Worshiping Joyce in Rio

Some time ago, my New Yorker cousin came to visit Brazil and I wanted to make sure she was leaving with her iPod full of brazilian specialities. A few weeks later we exchanged this conversation by e-mail.

  • “Im listening to music you sent me while writing (I really like Joyce!…although right now im listening to Paulo Bellinati)” — she said
  • Joyce is a godess. I worship her every time I need a good something-between-samba-and-bossa-nova in my ears.”— in my reply

Joyce’s voice singing Bossa-Nova is probably what gets closer to the true spirit of Rio de Janeiro city.

Ipanema beach, Rio de Janeiro

Enough talking. This is some of her works. While listening, close your eyes and imagine a calm sunday walk in Ipanema beach.

(pictures link to the location they where found)

New Laptop

I am sort of away this days because I got a new laptop. Check it out.

Lenovo T61

My previous laptop was a IBM Thinkpad T40, Pentium M, 512MB RAM, 1024×768 screen size, CD-RW, Cisco WiFi/b, no bluetooth. Served me well for 4 years.

The new one is a Lenovo Thinkpad T61, Intel Centrino Pro (dual core), 2GB RAM, 1440×900 screen size, DVD-RW, Intel WiFi/g (see this comment to make it work), bluetooth, integrated SD/Memory Stick/xD/etc card reader, Firewire interface. Much better. Details on Smolt.

I am writing this while Fedora 8 (including some Livna packages) is being installed over the network, as you can see.

Homembit e Seu Novo Blog

Homembit parece nome de super-herói.

Apesar de isso só existir em quadrinhos, há um Homembit circulando entre nós e seus atos tem sido bastante heróicos ultimamente.

Estamos falando de Jomar Silva, diretor da ODF Alliance Brasil, pessoa com quem tive o prazer de trabalhar em diversas frentes, principalmente na saga da definição do voto do Brasil/ABNT no caso OpenXML.

Ele acabou de migrar seus pensamento para algo que finalmente podemos chamar de blog. Como de costume, seu feed está exposto na minha barra lateral e sugiro assinarem.

Se vocês achavam que o meu blog era fonte para as últimas novidades de ODF e padrões, esperem só até ver o dele. Um dos posts mais chocantes ainda está na primeira página, sobre o real compromisso da Microsoft com o OpenXML.

Chico Buarque e Seu Tanto Mar

Quem é que já foi ao bar Bom Motivo em São Paulo e não ouviu a canção Tanto Mar de Chico Buarque? O público no bar se empolga e bate palmas sincronizadamente durante a música. Coisa que só se vê lá.

Este é o video da música:

Poucos sabem que essa canção, que parece ingênua e alegrinha, parabeniza Portugal pela sua Revolução dos Cravos que derrubou a ditadura daquele país.

A letra foi censurada no Brasil porque ela é claramente uma nostalgia antecipada desejando que o mesmo acontecesse por aqui, bem no meio do nosso período de ditadura.

A versão que ouvimos em todo lugar tem uma letra atualizada de um período pós-ditadura. Mas a nostalgia ainda está lá: “Foi bonita a festa pá, fiquei contente. ♫ Ainda guardo renitente um velho cravo para mim. ♫ ”

Segue a letra original da canção, censurada e rara no Brasil.

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Se você for ao Bom Motivo, se o Luiz estiver ao violão, se tiver sorte, ele vai tocar a versão censurada da canção. Se não tiver sorte, tu podes protestar e pedir que ele toca.

Linux por todo lado

Seguindo o espírito de bisbilhotar os sistemas alheios, este feriado observei mais algumas novidades:

Sabrico Volkswagen
Ajudando minha namorada a comprar carro, observei o uso do emulador de terminal seguro PuTTY na loja da Sabrico. Parece que o sistema de estoque e preços deles é centralizado e acessado por SSH. Apertando o olho em partes da tela, uma barra de status mostrava o logon do vendedor e a palavra “LINUX”, provavelmente para indicar a plataforma daquela sua versão do sistema de gestão. Ou seja, esse sistema crítico roda em Linux na Sabrico e é acessado com segurança usando tecnologias Open Source: SSH.

Hospital São Luiz
Encontrei com um amigo antes de uma aula de Yoga. Começou ter dores fortes e acabei levando-o ao pronto socorro do hospital. Como não tinha muito o que fazer, observei novamente o uso do PuTTY nos PCs da sala de enfermagem. No conteúdo da tela não havia muitos indícios de o servidor acessado rodar Linux, mas julguei que a probabilidade era altíssima. Outra coisa que me chamou a atenção foi o nome do servidor acessado pelo PuTTY: SRVIBM. Mais chance ainda de ser Linux, porque todos os servidores da IBM suportam este SO. Agora, há uso mais crítico para Linux do que em um renomado pronto socorro ?

Houve uma época em que empresas gastavam fortunas com licensas de emuladores de terminal, para acessarem seus servidores UNIX. Ah, e eles eram inseguros e sem criptografia, usando telnet puro e simples. Hoje Open Source está, com segurança, de ponta a ponta: do servidor ao emulador. Soluções de segurança são importantes o suficiente para terem que ser um commodity: devem ser baratas e fáceis de usar por toda parte. E o movimento Open Source tem o mérito de ter barateado e “commoditizado” esse mercado.

Parabéns às duas empresas !

E você? Onde mais tem visto o uso de Linux?

BlogPlex IBM

Tenho lido os bloggers da IBM todos agregados em um BlogPlex. Tem um time fera ali:

  • Cezar Taurion. Analisando com insights refrescantes simplesmente tudo o que acontece em TI. Open Source, Second Life, Web 2.0, Grid, Mobilidade, ODF.
  • Mario Costa. Web 2.0, colaboração e ferramentas, ODF.
  • Carlos Sena. Web 2.0, colaboração, ferramentas para gerir portais e dicas muito interessantes.
  • Edson Oliveira. Ferramentas Lotus.
  • Avi Alkalay. Eu pego carona na sabedoria deles e falo de mais de tudo um pouco. A facção TI do meu blog é agregada no BlogPlex.

Não deixem de conferir.

Cerveja Que Late Não Morde

Ainda da série traduções espetaculares, tem também esta foto de um cardápio onde o proprietário do estabelecimento se preocupou em traduzir algumas palavras para que turistas não se percam. Não sei se funcionou.

Cerveja que late

Juro que não coleciono essas coisas. Simplesmente aparecem na minha frente.

Esta, um amigo que acabou de voltar do Nordeste me mandou. Segundo ele, é do cardápio do restaurante Canion, na praia de Coqueirinhos, localizada ao sul de João Pessoa, Paraíba. Devem ter usado essas ferramentas de tradução online.

Coloque-se no lugar de um turista que não fala português e vai ler este cardápio. Acho que eu sairia correndo.

Please Encrypt Your BitTorrent Client !

Some evil ISPs implement traffic shaping to specifically limit BitTorrent bandwidth. This brings slower downloads to you and your peer.

All modern BitTorrent clients have encryption capabilities but most of them came disabled by default.

Please configure your client to encrypt connections. You will have faster downloads even if your ISP does not limit your traffic, but because your peer’s ISP does that.

By the way, today I started to use the ultimate BitTorrent client for Linux, BSD and UNIX: rTorrent. It is text and console-based, superlight, superfast, runs very well in my K7/192MB machine, accessible from anywhere through SSH and a screen window.

To install it:

Debian: bash$ sudo apt-get install rtorrent
Fedora/Red Hat: bash$ sudo yum -y install rtorrent

To enable encription I added this line to ~/.rtorrent.rc:

encryption=allow_incoming,try_outgoing,enable_retry

Linux no SERPRO

Não é novidade para ninguém que o SERPRO usa Linux massivamente.

Mas só para constar, hoje fui na unidade de São Paulo e logo na recepção, o PC da moça do cracha rodava Linux. Bisbilhotando a tela, vi no taskbar o Firefox, Thunderbird e a aplicação que cadastrava visitantes rodava dentro do Lotus Notes, tudo sobre Linux e KDE.

Na sala de conferências, o PC disponível para os apresentadores também rodava Linux e as apresentações eram esperadas no formato ODF.

Parabéns SERPRO.

Mobile Codes for Increased Productivity

Man, this is the coolest thing I discovered this month.

Before what I am going to show you now, the only ways to transfer data from your computer to your mobile device was to send an e-mail to yourself and read it in your cell, or through bluetooth, or infrared.

There is a new thing (for me) called Mobile Codes (or QR Codes according to Wikipedia, or Datamatrix) that combined with your mobile’s camera and simple software, will let you actually read the content from your computer screen.

OK, lets explain it with some images to make the concept more user-friendly. Look at the following image.

Think Open :: Think Linux

Yes, I know the image says nothing to you, but your camara-equiped mobile device is able to read “Think Open :: Think Linux”.

We can play with more stuff. The URL for this blog post is here (with a note attached):

http://avi.alkalay.net/2007/11/mobile-codes.html

Lets add some semantics. You can directly call an international number as 00551112345678 using the following barcode:

qrcode

Or SMS “Hi, I just discovered this barcodes that will make my life easier” to same number with this code:

qrcode

The Details

Some modern Nokia phones already come with the software needed to decode this datamatrix. For my Nokia E61i to work, I installed on it a free (registration required) program called Kaywa Reader (their site doesn’t list my model so I selected E65 and it worked fine). So I just shoot the software, point my mobile’s camera to the datamatrix and it instantly decodes the content.

To generate this images, I used the QR Code Generator by Winksite and the Nokia mobile code generator. In fact it all started when I found the Nokia Mobile Code website, almost by an accident.

Oh, and there is a handy Mobile Barcoder Firefox plugin to help me transfer URLs from browser to cellphone.

Install in your cellphone and have fun.

The iPhone Accelerometer

A sophisticated mobile device can do more than just play MP3s or make calls.

I had a lunch with a friend that hacked his iPhone to work in Brazil. Many people are doing that (or paying somebody to do it for them) around here. And he showed me something very interesting.

The component that causes the screen to rotate based on the position of the iPhone is called Accelerometer, and it can do much more than that. It can provide programs the spatial position of the device.

Same accelerometers were used in IBM laptops to stop and protect hard drives if the user is shaking the computer too much.

Watch the following video I just made at lunch. It shows an old mechanical game that we all played when we were kids to learn about gravity, control and concentration. Now in the iPhone.

The game objective is to change the angle of the “table” to let the gravity make the ball move to the desired position. Thanks to the embedded accelerometer and fast graphics processor, the game feels very real.

Voltando às Raizes na UNESP Rio Claro

Tive a honra de ser convidado a palestrar sobre ODF no SECCOMP — evento de TI da UNESP Rio Claro. A coincidência é que eu mesmo me formei naquele curso, naquele campus, 12 anos atrás.

Já rodei o Brasil visitando diversas universidades de tecnologia e é bom ver como o nível do curso de Ciências da Computação da UNESP Rio Claro ainda está entre os mais a altos do país, ainda mais nesses tempos em que universidades (particulares) aceitam alunos sem nem sequer prestaram vestibular.

No meu tempo, o campus era conhecido por seu enfoque em hardware e robótica. Hoje os alunos mostravam cartazes sobre diversos trabalhos orientados a Web Services, posicionamento geográfico, aplicações distribuidas, mídia, etc.

Os alunos nem sabiam do antigo e esquecido foco em robótica. Tudo mudou porque entre o meu tempo e os dias de hoje, houve um divisor de águas gigantesco: surgiu a Internet, que aumentou o interesse em padrões, interoperabilidade etc.

A palestra foi sobre o Formato OpenDocumet e muitos alunos já conheciam e estavam engajados nesse assunto. Foi legal conectar idéias de ODF com a Web 2.0, evolução das comunidades e Open Source.

A certa altura, perguntei no auditório quais linguagens os alunos conheciam. Fiquei pasmo em observar que a linguagem oficial ainda é Pascal estruturado. É claro que os autodidatas depois (ou antes) se aventuram por C++, Java e outras.

Mas em pleno 2007, época em que Programação Orientada a Objetos reina absoluta em qualquer ambiente de desenvolvimento profissional, o primeiro contato dos universitários não pode mais ser só com Programação Estruturada. Hoje, POO já tem novos aliados como Programação Orientada a Aspectos e outras.

Isso é na verdade culpa da grade aprovada no MEC ou outras burocracias deste tipo. Para mudá-la, os estudantes devem se unir, tomar a mão dos professores e pedir a mudança dessa grade.

Vamos fundar o movimento Crie Objetos Já !

Android and the Open Handset Alliance

I like this kind of announcements and alliances. Makes me feel that openness and the right things can be successful.

Open Handset Alliance

The Android (formerly GPhone) platform (or parts of it) will compete with Windows Mobile, Symbian, S60, QTopia and other Open Source initiatives as Open Moko.

For developers there is nothing to download yet (expected for November 12).

Currently there is no single mobile platform that makes me truly happy. Symbian+S60 is the most advanced but still very proprietary. Windows Mobile seems to have a great future, and all Open Source initiatives are currently mediocre. Access (former Palm Source) is also going towards Linux but still feels proprietary.

If Android takes off — I mean, in a mature way — we will have the chance to use mobile devices as our computers: installing whatever OS we want.

I wish to welcome the OHA initiative and hope they can learn from the problems and mistakes of the GNU/Linux community to avoid them: ecosystem fragmentation because of too much platform packaging (a.k.a. too many distributions), overall lack of project management with architectural vision, too much religion, lack of true integration between different software components (because there is no real cross architectural vision), and lack of true support from proprietary hardware components manufacturers (a.k.a. lack of descent device drivers).

From the list of alliance members I miss names like Nokia, Red Hat (as a big Java player) and IBM. But I believe this is question of time.

Jogo Sobre !

Adivinha qual é o texto que aparece quando você perde o jogo Brick Breaker em um Blackberry 8700 configurado em Português ? Blackberry 8700

Vou dar outra chance, para você ver mais de perto.

Se te pedissem para traduzir “Game Over” ao pé da letra, palavra por palavra, o que você diria?

Jogo Sobre !

Game Over:Jogo Sobre

Apesar do FUD na Mídia, ODF Está Vencendo

Graças a algumas notícias rasas e um tanto irresponsáveis que andaram saindo na mídia brasileira e internacional sobre um tal “abandono do ODF pelos seus criadores”, algumas pessoas ficaram confusas. Saibam que é tudo distorção de fatos.

Aconteceu que a OpenDocument Foundation, que não criou o ODF, começou a se interessar por uma tecnologia do W3C chamada CDF, que é interessante mas bastante imatura ainda. Fiz uma análise mais técnica no post anterior.

Jomar — o homembit — da ODF Alliance Brasil também fez alguns comentários em um artigo na SoftwareLivre.org e em seu blog.

Nos e-mails que andaram circulando por aqui sobre o assunto, um bem interessante foi o do Roberto Salomon, integrante ativo da ONG BrOffice.org, que me liberou um Ctrl-C+Ctrl-V para cá.

De: Roberto Salmon (Arquiteto de TI na IBM Brasil e integrante do BrOffice.org)
Data: 05/11/2007 15:03
Assunto: Re: ODF abandona apoio a padrão próprio

Li essa notícia mas não fiquei tão surpreso quanto outros com a súbita mudança de opinião da OpenDocument Foundation. Em especial com o novo posicionamento do Gary e do Sam (com quem troquei muitos e-mails no passado). Acho que no novo posicionamento reflete um ressentimento pessoal e não uma posição técnica.

Apesar do nome, a OpenDocument Foundation foi criada para acobertar um projeto comercial que seria constituído no plug-in “DaVinci” que seria capaz de dar ao MS Office a capacidade de ler e gravar arquivos ODF de forma transparente e com total fidelidade de formato. Este plug-in foi anunciado, alardeado mas nunca mostrado e nem teve o seu código liberado.

Em pouco tempo, no entanto, o Sam descobriu que não havia financiadores disponíveis para custear o projeto. Os grandes, em especial a Sun, ou se posicionavam por um modelo 100% ODF nativo ou produziram seus próprios plug-ins. Estas ações derrubaram a possibilidade da OpenDocument Foundation se estabelecer como a referência para a conversão de documentos.

Apesar do nome, a OpenDocument Foundation nunca foi uma organização oficial do ODF. Lembre-se que o padrão é mantido pelo Consórcio OASIS e não pela fundação.

A declaração do Gary, citada como sendo “A verdade é que o OpenDocument nunca foi concebido para atender às exigências de mercado”, na verdade foi a de que o ODF não foi pensado para atender às exigências de interoperabilidade impostas pela Microsoft com a sua “convergência” para o OOXML. Isso é fato. A função do ODF não é ser compatível com o MS Office, na verdade, o ODF deve ser implementado por produtos e não se dobrar às peculiaridades de cada fornecedor de software.

Dizer que o ODF reflete a maneira como o OpenOffice.org faz as coisas é no mínimo desconsiderar os anos de discussão onde Boeing, o Estado de Massachussets, IBM, Sun e outras entidades definiram o que hoje é o ODF.

Infelizmente, acho que esta nota é o canto do cisne de quem já foi um grande incentivador mas que resolveu sair atirando por não contar mais com apoio nem da comunidade nem das empresas que um dia lhe deram atenção.

Só complementando, o Rob Weir tem um comentário que vale a pena no seu blog: http://www.robweir.com/blog/2007/10/cracks-in-foundation.html

Um apelo à mídia: por favor exercitem sua responsabilidade tradicional que sempre demonstraram e pesquisem mais sobre o assunto, ouvindo outras fontes e outras opiniões antes de escrever algo tão sensacionalista como aquela matéria.

ODF versus CDF

There are some news popping on the web about ODF to be substituted by W3C’s Compound Document Formats.

Read them carefully, read other sources too and try to understand first before making assumptions.

Entities like OpenDocument Foundation are switching opinions in a quest for some sort of Universal Format, that still doesn’t exist, promoting CDF.

CDF is a W3C specification about mixing various XML idioms in one document. Things like SVG or MathML inside XHTML, etc. It is a good thing and an inevitable consequence of XML per se.

In my opinion, CDF is more suited to be used in web browsers and online. Some of its sub-specifications are still unifinished or incomplete — as CSS3, required for essential things like pagination.

The most irritating statement by OpenDocument Foundation is a chart from their site that says some several bizarre things:

  • OOXML would be compatible with legacy MS formats. If they can explain how a textual XML format can be compatible with a binary-only one I can accept it. Well, I won’t because I know they can’t.
  • CDF would be compatible with legacy MS formats. This is even worse. While a OOXML document may have same structure as its MS legacy binary equivalent, CDF is still completely different, built on top of technologies created for completely different purposes. If even OOXML can’t be compatible, CDF for sure isn’t compatible too. This is just a CDF-overselling incorrect argument.
  • ODF does not have an interoperability framework. What an “interoperability framework” means for people that does not even understand what is compatibility? In the Open Standards era, the proper use of them is already a simple path to interoperability. Want more sophisticated ways? Build tools around these Open Standards and you are done.
  • CDF would be big vendor-independent. That’s OK if W3C wants to stay independent. But CDF will go nowhere if no big vendor adopts it. And to be a real viable alternative to ODF it must prove its value to these big vendors.
  • ODF does not converges desktop, server, web and devices. Just one example that kills this argument is Google Docs. They are making a good (server) job letting (web) users upload, edit, maintain and download ODF documents. Google Docs is starting to be available for mobile devices too.

There are some people playing with CDF, mostly developers. Nice articles can be found in IBM developerWorks about it.

A successful format also needs user friendly software that implements it, cause I don’t expect my mother to write rich CDF docs in Notepad. That’s were the importance of OpenOffice.org (and all its derivatives) appear to help the ODF ecosystem.

So yes, use CDF to make great standards-oriented web pages, instead of proprietary Flash or Silverlight. But to say that CDF can be a universal format for office applications and documents is to overload the technology a little bit.

iPhone no Brasil

Parece que o iPhone está invadindo o Brasil. Não há acordos comerciais entre Apple e AT&T que segurem o desejo das pessoas por objetos de desejo. E cá entre nós, o iPhone é um objeto de desejo responsa.

Já vi alguém ostentando um em um restaurante, outro de um amigo arquiteto que comprou nos EUA e mandou desbloquear por R$200.

E hoje mesmo no trabalho um aficionado me mostrou seu novo iPhone de 8GB que comprou por US$299 e desbloqueou sozinho com um certo software chamado anySIM. Contou que há alguns métodos de desbloqueio, todos gratuitos. Há também um tipo de serviço pago que garante desbloquear sempre que houverem atualizações de firmware.

Na hora do almoço flagrei uma colega nada geek saindo do elevador com um iPhone na mão. Certeza que foi o marido geek dela que desbloqueou.

Não é a toa que o primeiro presidente da IBM — Thomas Watson — já dizia “Good Design is Good Business” incentivando edifícios com boa arquitetura etc. A Apple investiu todas as suas fichas em usabilidade e produtos muitíssimo bem acabados e conquistou o mundo.

Semanas atrás foi anunciado que a Apple atingiu um valor de mercado maior que a própria IBM.

Tourism in Croatia

Some relatives just came back from a trip in Portugal and Croatia.

About Croatia, they said was impressive and unexpected. Cities are wonderful, beaches are great and people are beautiful. Everybody speaks Italian and English as second languages.

Croatia in the map.

The say the best trip is to rent a car in Italy and drive south-east through the shore into Croatia.

Sorveteria Frutos do Cerrado em Goiânia

Depois você me diz se isso é uma dica quente ou bem gelada.

Passando por Goiânia, não deixe de visitar a Sorveteria Frutos do Cerrado. Começaram fazendo picolés caseiros de frutas da região e acabou virando uma cadeia de lojas.

O sorvete é excelente, feito com muita polpa da fruta. O de graviola foi o mais lotado de graviola que já provei. Há também o de gabiroba, pequi, buriti, jaca, cajá com sal e outras frutas que nunca ouvi falar. Provei também um Romeu e Julieta feito com queijo mesmo. Bem interessante.

Ainda bem que vi a sorveteria em um dia e fui conhecer só no outro, preparando-me com um jejum de almoço a fim de traçar uns 8 picolés. A sorveteria é mesmo um ponto turístico.

Além do mais, Goiânia está muito bonita. Flamboyants frondosos e floridos disputam espaço com centenas de mangueiras carregadíssimas. O povo é aberto e simpático e as mulheres são lindas e de tirar o fôlego.

Vale uma visita, principalmente se você for solteiro.

NO Gimp, YES Picasa

While all Linux blogs are talking about new Gimp 2.4, I’m very happy with Picasa.

Yes, I know they have different purposes but Picasa does everything I need with my photos. It is intuitive, powerful, extremely easy to use, fast and nice.

You may say F-Spot is the OSS equivalent but I couldn’t spend more than 15 minutes using it before giving up.

Thanks to Picasa, my last trip photos are really shining, much more than previous Kuickshow+Gimp combination of tools, much faster too.

And did I mention they also provide a Linux version for Picasa ?

Um Dia de Caos Aéreo

Acordei pouco antes das 6 da manhã, engoli o café e desci para encontrar com o taxista marcado às 6:50.Pegamos um trânsito caprichado e chegamos 7:35 em Congonhas.

O vôo da Varig sairia às 8:35 para pousar 9:20 em Santos Dumont. Vôo curto e rotineiro. Mas Santos Dumont estava fechado por mau tempo no Rio e o avião que nos levaria estava preso lá.

Colocaram-nos no primeiro avião possível e finalmente decolamos umas 9:45 para pousar no Galeão.

Minha agenda era uma reunião preparatória de manhã na IBM para deslanchar um projeto na reunião da tarde em outro lugar. Atrasar a primeira não era o fim do mundo. A segunda era a importante.

No Rio só chuva, não daquelas de cair o mundo, mas das que chove constantemente por horas sem fim. Alagou tudo, fechou o túnel Rebouças e a cidade parou. Por telefone, alguns cariocas me disseram que aconselhavam não sair de casa.

A Varig anunciou que um ônibus nos levaria do Galeão p/ Santos Dumont, mas não vi nenhum sinal. As companhias de táxi de guichê exibiam uma placa escrita à mão: ESTAMOS SEM CARROS. A fila do táxi de rua no desembarque estava cheia de gente e desolada de carros. Eu que sou manjado de aeroportos subi até o embarque e esperei 1 minuto até um dos táxis amarelinhos descarregar alguém.

Às 11h estava saindo do Galeão rumo ao Botafogo.

Combinei o almoço por telefone mas gastei 1h no carregado trajeto entre a Ilha do Governador e a Praça da Apoteose, perto do centro do Rio. Das vias elevadas via-se várias ruas alagadas e carros parados. O rádio, de tempos em tempos, dava informações desesperadoras sobre o trânsito.

Perto do centro me avisaram que a reunião foi cancelada por causa do caos. Ter acordado de madrugada, tomado vôo, gastar mais de hora no trânsito, ficar sem almoço, de repente ficou sem propósito.

Pedi ao taxista dar meia volta e me levar de volta ao Galeão. Ainda bem que não havia trânsito para voltar.

Cheguei no aeroporto umas 13h, pedi para me colocarem no próximo para Congonhas e 13:40 estava com o bilhete das 14h na mão.

Almocei um Cheetos enquanto passava pela fila da segurança extremamente ineficiente da Infraero do Galeão. Formavam fila única a metros de distância e seguravam as pessoas enquanto cada passageiro era atendido. Durante os metros de caminhada da boca da fila à boca do raio-X, o segurança, seu auxiliar e a máquina ficavam ociosos. Some esses segundos ao final de um dia e terá horas de diversos desperdícios.

No gate, o vôo já tinha saído e começou um pequeno tumulto porque diversas pessoas não ouviram o chamado. Íamos pegar o próximo que pousaria às 14:30 mas que só pousou umas 15 e pouco.

Enquanto isso, fui traçar o pior sanduíche natural de atum de todo o universo conhecido. Era só maionese e pão velho por R$5,50.

Acabamos embarcando só umas 15:40. Seguraram mais um pouco o avião para pegar os passageiros de uma conexão de Caracas o que aumentou ainda mais o nervosismo de algumas pessoas cujo vôo original era às 7:10 da manhã.

Quando todos estavam embarcados e acomodados, o comandante anunciou que Congonhas — nosso destino — havia fechado por mau tempo. Então alguns cariocas desistiram e saíram do avião. Sorte deles que ainda não tinham saído de sua cidade.

Pessoas gritavam sugerindo descer em Cumbica, mas minutos depois o vôo foi liberado para Congonhas. Vai entender. Decolamos 16:40.

Pousamos 18:05 porque ficamos uns 40 minutos dando voltas no ar esperando liberação de Congonhas. Pessoas que tentavam vir para São Paulo desde cedo puxaram palmas aliviadas ao encostarmos na pista molhada do aeroporto.

Em casa mesmo só cheguei às 19h, 13 horas inúteis depois de ter acordado.

O saldo é de quase R$600 de passagem, uns R$160 de taxis, muito saco cheio e doses consideráveis de junk food. Tudo isso para nada.

É fácil botar a culpa no mau clima. Mas se existisse metrô nos aeroportos a reunião não teria sido cancelada e nem eu nem as outras 5 pessoas que vinham de outras partes do país teriam perdido viagem. Não teríamos sido vítimas do trânsito.

O saldo positivo foi ter encontrado diversos conhecidos em todos os aeroportos, inclusive uma velha amiga querida, que estaria no mesmo vôo ao Rio se não tivesse atrasado tanto a ponto de ela perder sua reunião, e nem embarcar. E as infindáveis horas em táxis valeram a pena quando botei em dia a conversa com amigos. A outra coisa que compensou é que entre uma espera e outra, provei o milkshake do Bob’s que um amigo tomava, de maçã com canela, melhor que o clássico — e único que conhecia — Ovomaltine.

De resto, o meu dia foi pro brejo.

Adeus Tipuana

Deu uma ventania aqui no bairro no domingo a noite e não choveu. Mas foi o suficiente para estremecer as bases da velha Tipuana de frente de casa.

Esta madrugada ela caiu do nada. Só porque estava velha e podre por dentro.

Velha tipuana caida

Ela caiu às 3 da manhã e parece que amassou um pouco o teto de um carro do outro lado da rua.

Os bombeiros começaram a picotá-la às 5h com motoserras barulhentas. Mas o pior foi a incompreensão dos carros que buzinavam sem parar. Poxa, um pouco de respeito pela querida árvore morta.

Tipuana oca

A árvore estava oca por dentro e tinha raízes pouco profundas, incompatíveis com sua idade e tamanho centenário. A certa altura, os bombeiros acharam um ninho de abelhas ou algo do gênero e se empenharam para retirá-lo com cuidado e tentar guardar o mel que escorreu. Alguns provaram e gostaram. Parecia até que o principal momento de seu trabalho era marcado por esse achado.

Tipuana fatiada

Adeus Tipuana. Nossa rua vai ter menos cara de alameda sem você. Mais ainda quando sua irmã ao lado foi também cortada este ano.

O único consolo é que a nova árvore que será plantada no lugar vai absorver bastante CO2 para crescer.

Mais sobre Netiqueta

Aquela amiga das mensagens relatadas no outro post me respondeu.

Se desculpou, justificou que é novata e que só encaminha as que acha realmente interessantes. Perguntou também se eu gostaria de continuar recebendo. Ela é muito educada.

Respondi isso:

Oi Selma !

Não causou problema nenhum.

Mas é que como só recebo esse tipo de mensagens de você, perco os parâmetros sobre como avaliar a importância do que você me manda.

Como existe a tal etiqueta no mundo físico, existe a Netiqueta na Internet. Acredito que você não ia gostar de receber na sua casa 80 cartas físicas por dia de textos genéricos julgados lindos ou inteligentes, etc. Te daria trabalho em separar isso da correspondência importante. Então não justifica lotar a caixa postal das pessoas só porque é mais fácil enviar eletronicamente do que pelo antigo correio.

Gostaria de continuar recebendo de você e-mails que você mesma escreve. Comunicação pessoal, não mais generalidades do mundo alheio.

Beijos grande !
Avi

Acho que agora ficou tudo entendido.

Viagem ao Umbigo do Mundo

Viagem ao Umbigo do Mundo

Tatiana e eu fizemos uma viagem absolutamente incrível para o outro lado planeta — a Ásia Central — região que muitas pessoas mal sabem que existe.

Fizemos anotações detalhadas, dia após dia, sobre todos os lugares que passamos, pessoas que encontramos e impressões que tivemos. Os links abaixo vão te levar às mesquitas do Uzbequistão, montanhas do Kyrgyzstão, ao caldeirão social da China, e a exuberância de Moscow.

Foi uma viagem de conhecimento, então os relatos estão recheados de mapas, referências na Wikipédia, fotos e videos. Além de impressões gerais, e observações sobre etnias, línguas, religião e coisas que não existem na Ásia Central logo abaixo.

Viaje conosco !

Uzbequistão

Viagem ao Umbigo do Mundo

Kyrgyzstão

China

Moscow e Paris

Impressões Gerais

Eu recomendo fortemente qualquer pessoa fazer viagens desafiantes. Dificilmente nossa cultura e pontos de vista vão crescer se passarmos 7 dias coçando num resort.

Pode ser qualquer lugar: Amazônia para urbanóides, Islã para ateus, Las Vegas para saudosos marxistas.

Além do gostinho de poder contar que fomos para lugares que muitas pessoas não sabem nem pronunciar o nome, o desafio nos fez pensar muito sobre a história do mundo, o fluxo das etnias humanas, sociedade, economia, comida, fé, religião, e principalmente sobre nós mesmos e o que de fato somos.

Viajar pela Ásia Central não foi nada difícil. As pessoas são amigáveis e bonitas, os hotéis são confortáveis, cidades bem equipadas. E se você não for se meter no Afeganistão ou no Kashmir, a paz reina.

Etnias

O Uzbequistão faz fronteira com o Irã, antiga Pérsia, que definiu o tipo étnico da região há milênios. Mas a região foi também berço de incursões militares gregas de Alexandre o Grande e Genghis Khan. Isso conferiu uma mistura incrível de traços, cores de olhos e línguas.

É comum ver persas claros, loiras de olhos puxados, ou mongois de olhos verdes. E vimos mulheres realmente lindas.

O noroeste da China não é chinês. Pelo menos não no esteriótipo de chinês que as pessoas costumam ter na cabeça. O noroeste da China é tão persa quanto o Uzbequistão.

Já o Kyrgyzstão tem olhos mais puxados do que o noroeste da China. Se te teletransportarem para lá de olhos fechados, vai dizer que está no interior da China.

Línguas

Toda aquela região, inclusive o noroeste da China fala dialetos muito parecidos, todos derivados de língua turca. Uzbeque, Kyrgyz e Uyghur são línguas 95% similares e todos se entendem pela lingua falada.

O problema é ler e escrever. As línguas escritas no Uzbequistão são o russo (alfabeto cirílico) e o uzbeque a décadas escrito em cirílico. Mas recentemente o governo decidiu dar um passo no sentido da modernidade e maior integração com o ocidente adotando alfabeto latino como o oficial para escrever uzbeque.

No Kyrgyzstão eles não ligam muito para relações internacionais, então continuam escrevendo kyrgyz em cirílico mesmo. E na China, o povo Uyghur se orgulha em manter as tradições usando o alfabeto árabe (diferente da língua árabe) para ler e escrever.

Mas isso não tem muito problema porque o Uzbequistão é o maior produtor de videoclipes da região e todo mundo acaba ouvindo música Uzbeque que obtém de DVDs pirateados.

Há ainda inúmeros outros povos na região, que falam dialetos parecidos: os Khorezm, os Kazakhs, Tajiks, etc.

Fé e Religião

Esse foi um dos aspectos mais interessantes da viagem. A região é predominantemente islãmica. É incorreto dizer que são árabes porque estes são os que vivem na Península Arábica, milhares de quilómetros a oeste da Ásia Central.

Mas é um islã leve. Se não visitássemos os lugares históricos talvez nem percebêssemos. No Kyrgyzstão é mais leve ainda. Não há uma conexão muito grande com isso por lá.

Só a China nos surpreendeu. Sim, a China. Foi somente alí que vimos mulheres de rostos cobertos e fanatismo um pouco mais evidente. Isso acontece porque há um preconceito mútuo entre os chineses Uyghurs (predominantes no noroeste do país) e os chineses Han (os de olhos puxados). A conseqüência é que a minoria Uyghur acaba se voltando mais para sí, fomentando tradições e costumes em torno da religião. Ao longo dos séculos, costumes temporais, tradições sociais e leis religiosas se confundem e tudo vira sagrado sem se saber exatamente o motivo.

Coisas que não existem na Ásia Central

  • Preço estampado em qualquer mercadoria. O preço é feito sempre na hora, conforme a cara do freguês e o humor do vendedor. E sempre há margem para pechincha.
  • Adoçante dietético. Nenhum restaurante tem, mesmo se pedir.
  • Coca-Cola Light ou qualquer outro refrigerante dietético.
  • Folhas tipo alface, rúcula ou agrião. Nem na feira. Quando pedíamos a “Salada Verde” do cardápio de alguns restaurantes, era de coentro, cheiro-verde e dil. Uma salada de temperos verdes.
  • Saladas sem coentro.
  • Comida quente sem carne ou sem qualquer gordura animal. “Tem carne nisso aí?”. “Não, só bacon pra dar um sabor”.
  • Comida sem óleo.
  • Facas que efetivamente cortam. Todas eram cegas.
  • Guardanapo limpo sobre a mesa assim que se senta. Sempre tínhamos que pedir.
  • Guardanapo usado que fica na mesa mais de 3 minutos. Os garçons tinham algum tipo de obsessão em recolhê-los assim que fossem usados ainda que pouco.
  • Hoteis com cama de casal. Mais raro que mosca branca.
  • Área ou quarto de hotel para não-fumantes. Em qualquer sala de espera, restaurante, quarto de hotel etc, fumavam sem parar de todos os lados.

Petit Comité com Pintia Tempranillo 2001

Pintia Tempranillo 2001Ao entrarmos em sua adega pessoal, mais de 800 garrafas gritavam “pick me, pick me”. Nossa ansiosidade era tanta que o termômetro mostrou aumento de temperatura de 17 para 18°C. Sacamos um Pintia Tempranillo 2001, da região do Toro na Espanha. Um supervinho com aromas que nunca havia experimentado antes.

É muito chique ter uma adega particular. Mais chique ainda saber quais vinhos servir e tal. Muito chiques esses meus amigos.

Foi um petit comité que desafia o paladar, como todos os que eles nos convidam. Uma outra vez naquela mesma sala renasci (já meio bêbado, confesso) quando ele serviu algo que nem sabia que existia: pequenas garrafas de vinhos de sobremesa com uvas de colheita tardia. Ele gostava mais do deslumbrante sul-africano, mas eu me apaixonei mesmo pelo Henry Cosecha Tardia 2003, argentino da Lagarde.

Naquele dia, as outras pessoas continuavam falando de estátuas, o Crescente Fértil, chicle de bola, sei lá. Mas eu me deslumbrava na viagem dos vinhos. A quantidade de perfumes e complexidades que pode uma garrafa conter desafia qualquer lei da física.

Petit comité no LosPara a sobremesa de ontem, abrimos um Alvear Pedro Ximénez Solera 1927 (sim, você leu o ano corretamente), extremamente doce, licoroso, de textura espessa, com aroma de calda de figos, para acompanhar um revezamento entre sorvete Häagen-Dazs Praline e queijo tipo roquefort, este último bastante salgado, como de costume, para balancear a doçura do vinho.

Aguardamos ansiosamente a próxima oportunidade, e acho que vai ser regado a Zinfandels que eu trouxe da Califórnia.

Second Life e Orkut

Tenho ouvido algumas pessoas que acho bem pragmáticas desistirem do Second Life.

Eu também desisti. É ruim de usar, nunca tem ninguém e o mais importante: não consigo voar direito. De que adianta um mundo 3D se não consigo levitar como nos meus melhores sonhos ?

A revista Wired publicou uma matéria de capa dizendo que o SL estava às moscas.

O primeiro mundo 3D que ouvi falar foi o There.com. Talvez tenha mais gente lá.

O desafios desses mundos 3D é conseguirem fazer as pessoas desejarem entrar lá. O que você faria no Orkut se todos os seus conhecidos não estivessem lá? Também não entraria. Só vai dar certo quando alguém descobrir a fórmula do Orkut.

Falando em Orkut, para mim ele é o primeiro mundo virtual bem sucedido. Todos os elementos dos mundos 3D estão lá, menos o fator 3D. O Orkut é um software cujo algoritmo imita uma festa. Pense nisso.

É bom lembrar que quando um mundo 3D bombar como o Orkut, vai também ter os mesmo problemas dele: spam, questões técnicas de escalabilidade, ausência de fronteiras para línguas, etc. Este último pode ser visto como algo bom, mas foi exatamente isso que fez o Orkut estacionar em outros países assim que o Brasil o invadiu.

Como tecnologia, os PCs ainda não estão prontos para 3D. Ainda são lentos e teclado e mouse são excessivamente 2D para esses mundos. Quando um mouse 3D, óculos estereográfico e placas de vídeo muito poderosas estiverem presentes em todos os desktops, esses mundos 3D vão bombar e eu vou poder finalmente voar.

Mas por enquanto eu prefiro ser realista.

Renumbering Categories in WordPress Blogs

There are some situations you may want to manually change (or hack) the category numbers of your WordPress.org blog. Here is how.

Supose you have posts category named “Wine” with ID 15 and you want it to become 1015. You probably already have some posts categorized as “Wine” too and you want to make the number change reflect in their metainformation.

You’ll have to execute some SQL commands in 2 tables: wp_categories and wp_post2cat. Have access to WordPress.org blog MySQL database with PHPMyAdmin or even the plain mysql command and execute this steps.

  1. Don’t trust your eyes or memory because if you forget something or mistype a number, you will make a mess in your blog database. Write in a paper a note for yourself with the category name, previous ID and new desired ID:
    Wine: 15 ➔ 1015
  2. Change the category number from 15 to 1015 in the master categories table:
    UPDATE wp_categories SET cat_ID=1015 WHERE cat_ID=15 LIMIT 1;
  3. Renumber all posts categorized as 15 (old Wine category number) to 1015 (new category number) in the posts metadata table:
    UPDATE wp_post2cat SET category_id=1015 WHERE category_id=15;
  4. WordPress.org also uses the same wp_categories table to classify the links on your blogroll (or sidebar), so you’ll have to change the records associated with the Wine category too, if some:
    UPDATE wp_link2cat SET category_id=1015 WHERE category_id=15;

There is no visual change for the readers of your blog, everything will look the same. This is only for you, if you want to organize categories in ranges while WordPress.org naturally creates them in a sequence.

Caça à Pirataria?

O Rui e o Andre me fizeram voltar no tempo.

Eu lembro exatamente o dia que fecharam o Napster, na época o único serviço P2P que prestava.

Eu mandei as pessoas lembrarem daquela data como sendo o dia que a indústria fonográfica perdeu a guerra contra as redes P2P. Sim, porque a partir dali as pessoas iriam achar outras formas mais eficientes e não-derrubáveis de compartilhar conteúdo. De fato surgiu a rede Gnutella, o Kazaa e o incorrigível BitTorrent.

E para quem achar esses métodos de download muito complexos, há ainda hordas de amantes de música que simplesmente disponibilizam links de RapidShare em seus blogs contendo álbuns completos.

Mas minha previsão se esqueceu de um pequeno detalhe: o fechamento do Napster marcou também o fim da guerra para a indústria do cinema e TV.

Cara indústria de distribuição de conteúdo (Warner, Sony, EMI, etc), a Internet transferiu o poder para as pessoas. Conforme havia profetizado Doc Searls em seu Mundo de Pontas.

Sottozero já era, se vira

Eu lembro quando a sorveteria Sottozero abriu sua primeira loja na Rua Augusta em São Paulo.

Quilômetros de paulistanos se empacotavam na rua para mandar ver aquele sorvete novo e diferente. Eu demorei mais de ano para provar por que não sou muito chegado em lotação.

Inesquecível também quando finalmente fui agraciado pelo seu sorvete ultra-sofisticado. Tinha um sabor temporário chamado Fantasia de Laranja que era nada menos que apoteótico. Só uma vez na vida.

Isso foi há muitos anos. Ontem levei uma prima americana para se sorvetar na Sottozero da Sumaré. Fiquei meio chateado. Eles ainda têm uma lista comprida de sabores pitorescos mas a qualidade enveredou para bem regular. Antigamente seu sorvete ineditamente cremoso escorregava da pá, hoje é tão duro quanto as massas de supermercado. E alguns sabores têm um final nítido de artificial, a começar pelo de graviola que provei ontem.

Uma pena tanto talento de confeiteiro se curvar à necessidade de aumentar os lucros.

De sorvete bom em São Paulo há a Offelê na Lorena. Prove o de castanhas portuguesas (marrom glacê), zuppa inglese, e o de milho se tiverem. E na Parmalat pode-se elevar a alma com os espetaculares Canela e Cookies ao Porto, por caros R$7 o copinho. De supermercado tem o de Abóbora com Côco da La Basque que é absurdamente bom e caro ao mesmo tempo. A Ofner também sempre fez um sorvete responsa daqueles que preenchem até o vazio da alma.

Agora, o melhor sabor de sorvete do universo é o de Bacurí, uma fruta do norte. Em Sampa, de tanto que martelo, começou a ser servido em alguns lugares. Tente num bar chamado Feira Moderna (rua Fradique Coutinho perto da rua Wizard) ou uma pequena cafeteria que fica no Itaim Bibi, na rua Jesuino Arruda entre ruas João Cachoeira e Manuel Guedes.

Destaque para uma sorveteria de Paraty chamada Sorveterapia, na avenida da entrada da cidade. O dono é um cara simples e que faz os sorvetes com as próprias mãos observando altíssima qualidade dos ingredientes sempre naturais. Ele gosta de fazer experiências e o que vende hoje é resultado de anos de alquimia refinada.

Deveriam erguer uma estátua em homenagem ao cidadão que inventou o sorvete. Sua importância histórica é maior que a de figuras como Stalin, e o bem que fez à humanidade é comparável ao de Einstein.