Há mais de 10 anos, por todas as últimas empresas que passei — umas 3 ou 4 — MacBook é o laptop padrão que profissionais high-tech usam.
E hoje em dia estranham quando só lhes deixam usar Windows. Mas não falam abertamente sobre isso por incorretamente acharem que é um assunto banal. Só que não é. Da perspectiva de RH e de ambiente de trabalho, no mínimo para o setor high-tech, equipamento de alta qualidade, moderno e adequado é ponto positivo de atração e retenção de talentos.
MacBook é equipamento indiscutivelmente melhor do que um laptop médio baseado em Windows.
- A tela de alta densidade (conhecida como Retina) é mais confortável aos olhos e faz caber mais informação.
- O equipamento é mais coeso, mais fino e mais leve para se carregar na mochila.
- A bateria dura muitas horas mais, parece que nunca acaba.
- O laptop esquenta menos por ter CPU mais eficiente e mais moderna que a de um laptop projetado para Windows.
- O teclado é melhor, permite mais possibilidades de escrita, correção e substituição de texto, e tem melhor suporte a Unicode.
- O trackpad é maior, mais ergonômico e tem mais funções.
- A qualidade da câmera, microfone, alto-falantes é a melhor possível.
- E o sistema operacional, baseado em Posix (Unix), é ambiente mais familiar para trabalhos tipicamente high-tech, por ser similar a ambientes de produção.
Repare que não entrei no mérito de segurança, facilidade de uso e nem boniteza do macOS. Isso é bem menos relevante para este contexto. E convenhamos que o Microsoft Windows não deixa a desejar, é igualmente bom em todos estes quesitos. A preferência por MacBook continua girando em torno do hardware, não do software.
O conjunto citado e mais muitos outros pequenos detalhes faz do MacBook a plataforma preferida por profissionais high-tech, e outros também, que passam muitas horas do dia na frente de um computador.
É por isso que quem experimenta dificilmente volta atrás para hardware mediano baseado em Windows.
MacBook é equipamento mais caro?
Se você procurar no mercado de laptops Windows as linhas com as mesmas características de tela, ergonomia, leveza, bateria, teclado etc, vai perceber que os equipamentos serão mais caros ainda do que um MacBook equivalente. Como referência, as linhas de alta qualidade de outros fabricantes são XPS da Dell, Spectre ou Envy da HP, X1 da Lenovo.
O mercado de laptops Windows, por ser mais competitivo, inova no palavreado para vender refugo. Digo isso porque já fiz essa pesquisa e terminei frustrado. Eu considero refugo as linhas de laptops inferiores das citadas acima, por usarem componentes físicos obsoletos e de menor qualidade.
Apesar de “ser mais caro”, a empresa opta ter escritório na Av. Paulista, ao invés de Alphaville.
Apesar de “ser mais caro”, a empresa prefere instalar ar-condicionado, ao invés de ventiladores ou de manter janelas abertas.
Pois então, optar por oferecer um laptop melhor aos funcionários que valorizam alta qualidade técnica é o mesmo tipo de escolha.
Não é uma questão monetária e sim de RH. É como ter um departamento de corredores de F1 na empresa e dar para eles Gol 1.0 para usarem. Eles vão chegar onde precisam com o Gol 1.0? Provavelmente sim. Mas criará uma população inteira de desapontados.
A foto é de Junho de 2021, quando mudei de empresa e migrei meus dados pessoais, usando o poderoso comando rsync do Linux/Posix/macOS, do MacBook Pro 15″ da CI&T para o MacBook Pro 16″ da Loft. Depois, ainda na Loft, mudei para um MacBook Pro 13″ M1 por achar o de 16″ desnecessariamente grande e pesado. Antes dessas empresas, eu dava aulas na DigitalHouse usando um MacBook Pro 13″, e antes ainda, eu usava um MacBook Pro na IBM desde 2013 ou antes. A IBM tinha uma belíssima política de BYOD (bring your own device) onde podíamos ter o que achássemos melhor em nossos laptops, inclusive Linux.
Este artigo é uma versão corporativa para outro artigo meu, titulado Como Escolher e Comprar um Laptop.