Em abril contei para vocês que deixei de ter carro argumentado que minha vida ficaria mais verde e mais barata. Bem, vejamos.
Valorizo meu tempo e muitas vezes preciso chegar rápido aos meus destinos, então não penso duas vezes antes de chamar um taxi.
Mas cuidado. Não troquei um carro por um taxi. Esforço-me para encontrar carona (desenvolvi cara-de-pau para isso) e uso metrô e ônibus quando possível. Taxi é minha última opção quando não há nenhuma outra disponível.
Então vamos aos números:
- Dias corridos que fiquei sem carro até hoje (8/abr — 15/dez): 251
- Número de corridas de taxi nesse período: 65
- Dinheiro total gasto com taxis: R$1.198,35
- Gasto médio com taxi por dia (incluindo os dias que não usei taxi): R$4,79
- Média de corridas por semana, no período: 1,82
- Valor médio da corrida: R$18,43
- Gasto médio mensal com corridas de taxi: R$143,2
Quando tinha carro, acredito que gastava uns R$300 por mês em combustível. Fora IPVA, seguro, manutenção, estacionamentos, preocupações, depreciação anual do carro, perda de custo de oportunidade. E multas, muitas multas injustas.
Novamente, cuidado ao interpretar esses números pois este é meu contexto de vida:
- Minha esposa ainda mantém seu carro. Temos somente um carro na família — um Honda Fit. Carro pequeno, pois temos pavor ideológico e racional de carros grandes.
- Minha esposa e eu trabalhamos próximos um do outro então é comum eu ir de manhã com ela de carro. Às vezes, se os horários coincidem, voltamos juntos de carro também.
- Nos finais de semana as coisas acontecem mais em família então vamos juntos, de carro, para onde for.
- Trabalho numa empresa enorme e sempre encontro uma boa alma que me dê carona para casa ou para muito próximo de casa.
- A mesma coisa de manhã. As vezes vou com uma colega de carona. E, em seus dias de rodízio, ela vem comigo de taxi — eu pagando integralmente, como forma de retribuir a carona.
- Quando o clima é mais ameno e quando tenho mais tempo, adoro usar transporte público. É um tempo que ganho para mim, para ouvir música, observar as pessoas, ler, ouvir podcasts, resolver coisas por telefone etc. Usaria muito mais se os pontos fossem mais próximos de meus destinos.
Mesmo com esses fatores favoráveis, acho que não sou ponto fora da curva. Acredito que existam muitas famílias que poderiam reduzir o número de carros na garagem com um esforço mínimo e sem perder o conforto que um carro dá.
E claro, ainda por cima economizando dinheiro.
Para quem quiser ver os detalhes, trajetos, valores etc, anotei e continuarei anotando todas as corridas de taxi numa planilha pública.
E lembre-se: seu carro poluiu em sua fabricação muito mais do que você poluirá ao usá-lo em toda a sua vida útil.