Não resiti e agreguei eles todos !
O nome vem de uma bela moda de viola de Roberto Correa chamada Mazurca do Viajor.
Não resiti e agreguei eles todos !
O nome vem de uma bela moda de viola de Roberto Correa chamada Mazurca do Viajor.
Um dos restaurantes que mais gosto de ir é o La Brasserie em São Paulo.
É bonito, tem ótima comida e ótimo atendimento, além de ser pertinho, lá na Rua Bahia. Bom, tudo isso tem seu preço…
Levei a Tatiana, minha excelente companhia intelectual e de sorriso grande, estavamos felizes e falantes.
Focamos nos frutos do mar, então ela escolheu um pinot noir francês, meia garrafa, não lembro o nome. Apesar de eu preferir os vinhos do novo mundo, esse estava ótimo, elegante e perfumado.
Para um jantar a dois, meia garrafa é totalmente suficiente. Se fosse mais, teríamos bebido, íamos sair grogues e bodeados. Mas isso não aconteceu.
Programa gostoso nesses momentos de doce vida.
This weekend I had the chance to try a friend’s LG Shine cell phone. Its a beautifull piece of design.
It was obvious which Microsoft technologies and patents LG used in this product:
Li um excelente artigo na Revista Piauí que relatava como Joshua Bell, um dos maiores músicos eruditos do mundo, pegou o seu Stradivari Gibson ex Huberman, fabricado em 1713, e foi tocar numa estação plebéia em Washington, na hora do rush.
O experimento foi encomendado pelo Washington Post e os mandantes chegaram a especular que teriam que chamar a SWAT para aplacar as massas sedentas por arte. Bem, não foi exatamente isso o que aconteceu.
Mas não vou contar os detalhes. Leia-o no original em inglês ou traduzido na revista. Vale a pena. É cheio de análises filosóficas sobre o que é beleza, o contexto ou a moldura para experimentá-la, etc. Além de ser muitíssimo bem escrito.
O mesmo número tinha também um artigo do Nando Reis contando sobre sua semana, dia por dia, como se fosse um blog. Gostoso de ler.
Diga-se de passagem, a Revista Piauí é ótima. Já conhecia, mas nunca tinha lido. Acho que vou dar de presente para a minha namorada intelectual uma assinatura para mim.
Não é de hoje que vos digo que o Google Maps é o melhor site da Internet (depois de um blog ou outro).
Pois bem, vou fazer uma longa viagem a trabalho para os EUA, com muitas cidades, muitos lugares para ir, vários hoteis, muitos aeroportos. E como todo bom nerd, estou posicionando todos esses pontos em um mapa pessoal.
Ainda mais nos EUA, que está inteiro semanticamente mapeado (na linguagem nerd: the country is entirelly geocoded). Assim posso traçar rotas e imprimir mapas personalizados e não mais quebrar a cabeça procurando os meus lugares em mapas genéricos.
Não vivo mais sem o Google Maps.
A virtualização é um recurso usado para simplificar, esconder ou mascarar detalhes de funcionamento infra-estruturais de um hardware ou de um software. Sua função é fazer um componente simular ou se comportar como outro tipo de equipamento. Desta forma, o que é executado sobre a plataforma virtualizada passa a dar mais foco à sua super-estrutura, ou seja, à lógica de negócio.
Fica mais fácil entender quando classificamos alguns tipos interessantes de virtualização:
Poderíamos citar outros tipos, mas o importante agora é entender que o objetivo maior do uso de virtualização é a independência e separação lógica entre camadas de funcionalidades diferentes, melhor gestão de políticas de segurança e melhor aproveitamento de recursos computacionais.
A virtualização de hardware é especialmente prática porque permite manipular o que antes era metal e silício físicos, como informação que pode ser gravada numa mídia e até mesmo transportada via rede. Mas a separação lógica entre a máquina virtual hóspede e o sistema operacional hospedeiro não lhes permite cooperar de forma mais eficiente. Por exemplo, o hospedeiro não sabe como o seu hóspede está usando a memória física. Assim, pode haver um retrabalho em tarefas comuns como gerência de memória virtual.
A paravirtualização, a princípio, parece uma virtualização de hardware, mas propõe que o sistema operacional hóspede saiba que ele está sendo executado na camada virtual e possa interagir com ela. Isso implica em alterações no sistema operacional hóspede, mas garante uma cooperação sem precedentes entre as duas camadas. O ganho imediato desta cooperação é a maior performance do conjunto.
O datacenter do futuro, vislumbrado com tecnologias de paravirtualização do presente, será todo virtual. Muitos dos produtos que hoje são executados em servidores físicos dedicados, sem virtualização, passarão para servidores paravirtuais. Isso acontecerá pois a perda de performance da paravirtualização tende a zero, e ao mesmo tempo ganha-se muita flexibilidade de operação, benefício típico da virtualização em geral.
A máquina paravirtual passa a ser como um líquido que se adapta a qualquer recipiente, podendo ser migrada a quente para outro equipamento com apenas milissegundos de indisponibilidade real, armazenada em backup ou fazer parte de uma infra-estrutura de alta-disponibilidade de máquinas virtuais.
O primeiro sistema operacional moderno que implementou essas modificações para paravirtualização foi o Linux, com o projeto Xen. A idéia se popularizou e aderiram a ela vários fabricantes. Hoje há um diálogo bem sucedido na indústria sobre padronização das interfaces hóspede-hospedeiro.
Com essa padronização se concretizando e com os benefícios que a paravirtualização oferece, podemos dizer que nos próximos anos ela substituirá por completo a tradicional virtualização de hardware.
Em primeira mão:
ODF é o formado de documentos de padrão aberto usado por uma série de softwares e suites de escritório como o OpenOffice.org, BROffice.org, IBM Lotus Notes 8, GNUmeric, Abi Word, KOffice e outros.
Desde que se estabeleceu no Brasil, membros da ODF Alliance vem trabalhando na divulgação do formato OpenDocument [definição da IBM], e nos grupos de trabalho de padronização de documentos de escritório da ABNT.
Não deixe de demonstrar seu suporte ao ODF no livro de visitas.
I just bought the blogplex.net domain with the donations I got from the Google Maps plugin.
Numa viagem de carro ida-e-volta São Paulo-São Carlos talvez gasta-se mais em pedágio do que em gasolina.
São 2 x 230km = 560km. E de pedágios R$23.8 na ida e R$27.6 na volta.
Ou seja, o usuário paga R$1 para cada 10.89 kilometros rodados nessas ótimas (porém caras) rodovias.
Tentei descobrir a média de carros na Bandeirantes e Washington Luiz e assim calcular mais ou menos a renda da AutoBAn e Centrovias (respectivas concecionárias dessas estradas), mas isso parece ser uma informação confidencial, pois nem o Google acha nada. Nem no site da ARTESP — agência que regula transortes em São Paulo.
A AutoBAn colocou no ar uma página de números das estradas, mas esqueceu o número mais importante: o de usuários que passam (e pagam) por ela.
Eu calculo que mais ou menos 10 mil carros passam por dia em qualquer trecho de 11 kilometros. Isso dá uma renda de R$10 mil por dia, ou R$300 mil por mês, para fazer a manutenção desses 11 kilometros. Isso me parece muito dinheiro para um trecho tão pequeno.
Quando você pegar a bela Rodovia dos Bandeirantes entre São Paulo e Campinas, repare no enorme canteiro central entre as duas pistas. Nunca se perguntou o porquê de todo aquele gramado? Segundo um amigo, o jornal da época dizia que já que estavam abrindo terreno para a estrada, iriam também deixar espaço para um monotrilho de alta velocidade ligando as cidades. Assim, poderia-se morar numa cidade e ir rapidamente ao trabalho na outra.
Mas pelo jeito o Poder Executivo falhou na execução desse projeto.
Tanto que no recente pronlongamento da Bandeirantes, de Campinas a Corumbataí, já projetaram e construiram sem esse canteiro.
Se esse monotrilho existisse, cidadãos como eu talvez tivessem a opção de morar no interior e trabalhar em São Paulo, deixando o carro em casa, diminuindo tráfego e poluição na capital.
Mas o Poder Executivo não nos ajuda aqui.
Acabamos de voltar do show do Blue Man Group.
É um show de rock instrumental percursivo, e algumas músicas famosas e energéticas cantadas por uma mulher.
Muito bem feito, totalmente tropicalizado, sincronizado, inteligente mas não cerebral, e também um pouco bobo.
De homens azuis mesmo são só 3. O resto é uma banda supimpa com uns percussionistas com fogo no rabo.
Conforme o público vai se acomodando antes do show, vão mostrando umas frases provocantes e engraçadas.
A Tati viu eles em Nova York 10 anos atrás e achou muito mais legal porque o teatro era bem menor que o intimidante Credicard Hall do show de hoje.
Boa diversão, mas caro de mais.
Taken this weekend in Rio Claro, São Paulo, Brazil.
Fazia anos que não colocava o pé no McDonalds, o templo da carne, a não ser para um sorvetinho. Mas com essa promoção do Shrek 3 que tem o tal do Veggie Crispy, fui arriscar.
O engraçado foi ouvir a moça do caixa dizer que apesar de a loja já estar quase fechando ela ainda tinha a “carne” desse sanduba. Hahaha. Quase virei e fui embora.
É lotado de maionese, no melhor estilo junk food, e o sabor é bem homogêneo e sem graça. Sem imaginação.
A opção vegetariana do Burger King (que só provei nos Estados Unidos) é mais bem temperada.
At the entrance of Red Hat office in São Paulo…
Esses agregadores de feeds estão entre as coisas mais interessantes que aconteceram na blogosfera. Isso é a pura Web 2.0 em ação.
Coisa mais óbvia: juntar em um só lugar todo mundo que se interessa e escreve sobre mais ou menos o mesmo assunto.
O interessante começa no “mais ou menos”. Porque eu, fulano e sicrano não escrevemos só sobre tecnologia. Mas já que estamos aqui, por que não ler sobre outros assuntos que estão escrevendo pessoas com quem temos afinidades ?
Com a isca do “só vou ver o que mais vai ler quem for me ler” ou “só vou ver como meu post ficou no planeta” você foi fisgado pelo meme. E a informação flui, a consciência se amplia, e a qualidade dos leitores melhora.
Meu blog já está em 3 planetas técnicos. Mas quero mais, muito mais. Quero estar em agregadores não técnicos também. O resto do mundo precisa conhecer essa maravilha cybersociológica.
E tenho preparado os feeds do meu blog para isso: além das amadas tags/categorias por assunto, estou criando também tags operacionais, tipo lang:en para posts em inglês, geek:no para classificar coisas para mortais não técnicos, etc. E forneço o feed mais abrangente possível, de acordo com a audiência do planeta/agregador.
Se você também está num desses agregadores, deve estar me lendo agora. Saiba que eu te leio também. E adoro. E comento no seu blog. Então comente no meu também. É legal. É giro (para os portugueses que me lêem).
Para os que que só lêem, tratem de criar um blog e entrar para a festa. É legal. É giro.
When we think all standards, tools and frameworks for web on the client was already invented and now its time to spread its use, Microsoft comes with a “new” thing: Silverlight.
Silverlight has same functionality of Adobe Flash. You install it on your desktop system and it works as a browser plugin. Silverlight leverages proprietary .NET, thus it is proprietary too.
When it says cross platform, read Windows and Mac only.
Development tools are Microsoft only.
My advise is to stay away from Microsoft Silverlight or any Mono reimplementation as Moonlight (as noted by Roberto Teixeira in comments). It will lock you in into proprietary technologies.
These are some alternatives (name in bold) for such an impressive interactive web functionality:
As happened with Real versus Microsoft media formats, and Java versus .NET, it is expected that when Silverlight gets more popular, the Flash plugin will be removed from default Windows installations (forcing users to explicitly install it), considered as non-strategic (or a competitor) for Microsoft.
O Brasil é um país de Imigrantes.
Gente que veio para cá cheio de esperanças em começar uma vida nova, de nações destruidas por preconceito, guerra, ou pela mão escravagista. Trouxeram sua cultura, sabores e música, muita música, para fazer do Brasil a colcha de retalhos colorida que é.
O Memorial do Imigrante em São Paulo revive tudo isso de forma muito emocionante. Na anual Festa do Imigrante, que acontece neste e no próximo final de semana, enche a casa conosco, seus descendentes.
Chorei emocionado, quando ví uma das fotos antigas que mostrava toda aquela população humilde esperando sua vez para oficialmente entrar num país “onde haja muito sol e que se possa correr livremente”, segundo o depoimento de uma romena.
Era como se toda a esperança daqueles imigrantes tivesse saltado da foto, atravessado os tempos e me invadido por inteiro. Foi incontrolável e tocante. Senti a mesma coisa na entrada do pavilhão do Brasil na Expo 98 de Lisboa, onde havia uma foto enorme de um capoeirista.
Depois desse pranto a exposição teve um tom especial. Eu já era todo emoção e outro momento forte foram os bonecos de pano de tamanho real, vestidos tipicamente e segurando suas bandeiras.
A quantidade enorme de gente que veio prestigiar a festa tratou de liqüidar com a comida da maioria das barracas de comidas típicas das nações. Menos da Itália, que tinha estoques sem fim de canelone, nhoque e pastiere. E a Tati observou que isso era a prova que os italianos sempre cozinham para um batalhão. Coisas de sabedoria irreverente dessa descendente de imigrantes italianos e poloneses.
Haviam também apresentações de danças típicas de diversos países. Tudo muito colorido, marcando cada retalho da colcha. Você descendente ou nativo, não deixe de visitar.
Eu sou brasileiro. Por ironia do destino não nasci no Brasil. Sou imigrante de corpo, porque minha alma sempre foi daqui.
Tinha previsto para o fim do ano chegar a 500 comentários no post de Aquecimento Global.
Essa marca foi alcançada hoje, 6 meses antes 😀 . A média é +/- 3.3 comentários por dia ou 22.8 por semana.
Pena que poucos realmente se salvam. Tinha apontado alguns engraçados, mas outros melhores ainda apareceram:
Pelo menos fico feliz em saber que estou contribuindo com vários trabalhos escolares.
The Common Craft Show has made excellent videos to explain Wikis and Feeds to the masses. Select subtitle language in last 2 links.
Since I started to write the Linux Font HOWTO I am interested in this subject. Personally I believe that good fonts and good renderer are the top contributors to an elegant and comfortable desktop.
Joel Spolsky wrote an insightful article comparing font rendering approaches of Microsoft and Apple.
And he refered another article by GRC explaining subpixel rendering.
By the way, GRC made history describing how Distributed Denial of Service works.
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In an internal account planning meeting:
Then I had to explain that Intel/AMD is not a platform. Is an architecture.
Linux on Intel/AMD is a platform. Windows on Intel/AMD is another platform. And the last one is probably the one he doesn’t trust for such a critical application. You can trust on the first option, man !
Current Intel/AMD servers are very reliable. Have excellent chipsets, support advanced virtualization, are as fast as hell, and together with Linux are as reliable as any other UNIX server. By the way, Linux is UNIX, in case you didn’t notice.
SAP is trying to drive customers IT budget to their pockets, instead to the infrastructure guys pockets (as IBM). They are advising customers to switch to cheaper architectures (as Intel and AMD) so they have more money to spend with SAP. This is an opportunity for Linux.
If a company is making changes to their IT infrastructure, is hard to find a good reason to not switch UNIX servers to Linux on cheaper architectures. (By the way, total cost of ownership for Linux on System Z can be even cheaper for big datacenters.)
Main reasons for customers to insist on UNIX are legacy applications, culture, and a damn good UNIX sales force.
I can’t sleep, so I configured a better feed for my blog.
I spent the day in an Office Open XML conference in Brasília with many colleagues from companies in the industry, including Red Hat, Novell, 4Linux, ODF Alliance, IBM and Sun Microsystems.
For Sun, I was able to confirm they have ODF as their standard format for all documents, globally. OK, this was pretty much expected, but its exciting to hear it as an official statement from a Sun executive.
A TAM é incorrigível, excludente e não se importa com diversidade.
Por mais que eu me dê ao trabalho de escrever cartinhas para o presidente observando que eles nunca tem lanchinhos vegetarianos (ou lacto-vegetarianos) em seus vôos, eles continuam tendo só opções carnívoras.
As primeiras cartas eles se deram ao trabalho de responder, diplomaticamente, algo do tipo “estamos analisando”. Mas as últimas já desistiram de responder. E de tomar uma atitude pensando em seus clientes-passageiros-vegetarianos.
Uma vez fui tirar férias no Pará, voando de TAM. De São Paulo a Santarém tinhamos conexões em Brasília e Manaus. Foi uma viagem que durou quase o dia inteiro, e não havia tempo para comer algo nas paradas. As únicas opções eram os lanchinos carnívoros nos três trechos. Ou seja, um vegetariano chega em Santarém no fim da tarde sem ter almoçado e com fome de subir as paredes.
Vegetarianos não comem o que a maioria carnívora come, mas essa mesma maioria pode comer o que vegetarianos comem. Ajustar o cardápio (que hoje não tem nenhuma imaginação) só tende a agradar mais gente — os vegetarianos.
No começo dos vôos eles sempre declaram que sabem que é o passageiro quem escolhe a companhia. Talvez vegetarianos devam parar de escolher voar com a TAM.
I met a friend that works on an investment bank and provides advisory to his customers about companies that are good to invest now.
He has Sun Microsystems on his short list.
He didn’t make any organic research about this company. He only analyzed the behavior of their graph.
Anyway, I told him Sun Microsystems is a company that I would not invest nowadays. They were very innovative in the past, but their future, in my opinion, is uncertain.
Yesterday, in a meeting on the beutifull Novell office in São Paulo, I was able to confirm that ODF is their document standard. Globally, for all Linux and Windows users. If they need to exchange documents with customers, they send in PDF.
I supose Red Hat, a 100% Linux company, is also in this direction. I just didn’t have the chance to confirm this with the folks I know in Red Hat. But I’m pretty sure its the same. By the way, Red Hat, together with IBM and Sun, is member of our local ODF Alliance Chapter Brazil.
Num evento promovido na Universidade Federal de São Carlos eu fiz uma palestra longa sobre middleware IBM em Linux. No final os estudantes fizeram ótimas perguntas sobre carreira, trabalho, tecnologia e uma das mais interessantes foi essa do título.
A resposta rápida é: se um software fechado ainda traz lucro para seu dono não há porque abrir seu código fonte.
Mas na verdade essa é uma questão deveras delicada, e a decisão é muito difícil de se fazer.
Um software tem dois grandes valores:
O segundo ponto é mais difícil de entender, então para explicar tomemos como exemplo o Adobe Photoshop versus o Gimp. O último tem a maioria das funcionalidades do primeiro e é de graça, mas o primeiro continua sendo muitíssimo mais popular, conhecido, usado, etc. O valor ecossistêmico do Photoshop é bem maior que o do Gimp e isso inclusive aumenta seu valor financeiro.
E para o primeiro ponto, lembrem-se do excelente webserver de código fechado da Netscape que perdeu a guerra ao se deparar com o Apache HTTP Server. O mercado não estava mais disposto a gastar dinheiro com algo tão simples e estrutural como o código fonte de um webserver.
Se você abrir o código cedo demais, vai perder lucro, mas se esperar muito pode perder ecossistema porque seus usuários irão migrar para opções abertas mais flexíveis e mais baratas. A qualidade geral da opção aberta talvez seja inferior num certo momento, mas conforme seu ecossistema cresce, a qualidade também cresce talvez ultrapassando as alternativas fechadas.
Há duas vantagens em abrir o código fonte:
Abrir só com o primeiro ponto em mente, geralmente leva ao fracasso. Foi o caso do Darwin e o OpenSolaris, pois não conseguiram criar ao seu redor um ecossistema viável para sobreviverem sem seu criador. Seu código foi aberto muito tarde, tão tarde que Linux já dominava a cena de sistemas operacionais.
Quando há um equilíbrio entre as duas vantagens acima, abrir o código fonte pode mudar completamente o rumo do mercado naquele setor. Foi o que aconteceu com o Eclipse e o OpenOffice.org. No caso do Eclipse, era uma grossa camada de código muito bem feito mas que dava muito trabalho para manter. Além do fato de que o verdadeiro valor de produto estava no que ficava sobre o Eclipse, como o antigo WSAD da IBM. Quando foram abertos, não havia nem sombra de algo similar em código aberto e com aquela qualidade. O resultado hoje é uma comunidade dinâmica ao seu redor que está levando esses projetos onde nunca se imaginava poderem chegar.
O poder de uma abertura estrategicamente bem pensada pode abalar as bases de um produto bem estabelecido. É o caso do OpenOffice.org mais ODF versus o MS Office e todo o barulho que temos ouvido na mídia e nos governos.
Hoje, softwares que implementam conhecimento muito específico de áreas avançadas como engenharia, arquitetura, negócios, logística, etc estão longe de serem abertos, simplesmente porque o mercado ainda remunera bem seus fabricantes. Há opções abertas, mas é tão difícil criar e autosustentá-las de forma global e com qualidade, que as opções fechadas ainda são melhores.
E softwares que implementam funcionalidades de uso genérico como o de um sistema operacional, servidor de arquivos, webserver, etc, graças ao mundo pequeno que a Internet nos ofereceu já dominam seu escopo inclusive em termos de ecossistema, e ninguém mais se arriscará a criar um concorrente de código fechado. A excessão aqui é o Microsoft Windows, único sistema operacional proprietário e de código fechado, que ainda detém um ecossistema gigante.
Já estamos vivendo uma época em que a decisão de abrir o código fonte não está mais no âmbito da infraestrutura. Nos próximos anos provavelmente vamos ver middlewares populares terem seus códigos abertos. Open Source está avançando nesse setor, e a capacidade dos gestores dessas áreas em tomar decisões inovadoras será o que vai diferencia-los da concorrência.
Isso acontecerá num ritmo natural. Não se pode mudar os nove meses de uma gestação. São idéias que naturalmente estão amadurecendo no mercado.
Fomos novamente visitar as Borboletas do Japi. A mudança de clima não as mandou embora.
Dias lindos de inverno conferiram uma visão mais límpida e nítida da paisagem. Não havia nenhuma nuvem no céu, nos 4 dias do feriado prolongado.
Somente Suzana estava no comando da fazenda desta vez e contou sobre seus projetos ambientais para a região. Despejou sua sabedoria, simpatia, alegria e experiência de vida por todos os hóspedes, e foi bom.
As perfumadas flores do lírio do brejo — de origem africana, via tábuas de dormir dos navios negreiros — não resistem ao inverno e deram lugar a enormes margaridas amarelas e brancas.
Fizemos desta vez um passeio mais curto com os cavalos, mas os belos animais nos agraciaram com uma corrida muito veloz no final.
Suzana nos levou para conhecer outras trilhas com bosques largos no meio da semi-mata e plantações de eucaliptos, e também a impressionante Figueira Torta.
A comida continuava abundante e boa. E agora preciso fazer um jejum radical de 20 dias.
No sábado, várias crianças e seus pais vieram passar o dia e encheram o lugar com risadas gostosas.
Um tucanuçu livre ficou se exibindo por horas a poucos centímetros de nós. Fiz longos filmes. Nunca vamos saber se nós estavamos a estudá-lo ou se era ele quem nos estudava.
A Casa Gênio no meio da mata continuou nos servido muito bem. E fiquei feliz em saber que elas gostaram do que escrevi sobre a outra visita, e mais ainda, em saber que aquele texto lhes trouxe novos clientes que estavam lá.
Adoramos novamente e não vemos a hora de voltar.
Just to make more generic and to simplify Liquidat’s good howto about this topic, here is a better way to install Sun, IBM or BEA Java/JVM/JDK on any modern Linux RPM-based distribution as Fedora 7, Red Hat 5, SUSE, Mandriva, etc:
bash# rpm -qpi java*nosrc.rpm Name : java-1.5.0-ibm Relocations: (not relocatable) Version : 1.5.0.2.3 Vendor: JPackage Project Release : 3jpp Build Date: Tue 15 Aug 2006 Install Date: (not installed) Build Host: tortoise.toronto.redhat.com Group : Development/Interpreters Source RPM: (none) Size : 395165271 License: IBM Binary Code License Signature : (none) Packager : Thomas Fitzsimmons URL : http://ibm.com/developerworks/java/jdk/linux/download.html Summary : IBM Java Runtime Environment Description : This package contains the IBM Java Runtime Environment.
bash# cd /directory/where/binary-SDK/was/downloaded bash# cp ibm-java2-sdk-50-linux-i386.tgz /usr/src/redhat/SOURCES bash# cp ibm-java2-javacomm-50-linux-i386.tgz /usr/src/redhat/SOURCES
In SUSE, copy to /usr/src/rpm/SOURCES.
bash# cd /directory/where/nosrc.rpm/was/downloaded bash# rpmbuild –-rebuild java*nosrc.rpm
bash# cd /usr/src/redhat/RPMS/i*86 bash# rpm -Uvh java*rpm
and the JVM is installed.
(All but step 5 may be done as a regular user instead of root, but explanations would be longer and more complex)
Later, you may also want to install the javaws package to have Java Web Start integrated on your browser.
By the way, JPackage Project has standarized how Java software should be packaged on Linux. And they are doing it with RPM (but the concepts may be ported to other packaging systems). It is such a great and well done standard that all RPM-based distributions such as Fedora, Red Hat Enterprise Linux, SUSE, Mandriva, etc are using it for their own Java works. It all starts with a package named jpackage-utils, probably already installed on your fresh system.
You may find many Java software as JBoss, Apache Geronimo, Ant, Eclipse, etc packaged in JPackage web site.
My blog feed was included in one more of these planet-like web sites.
Welcome Planet Fedora readers.
I was already being read by Pandemonium and Planeta GNU/Linux Brasil readers.
I guess 90% of high quality readers and comments I get come from these community planets. OK, I have some very popular posts with 470+ comments but they are terrible.
For new readers, I blog a lot about Linux, Open Standards, Open Source, ODF, business related to all this stuff together with SOA, Web 2.0, and all those buzwords. At work I was asked to start blogging, to keep a connection with the community. So I can say to blog is officialy part of my job.
I also enjoy writing about travels, food, metaphysics, music, politics, and this is the place I store my published articles and presentations I use to deliver in events. Most of that in portuguese, but many technical stuff are in english.
Welcome all.
Inspired by an old post by Rui Moura, I’ll maintain here the plain commands needed to setup a freshly installed Fedora or Red Hat system, to include essential softwares they don’t ship by default due to legal issues.
These instructions are currently optimized for Fedora 14, 15 and 16, but most of it should work on any other Fedora and modern Red Hat Enterprise Linux too. Good suggestions provided as comments bellow will be added to this guide.
Terms highlighted in red should be changed to match your system.
This step will allow you to issue some administrative commands without having to be all the time logged in as root — the system administrator.
bash# echo 'your_plain_loginname_here ALL=(ALL) ALL' >> /etc/sudoers
Note that this is the only command throughout this guide that shows a root prompt (bash#). All other commands are indicated to be run as a regular non-root user (indicated by bash$).
After configuring sudo, every time you execute an administrative command with its help, a password is requested. This is your password (the regular user’s password), not the root password.
Install the following packages so updates will come faster:
bash$ sudo yum -y install yum-presto yum-plugin-fastestmirror
You can also get e-mail notifications about system updates:
bash$ sudo yum -y install yum-cron bash$ sudo chkconfig yum-cron on
Then make sure your /etc/sysconfig/yum-cron file has the following lines:
CHECK_ONLY=yes
MAILTO=YOUR-EMAIL@address-com
You will get one e-mail every day with a list of updates available. E-mail delivery will only work if you configure your system for that.
After all the steps below and from time to time, update all software installed on your system with the following command:
bash$ sudo yum update
RPM Fusion is a repository of many essential multimedia and general purpose software for Fedora and Red Hat systems. It is a good idea to have it configured so you can easily install players for DVDs, MP3s amongst other useful things.
bash$ sudo rpm -Uvh http://download1.rpmfusion.org/free/fedora/rpmfusion-free-release-stable.noarch.rpm http://download1.rpmfusion.org/nonfree/fedora/rpmfusion-nonfree-release-stable.noarch.rpm
bash$ sudo yum -y install vdpau-video-freeworld libva-freeworld libva-utils vdpauinfo libva libvdpau kmod-nvidia xorg-x11-drv-nvidia
bash$ sudo rpm -Uvh http://linuxdownload.adobe.com/adobe-release/adobe-release-i386-1.0-1.noarch.rpm bash$ sudo yum -y install flash-plugin --exclude=AdobeReader\*
On 64bit systems (x86_64) use this:
bash$ sudo rpm -Uvh http://linuxdownload.adobe.com/adobe-release/adobe-release-i386-1.0-1.noarch.rpm bash$ sudo yum -y install flash-plugin nspluginwrapper.x86_64 nspluginwrapper.i686 alsa-plugins-pulseaudio.i686 libcurl.i686 --exclude=AdobeReader\* bash$ mkdir -p ~/.mozila/plugins; ln -s /usr/lib/flash-plugin/libflashplayer.so ~/.mozila/plugins
Restart your browser to activate the plugin. For reference: Flash Player for Linux home page.
There are 2 ways to install Chrome or Chromium:
bash$ sudo wget -O /etc/yum.repos.d/google.repo http://avi.alkalay.net/articlefiles/2011/01/google.repo bash$ yum -y install google-chrome-beta
You can also find Picasa on the same repo but is 32 bit only and not on the latest versions.
bash$ sudo wget -O /etc/yum.repos.d/fedora-chromium-stable.repo http://repos.fedorapeople.org/repos/spot/chromium-stable/fedora-chromium-stable.repo bash$ sudo yum -y install chromium
You can access servers and machines on you LAN by name, instead of using their long IP address using the Zeroconf standard (implemented as Avahi in Linux). This is so useful and works out of the box in Ubuntu. The setup in Fedora is easy too, but not automatic.
bash$ sudo yum -y install avahi-tools nss-mdns
Now, instead of accessing local hosts by their IP, you can use the .local domain appended to their names. Just like this:
bash$ ssh 10.0.0.5 # stop using the IP address of dbserver bash$ ssh dbserver.local # start using its hostname
Evnetually this will only work if you correctly configure or disable packet filtering (firewalling). To disable:
bash$ sudo service iptables stop bash$ sudo service ip6tables stop bash$ sudo chkconfig --del iptables # disable even for next reboots bash$ sudo chkconfig --del ip6tables # disable even for next reboots
Tip grabbed from Fedora Project wiki.
bash$ sudo yum install freetype-freeworld
Logoff and login again your graphical environment to this update take effect.
To understand why you need this update read this section on the Linux Font HOWTO.
The freetype-freeworld package uses a technique described in this bug report.
These packages include popular fonts as Arial, Times New Roman, Tahoma, Verdana, as well as new Windows Vista and MS Office 2007 fonts. Learn more.
bash$ sudo rpm -Uvh \ http://avi.alkalay.net/software/webcore-fonts/webcore-fonts-3.0-1.noarch.rpm \ http://avi.alkalay.net/software/webcore-fonts/webcore-fonts-vista-3.0-1.noarch.rpm
Then, configure your desktop as described in the Linux Font HOWTO, for KDE or Gnome.
For Gnome and GStreamer:
bash$ sudo yum -y install gstreamer-plugins-ugly libmad libid3tag id3v2
For KDE:
bash$ sudo yum -y install kdemultimedia-extras-nonfree id3v2
bash$ sudo yum -y install amarok-extras-nonfree
bash$ sudo wget -O /etc/yum.repos.d/atrpms.repo http://avi.alkalay.net/articlefiles/2011/01/atrpms.repo bash$ sudo rpm --import http://packages.atrpms.net/RPM-GPG-KEY.atrpms bash$ sudo yum --enablerepo=atrpms -y install libdvdcss
bash$ sudo yum -y install gnome-mplayer
bash$ sudo yum -y install mencoder mkvtoolnix mkvtoolnix-gui ffmpeg avidemux subtitleripper
bash$ sudo yum -y install vobcopy
Now, thanks to libdvdcss installed above, you can use vobcopy to clone DVD while removing their protections like this:
bash$ sudo mount /dev/dvd /mnt bash$ cd /some/directory bash$ vobcopy -m /mnt
See an updated post about it, ready for Fedora 20.
bash$ sudo yum -y install ntfs-config
Then run the ntfs-config-root graphical tool and configure your partitions to be writable and mountable.
bash$ sudo /usr/sbin/ntfs-config-root
An example of my system:
After you configure the tool and quit, your NTFS partitions will be mounted in the specified place. In my case /media/Windows and /media/Work.
This tip is for the text console.
bash$ sudo echo 'SYSFONT="lat0-08"' >> /etc/sysconfig/i18n # set a ISO-8859-15 font
bash$ sudo echo 'fbset 1024x768-60' >> /etc/rc.d/rc.local # set console resolution to 1024x768 @ 60Hz
These settings will take effect after a reboot, but you can test them before rebooting executing the following commands:
bash$ sudo setfont lat0-08
bash$ sudo fbset 1024x768-60
Note that you can set different resolutions than 1024×768 if you have a video card and monitor that will accept it. A full list of modes can be listed with the command:
bash$ grep "mode " /etc/fb.modes
Este post é só para mostrar como a Tatiana, minha namorada, escreve bem pacas.
Ela é especialista em direito público, entre outras coisas, e foi para Angola ajudar a organizar o Ministério das Telecomunicações, num projeto de uma ONG sueca.
Este foi um e-mail que ela mandou para todos nós contando suas peripécias, e um apanhado geral sobre esse país que é tão parecido com o Brasil, e sua capital Luanda.
Luanda não é o que eu imaginava. Ou melhor, não é só o que eu imaginava. Tem um quê de Jardineiro Fiel, daquela Africa de National Geographic, com mulheres que são só curvas, vestidas com cores do Gauguin e que carregam alegremente um balde enorme de bananas sobre a cabeça ou o filho amarrado nas costas com um pano florido. Pobreza africana — mas quase nada de miséria, ao menos a vista e ao menos até agora — de esgoto nas ruas, poeira, cartazes escritos à mão e tudo por fazer.
Mas Luanda tem também muito de Portugal e muito de Brasil. Há uma familiaridade em tudo, um pouco como se fosse em casa, um pouco como se fosse Salvador. A arquitetura colonial está lá, assim como as pastelarias com pasteis de nata e Santa Clara e um sotaquinho que lembra Camõesh. E essas caras conhecidas, caras de escravos que foram pro lado de lá, mas que continuam os mesmos como se as placas tectônicas tivessem se descolado 20 minutos atrás, separando as famílias aleatoriamente (isso é por causa do meu livro “tudo o que você sempre quis saber sobre o mundo e ninguém te explicou”, que acaba de falar sobre as placas tectônicas).
Luanda não é Angola. A capital é completamente diferente do interior, pois não sofreu as conseqüências da guerra como o resto do país (os únicos confrontos que chegaram à cidade aconteceram em 1992, a guerra acabou em 2002). Um pouco como no Brasil, Luanda dá a frente ao mar e as costas ao país.
Depois de ter sido comunista, decidiu-se pelo capitalismo selvagem. Há prédios e empreendimentos brotando em todo o lugar. Os carros estão em todos os cantos, todas as frestas, levantando uma poeira danada e mostrando quem manda aqui. Há congestionamentos quilométricos, mais do que a 9 de Julho na hora do rush (como se isso ainda existisse…). Carros enormes, sinal de que o petróleo e os diamantes estão fazendo uma classe de gente bem rica e outras de sub-ricos e subsub-ricos e assim por diante. E todos têm carros, já que o Estado permite a importação de carros usados.
Coisa mais estranha, não há violência, segundo dizem os angolanos. Eles vivem querendo saber a razão pela qual o Brasil — que eles consideram um pouco como irmão — é violento. E eis que eu não sei responder.
Assim como eles, tivemos uma ditadura, depois a ausência do Estado, grande exclusão e desigualdade social, violência histórica e racial, apropriação do público pelo privado, nenhum investimento em educação.
Por que então a nossa sociedade de homens cordiais decidiu dar tão pouco valor à vida?
Gente super gentil, sempre sorridente, incapaz de dizer não. Mesmo. Do tipo: você pede uma reunião e a pessoa diz “poish não, certamente”. Você pergunta se 9 da manhã está bom e vem um novo “maish claro”. Só que ela não disse que na verdade ela só entra no trabalho às 10, ou que amanhã não vem porque vai fazer as tranças do cabelo (essa da trança aconteceu mesmo). Só porque não quer te desagradar, afinal a tal da reunião parece tão importante para você… Então você fica esperando umas duas horas e aí ela chega feliz porque não te contrariou. Tô me identificando pacas.
No trabalho. O Ministério fica em um antigo prédio colonial português a beira-mar. Bonitão. Ficamos no primeiro andar, mas não podemos usar a escada (em madeira antiga escura, com um tapete vermelho) porque ela é reservada para o Ministro. Tem que subir de elevador. Só que o Ministro, quando vem, pega o elevador em vez da escada… Depois conto do nosso exército de Brancaleone aqui, mas eis a moral da história: é tudo uma questão de inteligência emocional.
Poltergeist de hoje: estou eu atravessando a rua (depois de meia hora ensaiando) quando vejo que o carro que parou para eu passar não tem ninguém no volante. Estarrecida com o fato sobrenatural, dou uma olhada apertada no vidro um pouco escurecido. E eis que está lá, boiando sozinho no preto do estofado, um sorriso. O sorriso do gato de Alice…
Tinha um amigo mestre cervejeiro profissional que era capaz de provar qualquer cerveja de olhos fechados e cantar a marca, qualidade da água e até a fábrica de origem. Os apreciadores avançados de vinho também encontram ameixas, pneu, madeira e pêssego em suas degustações, que na verdade não estão lá.
Mas o que é realmente verdade neste mundo ?
Ontem fui ao show do aclamado Trio 202, formado por Nelson Ayres no piano, Toninho Ferragutti no acordeon e ninguém menos que Ulisses Rocha no violão. No Tom Jazz em São Paulo.
A combinação inusitada de instrumentos ficou em segundo plano perante a magnitude dos músicos. Não me admira ver críticos internacionais babando quando ouvem a música brasileira instrumental. Ela é a melhor do mundo.
Abriram o show com uma canção inédita chamada Seu Sorriso, mas como bom degustador de música, identifiquei imediatamente a fábrica: Ulisses Rocha.
Vamos às metáforas:
As composições de Toninho Ferragutti soam como São Paulo. Expressa, incansável, irreverente, enorme mas cheia de pequenos cantos e lugares interessantes para visitar. Deixou sua marca para o resto do show com Helicóptero, e parecia ser o portador de toda história paulistana em seu acordeon que migrou com os italianos mas fincou raizes fortes no Brasil.
Nelson Ayres tinha uma sonoridade verdejante. Seu Caminho de Casa traz a imagem de uma estrada de terra do interior com árvores por todos os lados que leva ao seio caloroso da família, onde nos esperam para o almoço, uma tarde ensolarada, desocupada, e crianças brincando.
E tinha o Ulisses. Ah Ulisses, cuja música não está em uma geografia. Mora na estratosfera universal e lança suas harmonias para suavizar as arestas do mundo. Ouça Moleque para entender. É extremamente interessante vivenciar um capítulo da história onde algo novo é criado: Charlie Parker e seu Bebop, Bach e sua música sublime de contrapontos, Ulisses e seu violão solar.
Tocaram também Moacir Santos, Tom Jobim, Edu Lobo entre outros. E quando tocam em uníssono é que todo potencial do trio pode ser percebido.
Saimos com gosto de quero mais. Mais shows, mais interpretações, mais composições originais.
Tive uma conversa muito interessante sobre carreira e trabalho com uma amiga. Ela deu um tempo e está fazendo um balanço meditativo sobre como quer voltar a trabalhar, depois de ter passado vários meses de máxima dedicação ao último emprego.
Conversamos que na nossa cultura atual, o profissional de alta performance não tem a mínima chance de balancear carreira com a vida pessoal. Responsabilidade no trabalho é algo muito valorizado, o que implica em aceitar e executar todos as tarefas que são lançadas no nosso colo. Passados alguns meses de trabalho responsável, você foi fagocitado pelas tarefas, e já disse adeus à sua vida pessoal, família, etc.
Isso é um mal da nossa sociedade de grandes cidades competitivas ou está generalizado para o mundo ?
Percebe-se isso quando conhecemos alguém, e a segunda frase da conversa sempre é “o que você faz ?”.
Não há nada de errado em uma pessoa que não almeja um cargo maior, não quer virar gerente, não tem a necessidade de construir uma carreira sólida. Claro que para quem é carreirista, essa pessoa parece perdida, não tem performance nem “um grande futuro”.
Meses atrás fiz uma enquete simples que vi em outro blog. As respostas foram meio óbvias.
Publiquei ela aqui novamente, mas se for responder, por favor pense em o que você realmente é, e não no que você acha que deve ser.
No meu caso, por exemplo, acho que ainda sou o meu trabalho. Infelizmente.
Ainda sobre a gigantesca (e ridícula) especificação do Office OpenXML, da foto ao lado, eu não sei qual é o seu emprego, mas imagine o seu chefe chegar te dizendo “leia isto e entenda tudo, implemente-o perfeitamente e tenha certeza que ele interopera com outros softwares produzidos por quaisquer outros que estão fazendo o mesmo que você”.
Traduza essa assertiva para seu próprio emprego e olhe novamente para a foto. O que você conclui ?
Todas as alternativas acima ?
Para quem gosta de fotos e gráficos interessantes sobre este assunto, veja http://www.openmalaysiablog.com/2007/05/putting_6039_pa.html.
Tradução livre de um post no blog de Bob Sutor.
Por Doc Searls. Original: http://www.linuxjournal.com/article/9617#mpart4
Andei participando de alguns eventos como o de Virtualização da Novell e o Linux Park da Linux Magazine, nos quais tive a oportunidade de entender melhor os detalhes desse acordo. No Linux Park foi até distribuido um whitepaper bem escrito que explicava aspectos do acordo.
O Roberto Prado da Microsoft tem a responsabilidade de articular o relacionamento de sua empresa com a comunidade Open Source. É o braço brasileiro do Open Source Software Labs da Microsoft, comandado por Bill Hilf, que conheci quando ele ainda trabalhava na IBM no mesmo time global de Linux em que trabalho. Entre reuniões de trabalho e pizzadas com o Bill ficou claro que ele conhece muito bem a dinâmica do mundo Open Source, incluindo vantagens e problemas, é um bom hacker e grande apoiador do movimento em geral.
Prado esteve nesses eventos, mas conversei com ele menos do que gostaria. Segundo ele, o que se conta sobre este acordo é que a iniciativa partiu da Microsoft, mais especificamente de Bill Hilf. Isso também representa um sólido reconhecimento, por parte da Microsoft, de que Linux está aí e veio para ficar.
Um dos pontos centrais do acordo é que ambas empresas vão poder usar patentes uma da outra com a benção de que não serão processadas.
A comunidade Open Source em geral não gostou e a blogosfera se encarregou de malhar tudo e todos, defendendo tecnologias e ideais e colocando a Novell e principalmente a Microsoft em posições maquiavélicas.
Mas podemos ver diferente. Deixando de lado o véu das ideologias, o que fica é uma postura madura de empresas que estão preocupadas em melhor atender seus clientes. Que colocam seus clientes e a demanda do mercado por interoperabilidade — e não tecnologias e ideais — no centro da discussão. Segundo Prado, interoperabilidade foi a demanda principal de clientes, em pesquisas da empresa.
A seguir uma análise sobre os pontos do acordo de interoperabilidade:
Quem ganha: Windows, SLES e datacenters que têm ambientes heterogêneos.
Quem perde: Plataformas de hardware que não suportam paravirtualização à la Xen (porque as que suportam ganharão em eficiência), e distribuições Linux que a Microsoft não suportar (ou seja, todas menos SLES) quando essas precisarem interoperar com paravirtualização com o Microsoft Virtual Server.
A paravirtualização introduzida pelo Xen é uma tecnologia desruptiva. Ela muda tudo o que se estava falando ultimamente sobre virtualização. Basta ver as mudanças de estratégia da VMWare e agora da Microsoft. E o Kernel do Linux e seu modelo de desenvolvimento para sempre terão o mérito de ser o estopim e berço dessa inovação. Este é na minha opinião o ponto mais importante do acordo e onde mais a Microsoft se beneficia. Promete poder executar máquinas SLES virtuais e paravirtuais sobre Windows, e máquinas virtuais e enlightened (são os marketeiros inventando palavras para descrever a paravirtualização) sobre SLES.
A Microsoft ganha com isso uma forte ajuda dos técnicos da Novell para aprenderem sobre as APIs do Xen. Ajuda somente, porque sem a Novell a Microsoft já poderia aprender sobre isso sozinha, olhando o código do Xen, que é aberto. Mas o produto final importante é um valor agregado de “é suportado”.
Quem ganha: Produtos da Microsoft e Novell que se encaixam nesta categoria, a comunidade Open Source, e datacenters heterogêneos.
Quem pode perder: Produtos concorrentes, Red Hat Linux e outras distribuições.
A Novell irá trabalhar com a comunidade para implementar o padrão aberto WS-Management (WS vem de Web Services), que será a base de comunicação para gerenciamento heterogêneo. Isso é uma aposta das duas companhias neste padrão.
Apesar de baseado em padrões abertos, espera-se que as duas companhias declarem um suporte mútuo somente, provavelmente excluindo ou atrasando o suporte a outras distribuições Linux .
Quem Ganha: SUSE Linux, Microsoft Active Directory, Novell eDirectory e datacenters heterogêneos que usarem esses produtos de diretórios.
Quem Perde: Outras distribuições Linux, e produtos concorrentes de diretório (LDAP) como o Red Hat Directory Server, IBM Tivoli Directory Server, OpenLDAP, etc.
Um diretório de identidades é peça chave de uma infraestrutura organizada porque gerencia centralizadamente (ainda que com replicação) todas as metainformações para acessos, permissões, PKI, etc.
O Novell eDirectory não é Open Source, então espera-se que as novas camadas de código de integração com o Active Directory não beneficiem outros produtos de diretório.
Se a Novell fizer altarações nas bibliotecas-cliente de acesso a LDAP (subproduto do OpenLDAP) para agora conseguirem acessar o Active Directory, talvez tenham que usar patentes da Microsoft, e é aqui que o acordo beneficia somente o SUSE Linux como distribuição.
Este é um ponto forte do acordo.
Quem Ganha: O formato Office Open XML da Microsoft (MOOX), o Microsoft Office e seus usuários, e, a longo prazo, o OpenOffice.org empacotado pela Novell.
Quem Perde: O formato OpenDocument (ODF) e a suite OpenOffice.org em geral.
Este é um ponto muito estratégico para a Microsoft que visa popularizar seu novo formato de decumentos de escritório: o MOOX. Hoje ODF já é um padrão mundial ISO e o MOOX não. Isso confere ao ODF um status único de “formato da interoperabilidade”.
Se o MOOX começar a ser implementado em outras suites de escritório, o ODF pode aos poucos deixar de ser um oásis no deserto. Por outro lado, a especificação MOOX é tão complexa, longa, inconsistente e de futuro incerto, que talvez nunca haja uma implementação descente além da do Microsoft Office.
É mais fácil, natural e, a princípio, benéfico para a sociedade em geral o Microsoft Office entrar para a longa lista de aplicativos que já suportam o formato universal OpenDocument, do que todos os outros aplicativos aderirem a um formato — o MOOX — que não tem nenhum ecossistema e que é, por design, atrelado a uma ferramenta proprietária.
Quem Ganha: Samba e sua comunidade de usuários, e .NET.
Quem Perde: Java.
Mono é uma reimplementação de código aberto de parte do .NET. A Microsoft passa agora a assumir que isso existe. Por enquanto não se pode tentar adivinhar o que vai acontecer além disso.
Java e seu ecossistema reina como a tecnologia aberta para criar aplicações e componentes de negócio. E .NET — uma tecnologia proprietária — tenta vir atrás. Para mentes menos atenciosas, a Microsoft abraçando o Mono pode dar a impressão de que abriu alguma coisa, e mover culturalmente programadores de Java para .NET. Não se iluda. Só a tecnologia Java é 100% aberta de ponta a ponta.
Perguntei ao Roberto Prado se as novas extensões aos produtos Open source, fruto do acordo, poderão ser devolvidas à comunidade. Sua resposta foi vaga. De fato, ainda é cedo para saber.
A nova licença GPL3 — ainda em fase de confecção — pretende ferir este acordo limitando a Novell integrar software GPL3 com patentes proprietárias. Isso soa como uma espécie de ditadura da bondade, coisa que é difícil de conceber. Esse é um mercado muito concorrido, commoditizado, e é natural que as empresas queiram ter benefícios extras a oferecer aos seus clientes. Apesar dessas empresas estarem usando o mecanismo de processos e patentes, é preciso lembrar que não foram elas quem inventaram esse jogo. São as regras do mercado de nossa era, produto de séculos de aprimoramento. Talvez um dia essas regras mudem como uma evolução natural, mas elas estão estabelecidas hoje, e se eles não as usarem para benefício próprio e de seus clientes, outros usarão.
Como disse no começo, esse acordo beneficia muito a Microsoft e a Novell, e facilita muito a vida de clientes que tem um TI heterogêneos (quem é que não tem hoje em dia ?). Particularmente para a Novell, coloca-a numa posição de vantagem técnica e de valor agregado quando comparada com outras distribuições Linux.
De quebra, a comunidade Open Source pode também ganhar com isso, principalmente em padrões de gerenciamento de infraestrutura.
O acordo dura 5 anos, e só o tempo dirá onde chegaremos.
Só experimentando para saber se isso é tão prático quanto bonito.
O fabricante é a BumpTop.