O LSD de Tim Maia na Flips

Um dos livros mais divertidos que lí é o Noites Tropicais de Nelson Motta que conta vários lados-B da história da MPB desde a década da Bossa Nova, mais ou menos.

Um dos mais deliciosos é o trecho abaixo, sobre Tim Maia.

Fiquei feliz em ganhar o livro de presente de aniversário este ano. Já tinha lido-o, mas numa cópia emprestada. E é um livro que preciso ter para consultas randômicas, como essa história do Tim Maia.

Noites Tropicais

Tim foi a Londres e se esbaldou. Fumou, cheirou, bebeu, viajou de ácido, ouviu música, brigou com a mulher — tudo muito — e voltou para o Brasil com 200 doses de LSD para distribuir aos amigos. Assim que chegou foi à [gravadora] Philips, que ele chamava de “Flips”, onde visitou diversos departamentos, começando pelos que considerava muito caretas, como contabilidade e jurídico, onde cumprimentava o titular e repetia o mesmo discurso, com voz pausada e amistosa:

“Isto aqui é um LSD, que vai abrir sua cabeça, melhorar a sua vida, fazer de você uma pessoa feliz. É muito simples: não tem contra-indicações, não provoca dependência e só faz bem. Toma-se assim.”

Jogava um ácido na boca e deixava um outro na mesa do funcionário atônito. Como era um dos maiores vendedores de discos da companhia, todo mundo achou graça.[…] E Tim voltou para casa viajandão, dirigindo seu jipe e certo de que tinha salvado a alma da “Flips”.

Um barato, e recomendo a leitura.

BrOffice Chega ao Varejo

Ia a um grande hipermercado na região da avenida Pacaembú em São Paulo quando me deparei com essa loja de Internet no estacionamento. A palavra “compatíveis” me chamou a atenção.

BrOffice em Cybercafés

Entrei para perguntar.

  • — Companheiro, o que é esse Word compatível ?
  • — Ah, é um programa aí que é compati…
  • — Tá, mas qual é o nome desse programa?
  • — É um que chama BrOffice.
  • — Muito obrigado. Tchau.

Se um cybercafé — que ganha a vida só com esse tipo de serviço — pode ser independente o suficiente a ponto de usar somente BrOffice, qualquer um também pode.

Você, usuário de alguma suite de escritório paga, te desafio a usar BrOffice.org, Symphony, Lotus Notes 8 ou qualquer outra suite baseada no OpenOffice.org por duas semanas e ver como se sai.

Microsoft Does Not Own OOXML

This is a reply to David Nielsen’s “OOXML and Microsoft” post. Since comments are closed there, I am writing here.

David, there is nothing wrong in Microsoft opening such an important spec. We should welcome this step. But there are several things that we should take care here:

  1. There is already an approved, open, internationally standardized spec for office documents: ODF. So OOXML can be another spec, but can’t be another standard spec for the same purpose. The standardization push is not welcome. It is simply too late, amongst other issues.
  2. Microsoft opened their spec not because they wanted, but because they needed to, after ODF acceptance as the ISO standard. If Microsoft will be successful in its anti-ODF campaign, they won’t need this openness status any more and I bet OOXML v2 will be closed.
  3. Microsoft does not own the spec. OOXML is Ecma’s document. What MS Office implements is a something that is today compatible with Ecma’s OOXML. But Microsoft already announced they can’t wait for ECMA to add new releases. In fact, there is no guarantee that something like MS Office 14 file format will be open or integrated into ECMA’s OOXML spec. This is an excerpt from Microsoft’s Brian Jones blog and shows how Microsoft does not own OOXML:

    To your last point, it’s hard for Microsoft to commit to what comes out of Ecma in the coming years, because we don’t know what direction they will take the formats. We’ll of course stay active and propose changes based on where we want to go with Office 14. At the end of the day though, the other Ecma members could decide to take the spec in a completely different direction.

  4. Microsoft is trying to fool everybody saying that OOXML is different from ODF. ODF is “a standard for office documents” while OOXML claims to be “a standard for office documents and compatibility with legacy office file formats”, just to not have a 100% overlap. But the “compatibility” part makes no sense because OOXML is textual XML and the legacy formats are binary. OOXML and legacy .doc, .xls, .ppt may have similar organization or structure but is impossible to be “compatible”. But even if OOXML wants to have a relation with legacy, the spec is incomplete and does not provide a mapping like “this OOXML tag is related to that stream of binary bytes in the legacy format”. In the National Bodies meetings to discuss OOXML standardization we proposed to include this mapping (then legacy .doc would become a truly open spec), or remove the compatibility statement from the spec title. If removed, OOXML would still be a beautiful spec, but could not be accepted as an ISO standards because of its full overlapping with ODF.
  5. OOXML reinvents the wheel and has many obscure parts. As a specification, currently OOXML doesn’t have a quality grade to be a standard.

Mandando Ver no Pilates

Acabei de voltar de uma super aula de Pilates !

Não iria fazer vocês, caros leitores, perderem tempo em ler um post sobre isso, se Pilates não fosse algo realmente sensacional.

Uma aula de Pilates

Quando perguntei para a minha namorada qua ktsu era esse negócio de Pilates, ela explicou da forma mais sucinta e precisa possível: é um tipo de yoga ocidental.

Eu sou o maior sedentário de todo o universo conhecido, mas depois de treinar quase desleixadamente por uns poucos meses, sinto me mais forte, fisicamente equilibrado, mais fino, mais forte, mais conciente do meu corpo e com mais vontade da fazer mais.

Funciona assim: faço uma aula por semana, com um professor dedicado para mim e isso me dá deireito a mais uma aula de match, que é grupal, com outros tipos de equipamentos. Então acabam sendo +/- duas aulas por semana.

O foco do Pilates é nos músculos ditos mais importantes do corpo: a barriga e as costas. Se você não os tem, não tem nada.

Pilates tem a ver com cair fichas. Cada professor tem um estilo próprio, foca em pontos sutilmente diferentes e lá vai mais uma ficha caindo. As vezes, parado no meio do corredor e conversando com alguém no trabalho, a simples posição parada, de pé, faz cair outra ficha porque agora meus músculos tem outros estímulos. Essas fichas tem a ver com posições que cansam menos, com músculos que nem sabia que tinha, etc.

Para os sedentários é no mínimo mentalmente muito interessante, e altamente recomendável. Por um sedentário assumido e incorrigível. Bem, quase incorrigível.

Creating OpenSearch plugins for Browsers

I just came across a Mozilla::Developer page that teaches how to let visitors on a site easily add that site’s search function into their browsers as a plugin.

If you are reading this in my blog and you select your browser’s search tool, this is what you’ll see:

OpenSearch option in browser’s tool

You’ll get the option to permanently add my blog’s search function to your browser. If you select it, you’ll have this:

OpenSearch option added to browser’s tool

To make it, I followed the instructions on the first link and created my OpenSearch description file. Look! Technorati, Microsoft, and many others have OpenSearch-enabled websites.

Zeroconf your Network

I remember the days when I was configuring DNS and DHCP for a small home network with only 2 or 3 computers.

This is not needed anymore since the invention of Zeroconf. As Wikipedia says, “is a set of techniques that automatically create a usable IP network without configuration or special servers. This allows inexpert users to connect computers, networked printers, and other items together and expect them to work automatically.”

Zeroconf got my attention when I installed Ubuntu Linux in one of my home PCs and it automatically started to show hostnames instead of IPs of my other home computers on the same DNS-less network. On my other Fedora Linux hosts, I had to manually install the avahi-tools and nss-mdns packages and I got the same functionality — as described in the Fedora Post-Installations Configurations.

Still without a local DNS server, each host can be pinged, SSHed, browsed, SMBed, etc using the hostname.local model, not the their IP anymore. So the machine with hostname floripa broadcasts itself as floripa.local. The same happens for all machines.

But I still missed this functionality when using my laptop booted on Windows. This OS was unable to understand the Zeroronf broadcasts until I installed the Apple implementation for Windows called Bonjour that can be downloaded from here.

To have a better, visual understanding of what Zeroconf can do for you, the Avahi website (Zeroconf implementation on Linux) provides a series of screenshots of regular applications discovering services in the LAN. Most notable is Konqueror — KDE’s file manager — using the zeroconf:/ URL to browse LAN services.

Now I finally know that my home doesn’t need things like Bind/DNS anymore.

Worshiping Joyce in Rio

Some time ago, my New Yorker cousin came to visit Brazil and I wanted to make sure she was leaving with her iPod full of brazilian specialities. A few weeks later we exchanged this conversation by e-mail.

  • “Im listening to music you sent me while writing (I really like Joyce!…although right now im listening to Paulo Bellinati)” — she said
  • Joyce is a godess. I worship her every time I need a good something-between-samba-and-bossa-nova in my ears.”— in my reply

Joyce’s voice singing Bossa-Nova is probably what gets closer to the true spirit of Rio de Janeiro city.

Ipanema beach, Rio de Janeiro

Enough talking. This is some of her works. While listening, close your eyes and imagine a calm sunday walk in Ipanema beach.

(pictures link to the location they where found)

New Laptop

I am sort of away this days because I got a new laptop. Check it out.

Lenovo T61

My previous laptop was a IBM Thinkpad T40, Pentium M, 512MB RAM, 1024×768 screen size, CD-RW, Cisco WiFi/b, no bluetooth. Served me well for 4 years.

The new one is a Lenovo Thinkpad T61, Intel Centrino Pro (dual core), 2GB RAM, 1440×900 screen size, DVD-RW, Intel WiFi/g (see this comment to make it work), bluetooth, integrated SD/Memory Stick/xD/etc card reader, Firewire interface. Much better. Details on Smolt.

I am writing this while Fedora 8 (including some Livna packages) is being installed over the network, as you can see.

Homembit e Seu Novo Blog

Homembit parece nome de super-herói.

Apesar de isso só existir em quadrinhos, há um Homembit circulando entre nós e seus atos tem sido bastante heróicos ultimamente.

Estamos falando de Jomar Silva, diretor da ODF Alliance Brasil, pessoa com quem tive o prazer de trabalhar em diversas frentes, principalmente na saga da definição do voto do Brasil/ABNT no caso OpenXML.

Ele acabou de migrar seus pensamento para algo que finalmente podemos chamar de blog. Como de costume, seu feed está exposto na minha barra lateral e sugiro assinarem.

Se vocês achavam que o meu blog era fonte para as últimas novidades de ODF e padrões, esperem só até ver o dele. Um dos posts mais chocantes ainda está na primeira página, sobre o real compromisso da Microsoft com o OpenXML.

Chico Buarque e Seu Tanto Mar

Quem é que já foi ao bar Bom Motivo em São Paulo e não ouviu a canção Tanto Mar de Chico Buarque? O público no bar se empolga e bate palmas sincronizadamente durante a música. Coisa que só se vê lá.

Este é o video da música:

Poucos sabem que essa canção, que parece ingênua e alegrinha, parabeniza Portugal pela sua Revolução dos Cravos que derrubou a ditadura daquele país.

A letra foi censurada no Brasil porque ela é claramente uma nostalgia antecipada desejando que o mesmo acontecesse por aqui, bem no meio do nosso período de ditadura.

A versão que ouvimos em todo lugar tem uma letra atualizada de um período pós-ditadura. Mas a nostalgia ainda está lá: “Foi bonita a festa pá, fiquei contente. ♫ Ainda guardo renitente um velho cravo para mim. ♫ ”

Segue a letra original da canção, censurada e rara no Brasil.

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Se você for ao Bom Motivo, se o Luiz estiver ao violão, se tiver sorte, ele vai tocar a versão censurada da canção. Se não tiver sorte, tu podes protestar e pedir que ele toca.

Linux por todo lado

Seguindo o espírito de bisbilhotar os sistemas alheios, este feriado observei mais algumas novidades:

Sabrico Volkswagen
Ajudando minha namorada a comprar carro, observei o uso do emulador de terminal seguro PuTTY na loja da Sabrico. Parece que o sistema de estoque e preços deles é centralizado e acessado por SSH. Apertando o olho em partes da tela, uma barra de status mostrava o logon do vendedor e a palavra “LINUX”, provavelmente para indicar a plataforma daquela sua versão do sistema de gestão. Ou seja, esse sistema crítico roda em Linux na Sabrico e é acessado com segurança usando tecnologias Open Source: SSH.

Hospital São Luiz
Encontrei com um amigo antes de uma aula de Yoga. Começou ter dores fortes e acabei levando-o ao pronto socorro do hospital. Como não tinha muito o que fazer, observei novamente o uso do PuTTY nos PCs da sala de enfermagem. No conteúdo da tela não havia muitos indícios de o servidor acessado rodar Linux, mas julguei que a probabilidade era altíssima. Outra coisa que me chamou a atenção foi o nome do servidor acessado pelo PuTTY: SRVIBM. Mais chance ainda de ser Linux, porque todos os servidores da IBM suportam este SO. Agora, há uso mais crítico para Linux do que em um renomado pronto socorro ?

Houve uma época em que empresas gastavam fortunas com licensas de emuladores de terminal, para acessarem seus servidores UNIX. Ah, e eles eram inseguros e sem criptografia, usando telnet puro e simples. Hoje Open Source está, com segurança, de ponta a ponta: do servidor ao emulador. Soluções de segurança são importantes o suficiente para terem que ser um commodity: devem ser baratas e fáceis de usar por toda parte. E o movimento Open Source tem o mérito de ter barateado e “commoditizado” esse mercado.

Parabéns às duas empresas !

E você? Onde mais tem visto o uso de Linux?

BlogPlex IBM

Tenho lido os bloggers da IBM todos agregados em um BlogPlex. Tem um time fera ali:

  • Cezar Taurion. Analisando com insights refrescantes simplesmente tudo o que acontece em TI. Open Source, Second Life, Web 2.0, Grid, Mobilidade, ODF.
  • Mario Costa. Web 2.0, colaboração e ferramentas, ODF.
  • Carlos Sena. Web 2.0, colaboração, ferramentas para gerir portais e dicas muito interessantes.
  • Edson Oliveira. Ferramentas Lotus.
  • Avi Alkalay. Eu pego carona na sabedoria deles e falo de mais de tudo um pouco. A facção TI do meu blog é agregada no BlogPlex.

Não deixem de conferir.

Cerveja Que Late Não Morde

Ainda da série traduções espetaculares, tem também esta foto de um cardápio onde o proprietário do estabelecimento se preocupou em traduzir algumas palavras para que turistas não se percam. Não sei se funcionou.

Cerveja que late

Juro que não coleciono essas coisas. Simplesmente aparecem na minha frente.

Esta, um amigo que acabou de voltar do Nordeste me mandou. Segundo ele, é do cardápio do restaurante Canion, na praia de Coqueirinhos, localizada ao sul de João Pessoa, Paraíba. Devem ter usado essas ferramentas de tradução online.

Coloque-se no lugar de um turista que não fala português e vai ler este cardápio. Acho que eu sairia correndo.

Please Encrypt Your BitTorrent Client !

Some evil ISPs implement traffic shaping to specifically limit BitTorrent bandwidth. This brings slower downloads to you and your peer.

All modern BitTorrent clients have encryption capabilities but most of them came disabled by default.

Please configure your client to encrypt connections. You will have faster downloads even if your ISP does not limit your traffic, but because your peer’s ISP does that.

By the way, today I started to use the ultimate BitTorrent client for Linux, BSD and UNIX: rTorrent. It is text and console-based, superlight, superfast, runs very well in my K7/192MB machine, accessible from anywhere through SSH and a screen window.

To install it:

Debian: bash$ sudo apt-get install rtorrent
Fedora/Red Hat: bash$ sudo yum -y install rtorrent

To enable encription I added this line to ~/.rtorrent.rc:

encryption=allow_incoming,try_outgoing,enable_retry

Linux no SERPRO

Não é novidade para ninguém que o SERPRO usa Linux massivamente.

Mas só para constar, hoje fui na unidade de São Paulo e logo na recepção, o PC da moça do cracha rodava Linux. Bisbilhotando a tela, vi no taskbar o Firefox, Thunderbird e a aplicação que cadastrava visitantes rodava dentro do Lotus Notes, tudo sobre Linux e KDE.

Na sala de conferências, o PC disponível para os apresentadores também rodava Linux e as apresentações eram esperadas no formato ODF.

Parabéns SERPRO.

Mobile Codes for Increased Productivity

Man, this is the coolest thing I discovered this month.

Before what I am going to show you now, the only ways to transfer data from your computer to your mobile device was to send an e-mail to yourself and read it in your cell, or through bluetooth, or infrared.

There is a new thing (for me) called Mobile Codes (or QR Codes according to Wikipedia, or Datamatrix) that combined with your mobile’s camera and simple software, will let you actually read the content from your computer screen.

OK, lets explain it with some images to make the concept more user-friendly. Look at the following image.

Think Open :: Think Linux

Yes, I know the image says nothing to you, but your camara-equiped mobile device is able to read “Think Open :: Think Linux”.

We can play with more stuff. The URL for this blog post is here (with a note attached):

http://avi.alkalay.net/2007/11/mobile-codes.html

Lets add some semantics. You can directly call an international number as 00551112345678 using the following barcode:

qrcode

Or SMS “Hi, I just discovered this barcodes that will make my life easier” to same number with this code:

qrcode

The Details

Some modern Nokia phones already come with the software needed to decode this datamatrix. For my Nokia E61i to work, I installed on it a free (registration required) program called Kaywa Reader (their site doesn’t list my model so I selected E65 and it worked fine). So I just shoot the software, point my mobile’s camera to the datamatrix and it instantly decodes the content.

To generate this images, I used the QR Code Generator by Winksite and the Nokia mobile code generator. In fact it all started when I found the Nokia Mobile Code website, almost by an accident.

Oh, and there is a handy Mobile Barcoder Firefox plugin to help me transfer URLs from browser to cellphone.

Install in your cellphone and have fun.

The iPhone Accelerometer

A sophisticated mobile device can do more than just play MP3s or make calls.

I had a lunch with a friend that hacked his iPhone to work in Brazil. Many people are doing that (or paying somebody to do it for them) around here. And he showed me something very interesting.

The component that causes the screen to rotate based on the position of the iPhone is called Accelerometer, and it can do much more than that. It can provide programs the spatial position of the device.

Same accelerometers were used in IBM laptops to stop and protect hard drives if the user is shaking the computer too much.

Watch the following video I just made at lunch. It shows an old mechanical game that we all played when we were kids to learn about gravity, control and concentration. Now in the iPhone.

The game objective is to change the angle of the “table” to let the gravity make the ball move to the desired position. Thanks to the embedded accelerometer and fast graphics processor, the game feels very real.

Voltando às Raizes na UNESP Rio Claro

Tive a honra de ser convidado a palestrar sobre ODF no SECCOMP — evento de TI da UNESP Rio Claro. A coincidência é que eu mesmo me formei naquele curso, naquele campus, 12 anos atrás.

Já rodei o Brasil visitando diversas universidades de tecnologia e é bom ver como o nível do curso de Ciências da Computação da UNESP Rio Claro ainda está entre os mais a altos do país, ainda mais nesses tempos em que universidades (particulares) aceitam alunos sem nem sequer prestaram vestibular.

No meu tempo, o campus era conhecido por seu enfoque em hardware e robótica. Hoje os alunos mostravam cartazes sobre diversos trabalhos orientados a Web Services, posicionamento geográfico, aplicações distribuidas, mídia, etc.

Os alunos nem sabiam do antigo e esquecido foco em robótica. Tudo mudou porque entre o meu tempo e os dias de hoje, houve um divisor de águas gigantesco: surgiu a Internet, que aumentou o interesse em padrões, interoperabilidade etc.

A palestra foi sobre o Formato OpenDocumet e muitos alunos já conheciam e estavam engajados nesse assunto. Foi legal conectar idéias de ODF com a Web 2.0, evolução das comunidades e Open Source.

A certa altura, perguntei no auditório quais linguagens os alunos conheciam. Fiquei pasmo em observar que a linguagem oficial ainda é Pascal estruturado. É claro que os autodidatas depois (ou antes) se aventuram por C++, Java e outras.

Mas em pleno 2007, época em que Programação Orientada a Objetos reina absoluta em qualquer ambiente de desenvolvimento profissional, o primeiro contato dos universitários não pode mais ser só com Programação Estruturada. Hoje, POO já tem novos aliados como Programação Orientada a Aspectos e outras.

Isso é na verdade culpa da grade aprovada no MEC ou outras burocracias deste tipo. Para mudá-la, os estudantes devem se unir, tomar a mão dos professores e pedir a mudança dessa grade.

Vamos fundar o movimento Crie Objetos Já !

Android and the Open Handset Alliance

I like this kind of announcements and alliances. Makes me feel that openness and the right things can be successful.

Open Handset Alliance

The Android (formerly GPhone) platform (or parts of it) will compete with Windows Mobile, Symbian, S60, QTopia and other Open Source initiatives as Open Moko.

For developers there is nothing to download yet (expected for November 12).

Currently there is no single mobile platform that makes me truly happy. Symbian+S60 is the most advanced but still very proprietary. Windows Mobile seems to have a great future, and all Open Source initiatives are currently mediocre. Access (former Palm Source) is also going towards Linux but still feels proprietary.

If Android takes off — I mean, in a mature way — we will have the chance to use mobile devices as our computers: installing whatever OS we want.

I wish to welcome the OHA initiative and hope they can learn from the problems and mistakes of the GNU/Linux community to avoid them: ecosystem fragmentation because of too much platform packaging (a.k.a. too many distributions), overall lack of project management with architectural vision, too much religion, lack of true integration between different software components (because there is no real cross architectural vision), and lack of true support from proprietary hardware components manufacturers (a.k.a. lack of descent device drivers).

From the list of alliance members I miss names like Nokia, Red Hat (as a big Java player) and IBM. But I believe this is question of time.

Jogo Sobre !

Adivinha qual é o texto que aparece quando você perde o jogo Brick Breaker em um Blackberry 8700 configurado em Português ? Blackberry 8700

Vou dar outra chance, para você ver mais de perto.

Se te pedissem para traduzir “Game Over” ao pé da letra, palavra por palavra, o que você diria?

Jogo Sobre !

Game Over:Jogo Sobre

Apesar do FUD na Mídia, ODF Está Vencendo

Graças a algumas notícias rasas e um tanto irresponsáveis que andaram saindo na mídia brasileira e internacional sobre um tal “abandono do ODF pelos seus criadores”, algumas pessoas ficaram confusas. Saibam que é tudo distorção de fatos.

Aconteceu que a OpenDocument Foundation, que não criou o ODF, começou a se interessar por uma tecnologia do W3C chamada CDF, que é interessante mas bastante imatura ainda. Fiz uma análise mais técnica no post anterior.

Jomar — o homembit — da ODF Alliance Brasil também fez alguns comentários em um artigo na SoftwareLivre.org e em seu blog.

Nos e-mails que andaram circulando por aqui sobre o assunto, um bem interessante foi o do Roberto Salomon, integrante ativo da ONG BrOffice.org, que me liberou um Ctrl-C+Ctrl-V para cá.

De: Roberto Salmon (Arquiteto de TI na IBM Brasil e integrante do BrOffice.org)
Data: 05/11/2007 15:03
Assunto: Re: ODF abandona apoio a padrão próprio

Li essa notícia mas não fiquei tão surpreso quanto outros com a súbita mudança de opinião da OpenDocument Foundation. Em especial com o novo posicionamento do Gary e do Sam (com quem troquei muitos e-mails no passado). Acho que no novo posicionamento reflete um ressentimento pessoal e não uma posição técnica.

Apesar do nome, a OpenDocument Foundation foi criada para acobertar um projeto comercial que seria constituído no plug-in “DaVinci” que seria capaz de dar ao MS Office a capacidade de ler e gravar arquivos ODF de forma transparente e com total fidelidade de formato. Este plug-in foi anunciado, alardeado mas nunca mostrado e nem teve o seu código liberado.

Em pouco tempo, no entanto, o Sam descobriu que não havia financiadores disponíveis para custear o projeto. Os grandes, em especial a Sun, ou se posicionavam por um modelo 100% ODF nativo ou produziram seus próprios plug-ins. Estas ações derrubaram a possibilidade da OpenDocument Foundation se estabelecer como a referência para a conversão de documentos.

Apesar do nome, a OpenDocument Foundation nunca foi uma organização oficial do ODF. Lembre-se que o padrão é mantido pelo Consórcio OASIS e não pela fundação.

A declaração do Gary, citada como sendo “A verdade é que o OpenDocument nunca foi concebido para atender às exigências de mercado”, na verdade foi a de que o ODF não foi pensado para atender às exigências de interoperabilidade impostas pela Microsoft com a sua “convergência” para o OOXML. Isso é fato. A função do ODF não é ser compatível com o MS Office, na verdade, o ODF deve ser implementado por produtos e não se dobrar às peculiaridades de cada fornecedor de software.

Dizer que o ODF reflete a maneira como o OpenOffice.org faz as coisas é no mínimo desconsiderar os anos de discussão onde Boeing, o Estado de Massachussets, IBM, Sun e outras entidades definiram o que hoje é o ODF.

Infelizmente, acho que esta nota é o canto do cisne de quem já foi um grande incentivador mas que resolveu sair atirando por não contar mais com apoio nem da comunidade nem das empresas que um dia lhe deram atenção.

Só complementando, o Rob Weir tem um comentário que vale a pena no seu blog: http://www.robweir.com/blog/2007/10/cracks-in-foundation.html

Um apelo à mídia: por favor exercitem sua responsabilidade tradicional que sempre demonstraram e pesquisem mais sobre o assunto, ouvindo outras fontes e outras opiniões antes de escrever algo tão sensacionalista como aquela matéria.

ODF versus CDF

There are some news popping on the web about ODF to be substituted by W3C’s Compound Document Formats.

Read them carefully, read other sources too and try to understand first before making assumptions.

Entities like OpenDocument Foundation are switching opinions in a quest for some sort of Universal Format, that still doesn’t exist, promoting CDF.

CDF is a W3C specification about mixing various XML idioms in one document. Things like SVG or MathML inside XHTML, etc. It is a good thing and an inevitable consequence of XML per se.

In my opinion, CDF is more suited to be used in web browsers and online. Some of its sub-specifications are still unifinished or incomplete — as CSS3, required for essential things like pagination.

The most irritating statement by OpenDocument Foundation is a chart from their site that says some several bizarre things:

  • OOXML would be compatible with legacy MS formats. If they can explain how a textual XML format can be compatible with a binary-only one I can accept it. Well, I won’t because I know they can’t.
  • CDF would be compatible with legacy MS formats. This is even worse. While a OOXML document may have same structure as its MS legacy binary equivalent, CDF is still completely different, built on top of technologies created for completely different purposes. If even OOXML can’t be compatible, CDF for sure isn’t compatible too. This is just a CDF-overselling incorrect argument.
  • ODF does not have an interoperability framework. What an “interoperability framework” means for people that does not even understand what is compatibility? In the Open Standards era, the proper use of them is already a simple path to interoperability. Want more sophisticated ways? Build tools around these Open Standards and you are done.
  • CDF would be big vendor-independent. That’s OK if W3C wants to stay independent. But CDF will go nowhere if no big vendor adopts it. And to be a real viable alternative to ODF it must prove its value to these big vendors.
  • ODF does not converges desktop, server, web and devices. Just one example that kills this argument is Google Docs. They are making a good (server) job letting (web) users upload, edit, maintain and download ODF documents. Google Docs is starting to be available for mobile devices too.

There are some people playing with CDF, mostly developers. Nice articles can be found in IBM developerWorks about it.

A successful format also needs user friendly software that implements it, cause I don’t expect my mother to write rich CDF docs in Notepad. That’s were the importance of OpenOffice.org (and all its derivatives) appear to help the ODF ecosystem.

So yes, use CDF to make great standards-oriented web pages, instead of proprietary Flash or Silverlight. But to say that CDF can be a universal format for office applications and documents is to overload the technology a little bit.

iPhone no Brasil

Parece que o iPhone está invadindo o Brasil. Não há acordos comerciais entre Apple e AT&T que segurem o desejo das pessoas por objetos de desejo. E cá entre nós, o iPhone é um objeto de desejo responsa.

Já vi alguém ostentando um em um restaurante, outro de um amigo arquiteto que comprou nos EUA e mandou desbloquear por R$200.

E hoje mesmo no trabalho um aficionado me mostrou seu novo iPhone de 8GB que comprou por US$299 e desbloqueou sozinho com um certo software chamado anySIM. Contou que há alguns métodos de desbloqueio, todos gratuitos. Há também um tipo de serviço pago que garante desbloquear sempre que houverem atualizações de firmware.

Na hora do almoço flagrei uma colega nada geek saindo do elevador com um iPhone na mão. Certeza que foi o marido geek dela que desbloqueou.

Não é a toa que o primeiro presidente da IBM — Thomas Watson — já dizia “Good Design is Good Business” incentivando edifícios com boa arquitetura etc. A Apple investiu todas as suas fichas em usabilidade e produtos muitíssimo bem acabados e conquistou o mundo.

Semanas atrás foi anunciado que a Apple atingiu um valor de mercado maior que a própria IBM.

Tourism in Croatia

Some relatives just came back from a trip in Portugal and Croatia.

About Croatia, they said was impressive and unexpected. Cities are wonderful, beaches are great and people are beautiful. Everybody speaks Italian and English as second languages.

Croatia in the map.

The say the best trip is to rent a car in Italy and drive south-east through the shore into Croatia.

Sorveteria Frutos do Cerrado em Goiânia

Depois você me diz se isso é uma dica quente ou bem gelada.

Passando por Goiânia, não deixe de visitar a Sorveteria Frutos do Cerrado. Começaram fazendo picolés caseiros de frutas da região e acabou virando uma cadeia de lojas.

O sorvete é excelente, feito com muita polpa da fruta. O de graviola foi o mais lotado de graviola que já provei. Há também o de gabiroba, pequi, buriti, jaca, cajá com sal e outras frutas que nunca ouvi falar. Provei também um Romeu e Julieta feito com queijo mesmo. Bem interessante.

Ainda bem que vi a sorveteria em um dia e fui conhecer só no outro, preparando-me com um jejum de almoço a fim de traçar uns 8 picolés. A sorveteria é mesmo um ponto turístico.

Além do mais, Goiânia está muito bonita. Flamboyants frondosos e floridos disputam espaço com centenas de mangueiras carregadíssimas. O povo é aberto e simpático e as mulheres são lindas e de tirar o fôlego.

Vale uma visita, principalmente se você for solteiro.

NO Gimp, YES Picasa

While all Linux blogs are talking about new Gimp 2.4, I’m very happy with Picasa.

Yes, I know they have different purposes but Picasa does everything I need with my photos. It is intuitive, powerful, extremely easy to use, fast and nice.

You may say F-Spot is the OSS equivalent but I couldn’t spend more than 15 minutes using it before giving up.

Thanks to Picasa, my last trip photos are really shining, much more than previous Kuickshow+Gimp combination of tools, much faster too.

And did I mention they also provide a Linux version for Picasa ?

Um Dia de Caos Aéreo

Acordei pouco antes das 6 da manhã, engoli o café e desci para encontrar com o taxista marcado às 6:50.Pegamos um trânsito caprichado e chegamos 7:35 em Congonhas.

O vôo da Varig sairia às 8:35 para pousar 9:20 em Santos Dumont. Vôo curto e rotineiro. Mas Santos Dumont estava fechado por mau tempo no Rio e o avião que nos levaria estava preso lá.

Colocaram-nos no primeiro avião possível e finalmente decolamos umas 9:45 para pousar no Galeão.

Minha agenda era uma reunião preparatória de manhã na IBM para deslanchar um projeto na reunião da tarde em outro lugar. Atrasar a primeira não era o fim do mundo. A segunda era a importante.

No Rio só chuva, não daquelas de cair o mundo, mas das que chove constantemente por horas sem fim. Alagou tudo, fechou o túnel Rebouças e a cidade parou. Por telefone, alguns cariocas me disseram que aconselhavam não sair de casa.

A Varig anunciou que um ônibus nos levaria do Galeão p/ Santos Dumont, mas não vi nenhum sinal. As companhias de táxi de guichê exibiam uma placa escrita à mão: ESTAMOS SEM CARROS. A fila do táxi de rua no desembarque estava cheia de gente e desolada de carros. Eu que sou manjado de aeroportos subi até o embarque e esperei 1 minuto até um dos táxis amarelinhos descarregar alguém.

Às 11h estava saindo do Galeão rumo ao Botafogo.

Combinei o almoço por telefone mas gastei 1h no carregado trajeto entre a Ilha do Governador e a Praça da Apoteose, perto do centro do Rio. Das vias elevadas via-se várias ruas alagadas e carros parados. O rádio, de tempos em tempos, dava informações desesperadoras sobre o trânsito.

Perto do centro me avisaram que a reunião foi cancelada por causa do caos. Ter acordado de madrugada, tomado vôo, gastar mais de hora no trânsito, ficar sem almoço, de repente ficou sem propósito.

Pedi ao taxista dar meia volta e me levar de volta ao Galeão. Ainda bem que não havia trânsito para voltar.

Cheguei no aeroporto umas 13h, pedi para me colocarem no próximo para Congonhas e 13:40 estava com o bilhete das 14h na mão.

Almocei um Cheetos enquanto passava pela fila da segurança extremamente ineficiente da Infraero do Galeão. Formavam fila única a metros de distância e seguravam as pessoas enquanto cada passageiro era atendido. Durante os metros de caminhada da boca da fila à boca do raio-X, o segurança, seu auxiliar e a máquina ficavam ociosos. Some esses segundos ao final de um dia e terá horas de diversos desperdícios.

No gate, o vôo já tinha saído e começou um pequeno tumulto porque diversas pessoas não ouviram o chamado. Íamos pegar o próximo que pousaria às 14:30 mas que só pousou umas 15 e pouco.

Enquanto isso, fui traçar o pior sanduíche natural de atum de todo o universo conhecido. Era só maionese e pão velho por R$5,50.

Acabamos embarcando só umas 15:40. Seguraram mais um pouco o avião para pegar os passageiros de uma conexão de Caracas o que aumentou ainda mais o nervosismo de algumas pessoas cujo vôo original era às 7:10 da manhã.

Quando todos estavam embarcados e acomodados, o comandante anunciou que Congonhas — nosso destino — havia fechado por mau tempo. Então alguns cariocas desistiram e saíram do avião. Sorte deles que ainda não tinham saído de sua cidade.

Pessoas gritavam sugerindo descer em Cumbica, mas minutos depois o vôo foi liberado para Congonhas. Vai entender. Decolamos 16:40.

Pousamos 18:05 porque ficamos uns 40 minutos dando voltas no ar esperando liberação de Congonhas. Pessoas que tentavam vir para São Paulo desde cedo puxaram palmas aliviadas ao encostarmos na pista molhada do aeroporto.

Em casa mesmo só cheguei às 19h, 13 horas inúteis depois de ter acordado.

O saldo é de quase R$600 de passagem, uns R$160 de taxis, muito saco cheio e doses consideráveis de junk food. Tudo isso para nada.

É fácil botar a culpa no mau clima. Mas se existisse metrô nos aeroportos a reunião não teria sido cancelada e nem eu nem as outras 5 pessoas que vinham de outras partes do país teriam perdido viagem. Não teríamos sido vítimas do trânsito.

O saldo positivo foi ter encontrado diversos conhecidos em todos os aeroportos, inclusive uma velha amiga querida, que estaria no mesmo vôo ao Rio se não tivesse atrasado tanto a ponto de ela perder sua reunião, e nem embarcar. E as infindáveis horas em táxis valeram a pena quando botei em dia a conversa com amigos. A outra coisa que compensou é que entre uma espera e outra, provei o milkshake do Bob’s que um amigo tomava, de maçã com canela, melhor que o clássico — e único que conhecia — Ovomaltine.

De resto, o meu dia foi pro brejo.