Dicas para tirar Bilhete Único

Baita conquista dos meus filhos que agora têm Bilhete Único para facilitar circularem por São Paulo com transporte público — ônibus e metrô, com desconto nas baldeações e integrações.

🟢 Para emitir o BU, preencha o cadastro no site da SPTrans enviando foto e validando e-mail.

🟢 Crianças que moram há mais de 2km de distância da escola têm direito ao bilhete de estudante cujas passagens saem pela metade do preço ou de graça. Informe-se na escola.

🟢 Aí pegue o plástico de graça em algum terminal de ônibus urbano da cidade. Só precisa levar documento com foto. Tem terminais na cidade toda; o que fica na estação Santa Cecília do metrô é o mais perto da minha casa.

🟢 Aí adicione crédito quando e quanto quiser, pagando boleto que você emite em outro serviço da SPTrans sem taxas extras. Ou, com taxas extras, via alguns intermediários privados. Meus jovens pré-adolescentes fazem isso eles próprios, pagando o boleto com a app do banco — eles já têm conta bancária.

⚠️ Se perder o cartão do Bilhete Único, a SPTrans te emite outro ao custo de 7 passagens de ônibus. Trate de não perder!

🔷 Dica extra, só para metrô: caso esteja sem seu Bilhete Único, ou sem crédito e também sem dinheiro vivo (eu nem sei mais o que é isso), você pode comprar passagem de metrô, na hora, por Pix, interagindo com o número +55-11-3888-2200 por WhatsApp. Assim que pagar o Pix, o robô de atendimento te manda um QR via WhatsApp para passar na catraca.

Esses sites da SPTrans são meio chatinhos de usar pelo celular, mas os serviços funcionam direitinho.

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7 caminhos para a Felicidade

Estudo de longuíssima duração apontou os 7:

1️⃣ Exercício aeróbico

2️⃣ Espiritualidade (que pode andar junto, mas é diferente de religião) para canalizar sentimentos de gratidão, compaixão e paz

3️⃣ Experimentar coisas novas

4️⃣ Voluntariado e dedicação ao outro

5️⃣ Manter negatividade longe

6️⃣ Conexão com pessoas

7️⃣ Álcool sem exagero

https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2022/11/os-7-habitos-que-devemos-incorporar-no-dia-a-dia-para-sermos-mais-felizes-de-acordo-com-estudos-de-harvard.ghtml

Nilo × Amazonas

Tati acabou de voltar do Egito 🇪🇬 e conta as maravilhas do Rio Nilo, como é majestoso, surpreendentemente limpo — mesmo com o caos do Cairo nas suas margens —, e como é caudaloso e um pouco mais largo que o Rio Tietê na cidade de São Paulo (rio abaixo, perto de Santa Maria da Serra, o Tietê é bem mais largo).

Lembro que anos atrás discutia-se qual rio era o maior do mundo, o Nilo ou o Rio Amazonas. Essa conversa mole acabou da noite pro dia quando alguém lembrou que ficar medindo comprimento de rio era pura bobagem porque o Amazonas é algumas centenas de vezes mais largo que o Nilo e transporta não sei quantos zilhões de litros a mais de água.

Só o Rio Tapajós, um dos afluentes do Amazonas, tem 14km de largura (quatorze quilômetros de largura) em seus últimos 220km antes de desaguar no, ainda maior, Rio Amazonas. É uma piscina oceânica de 14×220≈︎3000km²︎ de superfície, só um trecho, só do Tapajós.

Não tem prá ninguém contra os rios do Brasil. Sensacionais esses rios do nosso planeta, sobretudo os brasileiros.

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Isso não é sorvete

No supermercado todas as opções de sorvete são “oleína de palma”, “gordura vegetal” e “pó saborizante sabor iogurte”, até nas marcas premium que demonstram forte associação com leite. A única excessão é 1 marca, importada, de nome que remete aos Alpes, com preço 11 (onze) vezes superior. Eu sai sem levar nada.

Esse abismo de opções intermediárias não é escassez de bons ingredientes. É falta de regulação sobre o que é “sorvete”. E sem regulação, fabricantes fazem escolhas estratégicas e uso intenso de método e ciência — tecnologia de alimentos, análise de dados, marketing e merchandising — novamente, não para melhorar produtos, mas para aumentar lucro dos fabricantes.

Eu não tenho nada contra lucro. Mas a que custo?

Algumas palavras na lista de ingredientes não são conhecidas pelo meu corretor ortográfico. Vai ver que é aí que reside a inovação desses produtores: inovam em formas de enganar o consumidor.

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Luminária que é uma belezura

Uma belezura de luminária que eu quase comprei prá minha filha ler. Sem fio, luz regulável, recarrega por USB, baixo consumo, tem até alto-falante bluetooth embutido. R$120.

— Que show, moço. E comé que troca a lâmpada?

— Não troca. É prá descarte quando queima.

— Ela toda?

— Tudo, com bateria, 400g de plástico, alto-falante, lâmpada queimada e tudo.

E assim devolveremos aos nossos filhos um planeta com uma pilha de lixo descartável e tóxico prá eles viverem.

Como é que deixamos isso acontecer?

Ele não tinha nenhuma outra opção para iluminação de cabeceira. Loja de iluminação.

Eu não comprei.

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Má política e patrocino comercial

A marca Puma patrocina o jogador Neymar. Mas Neymar declarou apoio a um político condenado por crimes contra a humanidade (link nos comentários), conhecido pelo seu sadismo e elogios à tortura e que, nem veladamente, apoia, por exemplo, desmatamento ilegal.

Como fica a situação da Puma que é a 2ª empresa têxtil mais sustentável do mundo?

Artigo intrigante de Rodrigo Tavares na Folha de São Paulo.

https://www1-folha-uol-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www1.folha.uol.com.br/amp/colunas/rodrigo-tavares/2022/10/quem-devemos-boicotar-neymar-ou-a-puma.shtml
https://www.linkedin.com/posts/avibrazil_opini%C3%A3o-rodrigo-tavares-quem-devemos-boicotar-activity-6983794916590010368-BT0i

Um sonho de verdadeiro poder

Sonhei que minha consciência de 48 anos de idade foi passar um tempo no meu corpo e na minha vida de 13 anos de idade.

Eu era plenamente consciente desse fenômeno incrível e achei uma linda oportunidade de assistir e observar minha vida de pré-adolescente, minha relação com minha mãe, meu pai e minha irmã. Eles ainda não tinham chegado em casa, só estava lá o Djavan e eu tinha hora marcada na ginástica, essas coisas malucas de sonho. Fui pro meu quarto, vi meu velho computador (que nem lembro se já tinha naquela época) e senti o frenesi de reusá-lo prá achá-lo frugal. Peguei um short para vestir, vi algumas das minhas roupas de adulto no meu armário de 1986 e pensei “puxa, as tenho desde então?!”. Eu estava ansioso por aquela experiência transcendental, mas aí o sonho acabou logo quando sai prá ginástica.

Quando acordei contei o sonho prá Tati e fiquei pensando na dualidade entre nossa vida material e espiritual. Onde temos sabedoria superior na vida espiritual, mas encarnamos na vidinha da Terra. No meu sonho, a minha consciência superior conferia serenidade, leveza, poder e sensação de oportunidade para a minha vida juvenil na Terra.

É esse sentimento que quero para a minha vida.

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O arrasto sem fim das séries de TV

O arrasto sem fim das séries de TV

O arrasto sem fim das séries de TV

Então serão 28 horas da minha vida que eu não vou sair prá conhecer lugares novos, nem ler, nem assistir documentários, nem assistir 14 filmes diferentes de conteúdo mais edificante, nem ouvir música, nem ir a shows, nem tirar sonecas. Serão 28 horas sequestradas do meu ócio, longe dos meus hobbies para assistir os 36 episódios em 4 temporadas dessa série (Stranger Things) com a minha filha.

E pior é que sei que vou gostar pois é feito pelos melhores profissionais do mundo, que usam todas as artimanhas para arrastar o episódio quase todo de forma insossa até atingir o clímax bem na hora que ele vai acabar, prá fazer você querer assistir o próximo episódio. A troco de que?

O que a gente não faz por esses filhos…

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Os melhores sorvetes que tomei (até hoje)

Os sabores de sorvete que mais me marcaram são:

  • Bacuri, da sorveteria Cairú no Pará
  • De Milho Natural (natural, na-tu-ral, sem essências) do Rei da Pamonha, nas estradas paulistas
  • Fantasia de Laranja da Sotto Zero, quando eles eram bons
  • Coco 🥥 espumante na Bahia, que não é bem sorvete, mas funciona igual. Água de coco gelada batida com carne de coco verde congelada. Só, sem açúcar nem nada. Fiquei chocado como demorei décadas para descobrir essa simples iguaria.
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Correlação é diferente de Causalidade!

Correlação é diferente de Causalidade!

Correlação é diferente de Causalidade!

Apesar da RELAÇÃO entre a posição do gato e o telhado amassado, o bom senso sabe que o gato não CAUSOU o amasso. O bom senso aqui vem do conhecimento que todos temos sobre o peso de gatos e a dureza de metais.

Bom senso é fruto de dados analisados, conhecimento, sabedoria, luxos que nem sempre estão disponíveis. Não para qualquer assunto, menos disponíveis ainda para assuntos longínquos, complexos e novos.

Fake news e “narrativas” mirabolantes exploram astutamente essa falta de dados e conhecimento das pessoas com o objetivo de fabricar uma causalidade na cabeça delas — “isto acontece por causa daquilo” — quando na verdade mal existe uma relação.

Agora imagine que você acabou de chegar no planeta, não conhece peso de gatos e tem a impressão que esses telhados são feitos de papel, pois aparentemente amassam como papel. Imagine que alguém adiciona um “malditos gatos” à imagem e que você recebe isso repetidas vezes, de formas diferentes. É bem provável que você comece a odiar os gatos “POR CAUSA do mal que fazem”. É assim que funciona nosso viés — começa com falta de informação — e é esta a fraqueza humana explorada por notícias falsas e memes em geral.

Cientistas de dados, estatísticos, economistas e pessoas que estudam fenômenos naturais e sociais, sempre, SEMPRE, precisam se lembrar que correlação observada não implica em causalidade para não cairem na armadilha do viés, que leva a conclusões erradas.

A foto do gato apareceu neste tweet: https://twitter.com/packetlevel/status/1451584653748408323

Mais correlações espúrias aqui:

https://tylervigen.com/spurious-correlations

https://pt.wikipedia.org/wiki/Relação_espúria

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Canção Um Índio, de Caetano

Esta canção voltou à minha cabeça creio que por causa das coisas que ando lendo sobre mudança climática, decadência social de grande quantidade de pessoas etc.

Fala de uma Terra depredada pela civilização e aí vem um índio-messias que deixa todos atonitos por falar e fazer nada mais do que o óbvio.

Uma pessoa — Caetano Veloso — que escreve uma letra profética como esta, já em 1976, 45 anos atrás, merece todo o meu respeito.


Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul
Na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada
Das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto, em cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranquilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

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Cuide de suas finanças

Quando sai da CI&T (grande empresa) uns meses atrás, mandei um e-mail de despedida pros colegas que tinha este trecho:

Prá fechar, eu queria deixar aqui um conselho bem anti-trabalho. Sobre dinheiro, gaste seu tempo de maior valor (depois de família, viagens, amores etc) cuidando de seus investimentos financeiros. Aprenda a operar na bolsa de valores, aprenda sobre taxas de juros, rentabilidade, arriscar um pouco com criptoativos, montar um portfolio rentável com risco balanceado. Não terceirize isso para os bancos de investimentos. No longo prazo, são essas coisas — e não exatamente trabalho eterno — que vão garantir uma aposentadoria tranquila para você. Quanto antes começar, melhor.

Conta de padeiro: se você cuidar direitinho de seus investimentos, se fizer rendimento médio de 7%, 10% ao ano, em 10 ou 12 anos você dobra o seu capital. Se começar cedo, antes dos filhos nascerem, até chegarem a idade adulta você quadruplica seu capital. Se deixar os bancos de investimento cuidarem de suas finanças, você renderá só uns 3% ao ano.

Pense nisso.

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Zona de Conforto ou Empreender?

Numa discussão ali argumentavam que a pessoa precisa ganhar dinheiro o suficiente para passar a ser um empreendedor, para sair da zona de conforto, para sempre evoluir.

Não posso concordar menos com isso. Qual é o problema com a zona de conforto? É o ministro da economia que quer que tudo sempre evolua, não o indivíduo. Por que não seria válido a pessoa ganhar dinheiro suficiente para levar uma vida confortável sendo meramente empregada numa empresa?

Empreender envolve muita responsabilidade e dedicação. Isso certamente te remunera no médio prazo, se você também tiver sorte. Mas é incrivelmente estressante, tira sua tranquilidade e não deve ser a única forma de ter uma boa vida numa sociedade avançada da nossa era.

As pessoas querem viver em paz, viajar com os filhos, estender os finais de semana, ter dias de folga, consumir cultura, cuidar da saúde, dormir bem. Empreendedor estressado e que “sempre busca evoluir” tende a não ter nada disso nos anos bons de sua vida.

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Se eu fosse rico

Todo mundo quer ser rico e eu também.

E aí numa conversa descobri que meu ideal sagitariano e estóico de riqueza não é muito comum.

Prá começar, carro de luxo nem pensar. Prá que continuar preocupado com multas, batidas, lugar prá estacionar, depreciação? Quando eu for rico, só vou andar de táxi. Atravessar a cidade prá visitar a irmã? Táxi. Viagenzinha pro interior com a família? Táxi. Prá ver a paisagem, ler, conversar, cochilar.

Refeições eu faria em restaurantes. Todas as 3 refeições do dia. Todos os dias. Nunca mais me preocuparia se tá faltando ovo e brócolis e nem se as coisas na geladeira já vão estragar. Louça suja não existiria para mim. E o melhor: nunca mais teria que pensar 3 vezes ao dia o que preparar para as crianças comerem. Eu quero é ver o cardápio. Mas aí eu seria tão rico que também teria nutricionista prá prestar serviço ao vivo de montar refeição saudável e balanceada em todos os lugares que fossemos comer.

Cobertura? Casa de luxo? Faço nenhuma questão porque ainda teria que me preocupar com decoração que impressione amigos, manutenções sem fim, despensa de comida e material de limpeza, o que acumular e o que jogar fora. Quero não. Eu moraria em hotel mesmo. Cinco estrelas, claro. Tipo suíte do Copacabana Palace ou do Tangará, que já provei e aprovei para morar longas temporadas. Enjoei da decoração, do bairro, da cidade? Fácil, é só pagar a conta e ir a outro hotel. Ou resort. Ou outro lugar com serviço completo, daqueles que você sai para tomar café e volta e já tá tudo arrumado e dobrado.

“Ah, mas alguma hora cê não vai querer voltar prum canto que é só seu?” Não. Entendo que “voltar” presume “ter ido embora”, e creio que nunca fui embora de mim mesmo. A nossa morada somos nós mesmos, né não?!

“Ah, mas onde você vai guardar suas coisas?” Na nuvem e numas 2 malas de roupas, ou menos. O resto das coisas eu abriria mão imediatamente por esse estilo de vida desprendido e sem planejamento.

“Ah, mas aí cê estraga os filhos”. Verdade, eu precisaria pensar melhor nessa parte, mas dá uma preguiça…

Dizem que eu tenho uma concepção de pobre sobre essa riqueza pretérita. Chame do que quiser, eu só não quero compromissos, responsabilidades, ter que fazer compras, contratar manutenções para eletrodomésticos etc. Desprendimento seria o centro. Até a própria riqueza seria um acessório só para viabilizar conforto e mais desprendimento.

Pronto falei, podem jogar as pedras.

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Diversidade, mulheres e homens no trabalho

Se homens nadam e mulheres voam, não vamos esperar que mulheres queiram nadar e vice-versa.

É inegável que mulheres e homens são diferentes. Eu não sei como e porque isso acontece. E me é difícil entender se essas diferenças (ou partes delas) são causadas pela sociedade e ambiente (preconceitos) ou se são naturais. Só sei que não podemos mais tolerar as diferenças causadas claramente por preconceitos, enquanto devemos sim estimular e aproveitar diferenças naturais para que cada ser humano realize o máximo de sua natureza e potencial.

Tudo isso também se aplica a outros tipos de diversidade. LGBT, PcD, grupos étnicos etc.

— extraído de comentário que escrevi num post da colega Cintia Barcelos

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Nação dos Nômades Digitais

Me colocaram num grupo de nômades digitais cujas discussões são nada menos que absolutamente inspiradoras.

São pessoas desprendidas e provavelmente sem filhos que têm profissões que levam de forma remota, pela Internet, e que passam a vida viajando.

Discutem se os próximos meses devem passar nas Maldivas, Tenerife ou Tailândia. Contam o paraíso que foi tal e tal lugar onde ficaram N meses.

Não é algo novo, mas a cultura do trabalho remoto recebeu o aval maior pela pandemia e a Nação dos Nômades Digitais deve crescer nos próximos anos.

Claro que algumas coisas ajudam: ter renda em moeda forte — para pagar barato por produtos e serviços em lugares distantes do planeta —, ter um trabalho que permite essa situação — ou ser rico mesmo — e não ter filhos — para ser desprendido e ganhar agilidade para ir e vir.

Mesmo achando que já vivo no paraíso, preciso confessar que esse modo de viver me atrai e faço planos secretos de catar a namorada e virarmos nômades assim que os filhos alcançarem a alta adolescência.

Alguns lugares que eu voltaria ou passaria com prazer uma temporada:


Hibiki, Tashkent, Nova York, interiorizão dos EUA, Piemonte, Tenerife, Hamburgo, Carolina do Norte em maio, Addis Abeba, Ibiza, Belém do Pará…

E você?

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Achados e perdidos na praia de Calhetas

Ontem eu perdi na praia chave do carro, chinelos e máscara de mergulho.

A chave achei metros de distância embrulhada numa toalha nada a ver.

Os chinelos, depois de ½ hora procurando desesperado, o amigo me diz que foram usados prá marcar os limites do gol 50m prá lá. E tavam lá mesmo, enfiados bonitinhos na vertical na areia.

A máscara de mergulho a onda me levou num belo dum caldo que arruinou os planos de snorkeling. 3 horas depois a maré trouxe de volta e meu filho achou.

Na volta encontrei a redenção no sorvete de doce de abóbora com coco no Rocha de Maresias.

Praia linda, dia perfeito, final feliz.

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Sonhos de uma viagem pós-pandemia

Saudade de uma bela viagem de férias. Se a pandemia nos ancora em casa, podemos pelo menos lembrar as passadas e planejar as próximas. Abaixo estão as memórias de algumas viagens que fiz e farei. Quero me inspirar com as suas também.

Saudade de férias em hotel de luxo de alguma praia europeia, Biarritz (que só passei num dia de chuva), Noli na costa da Ligúria, ou a que fiz em Sitges na Cataluña, mesmo que a trabalho. Ilha da Madeira, Tenerife, Ibiza, me aguardem!

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O que vegetarianos realmente preferem

O que vegetarianos realmente preferem

O que vegetarianos realmente preferem

Sobre esse tweet, eu queria dizer que não é bem isso; deixe-me explicar do ponto de vista de um vegetariano.

Nós VGs, passamos muito bem sem carne. E também nem faço questão da tal proteína vegetal texturizada (imitação de carne) porque não é assim “gostoso” e é muito processado.

A questão central é que é muito fácil fazer comida gostosa com carne. Só por um salzinho e fritar que fica ótimo. Dá muito mais trabalho cozinhar gostoso sem carne, exige mais temperos, mais conhecimento de pratos internacionais, mais ingredientes, mais tempo de preparo etc. E os estabelecimentos geralmente não estão preparados para isso, ou não têm tempo, ou seus cozinheiros têm conhecimento elementar (só sabem cozinhar gostoso com carne). Isso acontece com todas as pessoas que cozinham para nós, em todos os lugares e épocas da nossa vida.

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Restaurantes bem brasileiros de São Paulo

No circuito dos restaurantes bem-brasileiros de São Paulo, lanço aqui 3 que são notáveis: o Capim Santo, o Jiquitaia e o Tordesilhas. Valorizam tudo da nossa cultura, culinária, música, decoração e sobremesas e por isso são também ótimas opções para turistas que visitam a cidade.

A foto é do maravilhoso curry de camarão com leite de coco do Capim Santo, onde há também um delicioso caldinho de milho entre outras entradas muito elaboradas. Do Tordesilhas, lembro da maravilhosa seleção de cachaças, loucas para se misturarem aos cajus e maracujás, e também os bobós, moquecas, farofas, xinxins e pimentas. O Jiquitaia também tem batidas inusitadas, ingredientes brasileiríssimos e uma mão no fusion.

Toda baianidade também se experimenta no Rota do Acarajé, lá na Santa Cecília, onde além dos pratos impecáveis, oferecem um extenso cardápio de cachaças e batidas de frutas. O Mestiço também tem alma brazuca mas criou uma ponte de sabores com a Ásia remota.

E não se pode esquecer os milhares de restaurantes de esquina paulistanos que tipicamente e religiosamente servem toda 2ª virado à paulista e feijoada na 4ª. Mas não se comparam a busca da perfeição em todos os sentidos dos que citei no começo.

E você, teria mais dicas ?

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Fascínio Sempre

Esta campanha presidencial foi uma das experiências mais incríveis e inesperadas da minha vida. Contundente também.

Nos revelamos nas redes e deixamos positiva e negativamente surpresos muitos amigos. Mas nossa faceta política é só uma entre muitas que nos constituem como humanos legítimos e complexos. Se a faceta de gostos políticos de um amigo me decepcionou, sua faceta musical, profissional, culinária ou de pai/mãe pode me fascinar. E vice-versa.

Meu objetivo de vida é eliminar minhas complexidades interiores para viver em constante fascínio com todos. Conectando o meu elementar humano com o elementar humano de todos a minha volta.

Encontro com Caetano Veloso

O coração pulou num show praticamente privado que Caetano Veloso nos concedeu na Casa do Povo. Uma hora de canções conhecidíssimas, que ele poderia ter extendido por muito mais tempo, pois tem repertório para tal. Performou super afinado, em ótima forma e técnica e fez questão de espontaneamente se declarar “de esquerda” no palco.

Caetano Veloso na Casa do Povo em 2018-05-27

Após o show tive o privilégio de conversar com a figura quase mítica. Contou histórias sobre as décadas de 60, 70, 80 etc. Contei que ao longo de seu show lembrei de sua canção «Prá Ninguém» e ele por sua vez contou sua história, desconhecida para mim. Em 1993 Chico Buarque escreveu a música «Para Todos» que Caetano ouviu pela primeira vez na casa do autor e chorou de emoção ali mesmo. «Prá Ninguém» é a resposta de Caetano para a canção de Chico, poema musicado que cita um monte de cantores e suas canções famosas compostas por outros. Disse também, quase como um segredo, que João Gilberto adora a canção de Chico, e a partir daí contou diversas histórias malucas sobre João.

Que noite !

Canção Paratodos, de Chico Buarque
Canção Prá Ninguém, de Caetano Veloso
ovo de Páscoa cancelado

A falácia do Ovo de Páscoa

Ovo de páscoa é 3 a 6 vezes mais caro que a mesma quantidade de chocolate em barra. Seres humanos não comem papel celofane. Nem peixes, nem tartarugas do mar, que é onde vai parar, em forma de poluição, boa parte dessas embalagens vistosas. Faça um favor à inteligência de seus filhos e à sua, e ao planeta evitando esses produtos caros e oportunistas. A páscoa e seus ovos é uma excelente oportunidade para uma aula de educação financeira no supermercado aos seus filhos, já que escolas em geral não ensinam isso. Consumo consciente.

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Dicas para uma Paris alternativa

Eis uma lista de dicas que costumo mandar para amigos que vão para Paris. Dicas que não são encontradas em qualquer lugar. Procure fazer tudo a pé.

Tem um mapa com alguns desses pontos aqui.
Instale o Google Maps no seu celular e copie esse mapa pro seu Google Drive prá fazer os landmarks aparecerem no seu celular.

  1. Passeie pelo bairro Marais. É antigo mas cheio de jovens, ruazinhas, falafel e crepe.
  2. Imperdível: no Marais (fale “Marré”), na minúscula rua Bourg Tibourg tem a minúscula perfumaria L’Artisain Perfumeur. Olhe pro lugar não como loja mas como um museu de cheiros sensacionais. Eu acho esse lugar incrível. Torre €90 prá comprar um frasco. Tinha uma época que a davam 20% de desconto na segunda compra, então compre uma coisa barata na primeira compra e o produto caro na segunda. Prá presente, eles tem caixas com amostras de diversos perfumes. Peça também amostras grátis que eles dão de montão.
  3. Ao lado, tem o Mariage Frère, uma loja antiga de chás muito bons. Vendem a granel. A loja é bonita e pode-se tomar chá lá também, mas eu prefiro comprar prá fazer em casa, no Brèsille. Vá de Plain Lune, Marco Polo ou um chá salgado que eles tem. Ou escolha outros pelo cheiro.
  4. Suba o morro até o Sacré-Cœur. O lugar é bem turístico, cheio da juventude, não falha. Desça pelo outro lado, prá conhecer mais bairros.
  5. A torre Eiffel é muito interessante de se visitar, mas tem filas enormes prá subir. Eu nunca subi. Repare nos nomes de dezenas de cientistas e engenheiros gravados no mezanino. Muito emocionante.
  6. No verão acontece o Paris Plages que transforma o Sena numa longa praia com pequenos eventos na beira do rio. Legal prá passear, correr, alugar bike de graça, sentir a vida parisiense. Só no verão.
  7. Há o serviço Batobus no rio Sena que pára em várias estações. Você entra e sai onde quiser, tipo a estação da torre Eiffel. Compre passe diário e divirta-se.
  8. Vá ao Louvre, tire fotos com as pirâmides no pátio, mas sugiro entrar somente se você for um estudioso entusiasta da arte. O museu é enorme, precisa-se de semanas para conhecê-lo direito e não vale a pena se vc tiver pouco tempo. Minha esposa conhece e gosta de arte e usou passe de longo prazo quando morava lá. É massante. Veja a Monalisa na Internet com mais calma. Eu fui prá Paris umas 4 vezes e nunca entrei no Louvre.
  9. Vá ao museu d’Orsay. É pequeno (2 ou 3h prá visitar tudo) e muito muito bonito. Tem Rodin, Degas, Monet, Toulouse-Lautrec e outros impressionistas. Acho que existe app pro iPhone que serve de guia.
  10. Jardim Luxembourg
  11. Jardins des Tuileries
  12. O Arco do Triunfo na Champs Élysées é uma região muito turística, cheia de gente, mas ele fica no meio do Axe historique onde uma série de monumentos se alinham e pode-se vê-los um dentro do outro
  13. …e o melhor lugar prá ver isso acho que é no Place de la Concorde, onde há o original obelisco egipcio.
  14. Ile de La Cité é a ilha central onde a cidade começou e é onde fica a Catedral Notre Dame. As pontes que conectam a ilha ao continente tem cadeados que as pessoas deixam lá como promessa.
  15. Tem uma sorveteria muito famosa numa das ilhas. Não lembro o nome…
  16. As pontes do Sena no verão são chão para piquenique dos parisienses no fim da tarde. Galera senta no chão e abre o vinho. Cada ponte tem uma história. A Pont Neuf é a mais antiga.
  17. Onde se lê “é” fale “ê”. E onde se lê “è” fale “é”. Demorei prá descobrir isso.
  18. Imperdível: vá a Fromagerie Laurent Dubois. Fromagerie é “queijaria”. Evite sábados e domingos de manhã pois há fila e você precisará de atendimento premium prá provar lascas de tudo. Prove os queijos, escolha e peça para embrulhar a vácuo e traga de presente para amigos no Brèsille. Os que mais gosto são o bleu (tipo rockfort ou o próprio rockfort verdadeiro e de origem controlada), o comté (tipo suiço) e o camembert e variações, mas tem uns 800 outros tipos lá, de cabra, de ovelha etc. Compre a vácuo prá trazer ao Brèsille no dia que você estiver voltando. Não antes. Mantenha em geladeira até o último momento e não espere muito prá comer no Brèsille. Eu costumo colocar 3 pedaços pequenos de queijos diferentes em cada envelope a vácuo e cada envelope vai de presente prum amigo diferente. Na viagem de volta, despache os envelopes com queijos na bagagem. Não traga na bagagem de mão pois vão achar que há algum defunto na cabine. Se o Dubois for fora de mão, há outras queijarias, mas não encontrei outras tão impressionantes e tradicionais. Última viagem trouxe uns 12 envelopes da felicidade prá distribuir. Não compre queijos no supermercado.
  19. Prove também saucisson, um salame defumado muito cheiroso.
  20. Vende-se também nos supermercados latas de escargot e de patês de fígado de pato e de ganso. Fique à vontade…
  21. Vá a boulangers (padarias) porque os pães são ótimos, principalmente os com sementes. Tem em todo canto. Nos boulangers há o famoso pain au chocolat, uma espécie de croissant recheado de chocolate. E também o com amêndoas.
  22. Nas patisseries (tipo de docerias) há o famoso macaron de vários sabores, que é uma espécie de sanduichinho colorido com massa de farinha de amendoa. Delícia total. Dizem que o melhor macaron de Paris é o Ladurée Royale, mas é super metido a besta; fica perto do metrô Madeleine. Sugiro não trazer pro Brèsille pq é super frágil. Coma em Paris mesmo.
  23. Vá ao Le Calbar, um bar minúsculo numa rua minúscula cujo dono e barman é mundialmente premiado e faz uns coquetéis diferentes e decliciosos. Um amigo parisiense me levou lá e adoramos. É coisa de local, turista não conheçe.
  24. Verão na Europa produz melões rosados sensacionais, pêssegos, ameixas e nectarinas suculentos. Dificil encontrar assim no Brèsille. Prove as frutas da estação.
  25. Fique atento a postes baixos de metal com uma placa em formato de brasão. São pontos históricos. Nesses lugares há casas medievais curiosas e entortadas pelo tempo, ou outros monumentos históricos.
  26. Repare na arquitetura art nouveau das estações de metrô. Adoro.
  27. Jantamos numa sexta ou sábado num restaurante chamado La Terrasse Saint Catherine, apinhado de gente. Nem lembro da comida, mas fica numa praça charmosíssima de mesmo nome onde músicos de rua se apresentavam e crianças brincavam. Super idílico. Paris é cheia dessas micro-praças ultra-lindas. Ligue antes para reservar. Há outros restaurantes nessa praça.
  28. Outro jantar maneiro foi no judaico Chez Marianne, no Marais. Nada de especial, mas cito porque só tenho boas lembranças. As mesas geralmente são na calçada em todos os restaurantes… as pessoas adoram ver outras pessoas passando na rua.
  29. Aproveite a diferença de fuso prá fazer noites estendidas. Vale a pena.

Tem os landmarks famosos aqui, mas não é o roteiro que eu focaria: https://en.wikipedia.org/wiki/Landmarks_in_Paris

Sorveteria SnowFall

Tem a sorveteria SnowFall na rua Prates e na Oscar Freire. As taças são enormes e alguns sabores muito diferentes, como o de chá verde (foto) e o de pó de soja.

A base de todas as taças é a tal neve, feita na hora do pedido por uma máquina coreana exclusiva. A neve é feita de leite, leite condensado e açúcar, e a máquina a congela e transforma num tipo de raspadinha na hora.

Os sorvetes são menos doces e são acompanhados de feijão azuki e outras coisas desconhecidas para nós, mas que são muito populares na Coreia.

Como as taças são grandes, recomendo almoçar sorvete. Se você já vier “almoçado”, talvez a taça seja de mais. Aí eles têm opções de picolés muito bons ou de macarrons com sorvete (também meio grandes).

Definitivamente um lugar prá voltar !

Receita de Pimentões Assados

pimentoes-assadosIngredientes

  • Pimentões vermelhos e verdes
  • Sal, vinagre, açúcar (ou adoçante)
  • Azeite de oliva

Preparo

  1. Asse os pimentões diretamente no fogo da boca do fogão até queimarem em todos os lugares.
  2. Insira-os em sacos plásticos fechados até esfriarem. Continuarão cozinhando dentro do saco com seu próprio calor.
  3. Remova a fina pele dos pimentões debaixo de água corrente da torneira e sobre uma peneira grande, até ficarem limpos. Remova também as sementes.
  4. Corte ao meio de forma que se tire 2 “bifes” de cada pimentão.
  5. Tempere a gosto e misture com sal, vinagre, azeite de oliva e um pouco de açúcar ou adoçante.

Ambiente Perfeito de Trabalho

O mercado de trabalho tende a dar menos valor a conhecimento acumulado (técnico ou em forma de aptidão) e mais valor à capacidade de assumir responsabilidades e entregar. O ideal é ter um bom equilibro entre esses 2 pilares: conhecimento e responsabilidade.

A contratação é geralmente feita com base na experiência, conhecimento demonstrados, mas a escalada na carreira dentro de uma mesma empresa depende mais do 2º pilar, o da responsabilidade.

Ambiente perfeito de trabalho é aquele onde o profissional usa bem seu conhecimento em projetos que lhe promovem envolvimento, talvez até emocional, onde a responsabilidade sobre eles acontece de forma natural.

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US bank account for non-US citizens

I’ve searched for a long time and finally found a US regular bank that will let me open a free checking account. It is BBVA Compass bank.

All these services are free: ATM withdraw and deposit (BBVA’s and AllPoint ATMs), full featured Internet banking, full featured mobile banking, Visa debit card, Apple Pay and more. The non-free services are listed here and exact rates depend on the US state where the account was opened.

bbva-logo

To open a checking account, you must personally visit a physical branch in US and spend 40 minutes on an interview. You will leave the branch with an open account and routing numbers containing a $26 balance plus valid user and password that can be used on BBVA’s app and Internet banking. Free Visa debit card will arrive to some US address in a week or two, so no ATM until then.

They have 2 free checking account types. You should chose the one that includes free or charge AllPoint ATM usage which are very popular throughout US, and can be found in almost every 7 Eleven store. Use the AllPoint app to find one near you. Read More

Jornada musical até Engenho de Flores

Na década de 1990 eu entrei na faculdade no interior de São Paulo e saí do casulo em diversos aspectos. Um deles foi o casulo musical pois passei a ter acesso a estilos musicais que eu mal conhecia. Meu batismo no Jazz/Fusion foi com um grupo local chamado Matisse – tratava de não perder nenhum show –, do guitarrista Aquiles, e foi com eles que descobri o barato do improviso jazzístico. Mas o que me definiu como brasileiro foi a MPB que se ouvia por lá, trazida de todos os cantos do país, e que nunca havia escutado em casa porque minha família era estrangeira. Depois criei asas e literalmente rodei o planeta em minhas descobertas musicais, tratando de divulgar o que eu achei e continuo achando de melhor.

Tô contando tudo isso porque hoje, mais de 20 anos depois, esbarrei na canção que ouvi em alguma festa de república uma única vez e passei os anos seguintes cantarolando prás pessoas perguntando se conheciam, como se chamava, de quem era, onde poderia ouvir novamente etc. Aí vai ela. É a «Engenho de Flores», do maranhense Josias Sobrinho mas que ficou conhecida na voz de Papete (1978) e Diana Pequeno (1979). Ufa… que jornada! Nem sei o significado da letra, mas sua sonoridade me devolve praquele tempo onde tudo era uma suave novidade. Ainda é, na verdade.

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Impressões sobre o show do Vento em Madeira

VentoEmMadeira
Ontem, 16 de junho de 2015, fui ao show do Quinteto Vento em Madeira no Centro Cultural Cachuera. Dividiram o palco com Mônica Salmaso. Apesar da presença da cantora, não foi um show de MPB. Mônica novamente exercitou seu lado B jazzístico, deixou as letras de lado e ficou só no tum-dá-chibum dos scats.

O quinteto é liderado pela ótima flautista Léa Freire que tem um longo currículo de composições e gravações muito boas. Há também Teco Cardoso, que já me fez perder a conta de quantos álbuns monumentais da Música Instrumental Brasileira ele participa. De Ulisses Rocha a Orquestra Popular de Câmara, ao Pau Brasil, enfim… Em boa parte do show os sopros de ambos participaram de exuberantes diálogos: sax baixo de Teco subia quando a flauta de Léa descia e assim por diante.

Como bons representantes da cena instrumental paulistana, o Quinteto Vento em Madeira é vanguardista. Digo isso como um contraponto à cena carioca, que é mais renovadora do bom e velho choro/bossa/samba em roupagem instrumental. Mas voltando à vanguarda paulistana, ela é avançada, ou seja, exige algumas boas “escutadas” por ouvidos já amaciados para que seja apreciada. É o caso do Duofel, Grupo Medusa, Feijão de Corda, D’Alma e outros daqui da Pauliceia, que preferem a jornada do experimentalismo dissonante ao invés do pop instrumental.

Mas esse não é, repito: NÃO É, o caso do Vento em Madeira. Apesar de claramente soarem como a geografia vanguardista paulistana, eles conseguem ser fáceis e deliciosos. Ocupam assim um espaço incomum, difícil de preencher e é isso o que faz o Vento em Madeira extraordinário. Talvez pelo comando da natureza melódica dos instrumentos de Léa e Teco, talvez porque se projetaram assim, sei lá. E não importa. O que importa é que foi um dos melhores shows que fui nos últimos tempos, composições automaticamente inspiradoras e melódicas à moda antiga, só que tudo novinho em folha.

Acho também que eles tinham que sequestrar a Mônica de vez e virar um sexteto. Esse negócio de “participação especial” já não cola mais porque a gente sabe que ela tá em todas. E se arriscar muito ela passa a Joyce que para mim é ainda a maior “scater” do Brasil.

Uma coisa que me deixa mordido de feliz são os maracatus que aparecem do nada no meio das músicas. Adoro maracatu. Não há nada mais brasileiro, intenso e chacoalhante do que maracatu. E é tudo culpa do baterista Edu Ribeiro. O pianista Tiago Costa também se destacou como autor de ótimas composições.

Ponto marcante do show foi o veterano pianista Amilton Godói (ex-Zimbo Trio) roubar a cena com Léa, ele no piano, ela na flauta contra-baixo, instrumento este que eu nunca tinha visto nem ouvido. Do tamanho de uma pessoa de pé, soa grave e delicado, acompanhamento perfeito para a suave composição de Amilton.

Tem que ser muito petulante, ou escravo de rádio ruim, ou tremendamente desinformado prá dizer que a Música Brasileira está perdida, que não se faz mais coisa boa por aqui. O Vento em Madeira está aqui prá desdizer isso.

Fiquei feliz também que veio meu amigo Luiz e ganhei dele um álbum do violeiro Levi Ramiro que adoro. E que também consegui convencer meu ocupado colega de trabalho Alvaro Guimaraes, flautista, a adiar seus afazeres profissionais e vir ao show.