca libre/aberta…
Falou!
É, eu conheço o Anima.
Na verdade foi no CD deles que eu conheci esta poesia.
É o Ivan Vilela que gosta de recita-la em toda parte.
Poema maravilhoso! Estou feliz em tê-lo conhecido, vc deve ser um ser muito especial…
um beijo
Celinha
Eu choro ao recitar esse poema, em que procuro lembrar sempre de Ivan Vilela. Maravilha.
Gildes Bezerra nasceu em Campina Grande, Paraíba, e provavelmente compôs o poema em Itajubá, sul de Minas Gerais, onde reside atualmente.
Este poema está publicado em seu livro “Cantações”.
Também partilho dessa opinião, esse poema é lindo e recitado na música Beira cantada pela Isa Taube, É COMOVENTE!!!
Conheço o Ânima e o poema eu ouvi através do grupo, me sinto orgulhosa de morar em Campinas e ter um grupo tão rico de repertório.
Abraços
Celinha
Hoje apresento meu artigo na faculdade e finalizo com o poema…que medo…
Avi, tudo bem?
O poema transcrito nesta página não é “Tradição Oral Brasileira”, é de minha autoria. É uma resposta a um cartão de fim-de-ano que recebi do Rolando Boldrin na década de 80′, por ter participado do “Som Brasil”, que ele apresentava, na Globo.
Nasci em Campina Grande-PB, mas a partir dos quatro anos de idade já morava, com os meus pais, em Itajubá, Minas, onde moro até hoje.
Obrigado pela consideração.
Um abraço.
Gildes
aro poeta.
Amei ter te encontrado por acaso. Estou feliz-VIVA A NET!…Quero conversar trocarmos idéias. Um abraço
eu quero jogar este jogo
Olá!
Legal compartilhar esse poema! O Gildes Bezerra é demais!
Abraço!
Carmen