Evento para os Heróis da Tecnologia

Costumo dizer que são os desenvolvedores as figuras mais importantes no cenário da TI corporativa.

Não é o CIO não. Este conversa com outros gerentes e assina o cheque, mas só e somente só quem sabe “meter a mão em código” pode transforma um problema de negócio em um software capaz de resolvê-lo, e estes são os desenvolvedores.

Dias 18 e 19 de de Junho a IBM vai fazer um evento para nós desenvolvedores no WTC Hotel em São Paulo (Av. Nações Unidas 12551, clique para ver no mapa). O Development Conference 2008.

IBM Developer Conference 2008 em São Paulo

Um sumário da agenda:

  • Arquitetura Orientada a Serviços (SOA).
  • Segurança no ambiente de desenvolvimento.
  • Open Computing.
  • Web 2.0.
  • Gestão de Qualidade em ambiente de desenvolvimento.

Você também pode submeter um assunto e ser o palestrante. Aproveite o evento também para se certificar.

Detalhes sobre inscrição estão aqui e no telefone 0800 707 1426, ramal 1105.

Bom evento !

Virada Cultural 2008

A Virada Cultural Fico sem fôlego de tanta emoção que me causou a Virada Cultural que aconteceu este final de semana. É um evento simplesmente fantástico, genial, alucinante, maravilhoso e qualquer outro adjetivo que você possa imaginar.

Para quem ainda não sabe o que é, instituiram que em um certo final de semana perto de abril e maio de todos os anos, a cidade de São Paulo inteira — mas principalmente o centro — abrigará 24 horas ininterruptas de atividade cultural gratuita, indiscriminada, intensa e a céu aberto. Vai de música, a teatro, a cinema, a dança e por aí vai. Começou sábado umas 17:00 e foi até o final da tarde de domingo. E olha, não dá pra descrever o que foi aquilo, mas vou tentar.

Tenho a sorte de morar perto do centro e fizemos todos os programas a pé. Os dias estavam lindos e nos divertimos à beça. Confira:

  • Madeira de Vento, Theatro São Pedro, sábado às 22:00
    Um quinteto de clarinetes que fez um show belíssimo de música instrumental brasileira, percorrendo várias composições de choro, maxixe etc. Os músicos têm formação erudita e trouxeram toda sua experiência sublime aos refinados arranjos para música popular. Na verdade a música popular também emprestou um cromatismo todo vivo e alegre à sua formação erudita. Um “sopro” novo na rica cena da Música Instrumental Brasileira.
  • Galera vibrando com o show do Teatro MágicoTeatro Mágico, palco da Av. São João com R. Aurora, domingo às 9:00
    Nunca ouvi esse grupo mas foram muito bem recomendados por amigos. Um show lotado de moçada que conhecia todas as letras, cantava as músicas em coro e usava camisetas com trechos de suas poesias. Seu estilo musical é bem legal com letras jovens e inteligentes que me lembraram os Smiths, mas sem sua conhecida melancolia. O Teatro Mágico faz sucesso sem tocar em rádio porque são independentes (ou seja, não têm uma gravadora por trás para ficar pedindo que as rádios toquem seus albuns). São conhecidos porque deixam suas canções disponíveis para download em seu site, e ainda por cima promovem que copiem suas músicas a vontade.
  • River Boat Jazz Quartet no terraço do Bar Brahma, Av. São João com Av. Ipiranga, às 10:30
    Este não estava no programa. Íamos para o Municipal e fomos dragados pelas deliciosas notas desse conjunto de músicos alegres e de instrumentos um tanto bizarros. Dançamos, tiramos fotos e nos divertimos com o resto do povo que também foi pego de surpresa.
  • Grupo de Dixieland no Bar Brahma

  • Eduardo Gudin, Paulo Cesar Pinheiro e Marcia no Teatro Municipal, às 12:00
    Depois da fila em baixo do sol do meio-dia, veio o conforto e beleza do Municipal. Paulo Cesar Pinheiro — marido de Clara Nunes e um dos mais importantes compositores de Samba e MPB — foi saudado de pé ao entrar no palco. Ele e os outros bambas mandaram ver como é que se faz a fina flor da nossa música melodiosa e de rimas ricas. Estávamos diante dos dinossauros da música brasileira.
  • Tarancón, palco da Av. Rio Branco com Av. Ipiranga, às 13:00
    Saimos às pressas do Municipal para ainda pegar este show, e conseguimos. A música do Tarancón é singular na Terra do Samba. Praticam um estilo musical mais popular na Bolívia, Chile e Peru, chamado de Latino Americano. Lançam mão dos charangos, tambores de pele, flautas de bambu e outros instrumentos indígenas e marcaram melodiosamente a raridade global da música deste continente, cantando em português, espanhol e quechua. O Canto Lunar foi deveras emocionante e sua apresentação fez as pessoas dançarem em roda como se fossemos integrantes de uma única grande tripo global. ♪ Ó Lua, navega serena, vai de Ipanema ao céu do Irã ♪.
  • Renato Borghetti, palco da Av. Rio Branco com Av. Ipiranga, às 15:00
    A música de Renato Borghetti fica em algum ponto nebuloso entre o totalmente gaudério e o totalmente jazz contemporâneo. E também surpreende indo do sul-anteroidal ao norte-gonzagueante. Cá entre nós, quanto mais ele se movimentar em todas as geografias mais a gente gosta, afinal, este país é ou não é um caldeirão de estilos? Tocou a gauchíssima Redomona com sua gaita-ponto junto com os dedos velozes e precisos de Daniel Sá no violão. Alucinante.
  • Renato Borghetti e sua Gaita-ponto

Mas o mais bonito da Virada foram “aquelas pessoas andando pelo centro da cidade como donas do local” — para usar as palavras do Andre que resumiu bem o evento. Outro grande amigo também disse exatamente a mesma coisa e eu tenho que concordar com ambos.

Lamento não ter ido nos Bossacucanova, Tetê, nos violeiros do Mercado Municipal, Pepeu, Kroma, Celso Pixinga, e tantos outros que queria ver e prestigiar, isso sem nem contar as apresentações de dança, maratonas de cinema, teatro etc.

Ano que vem não perco a Virada por nada. Se tiver viagem, desmarco. Compromisso inadiável, falto. Se adoecer, fico são na hora. Mas vou. E espero encontrar você lá.

Veja também o mapa do Centro e os locais destes shows:

center
markers

IBM Forum 2007

A IBM vai realizar seu o maior evento do ano no World Trade Center São Paulo (mapa) na quinta-feira da semana que vem, dia 13 de setembro).

Haverá também uma grande área de exposição de tecnologias, soluções e parceiros.

Quinta, dia 13/09 — Técnicos e Desenvolvedores

Inscrição R$600 →

Teremos laboratórios hands on, cursos e certitificações acontecendo no local.

Como destaque teremos a presença de Jean Paul Jacob, renomado cientista e futurologista falando sobre como o futuro já não é mais o que era, e de Grady Booch inventor da UML e outras metedologias. Marco Bravo, diretor de Software da IBM Brasil fará a abertura reforçando a importância dos desenvolvedores.

Venha se relacionar com outras pessoas de sua área e atualizar seus conhecimentos.

San Francisco Linux World Day 2

Second day started with Novell CEO Ron Hovsepian presentation. He made it light talking about Lenovo Thinkpads will ship with SUSE Linux, mixed [open and closed] source challenge for enterprises, how is easy to make security with their AppArmor, the role of virtualization on reducing power consumption in data centers.

He put Linux application availability and development in customers and ISVs as his top priority, saying the community must figure out a way to make all Linux distributions to merge some way, or to leverage standards as LSB, otherwise the Linux application market will be very fragmented and weak. Well, I can’t agree more with the idea, but completely disagree in the level of implementing it he is thinking about. Each distribution has its own set of GUI icons, packages organization, configuration files, etc. This is what make all distros different and LSB, FreeDesktop.org etc can’t cover all.

In the new Linux mobile market we are doing the same mistakes. Windriver, Access (the new Palm Source), Trolltech, Motorola, and others were presenting their Linux or OSS platforms and IDEs for mobile. All different, some focused on Linux Kernel, other focused on higher level APIs, etc. This is fragmentation. From an ecosystem perspective, all of them together don’t represent a single force as Symbian or Windows Mobile.

Hope to see a better future in this space.

I asked Ron what is Novell position regarding OpenDocument Format.

He said Novell officially supports and wants ODF to be THE standard for documents, but OOXML support in OpenOffice.org is one of the steps required to achieve that.

San Francisco Linux World Day 1

1999 was the year I went to a Linux World & Expo event (blog notes in portuguese) for the first time, in Raleigh, NC. The small capital was chosen probably because of the strong Red Hat presence in that region.

A lot of things have changed since then. Red Hat doesn’t have a booth this year, but got a lift in partners as HP. Novell/SUSE has the biggest presence — all green enforcing the SUSE brand more than Novell — in a giant booth full of partners.

San Francisco MOMA, taken from Yerba Buena Center for the ArtsThis year event has merged with Next Generation Data Centers (NGDC) conference associating Linux much more to an infrastructure tool than to a cybercultural revolution.

This is another thing that changed. All that glamour LWE event had in the past, as a generic real meeting point for Open Source activists that knew each other only through mailing lists, has been moved to technosocial events as FISL in Brazil.

If you want to discuss Open Source politics, social impact, cultural shift, Creative Commons, law, etc with geeks, go to FISL. If you just want to see practical IT solutions mostly delivered by marketing and sales folks, go to LWE.

The keynote speakers were Amazon.com and eBay and their speech was about Grid, Virtualization, NGDC and web services. We know these companies use Linux sometimes, but the presentations’ focus was way out of this.

Keynote auditorium

Most interesting things I’ve seen today:

  • GlusterFS. A highly configurable user-space distributed filesystem that achieves extremely high throughput, ideal for HPC clusters. Oil companies are starting to use it because a centralized NAS as NetApp can’t serve their thousands of HPC compute nodes efficiently. I enjoyed seeing some AFS characteristics as single mount point, and distributed high performance as GPFS together with some parts of FUSE. Oh, and it is Open Source. Z Research, the company behind GlusterFS, makes money selling services and has Anandu Babu, a former GNU Hurd developer, as their CTO.
  • Cluster IP. Mentioned by IBMer Alan Robertson, head of the Linux-HA project, in a conversation we had in the IBM party later. It is a technique to balance a workload without LVS or any kind of external entity. Each server on the cluster have same IP and MAC address and they agree about an affinity with each client. Pretty cool.

Ubuntu booth


Other things:

By the way, all computers in the registration area and used by event staff, plus most laptops used in booths and for presentations were running other operating systems. Linux on the desktop is getting more inexpressive everyday.

Folks as Jack Aboutboul, from Fedora, recognized me because of some Planets I participate. Thanks blogosphere.

Blue Man Group

Blue Man Group TubeAcabamos de voltar do show do Blue Man Group.

É um show de rock instrumental percursivo, e algumas músicas famosas e energéticas cantadas por uma mulher.

Muito bem feito, totalmente tropicalizado, sincronizado, inteligente mas não cerebral, e também um pouco bobo.

De homens azuis mesmo são só 3. O resto é uma banda supimpa com uns percussionistas com fogo no rabo.

Blue Man GroupConforme o público vai se acomodando antes do show, vão mostrando umas frases provocantes e engraçadas.

A Tati viu eles em Nova York 10 anos atrás e achou muito mais legal porque o teatro era bem menor que o intimidante Credicard Hall do show de hoje.

Boa diversão, mas caro de mais.

Middleware IBM num evento da SUCESU

Vou ministrar um workshop acompanhado por café da manhã sobre middleware IBM para Linux, na SUCESU-SP dia 27/06, a das 8:30 às 11:00, na rua Tabapuã 627.

O público alvo são desenvolvedores e administradores de sistemas, e vamos abordar ferramentas Rational, Data Management, WebSphere e Open Desktop.

Gratuito para sócios SUCESU, e R$40 para quem não é associado.

Mais informações e inscrição no site da SUCESU-SP.

Evento sobre Soluções Práticas para Linux

Vamos realizar aqui na IBM um evento gratuito para empresas e profissionais que prestam serviços de TI. O objetivo é mostrar possibilidades de arquiteturas que poucos conhecem mas que trazem enormes benefícios operacionais e financeiros, pois usa computação de forma ecônomica.
Abordarei os seguintes assuntos:

  • Posicionando Open Source e Linux no TI das empresas
  • Clusters de Alta Disponibilidade e Replicação
  • Paravirtualização: a última tendência em virtualização de Hardware
  • Esquemas especiais de segurança com SELinux e AppArmor
  • Grid e SOA com Linux
  • Possibilidades de Linux no desktop
  • PC Multiusuário
  • Formato OpenDocument
  • Outros

Será dia 8 de maio, próxima terça, das 14:00 às 17:30 na IBM São Paulo (rua Tutóia 1157). Sala TU02-226.

Confirme presença com a Fernanda Moraes <femoraes@br.ibm.com> por e-mail ou no telefone 11-2132-5691.

Adicione:

Venha conhecer mais profissionais de sua área, trocar idéias e tomar um café.

Festa no Novo Escritório da Red Hat Brasil

A Red Hat comemorou hoje seu novo escritório num dos edifícios mais novos e elegantes de São Paulo.

Endereço do novo escritório da Red Hat

Muitos parceiros e clientes foram confortavelmente recebidos para um coquetel espaçoso num escritório colorido, decorado com uma mistura de cartazes de propaganda de produtos, e outros com a famosa frase de Gandhi que foi adotada pelo Open Source:

Primeiro eles te ignoram, depois eles riem de você, depois eles lutam contra você, e depois você vence.

A primeira coisa que chamava a atenção era a “Sala de Descompressão”, onde o pessoal pode relachar jogando games. Mas depois nos levaram para conhecer as espaçosas salas de reunião, as bem equipadas salas de aula, e as salas dos gerentes.

Havia realmente muito espaço que eles pretendem preencher com novas contratações de vendedores, sales engineers, pessoal de marketing etc. E havia ainda a outra metade inteira do andar para mobiliar e ocupar. Mas em pequenos passos.

A Red Hat (ou Rêd Hétchi, como diz Alejandro Chocolat, argentino gente boa que comanda a empresa no Brasil) inaugurou sua operação por aqui ao comprar a Latin Source, empresa que já os representava no cone sul.

Estavam todos presentes: Chocolat com seu inconfundível sotaque, Julian, Gabriel Szulik (com o mesmo sobrenome do diretor mundial da empresa, mas que afirma não ser parente dele), Rodrigo Missiagia e suas belas camisas caneladas, Filipe absorvido em resolver o problema de um cliente, David Barzilay com um terno novo e bonito, Leticia, Edgar (o sopro Java/JBoss na equipe técnica de vendas), Paulo Banitz e outros tantos que lamento não lembrar o nome.

O ar da empresa tem um quê de Google: aquele ambiente descontraido onde todos trabalham por prazer, fazem o que gostam, e ainda estão na ponta da tecnologia. Eles pretendem dobrar de tamanho em um ano.

Há um lado oculto da empresa: o laboratório de tecnologia. É oculto porque seus membros não ficam muito a vista, imersos em melhorar o kernel do Linux, o JBoss, e escovar outros bits. É o lar de figurões como Marcelo Tosatti, Acme e outros.

A conversa com o Edgar, figura Java, foi particularmente interessante. Ele veio da Summa e está a uma semana na Red Hat. É o primeiro da empresa que tem a missão de falar sobre JBoss com o mercado. Contou que muitos clientes já usam JBoss gratuitamente, e que agora é hora de provar o valor de terem também suporte comercial. Contei que achava muito importante a Red Hat ter comprado a JBoss. Na linha do tempo de decidir qual tecnologias adotar, uma empresa pensa antes na plataforma de aplicações (coisas como o JBoss, WebSphere, middleware em geral), e só depois no sistema operacional (Linux). No tecnês do dia a dia, dizemos que sistema operacional é um mal necessário. Ter uma oferta tão estratégica e expressiva como o JBoss coloca a Red Hat numa posição adiantada nessa linha do tempo.

Resumo da ópera: a festa foi superdivertida e ótima para encontrar os amigos do nosso mundo de Linux comercial no Brasil.

Notas Sobre Evento de Virtualização da Novell no Rio

Ontem aconteceu o evento de Virtualização da Novell na primeira cidade brasileira: Rio de Janeiro.

Houve palestras ótimas da HP, AMD, Novell, e outros parceiros da Novell.

Roberto Brandão da AMD mostrou os detalhes arquitetônicos de seus novos processadores AMD-64 (Opteron). Gráficos esclarecedores sobre como os bits trafegam entre chipset, CPU, RAM, etc. Muito convincente. Contou também que o quadcore da AMD é o primeiro produto líder de mercado da companhia, com mais de 50% de share. Seus quadcore são realmente quatro CPU completas embutidas num chip só, incluindo gerência de memória autônoma, etc. Segundo ele, isso é mais difícil de fazer (mas traz melhores resultados de processamento e consumo de energia) do que a abordagem de dual-dual-core (dois dual core no mesmo chip), do concorrente, que não citou o nome.

Se eu tiver sorte, ele vai passar aqui no meu blog para contar mais. Roberto foi também o que mais se aprofundou nos detalhes da nova paravirtualização, e quase me deixou sem palavras. Eu tinha a pretensão de ser o único a dissecar este assunto…

Roberto contou que as novas versões do AMD-V vão ter novidades para I/O, e que estão melhorando o processador para que a virtualização tradicional (sem paravirtualização) seja mais eficiente. Obviamente essas características poderão ser aproveitadas por hypervisors de paravirtualização também.

Alexandre Gourdard da HP mostrou os blades e as abordagens que a HP tem para virtualização, tanto em Linux, Windows e HP-UX. Foi bastante focada em hardware e em serviços de gerência.

Richard Doll da Novell fez algumas apresentações. A mais interessante foi sobre o acordo com a Microsoft, e seus pontos de colaboração: (para) virtualização, gerência de identidade e federação de diretórios, formatos de documentos, administração de sistemas (integrando o Windows Updates com soluções da Novell), etc. Claro que a Microsoft quer engolir o mercado de Linux e vice-versa. Ninguém vai para o céu aqui (nem a comunidade Open Source). Mas acho que essa parceria tem pontos positivos.

Eu entrei envorgonhado porque os apresentadores antes de mim já tinham falado praticamente tudo que se podia falar sobre virtualização. Bem, virtualização de hardware somente. Mostrei a linha do tempo desse tipo de virtualização, como a IBM criou esse conceito em 1967, e até 1998 (ano de surgimento da VMWare) era a única que fazia isso. Até 2003, o ano que mudou tudo com a criação do Xen, e a reinvensão da Paravirtualização.

Mostrei os dados do Gartner que mostravam as “10 hipest technologies” para os próximos 18 a 36 meses, que tem virtualização no topo, seguido por Grid e SOA (que nada mais são do que formas diferentes de virtualização). Linux para aplicações importantes aparece em sétimo lugar.

Falei sobre virtualização de storage com o SAN Volume Controler, mostrando os benefícios em relação ao SAN tradicional.

Claro, falei sobre Xen explicando as diferenças em relação a virtualização tradicional. É incrível como todo mundo fala sobre Xen, mas não explica como e porque a parvirtualização é melhor. Acredito que se os defensores do Xen não deixarem isso claro na cabeça das pessoas, elas não vão comprar a idéia. É importante ressaltar isso.

Nas minhas tradicionais viagens filosóficas, depois de mostrar o Xen e seus benchmarks, levantei o seguinte: se a paravirtualização traz uma série de benefícios operacionais, a praticamente nenhum custo de performance, por que agora não podemos virtualizar a totalidade de nosso datacenter? Não só as pequenas instalações, mas também os grandes DBs, etc que geralmente são instalados em máquinas dedicadas. Serão máquinas paravirtuais rodando sobre um hardware dedicado. Isso é factível principalmente agora que o VMWare e virtualização da Microsoft implementarão paravirtualização também.

Fiz questão de ressaltar ao longo da apresentação que virtualização vai muito além do hardware. De fato, as virtualizações mais vantajosas, que trazem os melhores benefícios, são os que fazemos no nível do software. Isso levou a entrar no tema da virtualização invertida: Grid e SOA, onde a aplicação é maior que um computador (na virtualização de hardware, o computador é maior que a aplicação). O ponto aqui é repensar a forma como as aplicações são arquitetadas, modularizá-las, componentizar, e usar middleware para simplificar e “virtualizar” a infraestrutura. Parece que só eu falei sobre estes pontos.

No fim do evento vários clientes, parceiros, meu ex-chefe e o pessoal da Novell me comrpimentou dizendo que fiz a melhor apresentação.

Fiquei lisongeado e orgulhoso. Principalmente quando todas as outras apresentações foram tão boas.

Confira se o evento vai para sua cidade, e venha. É gratuito.

Arquivo da apresntação em ODF (5.1 MB) para OpenOffice.org e outros e em PDF (7.4 MB).

Pré-FISL em São Paulo

Acabei de sair do evento Pré-FISL em São Paulo, organizado pela 4Linux.

Foi ótimo. Com palestras e palestrantes de alta qualidade. Confira:

  • Josh Berkus, do PostreSQL, esclareceu a evolução do projeto e comunidade. Contou que a versão 8.3 do PostreSQL vai suportar DBs de vários terabytes, e que a performance da versão 8.2 atual já é comparável com o MySQL. Contou também que os nichos do PostreSQL e do MySQL são diferentes. O primeiro está focado em grandes bancos, enquanto o MySQL tende a usos exóticos ou a bancos pequenos ou até em RAM. Sobre suporte a XML do PostgreSQL mostrou os primeiros passos, mas explicou que não chegam nem perto do DB2 nesse ponto. Outro gráfico interessante é a relação do custo-benefício comparado a um “banco de dados proprietário” de cor vermelha: 80% do benefício por 15% do custo total de propriedade.
  • Maddog fez uma apresentação de tom idealista sobre thin clients, contando como terminais burros eram usados antigamente e a vida das pessoas era mais fácil. Argumentou que o projeto One Laptop Per Child é bonito mas o que importa não é o hardware e sim a conectividade em todo lugar. Quando questionei que muitas empresas já usam thinclient mas em Windows, e que o que falta é uma abordagem de mudança cultural menos infraestrutural e mais no nível das aplicações (convertendo-as para web ou para padrões abertos), ele disse que é só uma questão de volume. Quero ver… Seja como for, nós adultos também queremos um laptop conectado !
  • Jomar Silva, diretor geral da ODF Alliance Brasil, falou por uns minutos sobre ODF e sua importância para os usuários, empresas e desenvolvedores de aplicações.
  • Cezar Taurion falou pela IBM com uma palestra entitulada “Renascimento 2.0”, onde usou seu raciocínio claro e pragmático para explicar o modelo Open Source, e como ele se encaixa num modelo empresarial. Falou sobre o conceito Long Tail e como ele está relacionado a era do Mundo de Pontas.
  • Kristian Kielhofner falou sobre o Asterisk. Muito interessante. Mas a maior sensação foi seu celular Nokia que suporta SIP. Ou seja, para qualquer contato de sua lista telefônica, ele pode fazer uma ligação normal (por GSM) ou por VoIP, gastando bytes de seu plano IP (mais barato) e economizando minutos de seu plano de voz (mais caro). Segundo ele, os aparelhos Nokia da linha E e N estão anos a frente de qualquer outro fabricante por sua integração com VoIP. Ele consegue rotear seu ramal do trabalho, ou seu telefone de casa para seu celular, não por followme, mas por IP — Nokia é o celular dos geeks. Mostrou também um gadget que parece um isqueiro com porta ethernet: trata-se de um computador com WiFi que tem 256MB de RAM e AstLinux já instalado, boota em segundos com Linux, Asterisk e um firewall, e lhe serve como uma central telefônica portátil para viagens.
  • Amauri Zavatin, da Caixa Econômica, impressionou todos contando como o banco social está aos poucos usando Linux em todos os lugares. Dentro de um ano, todos os terminais dos caixas e ATM serão thin clients Linux. BrOffice.org já está sendo massivamente usado, com ordem da presidência, e há prazo de 6 meses para desinstalar o MS Office. Intranet foi toda redesenvolvida em Java e Zope, e está servindo como piloto para a próxima Internet do banco. Diminuiram em 70% os gastos com impressão porque começaram a controlar seu uso com ferramentas open source. Des-terceirizaram todo o negócio das casas lotéricas (por causa das notícias de corrupção) redesenvolvendo todas as aplicações internamente com Java e Linux, e o projeto saiu por uma fração do que foi previsto. Etc etc etc. Esta palestra serviu como um termômetro do uso de Open Source de forma corporativa, responsável e séria.
  • Louis Suarez-Potts, da Collab.net, fez uma palestra emocionada sobre OpenOffice.org e ODF, convocando mais colaboradores para os diversos projetos atrelados ao OOo. Explicou que pode-se contribuir para a suite em sí, mas também para os subprojetos de marketing, empacotamento, artwork, testes, plugins e extensões.

O evento fechou com um coquetel informal onde reencontrei velhos amigos como o Luiz Blanes e outros.

A casa estava cheia, e espero que o evento se repita ano que vem. Tem tudo para se tornar tradição em São Paulo.

Evento de Virtualização da Novell

Novell Virtualization Tour

Não podemos deixar de marcar nossa presença no evento de virtualização da Novell. Confira as datas e cidades:

Brasil América Latina

No track da IBM vou fazer uma apresentação nova sobre virtualização, incluindo o tema quente da paravirtualização, mas passando também por virtualização de storage, virtualização de aplicações, e outras virtualizações pouco conhecidas, até chegar nos conceitos de Grid e SOA que são as vertentes mais sofisticadas de virtualização.

Inscreva-se gratuitamente nos links acima e garanta sua vaga.

IBM no Oracle Open World

A IBM vai participar do evento Oracle Open World, nos dias próximos dias 27, 28 e 29 de março.

Local

Transamérica Expo Center, São Paulo.

Agenda

Parceiros, Cezar Taurion, outros especialistas da IBM e também eu, vamos mostrar casos de sucesso e novas idéias sobre diversos assuntos, inclusive Linux, Service Oriented Architecture, Padrões Abertos, Software as a Service, novidades nas plataformas de hardware da IBM etc. Confira a agenda:

Dia 27/03

11h00 – 11h40 System p (Unix) para Soluções Oracle

Conheça a tecnologia POWER IBM, com todo poder de processamento e capacidades avançadas de virtualização e alocação dinâmica de recursos. Ideal para empresas com missão crítica e com necessidades de flexibilização da sua área de TI, além de ser uma combinação perfeita com diversas soluções Oracle.

Palestrante: Mauro Minomizaki

11h45 – 12h15 Caso de sucesso – Unilever: Buscando a excelência através da implementação de ITIL

Com a implementação dos processos ITIL suportados pelo Siebel, a área de IT da Unilever Latin America busca consolidar sua excelência operacional para entregar aos seus clientes um serviço cada vez melhor.

Palestrante: José Ferroli (Unilever)

14h00 – 14h40 Modelos de negócio para padrões abertos e open source

A importância dos Padrões Abertos para a indústria e sociedade. Como empresas estão tirando vantagem disso. Modelos de negócios para Open Source, e como escolher entre Open Source e Closed Source.

Palestrante: Cesar Taurion (IBM)

14h50 – 15h20 Software como Serviço: rompendo os limites do modelo de aplicativos sob demanda

Conheça esta forte tendência do mercado, o modelo de software como serviços. Uma forma lexível de compra de soluções que consiste na entrega das funcionalidades de uma aplicação com o pagamento baseado em sua utilização.

Palestrante: Marcos Prete (IBM)

15h30 – 16h00 Parceiro: MPL

Soluções para empresas em que a performance dos projetos e gerenciamento dos riscos são críticos. Controle os custos de seus projetos em tempo real.

Palestrante: MPL

16h10 – 16h40 Soluções financeiras para viabilizar seu projeto

O Banco IBM apresenta uma série de alternativas para viabilizar seu projeto de TI. Conheça as melhores e mais variadas soluções financeiras para levar seu projeto adiante.

Palestrante: André Sales (IBM); Antonio Ramos (IBM)

16h40 – 17h20 IBM Service Management for Oracle Applications – Oracle Optimization and Management

O IBM Service Management alavanca as práticas ITIL para reduzir tempo, custo e risco na entrega e gerenciamento de aplicações Oracle em ambientes heterogêneos, ajudando as empresas a reduzir o custo total de suas operações e a liberar os orçamentos para investimentos em inovação.

Palestrante: Jorge Cordenonsi

17h20 – 18h00 Por que Oracle no mainframe?

A Oracle e a IBM anunciaram em Outubro de 2006 uma forte parceria de aplicativos e Banco de Dados em plataforma mainframe – System z. Além disso, algumas dessas tecnologias já estão rodando em ambiente Linux do mainframe, com um ótimo TCO para clientes que buscam consolidação.

Palestrante: Roberto Santos (IBM)

18h00 – 19h00 Coquetel System z

Dia 28/03

11h00 – 11h40 Soluções Mid-Range de Storage para Oracle

Conheça as soluções voltadas ao mercado de pequenas e médias empresas, onde o volume de dados vem crescendo a cada dia. Além disso, veja os diferenciais com soluções Oracle e os últimos lançamentos voltados para esse mercado.

Palestrante: Wellington Menegasso

14h00 – 14h40 Sizing de Infraestrutura para Soluções Oracle

Veja como a IBM investe fortemente em seu Centro de Competência, bem como na ferramenta de sizing, garantindo o bom funcionamento do seu processo e trazendo economia às empresas, além de ser uma ótima oportunidade aos nossos parceiros de negócios.

Palestrante: Guilherme Araujo (IBM)

14h50 – 15h20 Software como Serviço: rompendo os limites do modelo de aplicativos sob demanda

Conheça esta forte tendência do mercado, o modelo de software como serviços. Uma forma flexível de compra de soluções que consiste na entrega das funcionalidades de uma aplicação com o pagamento baseado em sua utilização.

Palestrante: Marcos Prete (IBM)

15h30 – 16h00 Parceiro: HB Global

Soluções JD Edwards Oracle para Transporte e Logísitica

Palestrante: HB Global

16h00 – 16h30 Soluções financeiras para viabilizar seu projeto

O Banco IBM apresenta uma série de alternativas para viabilizar seu projeto de TI. Conheça as melhores e mais variadas soluções financeiras para levar seu projeto adiante.

Palestrante: André Sales (IBM); Antonio Ramos (IBM)

16h30 – 17h10 Soluções Siebel com plataforma Unix IBM

Conheça as funcionalidades de nossa plataforma System p (UNIX) com o aplicativo Siebel Oracle, mostrando todo o valor agregado e benefícios que as empresas podem ter optando por essa solução.

Palestrante: Eduardo Pacini (IBM) e Sérgio Saldanha (Oracle)

17h20 – 18h00 Power Net – um programa direcionado para ISVs

PowerNet é um programa voltado a desenvolvimento de novos ISVs na plataforma System p. Venha conhecer todos os benefícios do programa e como a IBM está trabalhando com a Oracle. Extremamente focado para parceiros de negócios.

Palestrante: Marcelo Violento (IBM) e Sérgio Saldanha (Oracle)

18h00 – 19h00 Coquetel System p

Dia 29/03

11h00 – 11h40 Bladecenter com Soluções Oracle

Cada vez mais as empresas enfrentam problemas como redução de custos na área de TI, falta de espaço, problemas de refrigeração do seu CPD e gerenciamento de parques de servidores. O BladeCenter IBM pode resolver todos esses problemas com sua capacidade de

Palestrante: Ana Paula Tran

11h45 – 12h15 Caso de sucesso: Como atingir a otimização de processos com redução de custos e redução do número de transações de documentos em até 50%.

Melhoria do gerenciamento de risco, redução das complicações relacionadas a impostos e legais, melhoria da qualidade dos dados, maior cooperação dos empregados, otimização das ações da corporação, com maior rapidez nas soluções de possíveis dificuldades a

Palestrante: CVRD

14h00 – 14h40 A melhor distribuição Linux

Entenda o que são distribuições Linux, como estão posicionadas no mercado e na comunidade, as mais importantes, vantagens e desvantagens de cada uma, e como escolher a melhor para o seu negócio.

Palestrante: Avi Alkalay (IBM)

14h50 – 15h30 System i e JD Edwards: a combinação perfeita

Conheça a plataforma ideal para a solução de JD Edwards, o System i, dotado de tecnologia POWER. Possui alto poder de processamento, capacidades avançadas de virtualização e alocação dinâmica de recursos, além de ser uma máquina totalmente auto gerenciáve

Palestrante: Mauricio Conceição (IBM)

15h40 – 16h20 Otimize seu datacenter tirando o máximo de seu hardware

Conheça arquiteturas não-convencionais, mas que trazem benefícios financeiros enormes, para
virtualização, enjaulamento de aplicações, desktops multiusuários, clusters de alta disponibilidade, de custo baixo até os mais escaláveis, clusters para Grid e alta disponibilidade, e opções para desktop.

Palestrante: Avi Alkalay (IBM)

16h30 – 17h00 Parceiro: YKP

Conheças as Soluções CRM integradas ao JD Edwards

Palestrante: YKP

17h10 – 17h40 Soluções financeiras para viabilizar seu projeto

O Banco IBM apresenta uma série de alternativas para viabilizar seu projeto de TI. Conheça as melhores e mais variadas soluções financeiras para levar seu projeto adiante.

Palestrante: André Sales (IBM); Antonio Ramos (IBM)

Estando no evento, não deixe de passar no stand da IBM.

Evento Connect and Play 2006

Connect and Play 2006Terça-feira, 12 de dezembro realizaremos o evento Connect and Play focado para desenvolvedores.

A inscrição é gratuita em www.concursoinsites.com.br, e os participantes são convidados a doar 1kg de alimento não perecível que será entregue a uma organização social e educacional.

Teremos as seguintes palestras e atividades:

  • Technical Briefing: Accelerating Global Software Delivery (Alfredo Gutierrez – Developer Relations Manager – Developer Technical Marketing)
  • Technical Briefing: SOA Governance (Randel Powell – World Wide IDR Developer Skills Team)
  • Keynote Speaker – Nosso Futuro Digital: o impacto das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TCIs) na Vida Humana (Ethevaldo Siqueira – jornalista especializado em Tecnologia da Informação e Telecomunicações, colunista do jornal “O Estado de S. Paulo” e da Revista Veja e comentarista da Rádio CBN.)
  • Open Document Format (César Taurion – Gerente de Novas Tecnologias Aplicadas)
  • Acessibilidade (Omar Varela – Gerente do Centro de Acessibilidade IBM)
  • Minicursos: RSA e WebSphere
  • Certificações: WebSphere, SOA, XML e DB2
  • Linux Install Fest – Instalação monitorada do SUSE 10 da Novell

Teremos também a exposição dos trabalhos finalistas do Consurso IBM InSites.

Evento Linux e Rational em Florianópolis e Curitiba

Desta vez estaremos levando o já consagrado evento IBM developerWorks Live ! para Florianópolis e Curitiba.

É a chance de técnicos aprenderem com técnicos dos laboratórios IBM, Red Hat e 4Linux, casos reais e usos avançados de tecnologias como Linux, Eclipse, Samba, Xen, Clusters de Alta Disponibilidade, e outras ferramentas Open Source e Rational para desenvolvimento e gerência de projetos.

Confira a agenda, datas e locais abaixo, e venha ver nossas apresentações !

Florianópolis, Santa Catarina, 16 e 17 de outubro
O evento IBM acontecerá dentro do Simpósio Brasileiro de Engenharia de Software e de Banco de Dados, no Hotel Majestic na Av. Beira Mar Norte. Como estaremos atrelados ao SBES/SBBD, será um evento pago. Mais informações aqui, e agenda IBM aqui.

Agenda do dia 16 de outubro – Linux

09h00

Possibilidades de Linux com Desktops e Servidores (Avi Alkalay – IBM)

09h45

Virtualização em Linux com Xen (Rodrigo Missiagia – Red Hat)

10h30

Break

11h00

OpenLDAP, PAM e Gerência de identidade com Linux (Francisco Saito – 4Linux)

12h00

Pausa para Almoço

11h45

Linux na IBM (Avi Alkalay – IBM)

12h30

Pausa para Almoço

14h30

Alta Disponibilidade com Linux (Rodrigo Missiagia – Red Hat)

15h15

Migrando a Infraestrutura para Samba com Linux: estudo de caso da CEAGESP (Francisco Saito – 4Linux)

16h00

Break

Agenda do dia 17 de outubro – Padrões Abertos e Ferramentas de Desenvolvimento Open Source

09h00

Introdução – Padrões Abertos, Open Source, Apache Derby/IBM Clouscape (Eric Long and Jeff – IBM)

10h30

Break

11h00

Apache Geronimo/IBM WebSphere Application Server Community Edition, Desenvolvendo Aplicações com Ferramentas Open Source, Além do Open Source/Standards – Próximos Passos (Eric Long and Jeff – IBM)

12h30

Pausa para Almoço

14h30

Overview – Desafios em Distribuição de Softwares, Process and Portfolio Management – Rational Portfolio Manager and Method Composer (Cheryl and Kevin – IBM)

16h00

Break

16h30

Análise e Requerimentos – Rational Req Pro, Qualidade de Software – Rational ClearQuest e Testes Funcionais, Gerência de Mudança e Configuração – Rational ClearCase, Rational ClearQuest, Rational Build Forge, Call to action/Resources (Cheryl and Kevin – IBM)

Curitiba, Paraná, 19 e 20 de outubro
O evento acontecerá na PUC-Paraná, Rua Imaculada Conceicao, 115 – Prado Velho, Auditorio Maria Montessori. Evento gratuito. Inscrição aqui ou pelo telefone 0800-707-4837 opção 1, ou ainda mandando um e-mail para pwisv@br.ibm.com.

Agenda do dia 19 de outubro – Padrões Abertos e Ferramentas de Desenvolvimento Open Source

08h30 Registro

09h00

Introdução – Padrões Abertos, Open Source, Apache Derby/IBM Clouscape (Eric Long and Jeff – IBM)

10h45

Break

11h00

Apache Geronimo/IBM WebSphere Application Server Community Edition, Desenvolvendo Aplicações com Ferramentas Open Source, Além do Open Source/Standards – Próximos Passos (Eric Long and Jeff – IBM)

13h00

Pausa para Almoço

14h00

Overview – Desafios em Distribuição de Softwares, Process and Portfolio Management – Rational Portfolio Manager and Method Composer (Cheryl and Kevin – IBM)

15h45

Break

16h00

Análise e Requerimentos – Rational Req Pro, Qualidade de Software – Rational ClearQuest e Testes Funcionais, Gerência de Mudança e Configuração – Rational ClearCase, Rational ClearQuest, Rational Build Forge, Call to action/Resources (Cheryl and Kevin – IBM)

Agenda do dia 20 de outubro – Linux

08h30 Registro

09h00

Possibilidades de Linux com Desktops e Servidores (Avi Alkalay – IBM)

10h00

Break

10h30

Virtualização em Linux com Xen (Rodrigo Missiagia – Red Hat)

11h15

OpenLDAP, PAM e Gerência de identidade com Linux (Francisco Saito – 4Linux)

12h00

Pausa para Almoço

13h30

Linux na IBM (Avi Alkalay – IBM)

14h15

Alta Disponibilidade com Linux (Rodrigo Missiagia – Red Hat)

15h00

Break

15h30

Migrando a Infraestrutura para Samba com Linux: estudo de caso da CEAGESP (Francisco Saito – 4Linux)


Esperamos você lá !
Qualquer dúvida, por favor escreva um comentário neste blog, ou mande-me um e-mail.

Um Vegetariano no Mundo dos Negócios

Ontem fui a um evento do rico mercado de tecnologia. Por começar cedo, durar o dia todo e se estender até a noite, foram servidos diversos café da manhã, coffee-breaks, almoço e coquetel no final do evento.

Eu sou vegetariano.

Havia sanduiche de metro, de pastrami, salame e peito de peru. Perguntei se havia alguma opção mais vegetariana, menos carnívora, ou só com queijo, e os garçons mal entenderam do que estava falando. Tive que me contentar só com pão de queijo, muito sem-vergonha.

No almoço, era arroz com açafrão, batata gratinada com queijo brie e três opções de carne: tiras de frango com um molho, cubos de carne ao molho madeira com cogumelos, e rondeli recheado com ricota e frango. Atenção especial para este último, porque achei que ia conseguir separar a carne, mas não: o recheio do rondeli continha pedaços bem pequenos de frango. Resultado, tive que comer arroz e batata.

Minha dieta não foi nada nutritiva. Não havia outras opções para vegetarianos.

Fiquei imaginando como essa comida toda é contratada por quem faz o evento.

  • — Vocês do buffet, por favor coloquem tudo do bom e do melhor, porque quero impressionar meus convidados !
  • — Pois não, então tudo terá carne.

Um vegan (quem nem leite e ovos come) então, nem se fala. Ia ter que levar maçã de casa para não definhar de fome, por absoluta falta de opções para comer.

Durante o almoço o buffet passou um ficha de avaliação e não demorei a sugerir para pensarem nos vegetarianos, bem como lembrar de orientar seus clientes de que nem todos os convidados podem ter os mesmo hábitos alimentares de quem faz o evento.

Bem, não fiquei para o coquetel no final, mas achei aquilo tudo muita falta de senso de diversidade. E isso é bem comum nos inúmeros eventos em que vou.

Grupo Corpo

O Grupo Corpo esteve em São Paulo com duas coreografias.

A Missa do Orfanato dançava uma missa de Mozart (que não era o Requiem) como pano de fundo. Dançarinos mostraram muita emoção nesse opus n° 1 (primeira obra) da companhia.

Ai teve um intervalo, e depois entraram com o Onqotô.

Pegue uma caixa, coloque o Onqotô, goiabada cascão, caipirinha de maracujá com boa cachaça, biscoito de polvilho, sorvete de bacurí, e doce de abóbora com côco, e você terá um perfeito Kit Brazil Export. Vontade de comer tudo. Talvez o Onqotô sozinho já dê conta do recado, de tão brasileiro que ele é. A voz zen de Caetano Veloso somava à perfeição a dinâmica vigorosa da coreografia. Adorei.

O intervalo era um espetáculo a parte. Muita gente bonita, com ar de descolada e que parecia emanar glamour e cultura. Todos alí prestigiando essa que está entre as mais importantes companhias de dança moderna do mundo. De logo aqui, Minas Gerais.

Nesses espetáculos minha namorada sempre sempre encontra todos seus sócios, e eu nunca nunca vejo pessoas da minha empresa.

♫ É só isso… ♫

Anima Mundi

Ontem fui à abertura do 14° Anima Mundi edição São Paulo, no Memorial da América Latina. É um evento de animação direcionado para os profissionais deste setor e para o puro prazer do público em geral.

Depois dos comentários da diretoria do evento e de alguns patrocinadores, começou uma sessão de curtas de animação de vários paises, e é isso o que mais quero comentar:

Se cinema é a 7ª arte e história em quadrinhos é a 8ª, então animação é a 9ª. O cinema clássico se responsabiliza em registrar a atuação por ângulos que nos fazem chorar. Os quadrinhos criam o cenário, os atores, e deixam os movimentos e dinamismo a cargo da imaginação do leitor. Os animadores invadem nossas emoções criando livremente absolutamente tudo: dos argumentos aos atores, expressões, luz, cores, ângulos, técnicas, computadores, som ambiente, e principalmente movimentos, mas em geral sem usar uma palavra sequer.

Foram rodados 8 curtas ontem. Cada um espetacular em seu domínio. É incrível ver como a cultura humana atingiu esse nível sofisticado de criatividade e poder de criação. Impressionante mesmo. Saimos felizes e inspirados, prontos para ver o resto do festival.

Depois teve um coquetel onde haviam pessoas de todas as tribos, artistas, animadores, patrocinadores etc. A minha empresa era patrocinadora (foi assim que consegui convite) então o pessoal de Relações Comunitárias estava lá em peso, mas além deles só contei 3 pessoas da empresa (eu incluido) que prestigiram o fantástico evento. Fiquei me perguntando como pessoas que receberam o convite podiam te-lo perdido.

Confira os filmes que assistimos:

  • Guide Dog, de Bill Plympton, Estados Unidos. Engraçadíssimo, muito expressivo e um pouco trágico.
  • Mr. Schwartz, Mr. Hazen & Mr. Horlocker, de Stefan Mueller, Alemanha. Linda mistura de computação gráfica na medida certa e lápis de cor, para contar uma estória engraçadíssima de exctasy e farra de vizinhos barulhentos. Foi o que mais gostei.
  • História Trágica com Final Feliz, de Regina Pessoa, Portugal. Sensível, poético e de uma beleza simples.
  • Minuscule, de Thomas Szabo, França. Despretenciosa, engraçada e irreverente animação 3D com efeitos que parecem fotocolagem.
  • Tyger, de Guilherme Marcondes, Brasil. Mistura original de técnicas onde o ambiente criado pela música fez a trama ficar muito interessante.
  • Cafard, de Thomas Léonard, França. 100% computação gráfica em preto e branco que conta uma viagem fantástica pelo metrô, com a companhia de baratas.
  • Apple on a Tree, de Astrid Rieger e Zeljko Vidovic, Alemanha. Menos animação e mais fotocolagem que conta como uma maçã quer experimentar ser humana. Muito pirado e engraçado.
  • Dreams and Desires – Family Ties, de Joanna Quinn, Reino Unido. Usa uma bela técnica de movimentação com lápis de cor que lembra o Dogma 95, mostrando como desenhos podem ser tridimensionais, através da estória de uma senhora que usa uma câmera digital para registrar o casamento desastrado da filha.

Não deixe de ir a uma das sessões que serão rodadas nas salas de cinema da cidade. Um dos que quero assistir é o longa Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll, do Otto Guerra, com os famosos personagens do Angeli.

Perdi meu laptop !

Peguei um vôo da Gol p/ Salvador ontem, para fazer uma apresentação num evento da Novell e Officer que iam fazer lá. Salvador era a escala – o vôo seguia para Maceió depois.

Poizé…. sequei a bateria do meu laptop durante o vôo, trabalhando no Elektra, que é um de meus projetos open source. Ai fechei-o e ele encaixou direitinho e por inteiro naquela parte que serve para guardar revistas, na poltrona da frente.

Pousei, peguei minha mochila, entrei no taxi, e viajei até o hotel por uma 1/2 hora. Fiz check-in, decidi onde ia jantar depois, e subi no quarto para largar o laptop carregando.

Quando abri a mochila, cadê meu laptop !?

Eu que sou mór neurótico com essas coisas de não esquecer nada, larguei o bixo na poltrona do vôo que ia seguir pra Maceió, que a essas alturas, já devia estar chegando lá.

Xinguei injustamente Deus e o mundo, contei até 10 e liguei pro aeroporto. Depois de umas transferências de ramal, alguém da Gol me atendeu:

  • — Me ajuda! Esqueci uma coisa muito importante no avião que acabou de chegar de São Paulo
  • — Vixi Maria! E foi o que, minino!?
  • — Foi um laptop !
  • — Ôxe, tá aqui, já acharam.
  • — Jura!? Não foi pra Maceió ?
  • — Foi não. Ma tu tem que vir aqui pégá-lo, viste !?
  • — É pra já !

Gastei mais 1 hora e R$60 de taxi ida e volta viajando até o aeroporto para pega-lo, e me devolveram-no embrulhado em plástico bolha e tal.

Ufa… Voltei morrendo de fome, e fui direto a um japonês traçar um sushi.

Parabéns ao pessoal da Gol e do aeroporto de Salvador. Salvou minha apresentação no evento, que foi um sucesso.

Linux Expo 1999

Este é um e-mail histórico que mandei a vários entusiastas de Linux no Brasil durante a minha visita a Raleigh, que coincidiu com a Linux Expo 1999.

Data: Sexta, 21 Maio 1999 01:00 AM -0300
Assunto: LinuxExpo 1999

Sucedeu de eu estar em Raleigh bem na época da LinuxExpo’99. No podia deixar de ir. Como sou funcionário IBM, entrei na faixa conversando com o pessoal do stand da IBM.

Cheguei umas 17:00 e já estavam fechando a exposição. Dali pra frente só haveria uma recepção da IBM e mais algumas palestras.
No que vi do resto da exposição estavam presentes IBM (apresentando netfinity com raid), Sun, Adaptec, HP, Compaq, SGI (apresentando uma belissima máquina rodando RH6.0), Applix, FSF, Caldera, Oracle, S.u.S.E., Cyclades, Motorola, Linux*, Debian, etc, etc e etc…

Na recepção tinha comes, bebes, música e muitas figuras: Rasterman (Enlightenment, Gnome), Miguel de Icaza (Gnome), Jim Gettys (um dos criadores do X). O traje normal era jeans com polo ou camiseta. Era comum ver alguem com meia escura e sandalha. Muitos dos palestrantes estavam de short. Um clima aberto e desleixado. Tinha uma figura cabeluda com chapeu vermelho que não chamaria a tenção não fosse o chapeu, e sempre ter um monte de gente a sua volta. Cheguei perto pra ler o nome no cracha: ALAN COX!. Não vi o Linus e ouvi rumores que ele não viria.

Foi muito divertido ver as camisetas da galera. Traziam frases e desenhos muito legais.

Aconteceu de Star Wars estrear no mesmo dia da abertura da Expo. Aproveitando o ensejo, a capa do programa é o Pinguim sorrindo, coberto por uma capa Jedi, segurando um Sabre de Luz, e em volta os dizeres: MAY THE SOURCE BE WITH YOU.

Um dos assuntos mais falados é o ExtremeLinux(.org), sobre SMP. Tem algo a ver com o Beowulf. Parece-me que a IBM vai suportar algo do genero.

Entrei no final duma palestra sobre o XFree86(.org) 4.0. Uma pena, pois parecia ter sido bem interessante.

Segui para outra entitulada “The Future of X”, encabeçada por um grupo chamado (www.)X.Org. Esse grupo disse ter sido formalmente anunciado na última segunda-feira. O X parece ter se desmembrado do OpenGroup(.org). As grandes e poderosas fundaram a X.Org para continuar a evolução do X. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, aberta para qualquer um, com o primeiro objetivo de remover a suja licensa do X11R6.4. Eles irão trabalhar mano-a-mano com o pessoal do XFree86 e ambos dizem-se bastante excitados com isso (ui!).

Discutiu-se muito sobre hardware 3D, GNOME, KDE, e como o novo suporte de grandes companias estimula fabricantes a produzirem drivers.

O Jim Gettys tinha um cracha da Compaq, mas acho que ele veio da Digital. No final duma palestra tinha um monte de gente em volta dele. Abriu uma bolsa de notebook, que na verdade tinha um monte de cabos emaranhados, e sacou um protótipo que não era maior que uma caixa de cigarros. Tinha o nome Compaq gravado nele. Disse que tinha 64M de memória, mostrou a saída serial, microfone, etc. Colocou duas pilhas AAA e bootou o Linux. Entrou no X, mostrou o relógio, xterm, ls, top e até o DOOM. Tocou um MPEG em tons de cinza (tudo isso com uma caneta tipo PalmPilot). Ai ele abriu o e-mail, guardou a caneta e começou a falar com o bixinho: “Messages please”. “Message from Mary, April 2, 1999. Attached file”. “Play it for me”. “Hi Jim, this is Mary…”. Captaram?

Estão todos conscientes de que 1999 é o ano Linux, até aquelas meninas que trabalham no evento.

Amanhã tem mais.

Abraços,
Avi
___ _ _ ___ __ _ __ _ _ __ _ _ ___ __ _ __ ___ ___ __ ____ ____ _
Avi Alkalay <avi at br dot ibm dot com> – IT Specialist
Managed Internet & Intranet Services of IBM Global Services – Brazil
Tel: +55 11 3050-#### / Fax: +55 11 3050-**** / Tie-line: 842-%%%%

E este e-mail foi enviado alguns dias depois.

Data: Terça, 25 Maio 1999 11:53 PM -0300
Assunto: LinuxExpo’99 Parte 2

Depois daquele primeiro incrivel dia, aconteceram mais dois.

Na sexta cheguei no começo da tarde. Não queria perder a palestra sobre Coda(.cs.cmu.edu) (sucessor do AFS), um assunto que muito me atraia. A sala estava cheia, muitos interessados. O palestrante da Carnegie-Mellon University disse que eles fizeram muita evolução no cliente Windows e ele está mais usável. Mostrou comparações entre Coda, AFS, EXT2, BSD etc… Muito bom. Belíssimo projeto, bem embasado, grandes problemas e boas solução. Decepcionei-me quando ele anunciou um novo projeto: Inter-Mezzo(.org) que não é uma nova geração, apenas melhorias. Eles ainda não terminaram o Coda e já estão brincando de Inter-Mezzo. Isso é o mundo livre, sem compromissos…

Depois peguei o começo duma outra sobre Linux em PDAs (PalmPilot etc). Sei que havia alguém da 3Com presente e ouvindo com muito bons ouvidos. Eles devem estar de olho no Linux para o Palm 18 ou superior. Não fiquei até o fim.
Havia tantos assuntos interessantes que entendi que não adiantava ficar ouvindo todos eles pois até eu ter tempo para estudar tudo, a tecnologia já deu 15 voltas. Isso me levou aos stands, falar com pessoas. Queria ver o mundo marketing do Linux.

Comprei CDs baratíssimos, camisetas (já estou com a sua, Lele) etc. Conversei com um cara que trabalha na RedHat. Ele parece testar pacotes. Disse que trabalha lá a um ano e meio e foi o número 32. Hoje a RedHat tem 130 funcionários, e continuam contratando. Como gostaria de trabalhar nessa empresa…

No fim da tarde encontrei o Jon, um cara da Transarc que veio ao Brasil nos ajudar na instalação do DCE/DFS para Globonacopa(.com.br). Assistimos juntos a palestra do vice-presidente da AOL, que diga-se de passagem odeia a M$. O Jon tinha um Think Pad idêntico ao meu, com o RedHat 6.0 instalado. Na mesa do McDonalds ajudei-o a configurar o driver de som. O kernel 2.2 tem suporte a interfaces Infra-Vermelho, então, lá pelas 19:00, fomos ao seu hotel para tentar fazer alguma coisa com isso. As 2:00 da manhã conseguimos definir IPs nas interfaces “irlan0” de cada ThinkPad. Ai, a um metro e meio de distância, sem cabo (wireless!), fiz um telnet para a maquina dele e rodei um xterm que apareceu no meu display. Isto foi in-crí-vel! Tranferimos arquivos a uma taxa de 7.7 kbytes/s. Só numa LinuxExpo poderia encontrar alguém para montar um laboratório assim!

No dia seguinte conheci um IBMer cuja função é exclusivamente contribuir para o Apache. Ele está trabalhando especificamente no suporte a threads. Comentei que não posso ter uma versão pré-compilada X do Apache e utilizar módulos pre-compilados para a versão Y. Ele disse que a versão 2.0 tentará manter uma API estável. Disse também que a EAPI do mod_ssl será integrada ao núcleo do Apache.

Vi o WebSphere rodando completo, beta, num Linux. O WebSphere é o produto no qual a IBM está investindo mais tecnologia, e principalmente marketing hoje em dia. Percebem o sentido disso?

No stand da Debian havia um Mapa-Mundi com alfinetes coloridos espetados em todos os lugares onde haviam contribuintes. Era lindo de se ver. No Brasil havia só um alfinete verde na região de São Paulo. Fui falar com um dos cara-de-hacker que estava lá. Eu disse que era do Brasil e que conhecia o responsável por aquele alfinete (ouviu essa, Macan?). Perguntei se o Debian tinha consciência de que toda a Expo era graças ao mundo comercial do Linux. Ele disse: Sim, eu sei, mas estamos no mesmo barco. Perguntei qual era o objetivo de seu projeto: Well, to have fun! A resposta dele me deu vontade não de usar o Debian, mas de contribuir para ele.

No resto da tarde aconteceram palestras sobre Beowulf e ExtremeLinux(.org vale a pena visitar só prá ver o logo). Um cara da NASA mostrou um novo projeto em que está trabalhando, o BPROC, que permite um gerenciamento de processos, numa abordagem de cluster. Você pode fazer algo do tipo bproc_execv(node, path). Interessante…

No fim da tarde, reencontrei a garota da IBM que me colocou na faixa na Expo. Ela me convidou para uma festinha a noite na casa dela. Isso foi realmente interessante. Vejam o que aconteceu:
Lá conheci um cara da FSF (gnu.org), Tim Ney, um tipo de relações públicas. Ele trabalha cercadamente com o Richard Stallman. Disse que ele não “trabalha” mais para o MIT pq tudo que ele desenvolve no MIT deve ser propriedade do MIT, e isso é anti-FSF. Mas o MIT ainda o mantém, pois afinal ele é o Richard Stallman, que continua dormindo em sua sala de trabalho. Conversamos sobre o projeto GNU, futuro, passado, filosofia etc. Ele achou impressionante ver as IBMs, HPs, Silicons rodando o GNOME em seus computadores. Quem diria… Lamentei também o exesso de liberdade do projeto, tomando como exemplo a falta de compatibilidade entre as versões da LIBC. Mas é a vida…

Ainda na festa, havia também um pessoal da IBM que eram os expositores da Expo. Não entendi exatamente a topologia e hierarquia, mas 2 deles eram o suporte pre-vendas do Linux e outro fazia parte do PDT (Product Development Team) Linux. Compreendi que eles são o nome ‘Linux’ dentro da IBM. Estavam discutindo que vários gerentes estavam brigando para assumir isto. Todos querem dar uma mordida. Estavam todos muito empolgados e neste frenezi, um deles contou que participou de uma reunião telefônica entre vários grupos e um chefão. O chefão queria saber o que estava acontecendo na IBM. Ouviu falar que o grupo S/390 (mainframe) já tinha o Linux portado para esta plataforma. O grupo AIX, especificamente SP (multiprocessamento e clusters), estava contribuindo para o kernel SMP do Linux; eles inclusive já tinham boa parte do gerenciamento distribuido portado, como o dsh (distributed shell) e outros. O grupo Tivoli já tinha versões Alphas rodando em seus laboratórios, a Lotus já tem o Notes rodando lá dentro, etc, etc. Há algum plano com datas e objetivos? Quem pediu? Quem está gerenciando isto? Por que foi feito? A resposta de cada grupo era “empolgação”.

A Julie, dona da festa, é a responsável por marketing de NetFinity, e por consquência Linux. Reclamou da RedHat. Disse que são muito arrogantes e não tem muito conteúdo. Estão construindo uma imagem. Os outros tb questionaram o modelo de negócios deles. Do que eles vivem? O objetivo deles não é dinheiro e por isso vão acabar quebrando. Eles não estão dando o suporte que as grandes estão precisando. O DB2 foi construido para rodar em RH5.2 e parece não rodar bem no 6.0 por problemas de LIBG++. A RedHat não tem o menor intresse em manter a compatibilidade, e isso chateia. Por outro lado, Caldera responde muito bem a estas requisições. Eles parecem ter uma postura mais comercial, e menos hacker. A IBM parece estar tendendo para o Caldera OpenLinux.
Eu disse que acreditava que dentro de 2 anos a IBM iria lançar o IBM Linux. Os caras concordaram.

Foi muito importante eu ter ido a esta festa. Deu-me uma melhor visão da penetração mercadológica do Linux. As conversas foram impressionantes!

Bom, essa foi a minha visão de todo este eufórico final-de-semana. Comentários?

Boa Sorte e Abraços a todos,
Avi
___ _ _ ___ __ _ __ _ _ __ _ _ ___ __ _ __ ___ ___ __ ____ ____ _
Avi Alkalay <avi at br dot ibm dot com> – IT Specialist
Managed Internet & Intranet Services of IBM Global Services – Brazil
Tel: +55 11 3050-#### / Fax: +55 11 3050-**** / Tie-line: 842-%%%%