Panettone ou Chocottone

— Avi, você gosta mais de panettone ou chocottone?

— Eu gosto igual dos dois.

— Ah, eu já prefiro panettone mesmo. Se eu tivesse que escolher eu sempre escolheria panettone.

— Então, se eu tivesse que escolher eu deixaria prá outra pessoa escolher, prá não ter que lidar com a perda da outra opção.

Terrorismo e o silêncio do presidente

24 horas depois e nem 1 palavra sequer do presidente da república repudiando os atos terroristas em Brasília.

Nem 1 palavra de repúdio sequer também do diretor da PF, Márcio Nunes de Oliveira.

Do ministro da justiça, Anderson Torres, só tweets dúbios e amenos.

Se for capaz, justifique para mim que esse presidente, ministro e diretor não têm sonhos e desejos golpistas.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/12/bolsonaro-divulga-mensagem-dubia-em-evento-militar-e-silencia-sobre-vandalismo.shtml

Clientes sempre ativos

No caixa, na hora de pagar uma roupa, já foram fazendo meu cadastro. Nome, CPF, e-mail, celular, aniversário.

— Precisa mesmo de tudo isso, moça?

— É que fazemos umas promoções, aí prá você ficar sabendo.

— Mas aí vocês vão me pagar para eu receber suas propagandas? Costumo cobrar por essa audição.

Ela fechou a cara com um sorriso azedo e simplesmente só cobrou o item comprado.

Marketeiros que me perdoem, mas essa mentalidade de manter o cliente sempre ativado e desejoso, sempre informado sobre as coisas que ele nem sabia que precisava, é um câncer na nossa sociedade, na minha opinião.

Eu não quis ser rude com a moça, só irônico mesmo. Mas é que esse incentivo ao consumo sem fim tem implicações terríveis sobre a nossa existência neste planeta, eu não sou ingênuo quanto a isso e nem pretendo ser conformado ou leniente.


https://facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0Ate7fEEC8qAyib7WULt4kyK9AFDbuSgqCzMH6YRGRKiCvueGd9Hicaz4zqnZmBaVl&id=543888243

Dicas para tirar Bilhete Único

Baita conquista dos meus filhos que agora têm Bilhete Único para facilitar circularem por São Paulo com transporte público — ônibus e metrô, com desconto nas baldeações e integrações.

🟢 Para emitir o BU, preencha o cadastro no site da SPTrans enviando foto e validando e-mail.

🟢 Crianças que moram há mais de 2km de distância da escola têm direito ao bilhete de estudante cujas passagens saem pela metade do preço ou de graça. Informe-se na escola.

🟢 Aí pegue o plástico de graça em algum terminal de ônibus urbano da cidade. Só precisa levar documento com foto. Tem terminais na cidade toda; o que fica na estação Santa Cecília do metrô é o mais perto da minha casa.

🟢 Aí adicione crédito quando e quanto quiser, pagando boleto que você emite em outro serviço da SPTrans sem taxas extras. Ou, com taxas extras, via alguns intermediários privados. Meus jovens pré-adolescentes fazem isso eles próprios, pagando o boleto com a app do banco — eles já têm conta bancária.

⚠️ Se perder o cartão do Bilhete Único, a SPTrans te emite outro ao custo de 7 passagens de ônibus. Trate de não perder!

🔷 Dica extra, só para metrô: caso esteja sem seu Bilhete Único, ou sem crédito e também sem dinheiro vivo (eu nem sei mais o que é isso), você pode comprar passagem de metrô, na hora, por Pix, interagindo com o número +55-11-3888-2200 por WhatsApp. Assim que pagar o Pix, o robô de atendimento te manda um QR via WhatsApp para passar na catraca.

Esses sites da SPTrans são meio chatinhos de usar pelo celular, mas os serviços funcionam direitinho.

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7 caminhos para a Felicidade

Estudo de longuíssima duração apontou os 7:

1️⃣ Exercício aeróbico

2️⃣ Espiritualidade (que pode andar junto, mas é diferente de religião) para canalizar sentimentos de gratidão, compaixão e paz

3️⃣ Experimentar coisas novas

4️⃣ Voluntariado e dedicação ao outro

5️⃣ Manter negatividade longe

6️⃣ Conexão com pessoas

7️⃣ Álcool sem exagero

https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2022/11/os-7-habitos-que-devemos-incorporar-no-dia-a-dia-para-sermos-mais-felizes-de-acordo-com-estudos-de-harvard.ghtml

Ad Guard bloqueador de propaganda

Em todos os meus navegadores, celular e laptop, eu uso o Ad Guard para me livrar de propagandas e rastreadores indesejados. Ele também elimina popups e paywalls de vários sites. Já usei diversos outros ad blockers e este achei o melhor. A internet fica muito mais leve com ele. Ninguém me pagou para falar nada disso; recomendo porque acho muito eficiente e essencial.

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0ELc1aK9XytmvL4xpU8KkhFnNYoTyK5RCNnDKvJBrxCDfGeYsSmyWyjgdKvR8142Tl&id=543888243

Nilo × Amazonas

Tati acabou de voltar do Egito 🇪🇬 e conta as maravilhas do Rio Nilo, como é majestoso, surpreendentemente limpo — mesmo com o caos do Cairo nas suas margens —, e como é caudaloso e um pouco mais largo que o Rio Tietê na cidade de São Paulo (rio abaixo, perto de Santa Maria da Serra, o Tietê é bem mais largo).

Lembro que anos atrás discutia-se qual rio era o maior do mundo, o Nilo ou o Rio Amazonas. Essa conversa mole acabou da noite pro dia quando alguém lembrou que ficar medindo comprimento de rio era pura bobagem porque o Amazonas é algumas centenas de vezes mais largo que o Nilo e transporta não sei quantos zilhões de litros a mais de água.

Só o Rio Tapajós, um dos afluentes do Amazonas, tem 14km de largura (quatorze quilômetros de largura) em seus últimos 220km antes de desaguar no, ainda maior, Rio Amazonas. É uma piscina oceânica de 14×220≈︎3000km²︎ de superfície, só um trecho, só do Tapajós.

Não tem prá ninguém contra os rios do Brasil. Sensacionais esses rios do nosso planeta, sobretudo os brasileiros.

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Filtre propagandas do Uber

Na app do Uber, vá em 👤Conta ➔ ⚙️Ajustes ➔ 🟡Privacidade ➔ 🔴Notificações e deixe só o último ligado.

Assim você pára de receber as propagandas irritantes deles, só recebe as notificações de suas corridas.

Repare que a função mais importante para o usuário é a última da lista. E as 3 primeiras são só as bobagens dispensáveis deles. Depois é “usuário em primeiro lugar”. Sei.

Isso não é sorvete

No supermercado todas as opções de sorvete são “oleína de palma”, “gordura vegetal” e “pó saborizante sabor iogurte”, até nas marcas premium que demonstram forte associação com leite. A única excessão é 1 marca, importada, de nome que remete aos Alpes, com preço 11 (onze) vezes superior. Eu sai sem levar nada.

Esse abismo de opções intermediárias não é escassez de bons ingredientes. É falta de regulação sobre o que é “sorvete”. E sem regulação, fabricantes fazem escolhas estratégicas e uso intenso de método e ciência — tecnologia de alimentos, análise de dados, marketing e merchandising — novamente, não para melhorar produtos, mas para aumentar lucro dos fabricantes.

Eu não tenho nada contra lucro. Mas a que custo?

Algumas palavras na lista de ingredientes não são conhecidas pelo meu corretor ortográfico. Vai ver que é aí que reside a inovação desses produtores: inovam em formas de enganar o consumidor.

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Luminária que é uma belezura

Uma belezura de luminária que eu quase comprei prá minha filha ler. Sem fio, luz regulável, recarrega por USB, baixo consumo, tem até alto-falante bluetooth embutido. R$120.

— Que show, moço. E comé que troca a lâmpada?

— Não troca. É prá descarte quando queima.

— Ela toda?

— Tudo, com bateria, 400g de plástico, alto-falante, lâmpada queimada e tudo.

E assim devolveremos aos nossos filhos um planeta com uma pilha de lixo descartável e tóxico prá eles viverem.

Como é que deixamos isso acontecer?

Ele não tinha nenhuma outra opção para iluminação de cabeceira. Loja de iluminação.

Eu não comprei.

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Má política e patrocino comercial

A marca Puma patrocina o jogador Neymar. Mas Neymar declarou apoio a um político condenado por crimes contra a humanidade (link nos comentários), conhecido pelo seu sadismo e elogios à tortura e que, nem veladamente, apoia, por exemplo, desmatamento ilegal.

Como fica a situação da Puma que é a 2ª empresa têxtil mais sustentável do mundo?

Artigo intrigante de Rodrigo Tavares na Folha de São Paulo.

https://www1-folha-uol-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www1.folha.uol.com.br/amp/colunas/rodrigo-tavares/2022/10/quem-devemos-boicotar-neymar-ou-a-puma.shtml
https://www.linkedin.com/posts/avibrazil_opini%C3%A3o-rodrigo-tavares-quem-devemos-boicotar-activity-6983794916590010368-BT0i

Biometria facial nos aeroportos

Por que o Serpro e os Aeroportos do Brasil adotaram biometria facial ao invés de leitor de dedo?

Porque o leitor de dedo, como sabemos, é anti-higiênico, dissemina doenças e fluidos indesejados. E porque o seu rosto é a informação mais pública que você possui. É como se houvesse alguém com memória facial infinita reconhecendo pessoas na fila, só de olhar para elas.

Além do mais:

[…] os viajantes poderão optar entre o sistema [biométrico] e os procedimentos tradicionais de check-in e embarque, que continuam disponíveis.

Não sei vocês, mas eu jamais registro ou uso meus dedos em catraca de prédio comercial. Da perspectiva de segurança da informação aquilo é um engodo, além de ser bem nojento. A única excessão que faço é em governos e para documentos, por ser situação não-banal e que se faz uma única vez.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/08/como-funciona-a-ponte-aerea-com-embarque-biometrico-entre-rio-e-sao-paulo.shtml

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Um sonho de verdadeiro poder

Sonhei que minha consciência de 48 anos de idade foi passar um tempo no meu corpo e na minha vida de 13 anos de idade.

Eu era plenamente consciente desse fenômeno incrível e achei uma linda oportunidade de assistir e observar minha vida de pré-adolescente, minha relação com minha mãe, meu pai e minha irmã. Eles ainda não tinham chegado em casa, só estava lá o Djavan e eu tinha hora marcada na ginástica, essas coisas malucas de sonho. Fui pro meu quarto, vi meu velho computador (que nem lembro se já tinha naquela época) e senti o frenesi de reusá-lo prá achá-lo frugal. Peguei um short para vestir, vi algumas das minhas roupas de adulto no meu armário de 1986 e pensei “puxa, as tenho desde então?!”. Eu estava ansioso por aquela experiência transcendental, mas aí o sonho acabou logo quando sai prá ginástica.

Quando acordei contei o sonho prá Tati e fiquei pensando na dualidade entre nossa vida material e espiritual. Onde temos sabedoria superior na vida espiritual, mas encarnamos na vidinha da Terra. No meu sonho, a minha consciência superior conferia serenidade, leveza, poder e sensação de oportunidade para a minha vida juvenil na Terra.

É esse sentimento que quero para a minha vida.

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O arrasto sem fim das séries de TV

O arrasto sem fim das séries de TV

O arrasto sem fim das séries de TV

Então serão 28 horas da minha vida que eu não vou sair prá conhecer lugares novos, nem ler, nem assistir documentários, nem assistir 14 filmes diferentes de conteúdo mais edificante, nem ouvir música, nem ir a shows, nem tirar sonecas. Serão 28 horas sequestradas do meu ócio, longe dos meus hobbies para assistir os 36 episódios em 4 temporadas dessa série (Stranger Things) com a minha filha.

E pior é que sei que vou gostar pois é feito pelos melhores profissionais do mundo, que usam todas as artimanhas para arrastar o episódio quase todo de forma insossa até atingir o clímax bem na hora que ele vai acabar, prá fazer você querer assistir o próximo episódio. A troco de que?

O que a gente não faz por esses filhos…

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Os melhores sorvetes que tomei (até hoje)

Os sabores de sorvete que mais me marcaram são:

  • Bacuri, da sorveteria Cairú no Pará
  • De Milho Natural (natural, na-tu-ral, sem essências) do Rei da Pamonha, nas estradas paulistas
  • Fantasia de Laranja da Sotto Zero, quando eles eram bons
  • Coco 🥥 espumante na Bahia, que não é bem sorvete, mas funciona igual. Água de coco gelada batida com carne de coco verde congelada. Só, sem açúcar nem nada. Fiquei chocado como demorei décadas para descobrir essa simples iguaria.
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Correlação é diferente de Causalidade!

Correlação é diferente de Causalidade!

Correlação é diferente de Causalidade!

Apesar da RELAÇÃO entre a posição do gato e o telhado amassado, o bom senso sabe que o gato não CAUSOU o amasso. O bom senso aqui vem do conhecimento que todos temos sobre o peso de gatos e a dureza de metais.

Bom senso é fruto de dados analisados, conhecimento, sabedoria, luxos que nem sempre estão disponíveis. Não para qualquer assunto, menos disponíveis ainda para assuntos longínquos, complexos e novos.

Fake news e “narrativas” mirabolantes exploram astutamente essa falta de dados e conhecimento das pessoas com o objetivo de fabricar uma causalidade na cabeça delas — “isto acontece por causa daquilo” — quando na verdade mal existe uma relação.

Agora imagine que você acabou de chegar no planeta, não conhece peso de gatos e tem a impressão que esses telhados são feitos de papel, pois aparentemente amassam como papel. Imagine que alguém adiciona um “malditos gatos” à imagem e que você recebe isso repetidas vezes, de formas diferentes. É bem provável que você comece a odiar os gatos “POR CAUSA do mal que fazem”. É assim que funciona nosso viés — começa com falta de informação — e é esta a fraqueza humana explorada por notícias falsas e memes em geral.

Cientistas de dados, estatísticos, economistas e pessoas que estudam fenômenos naturais e sociais, sempre, SEMPRE, precisam se lembrar que correlação observada não implica em causalidade para não cairem na armadilha do viés, que leva a conclusões erradas.

A foto do gato apareceu neste tweet: https://twitter.com/packetlevel/status/1451584653748408323

Mais correlações espúrias aqui:

https://tylervigen.com/spurious-correlations

https://pt.wikipedia.org/wiki/Relação_espúria

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Canção Um Índio, de Caetano

Esta canção voltou à minha cabeça creio que por causa das coisas que ando lendo sobre mudança climática, decadência social de grande quantidade de pessoas etc.

Fala de uma Terra depredada pela civilização e aí vem um índio-messias que deixa todos atonitos por falar e fazer nada mais do que o óbvio.

Uma pessoa — Caetano Veloso — que escreve uma letra profética como esta, já em 1976, 45 anos atrás, merece todo o meu respeito.


Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada
Das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto, em cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

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Cuide de suas finanças

Quando sai da CI&T (grande empresa) uns meses atrás, mandei um e-mail de despedida pros colegas que tinha este trecho:

Prá fechar, eu queria deixar aqui um conselho bem anti-trabalho. Sobre dinheiro, gaste seu tempo de maior valor (depois de família, viagens, amores etc) cuidando de seus investimentos financeiros. Aprenda a operar na bolsa de valores, aprenda sobre taxas de juros, rentabilidade, arriscar um pouco com criptoativos, montar um portfolio rentável com risco balanceado. Não terceirize isso para os bancos de investimentos. No longo prazo, são essas coisas — e não exatamente trabalho eterno — que vão garantir uma aposentadoria tranquila para você. Quanto antes começar, melhor.

Conta de padeiro: se você cuidar direitinho de seus investimentos, se fizer rendimento médio de 7%, 10% ao ano, em 10 ou 12 anos você dobra o seu capital. Se começar cedo, antes dos filhos nascerem, até chegarem a idade adulta você quadruplica seu capital. Se deixar os bancos de investimento cuidarem de suas finanças, você renderá só uns 3% ao ano.

Pense nisso.

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Meus Alunos de Dados

Que satisfação ver meus alunos da Digital House ingressando em novas empresas, em cargos de dados.

Como eu vivo dizendo a eles, Dados é uma oportunidade continental, equivalente a descoberta do Novo Mundo em 1492. E é também como sexo de adolescente: todo mundo diz que está fazendo, mas na verdade ninguém, praticamente ninguém mesmo, está fazendo direito.

E é essa geração de profissionais de dados que farão acontecer.

Mãos à obra!

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Zona de Conforto ou Empreender?

Numa discussão ali argumentavam que a pessoa precisa ganhar dinheiro o suficiente para passar a ser um empreendedor, para sair da zona de conforto, para sempre evoluir.

Não posso concordar menos com isso. Qual é o problema com a zona de conforto? É o ministro da economia que quer que tudo sempre evolua, não o indivíduo. Por que não seria válido a pessoa ganhar dinheiro suficiente para levar uma vida confortável sendo meramente empregada numa empresa?

Empreender envolve muita responsabilidade e dedicação. Isso certamente te remunera no médio prazo, se você também tiver sorte. Mas é incrivelmente estressante, tira sua tranquilidade e não deve ser a única forma de ter uma boa vida numa sociedade avançada da nossa era.

As pessoas querem viver em paz, viajar com os filhos, estender os finais de semana, ter dias de folga, consumir cultura, cuidar da saúde, dormir bem. Empreendedor estressado e que “sempre busca evoluir” tende a não ter nada disso nos anos bons de sua vida.

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Como Escolher e Comprar um Laptop

Como Escolher e Comprar um Laptop

Um laptop funcional, poderoso e elegante para a maioria das pessoas custa em torno de $1000. Um MacBook da Apple nessa faixa de preços deve atender bem 95% das pessoas: navegar na Internet, editar documentos, editar fotos/videos/multimídia simples, assistir a filmes/videos, jogos comuns e ter bateria de longa duração. Mas se você quer ir de Windows, prepare-se para atravessar a nado um oceano de ofertas confusas que fabricantes despejam no mercado em seu esforço para se diferenciarem para conquistar clientes, com características que o consumidor poderia dispensar.

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Se eu fosse rico

Todo mundo quer ser rico e eu também.

E aí numa conversa descobri que meu ideal sagitariano e estóico de riqueza não é muito comum.

Prá começar, carro de luxo nem pensar. Prá que continuar preocupado com multas, batidas, lugar prá estacionar, depreciação? Quando eu for rico, só vou andar de táxi. Atravessar a cidade prá visitar a irmã? Táxi. Viagenzinha pro interior com a família? Táxi. Prá ver a paisagem, ler, conversar, cochilar.

Refeições eu faria em restaurantes. Todas as 3 refeições do dia. Todos os dias. Nunca mais me preocuparia se tá faltando ovo e brócolis e nem se as coisas na geladeira já vão estragar. Louça suja não existiria para mim. E o melhor: nunca mais teria que pensar 3 vezes ao dia o que preparar para as crianças comerem. Eu quero é ver o cardápio. Mas aí eu seria tão rico que também teria nutricionista prá prestar serviço ao vivo de montar refeição saudável e balanceada em todos os lugares que fossemos comer.

Cobertura? Casa de luxo? Faço nenhuma questão porque ainda teria que me preocupar com decoração que impressione amigos, manutenções sem fim, despensa de comida e material de limpeza, o que acumular e o que jogar fora. Quero não. Eu moraria em hotel mesmo. Cinco estrelas, claro. Tipo suíte do Copacabana Palace ou do Tangará, que já provei e aprovei para morar longas temporadas. Enjoei da decoração, do bairro, da cidade? Fácil, é só pagar a conta e ir a outro hotel. Ou resort. Ou outro lugar com serviço completo, daqueles que você sai para tomar café e volta e já tá tudo arrumado e dobrado.

“Ah, mas alguma hora cê não vai querer voltar prum canto que é só seu?” Não. Entendo que “voltar” presume “ter ido embora”, e creio que nunca fui embora de mim mesmo. A nossa morada somos nós mesmos, né não?!

“Ah, mas onde você vai guardar suas coisas?” Na nuvem e numas 2 malas de roupas, ou menos. O resto das coisas eu abriria mão imediatamente por esse estilo de vida desprendido e sem planejamento.

“Ah, mas aí cê estraga os filhos”. Verdade, eu precisaria pensar melhor nessa parte, mas dá uma preguiça…

Dizem que eu tenho uma concepção de pobre sobre essa riqueza pretérita. Chame do que quiser, eu só não quero compromissos, responsabilidades, ter que fazer compras, contratar manutenções para eletrodomésticos etc. Desprendimento seria o centro. Até a própria riqueza seria um acessório só para viabilizar conforto e mais desprendimento.

Pronto falei, podem jogar as pedras.

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Diversidade, mulheres e homens no trabalho

Se homens nadam e mulheres voam, não vamos esperar que mulheres queiram nadar e vice-versa.

É inegável que mulheres e homens são diferentes. Eu não sei como e porque isso acontece. E me é difícil entender se essas diferenças (ou partes delas) são causadas pela sociedade e ambiente (preconceitos) ou se são naturais. Só sei que não podemos mais tolerar as diferenças causadas claramente por preconceitos, enquanto devemos sim estimular e aproveitar diferenças naturais para que cada ser humano realize o máximo de sua natureza e potencial.

Tudo isso também se aplica a outros tipos de diversidade. LGBT, PcD, grupos étnicos etc.

— extraído de comentário que escrevi num post da colega Cintia Barcelos

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Nação dos Nômades Digitais

Me colocaram num grupo de nômades digitais cujas discussões são nada menos que absolutamente inspiradoras.

São pessoas desprendidas e provavelmente sem filhos que têm profissões que levam de forma remota, pela Internet, e que passam a vida viajando.

Discutem se os próximos meses devem passar nas Maldivas, Tenerife ou Tailândia. Contam o paraíso que foi tal e tal lugar onde ficaram N meses.

Não é algo novo, mas a cultura do trabalho remoto recebeu o aval maior pela pandemia e a Nação dos Nômades Digitais deve crescer nos próximos anos.

Claro que algumas coisas ajudam: ter renda em moeda forte — para pagar barato por produtos e serviços em lugares distantes do planeta —, ter um trabalho que permite essa situação — ou ser rico mesmo — e não ter filhos — para ser desprendido e ganhar agilidade para ir e vir.

Mesmo achando que já vivo no paraíso, preciso confessar que esse modo de viver me atrai e faço planos secretos de catar a namorada e virarmos nômades assim que os filhos alcançarem a alta adolescência.

Alguns lugares que eu voltaria ou passaria com prazer uma temporada:


Hibiki, Tashkent, Nova York, interiorizão dos EUA, Piemonte, Tenerife, Hamburgo, Carolina do Norte em maio, Addis Abeba, Ibiza, Belém do Pará…

E você?

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Achados e perdidos na praia de Calhetas

Ontem eu perdi na praia chave do carro, chinelos e máscara de mergulho.

A chave achei metros de distância embrulhada numa toalha nada a ver.

Os chinelos, depois de ½ hora procurando desesperado, o amigo me diz que foram usados prá marcar os limites do gol 50m prá lá. E tavam lá mesmo, enfiados bonitinhos na vertical na areia.

A máscara de mergulho a onda me levou num belo dum caldo que arruinou os planos de snorkeling. 3 horas depois a maré trouxe de volta e meu filho achou.

Na volta encontrei a redenção no sorvete de doce de abóbora com coco no Rocha de Maresias.

Praia linda, dia perfeito, final feliz.

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Sonhos de uma viagem pós-pandemia

Saudade de uma bela viagem de férias. Se a pandemia nos ancora em casa, podemos pelo menos lembrar as passadas e planejar as próximas. Abaixo estão as memórias de algumas viagens que fiz e farei. Quero me inspirar com as suas também.

Saudade de férias em hotel de luxo de alguma praia europeia, Biarritz (que só passei num dia de chuva), Noli na costa da Ligúria, ou a que fiz em Sitges na Cataluña, mesmo que a trabalho. Ilha da Madeira, Tenerife, Ibiza, me aguardem!

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Leitor de dedo não

Podemos agradecer ao virus corona por ajudar a erradicar os leitores de dedo para uso banal como catraca de academias, recepções de prédios comerciais e residenciais etc. Eu nunca relei meus dedos nesses leitores e você deveria fazer o mesmo, pois da perspectiva de Segurança da Informação aquilo é um engodo. E da perspectiva de Higiene, é nojento.

Leitores de dedo são uma “maravilha” para armazenar e socializar germes, bem como sucos vitais que todos nós expelimos (suor e todo tipo de meleca). Se você está envolvido em projetos que implantam esse tipo de tecnologia, prefira outras biometrias superiores que já estão em todo lugar, como reconhecimento facial de múltiplas câmeras.

Este post tem a objetiva intenção de te dar asco de leitores de dedo.

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O que vegetarianos realmente preferem

O que vegetarianos realmente preferem

O que vegetarianos realmente preferem

Sobre esse tweet, eu queria dizer que não é bem isso; deixe-me explicar do ponto de vista de um vegetariano.

Nós VGs, passamos muito bem sem carne. E também nem faço questão da tal proteína vegetal texturizada (imitação de carne) porque não é assim “gostoso” e é muito processado.

A questão central é que é muito fácil fazer comida gostosa com carne. Só por um salzinho e fritar que fica ótimo. Dá muito mais trabalho cozinhar gostoso sem carne, exige mais temperos, mais conhecimento de pratos internacionais, mais ingredientes, mais tempo de preparo etc. E os estabelecimentos geralmente não estão preparados para isso, ou não têm tempo, ou seus cozinheiros têm conhecimento elementar (só sabem cozinhar gostoso com carne). Isso acontece com todas as pessoas que cozinham para nós, em todos os lugares e épocas da nossa vida.

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Restaurantes bem brasileiros de São Paulo

No circuito dos restaurantes bem-brasileiros de São Paulo, lanço aqui 3 que são notáveis: o Capim Santo, o Jiquitaia e o Tordesilhas. Valorizam tudo da nossa cultura, culinária, música, decoração e sobremesas e por isso são também ótimas opções para turistas que visitam a cidade.

A foto é do maravilhoso curry de camarão com leite de coco do Capim Santo, onde há também um delicioso caldinho de milho entre outras entradas muito elaboradas. Do Tordesilhas, lembro da maravilhosa seleção de cachaças, loucas para se misturarem aos cajus e maracujás, e também os bobós, moquecas, farofas, xinxins e pimentas. O Jiquitaia também tem batidas inusitadas, ingredientes brasileiríssimos e uma mão no fusion.

Toda baianidade também se experimenta no Rota do Acarajé, lá na Santa Cecília, onde além dos pratos impecáveis, oferecem um extenso cardápio de cachaças e batidas de frutas. O Mestiço também tem alma brazuca mas criou uma ponte de sabores com a Ásia remota.

E não se pode esquecer os milhares de restaurantes de esquina paulistanos que tipicamente e religiosamente servem toda 2ª virado à paulista e feijoada na 4ª. Mas não se comparam a busca da perfeição em todos os sentidos dos que citei no começo.

E você, teria mais dicas ?

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