Jornada musical até Engenho de Flores

Na década de 1990 eu entrei na faculdade no interior de São Paulo e saí do casulo em diversos aspectos. Um deles foi o casulo musical pois passei a ter acesso a estilos musicais que eu mal conhecia. Meu batismo no Jazz/Fusion foi com um grupo local chamado Matisse – tratava de não perder nenhum show –, do guitarrista Aquiles, e foi com eles que descobri o barato do improviso jazzístico. Mas o que me definiu como brasileiro foi a MPB que se ouvia por lá, trazida de todos os cantos do país, e que nunca havia escutado em casa porque minha família era estrangeira. Depois criei asas e literalmente rodei o planeta em minhas descobertas musicais, tratando de divulgar o que eu achei e continuo achando de melhor.

Tô contando tudo isso porque hoje, mais de 20 anos depois, esbarrei na canção que ouvi em alguma festa de república uma única vez e passei os anos seguintes cantarolando prás pessoas perguntando se conheciam, como se chamava, de quem era, onde poderia ouvir novamente etc. Aí vai ela. É a «Engenho de Flores», do maranhense Josias Sobrinho mas que ficou conhecida na voz de Papete (1978) e Diana Pequeno (1979). Ufa… que jornada! Nem sei o significado da letra, mas sua sonoridade me devolve praquele tempo onde tudo era uma suave novidade. Ainda é, na verdade.

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