Bukhara com Aziz

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Café da Manhã Apertado

  • Acordamos umas 8 e pouco e chegamos no café às 8:50. Era o mais completo café da manhã até agora, com os figos mais doces que já comi, escuros por fora e amarelos por dentro, outras frutas, muitos pães, queijos e frios, panquecas, omeletes, umas 30 geléias de todas as cores mas sem nenhuma legenda, sucos, etc. Mas pena que mal deu para saborear pois às 8:58 começaram a tirar tudo implacavelmente. Corri para reclamar e mostrar que ainda estávamos lá, mas não adiantou. Regra é regra nesses resquícios de burocracia soviética.
  • Apesar disso, comemos bem, embora correndo para pegar as coisas antes que os funcionários as tirassem. Na saída reclamei com um funcionário que parecia mais sênior. Com uma cara de que já vou tarde me mostrou a placa com o horário do café: 7 às 9.
  • Encontramos o guia: Aziz, um jovem tadjik de Bukhara. O santo não bateu. Ele parecia não conhecer nada senão o blablabla decorado da visita (tele)guiada, não parecia gostar de nenhuma surpresa ou saída do esquema e não respondia direito nenhuma pergunta sobre a vida cotidiana. Pior: só direcionava atenção para as lojinhas e técnicas de artesanato. Além do mais, não tinha nenhum senso de humor e falava o ano ou século, irritantemente, de todos os monumentos. Um robô turístico. As cores de sua roupa eram um bom símbolo de sua personalidade: calça bege, camisa bege, sapato bege.
  • E apesar de Aziz, Bukhara brilha. Madrassas enormes, lindas mesquitas e belas praças com chafarizes. A cidade é antiqüíssima mas foi destruída diversas vezes sendo a mais letal a passagem de Genghis Khan. Por isso poucos monumentos tem mais de 1000 anos e a maioria foi erguida a partir do século XV.
  • Começamos por uma praça com o pequeno mausoléu de Ismail Samani cujos tijolos colocados em diversos ângulos específicos formavam a decoração inteligente. Na hora que estivemos lá, o sol entrava pelas frestas e rasgava o ar com raios brancos.
  • No mesmo complexo havia também a Fonte de Jó onde o próprio Jó da Bíblia teria batido o cajado e feito brotar uma água límpida e cristalina que está lá até hoje. O governo aproveitou e fez lá um museu da água, que mostra os trabalhos de irrigação e os carregadores de água, profissão reputada desde o século passado. Podia-se ver ao longe o que restou da Fortaleza de Emir.

A Casa do Noivo

  • Andamos por uma rua adjacente e Aziz ofereceu conhecermos uma casa típica de um bukhariano. Isso foi realmente espontâneo da parte dele e gostamos.
  • Pediu licença e permissão, e foi entrando. Era uma casa relativamente grande, de um cidadão abastado, com um jardim de rosas interno e uma edícula que iria servir para seu filho morar com a futura esposa. Conhecemos o proprietário e o noivo, mas não entramos na sala nem nos aposentos. A decoração não batia muito com os nossos gostos.

As Árvores Milenares e o Ninho da Garça

  • Aziz nos mostrou uma casa de banhos feminina do século XVI, que segundo a Tati cheirava bem, e outra masculina, que cheirava a muito mofo.
  • Almoçamos na beira do Lyab-i Hauz, um dos antigos reservatórios de água da cidade que hoje tem um papel decorativo na cidade. Em sua beirada haviam árvores retorcidas com sinalização de que eram de 1470, século XIII.
  • Todos os turistas almoçam lá e encontramos o primeira e único grupo de brasileiros ali. Era uma coisa tão rara que ao ouvir português simplesmente chegávamos para conversar.
  • Zanzamos por mais ruas com mesquitas, monumentos, madrassas e minaretes que sempre estavam forradas de lojas com vendedores agressivos. No topo de uma delas havia um gigantesco e impressionante ninho de garça, pássaro popular naquelas freguesias.
  • Entramos numa fábrica de tapetes onde mulheres tímidas e peludas trabalhavam todas as fases da confecção. Usavam fios de seda e era um trabalho interessante de ver sendo executado.
  • No final do dia, já não agüentávamos mais olhar trequinhos e técnicas e tecidos e tesouras e dizer “não, obrigado” para todos os vendedores e artesãos. Este último ponto não é exatamente culpa de Aziz. Praticamente todos os monumentos foram loteados em centenas de lojinhas que vendem basicamente as mesmas coisas. Visitar qualquer monumento significa ingressar num shopping cujas vitrines é a própria calçada.

Dança, Moda, Compras e Internet

  • Umas 17h fomos para o hotel. Sacha agitou um show-jantar para nós mais tarde, e fomos descansar um pouco.
  • Umas 18:30 ele nos pegou novamente e levou a uma ex-madrassa em Lyab-i Hauz. Toda a praça interna foi recheada de mesas e cadeiras para um show de música, dança e moda uzbeke. As mesas já estavam postas com o tradicional chá, saladas, pães e somsas. Achamos que o jantar era só aquilo então mandamos ver. Mas depois veio sopa e um prato principal. Sacha cuidou para que me servissem coisas vegetarianas e deu certo.
  • O show era bem bonito, com muitas dançarinas e intercalavam uma dança com um desfile de moda uzbeke. Eu achei o desfile legal, mas a Tati achou a coreografia das modelos um pouco brega. As roupas eram interessantes.
  • Pena que nos deram uma mesa um pouco distante. Gostaria de ver mais de perto a dança e os instrumentos que tocavam, mas privilegiavam grupos maiores para sentarem mais próximos do palco. Foi uma apresentação bonita e junto com o jantar tinha o preço fixo de $10 por pessoa.
  • Não precisa dizer que o lugar era envolvido por lojas que já havíamos visitado de dia, já conhecíamos os preços e produtos, e já sabíamos o que iríamos comprar. Depois de muita pechincha, mas muita pechincha mesmo, compramos véus sedas, bordados e lindas capas de travesseiros decoradas com bordados de seda de cores intensas.
  • Usamos a Internet precariamente num cybercafe lá perto e voltamos a pé até o hotel meio desesperados porque nossas entranhas já não estavam muito boas, e dormimos em seguida.

O Caminho para Bukhara

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O Professor de Inglês do Borat

  • Acordamos às 7h, fechamos as malas e fomos para o buffet matinal do hotel de Khiva. Melancia, melão diferente e bom, outras frutas, sucos prontos, ovo estrelado, uma panqueca adocicada de ricota que ficava melhor ainda com um pouco de mel e umas massas doces fritas, além de frios e queijos que não tocamos.
  • Às 9 nos encontramos com Sacha na recepção. Ele fala exatamente como o russo do filme Tudo é Iluminado. Uma de suas pérolas: “I recommendation to you”. Ou cantar “happy birthday to you” para o cão que recebeu todos os restos do almoço mais tarde. Ou gritar “spaghetti” quando tocou Enzo Ramazzotti no rádio. Ou ainda “next you are civilizatsya” para indicar que chegaremos em lugares mais civilizados em breve. Mas nada se compara a quando perguntei se a usina a vista era de energia nuclear e ele respondeu “this in atom Uzbekistan no”.

Paisagens do Deserto

  • Caímos na estrada. Dessa vez dei uma olhada melhor em Urgench. É uma típica cidade de interior mas tem ruas e calçadas largas muito arborizadas, tanto que mal se percebe os postes e fios elétricos externos.
  • Na periferia de Urgench havia muitas plantações de algodão e era época de colheita. Sacha contou que quem trabalha na colheita recebe 300 sum por quilograma, e uma pessoa colhe ± 10kg por dia. Mais tarde paramos para ver a colheita e pesagem e atualizamos o valor para 50 sum. No mercado internacional a tonelada de algodão vale 400 USD, segundo Sacha.
  • Atravessamos o rio Amu Darya a pé sobre uma ponte de metal totalmente remendada. Havia trabalhadores constantemente consertando a ponte. Sacha passou de carro, só fomos a pé porque é legal. Esse rio divide o território Khorezm do Karakalpak e havia um posto policial ali, quase como se fosse uma fronteira entre países.
  • O deserto é lindo. Paramos em alguns pontos altos para ver o rio de longe. Estávamos na época das secas o que fazia o rio ficar pequeno, mas pelas margens era possível entender o colosso que é por volta de março, época das chuvas e degelo.
  • Apesar da aparência árida, não havia 1 m² sequer sem um arbusto de no máximo 1.5m de altura. Na estrada estávamos constantemente quase atropelando pássaros que pousavam e levantavam vôo. Vimos também alguns pequenos animais irreconhecíveis cruzando a pista. Ou seja, como todos os cantos desse planeta, esse deserto era o seio fértil de fauna e flora ricas e próprias.
  • Paramos para almoçar numa casa de chá no meio do nada. Imagine parar para comer numa estrada deserta no interior do Piauí. Deve ser parecido. A idéia era comer peixe do rio. Desceram um pão que estaríamos com sorte se fosse da semana passada e um molho de tomate pronto como entrada. Depois veio um pratão com postinhas de peixe frito. Comemos com as mãos e estava bem bom. 9500 sum para nós três incluindo chá, biscoitos, balas e moscas.
  • Ao longo de toda a estrada desértica, seja perto de alguma casa de chá ou no umbigo de um grande nada, havia incontáveis garrafas de plástico jogadas. Deduzimos que os carros passavam ali e as pessoas lançavam seus lixos imperecíveis aleatoriamente. Como aquilo não se dissolve espontaneamente, ao longo dos anos as garrafas se somavam aos milhares. Uma pequena marca na visão do deserto mas um profundo arranhão na ética dessa civilização.

O Algodão e Uma Breve Bukhara

  • Já perto de Bukhara, vimos a colheita e transporte do algodão. Paramos para umas fotos e Sacha puxou uma prosa com eles. Um deles veio nos dar um punhado de algodão mas mostrei que já tínhamos de outro pomar. Sua primeira ação foi pegar um de nossos chumaços e contar o número de sementes. Pelo jeito isso define a qualidade do algodão porque é da semente que se extrai o óleo, usado na culinária etc. Nunca tinha pensado nisso.
  • Chegamos umas 17:30 em Bukhara e saímos às 9:00 de Khiva. O hotel é do tipo luxuoso-dos-anos-70. No guia diz que ele é um marco da Bukhara soviética. É meio longe da cidade, as coisas não funcionam direito e cobram 5000 sum por hora de Internet. Uma calamidade de caro comparado a outros lugares.
  • Despedimos de Sacha, subimos ao quarto e cogitamos dar um mergulho na piscina mas estava em reforma. Então fomos bater perna e acabamos chegando na cidade velha, com suas casas baixas e muitas lojas para turistas.
  • Descobrimos um pequeno hotel-boutique num bairro que não era dos melhores mas ficava mais próximo do centro que o nosso soviético Palace. O recepcionista era muito simpático e eficiente. Mostrou um quarto que era realmente charmoso, saleta secular preservada, onde se comia etc. Perguntou do Brasil e detalhes de futebol que realmente não sabíamos responder. Não conte para ninguém mas o preço era $50 por noite e realmente valia a pena.

Jantar e Internet no Interior do Uzbequistão

  • Já anoitecia, a fome batia e voltamos ao hotel. Decidimos ir jantar direto no Pelican Cafe, indicado pelo Sacha e uns 800m do hotel. Era uma lanchonete decorada como americana, passava clipes americanos na TV e tinha uma freqüência jovem. Mandamos uma sopa solianka para a Tati e um spaghetti com vegetais para mim. E depois um sorvete com frutas. 7000 sum.
  • Na volta paramos numa LAN house e por 800 sum por hora acessamos a Internet por linha discada. Foi irritante (porque já não estamos mais acostumados) mas funcional.
  • Voltamos para o hotel e chapamos.

O’zbekiston

Eh assim que se escreve o nome do pais que eh muito diferente do nosso.

A coisa mais incrivel eh a etnia das pessoas, ou melhor dizer, a salada etnica delas. Eh russo loiro misturado com mongol e tartaro ouvindo musica americana na MTV. Nunca se perguntaram por que o negocio se “salada russa”? Poizeh, entendemos.

Estamos em Bukhara, chegamos hoje depois de viajar o dia todo pelo deserto, que eh sempre lindo.

Ja passamos por Tashkent que eh bem bonita e arborizada, e Khiva que eh uma cidade-museu. Tashkent tem um ar europeu com edificios stalinistas enormes, avenidas larguissimas e gente bonita.

A comida eh meio turca, meio arabe, meio carneiro e meio oleo. Daqui a 2 dias vamos chegar em Samarkand onde disseram ter o melhor sorvete do pais, ai minha dieta vai se equilibrar 😀

As coisas sao muito baratas. Se a gente se livrasse dessa nossa cara de turista, ia ser mais ainda.

Dia Livre em Khiva

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Quem Não Se Comunica Não Almoça Nem Dança

  • Perdemos o café felizes porque dormimos até tarde. Mas deram um jeito para nos servir umas 11:15. A Tati queria ver mais algumas coisas em Khiva e lá fomos nós.
  • Certa hora deu fome e fomos conhecer o bazar que ficava na parte de fora da cidade. Já tinham desmontado tudo mas vimos um lugar simplório que tinha um placa indicando ser uma casa de chá. Não era um lugar nem uma zona turística.
  • Havia uma moça extremamente bonita parada na porta e fomos entrando. Não havia ninguém comendo provavelmente por causa do horário. Quebramos os dentes para nos comunicar num esforço hercúleo de ambas as partes, até que a dona entendeu que queríamos ver o que ela tinha na cozinha. “Salat”, “nan” e “tchai” foram as únicas palavras que ambos entendemos. O resto que ela mostrou não nos interessou. Então acabamos comendo um pão caseiro bem bom, salada de tomate com cebola e coentro e chá verde.
  • Enquanto comíamos eles não paravam de nos olhar e coxixar de longe. Certa altura chamei alguém e vieram todos, a família toda com todas as crianças. Pedi que sentassem, principalmente a menina da porta que tinha realmente uma beleza e sorriso surpreendentes.
  • Nos divertimos tentando nos comunicar mas foi extremamente difícil. Com ajuda de papel e caneta descobrimos o nome e idade de cada um. A menina bonita parecia estar nos convidando para jantar em sua casa, mas foi tão confuso que pareceu improvável. Então tiramos um monte de fotos, e descobrimos que não eram uma família e que as duas moças só trabalhavam lá.
  • Nessas alturas a dona estava bêbada, começou a falar sem parar, não entendemos nada e para fechar a matraca dela pagamos com a mesma moeda: comecei a falar coisas aleatórias em português. Funcionou.
  • Cena surreal: meteram uma música e nos chamaram para dançar. Uma menininha tirou um monte de fotos.
  • A dona estava bem bêbada e ficava tentando agarrar todo mundo (Tati e Avi) falando “i love you”.
  • Começamos o ritual de despedidas e as moças pediram para que lhes enviássemos as fotos. Estiquei uma caneta e falei as palavras mágicas “e-mail” e “internet”. Elas disseram calmamente “no no, no internet”. Fiquei alguns segundos perdido pensando como iria enfrentar esse desafio enquanto elas escreviam seu endereço num papel. Fiquei mais calmo quando lembrei que existia uma coisa chamada correio físico e agora só faltava descobrir como usá-lo.
  • A conta saiu 1000 sum o que nos revelou o verdadeiro Uzbekistan — literalmente de 5 a 10 vezes mais barato comparado ao já barato circuito turístico.

Outras Aventuras em Khiva

  • Fomos nos aventurar por partes mais externas da cidade e descobrimos uma tal academia de ciências, mas o homem na porta ou não nos deixou entrar ou disse que estava fechado, ou não foi com nossa cara.
  • Voltamos para a muralha e achamos uma rampa para subir nela. Vimos a cidade do alto quando o sol já estava mais baixo.
  • Atravessamos para voltar ao hotel e no caminho tentamos descarregar a câmera para um CD. Cobraram 5000 sum, mais caro que a turística Jerusalém. Não topamos.

Jantar em Khiva

  • No hotel tomamos banho e esperamos a fome bater enquanto relembrávamos o dia. E ela bateu violentamente, o que nos arrancou do quarto em direção ao Farouk, restaurante bonitinho e a céu aberto que tínhamos visto de dia.
  • Não havia praticamente ninguém às 20:00 e começou o ritual de explicar que não comia carne e selecionar as opções. Mandamos ver uma salada oleosa mas boa de beringela, pão fresco, 2 tigelas de lakhman (lámen) e umas fatias de melancia. O lakhman estava bom, mas o serviço não: traziam só 1 guardanapo que tínhamos que dividir e precisei ir até a cozinha para conseguir sal e pedir a conta. Saiu 10100 sum incluindo o serviço, valor que tínhamos aprendido ser altíssimo para o interior do país.
  • Voltamos ao hotel, usamos o computador para transferir fotos para o pen drive da Tati. Internet nem pensar, era por linha discada, 33.6kbps, e não estava conectando. E fomos dormir.

Khiva com Timur

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Sacha e o Caminho de Khiva

  • Acordamos às 5h, fechamos as malas, comemos pouco, rápido e praticamente de pé e nos encontramos com o Sergey às 5:35.
  • Levou-nos ao aeroporto que era num prédio diferente e mais moderno que e o internacional.
  • Fizemos check in observando muitas pessoas tentando furar fila. O cartão de embarque era escrito a mão. Depois do raio-X respiramos o ar pesado da sala de espera devido aos fumante ansiosos que haviam lá.
  • A Tati cochilou no vôo, e eu não.
  • Urgench parecia um aeroporto desolado e saímos do avião a pé direto para o estacionamento de carros. As malas são entregues ali mesmo diretamente do carrinho que vinha do avião.
  • Encontramos o Sacha, nosso motorista de feições russas e dentes de ouro (só os 2 de baixo, e os outro era muito estragados) para os próximos dias. Seu inglês nota 3.5 não intimidava sua comunicação e falava sem parar. Era engraçado.
  • Tentei dormir um pouco esticado na van durante os 30km para Khiva, sem sucesso.
  • O hotel Malika (que significa rainha em uzbek, mas a Tatiana ficava fazendo trocadilhos do tipo “malika sem alçika”) ficava em frente a entrada da muralha da cidade antiga. Na recepção encontramos Timur, nosso jovem guia de 23 anos, com quem combinamos adiar para as 13h o passeio, para tentarmos dormir um pouco. Era 9:30.
  • Antes entramos pelo muro na cidade velha para um chá. Encontramos o Sacha no bar que pediu um café na nossa mesa e não pagou (provavelmente ficou escondido na nossa conta). Então tentou nos convencer em almoçar mais tarde nesse restaurante, tanto que pareceu que iria tirar vantagem. De qualquer forma era muito cedo para pensar nisso, não topamos e voltamos para o hotel.
  • Tati chapou, eu não. Só fiquei com dor de cabeça.

Timur e sua Khiva Khorezm

  • Às 13h nos encontramos com Timur no saguão e fomos caminhando até um restaurante que a Tati viu no guia (Zarafshan). Era aconchegante e sentamos num tipo de cama gigante com uma mezinha mais alta no meio. Timur nos ajudou com o cardápio, pedi 3 saladas e a Tati mandou ver um manti que parece um guioza no vapor.
  • Timur disse que já tinha comido mas comeu também. Tudo bem, porque foi bombardeado por perguntas sócio-político-étnico-econômico-religiosas e foi uma conversa legal. A conta deu uns 9500 sum.
  • Começamos então um longo city tour a pé, que durou 5 horas de longa conversa e histórias de Timur. Percorremos os principais monumentos e pequenas ruas empoeiradas e marrons de Khiva. O monumentos eram decorados com azulejos azuis (alma), verdes (islã) e brancos (paz).
  • Um lugar interessante foi a mesquita Juma Masjid com seus muitos pilares de madeira trabalhada. Um deles foi feito na Índia como premio pela vitória de um “Hércules” khorezm no campeonato mundial de luta. Continha divindades indianas escondidas em seus detalhes. Os Khorezm são uma minoria que vivem nessa região. Quando a Rússia definiu as fronteiras, seu território ficou dividido entre o Uzbekistan e o Turkmenistan.
  • Nesse lugar conversamos sobre religião e contei emocionado sobre o episódio da reza no deserto da Jordânia.
  • Em algum lugar Timur mostrou um poço de água a moda antiga. Pode-se encontrá-los em várias partes da cidade e essa água subterrânea é o que deu origem a Khiva. Ele puxou um balde de água que era limpíssima e bem fria. Eu a provei e tinha gosto mineral.
  • Às 17h fomos assistir um show khorezm típico numa casa de chá. Eu dancei junto e foi muito interessante.
  • Uma menina que tocava acordeon no grupo era lindíssima e perguntamos sobre ela ao Timur, por que não namorava ela etc. Ele contou que ser músico em Khiva era um tipo de subemprego, a posição social dela era complicada e isso dificultava as coisas.
  • Compramos ali umas sedas artesanais feitas a mão, depois da tradicional pechincha. E no caminho para o hotel Timur nos levou para outras lojas onde havia CDs e VCDs de dança. Não compramos mais nada.

Jantar com Intercâmbio Cultural Portátil e Digital

  • Num Bed-and-Breakfast perto da saída da cidade Timur combinou um jantar para nós pois era alto e tinha vista. Iríamos voltar lá às 20:30.
  • Acompanhou-nos até o hotel, cochilamos forte no quarto e tomamos um banho de pouca água, o que nos atrasou para o encontro com Timur às 20:20 no saguão.
  • Chegamos no restaurante atrasados e o proprietário reclamou! Serviram as saladas, um pão não fresco, uns pasteis de carne e de batata que tinham sido fritos horas atrás, chá, água e amendoim doce, uvas passa, peras e maçãs para sobremesa por 5000 sum por pessoa. Timur, nosso guia simpático, disse que só ia nos acompanhar mas filou novamente. Cobraram 10000 sum como que só para 2 pessoas.
  • Ao longo do dia fizemos um intercâmbio turístico, histórico e cultural. Mas agora era hora do intercâmbio digital. Bluetooth ativado em nossos Nokias e lá estávamos a trocar MP3s de nossos países. Timur recebeu Sa Grama, Pau Brasil, Titane, João Gilberto, Sa & Guarabyra e Paco de Lucia. Faltou Ulisses Rocha, Zé da Velha e outros mas ele não tinha mais memória. E eu recebi alguns MP3 khorezm e fotos. É assim que tecnologia derruba fronteiras.
  • Voltamos felizes para o hotel e dormimos profundamente até às 10:30 do dia seguinte.

Tashkent Turística

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  • Acordamos umas 7:00.
  • O café no hotel tinha pães típicos um pouco secos, peras, maçãs, frutas secas, tomate e pepino frescos, um queijo branco e outro amarelo que eram bastante mixurucas, frios, uvas, sucos de maçã e outra fruta que não soubemos identificar mas que tinham um sabor diferente e bom, cereais simples, leite, iogurte, coisas que estavam entre compotas e geléias de diversas frutas, croquetes fritos de frango e carne, panquequinhas recheadas de carne, arroz cozido no leite que não era doce e rabanada que também não era doce. Haviam ovos expostos provavelmente indicando que poderiam ser requisitados. O café em si era dissolvido em água quente mas havia uma máquina de expresso lá. Foi uma refeição suficientemente boa.
  • Vimos o carro do Sergey lá fora e fomos atrás dele. Aí apareceu a Natascha, nossa guia, e nos cumprimentou. Seu inglês era compatível com o nosso. Ela era filha de russos mas nasceu e viveu em Tashkent a vida toda.
  • Levaram-nos primeiro a um belo jardim chamado Victory Park na beira do rio Bozsu, de águas verdes e rápidas. Havia um memorial à independência de 1991 e um museuzinho que não entramos.
  • Obviamente bombardeamos ela com perguntas sócio-político-étnico-econômico-religiosas, e perguntamos como soa a língua uzbek. Ela foi atrás de umas senhoras com traços mais ou menos tártaros que passeavam por lá e pediu para abrirem a boca. E elas falaram frases simples mostrando seus inúmeros dentes de ouro. Foi o momento mais alto do dia até aquela hora.
  • Perto do jardim ficava a monumental antena de TV cuja arquitetura continha um tripé de tamanho colossal. Parecia um míssil pronto para ser lançado.
  • Depois fomos a um monumento tocante no epicentro do terremoto de 1966 que consistia do chão rachado e uma família parando o terremoto com um gesto sereno. Escultura monumental stalinista, mas bela.
  • Atravessamos um rio que era a divisa entre a cidade nova onde estávamos, e a velha, para onde íamos.

Tashkent Antiga e o Primeiro Corão

  • Fomos a um complexo de edifícios renovados de arquitetura islâmica típica do Uzbekistan. Fica na parte antiga da cidade, pois Tashkent sempre foi um lugar de passagem e troca de mercadorias. Além das ruas labirínticas de terra batida do século XVI, visitamos a madrassa e mesquita renovadas após a independência (e a retomada da fé islâmica).
  • Um dos edifícios continha exposto a Corão mais antigo que existe, escrito poucos anos após a morte de Maomé. Trata-se de um livro enorme com páginas papel de seda de ± 1m². Cada página continha umas poucas frases escritas em caligrafia grossa, grande e bem espaçada. Era proibido fotografar e tivemos que tirar os sapatos para chegar perto.
  • Andamos pelo bairro antigo, onde todas as casas são cercadas por grandes muros para que o pessoal de fora não soubesse a situação econômica de seu dono. Cada casa esconde um pequeno quintal com árvores frutíferas que pode revelar uma pequena jóia.
  • Natascha contou sobre os rituais de casamento, a proteção dos mais velhos, a mudança dos tempos e o fim do comunismo.

Bazar, Almoço e Outros Pontos Turísticos

  • Fomos para o bazar que parece a Feira do Ver o Peso de Belém. Era muito grande. Havia partes abertas que vendiam frutas e legumes, sapatos, roupas, temperos, e uma construção redonda muito interessante onde se vendia nozes, frutas secas, queijos (todos iguais e azedos), picles de vários tipos, conservas, legumes pré-fatiados-na-hora, condimentos, em 2 andares. Todos os bazares tem 2 andares: um para comidas, outra para roupas e outras coisitas. Por exemplo, 1kg de castanha de caju custava, sem pechinchar, 13000 sum ou $10, ou R$20, um pouco mais barato que no Brasil, terra do caju.
  • De lá fomos para uma antiga madrassa que foi transformada em um centro de artesanato onde artesãos mantinham seus estúdios e lojinhas. Todos faziam exatamente as mesmas coisas: caixinhas pintadas da forma tradicional, pinturas islâmicas simétricas de grande precisão e detalhe, e também os mesmos temas em papel de seda ou papiro antigo. Era lindo mas encheu o saco ver tantos artesãos fazerem a mesma coisa com diferenças somente técnicas.
  • Então fomos almoçar no Credo, restaurante estranhinho indicado pelo Sergey. Mesmo sendo domingo, estava praticamente vazio. Comemos umas saladas, carneiro e uma pizza frita de cheiro verde e um queijo meio estranho. Sorvete com nozes no final e chá verde com limão que parece o refrigerante Feel Good do Brasil.
  • Fomos ao pequeno museu de artes aplicadas na parte nova da cidade já com muito sono. Vimos sedas, tapetes, roupas tradicionais, madeira esculpida, cerâmica, instrumentos musicais, jóias, etc. A casa era do diplomata Alexandrovich Polovtsev em 1907 e havia pertencido a algum judeu que a reformou com inserindo alguns temas judaicos como Estrelas de David.

Jantar Turco

  • Fomos para o hotel umas 17h e chapamos até umas 19h.
  • Acordamos e decidimos jantar no Istambul, atravessando a rua do hotel, um turco que a Natascha indicou. Antes de chegar lá demos uma volta numa praça com lago e chafarizes e bares de espeto e de bêbados em volta.
  • No Istambul foi divertido pedir comida. Turcos fumantes se amontoavam para assistir um jogo de futebol na TV. Mandamos ver um prato de vagens, salada de pepino e tomate, e pepino com iogurte (a minha receita é melhor), acompanhado de um pão perigosamente gostoso. A sobremesa foi um preparado de semolina com nozes que minha mãe também sabe fazer.
  • Voltamos para o hotel pela passagem do metrô e demos uma espiada.
  • Já no quarto percebemos como fedíamos a cigarro. Fizemos parcialmente as malas e tentamos dormir. A Tati obviamente conseguiu, mas eu não por causa da soneca da tarde. Passei a noite em claro e sofri no dia seguinte.

Chegando em Tashkent

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Aflição com o Passaporte

  • Pousamos em Tashkent.
  • Na imigração havia 4 guichês e nenhuma coordenação de ordem. As pessoas simplesmente se amontoavam para serem atendidas, sem fila nenhuma. Nunca vi isso.
  • Precisávamos tirar visto mas ninguém nos atendia. Esperamos mais de uma hora até todos terem o passaporte carimbado.
  • As vezes passavam policiais fardados do aeroporto sempre com carimbos pendurados na cintura ao invés de armas. Era engraçado.
  • Um cara de crachá apareceu e falou a palavra mágica: “visa”. Foi o suficiente para darmos nosso passaporte. Falou para esperarmos aí e desapareceu na multidão. Bateu medo, arrependimento e frio na barriga. Não podíamos ter dado o passaporte tão levianamente.
  • Outro cara voltou 10 infinitos minutos depois com os passaportes com visto e cobrou $60 por cada um.
  • Carimbamos os passaportes, pegamos as malas e nos juntamos a multidão quase inerte que precisava passar pela alfândega, também sem nenhuma ordem de fila.
  • Passamos pela alfândega e saímos para a parte externa do aeroporto que parecia o de Ilheus, Bahia. A Tati sentia cheiro de cravo. Pousamos às 7h, saímos do aeroporto às 10h. Bem eficiente.

A Moeda Engraçada

  • Encontramos com o Sergey que nos levou ao Hotel Uzbekistan (mapa). Ele falava pouquíssimo inglês mas era simpático.
  • A primeira impressão da cidade lembrou as capitais do norte como Belém, com suas árvores gigantes.
  • O hotel tem porte stalinista mas a fachada é inteira rendada lembrando temas islâmicos.
  • O carregador tinha pele literalmente rosa com olhos muito claros e as recepcionistas totalmente orientais, muito simpáticas, falavam inglês e atravessamos o grande saguão para falar com elas.
  • Fizemos check in, subimos, tomamos banho e dormimos das 11 às 14:30. O quarto era enorme, a cama também.
  • Fomos trocar dinheiro no hotel mesmo. $1=1274 sum. Mas a maior nota é de 1000 sum e ao trocar $100(=127400 sum) saímos com um incômodo bolo de 15cm de altura em notas. A maior cédula do país, de 1000 sum, comprava uma garrafa de água de 2 litros no hotel. É como se a maior cédula no Brasil fosse de R$5, talvez até menor.

Tashkent Soviética e a Primeira Refeição

  • Saímos para andar. Ruas e edifícios enormes, arquitetura monumental, parece Brasília com um toque de Stalin e um pezinho no oriente.
  • Andamos por uma rua muito larga com árvores enormes e um parque em um de seus lados. Havia uma estátua de Amir Timur, herói nacional do século XIV.
  • Entramos num lugar chamado Mir Burger, anexo ao Mir Stores — um tipo de supermercado com pequeno shopping no andar de cima, onde compramos pasta de dente — mas além de sandwiches haviam outros tipos de comida.
  • No andar de baixo havia o tal Restaurante Anatólia e pudemos montar pratos com vagens, feijão, espinafre com arroz e bolinho de carne com batata. Era gostosinho e lembrava a comida búlgara — ½ eslava, ½ turca — de minha mãe.
  • Uma avenida dava em um tipo de Esplanada dos Ministérios com avenidas, calçadas e jardins larguíssimos e bem cuidados. Conseguimos ler o nome do Ministério das Finanças em alfabeto cirílico. A segunda coisa que conseguimos ler foi СИМРСОНС (Simpsons, propaganda do filme).
  • Zanzamos por lá admirados com a arquitetura de coisas gigantes e principalmente com a variedade étnica e cultural das pessoas. Era mais interessante fotografá-las do que as paisagens. E seu temperamento muda tanto quanto seus traços: alguns são solícitos e simpáticos, outros são rudes, desinteressados ou desdenhosos. Ou pode ser só choque cultural mesmo…
  • Pode-se identificar as etnias pelas roupa (quem conhece). há chapéus quadradinhos, chapéus redondos, chapéus mais muçulmanos ou mais chineses. Para as mulheres, vestidos em geral longos e brilhantes, como se fossem a Scarlett Ohara com vestido do sofá da vovó. Mas tem aquelas moderninhas que se vestem com jeans ou micro saias, sempre cheios de brilhos. Aquele amor oriental por tudo que brilha, porque mesmo o que não é ouro, reluz.
  • A Tati ainda dormia de pé e fomos voltando para o hotel ao anoitecer.
  • Paramos para um café ruim num lugar na praça que parecia um coreto de nossas cidades do interior: totalmente aberto, alto e com tudo de mármore.
  • E lá perto havia uma feira de quadros como o da antiga Praça da República. Mas as pinturas em geral eram bastante bregas.

Jantar Típico e “Caro”

  • Descansamos um pouco no hotel, assistimos Fashion TV, tomamos outro banho e pedimos sugestões de restaurantes típicos.
  • Escolhemos o Caravan porque disseram ser típico e com música típica ao vivo, mas precisaríamos de um táxi.
  • 3000 sum depois, o taxista do hotel nos deixou lá, numa rua de bairro larguíssima e que ele fez questão de lembrar que sediava o consulado de Israel.
  • O restaurante era bem decorado com antiguidades e tinha vários recintos, alguns com mesas com sofás aconchegantes. Sentamos na parte de fora perto da música ao vivo que não era tradicional coisa nenhuma. Jazz meio vagabundo e tocaram até Pantera Cor de Rosa.
  • Para um sábado a noite, o restaurante estava bastante vazio, e havia mesas só com mulheres um tanto vulgares.
  • Depois ficamos sabendo que o lugar era considerado muito caro. 2 cumbucas de saladas boa e outra ruim, 1 chá gelado com berries, 1 pão tradicional, 1 somsa de espinafre (bureka com massa gorda) e 2 sobremesas (prato de frutas secas e maçã assada com pistache) saiu por 21000 sum, ou menos de $20.
  • Ligamos para o taxista Sunat vir nos buscar e voltamos para o hotel quase meia noite.

Towards Central Asia

Tomorrow we are traveling to Uzbekistan, Kyrgystan, Kashgar in China and a few days in Moscow.

Central Asia Map

When I tell this to people their first reaction is always “WTF are going to do there?”. Well, I try to reroute this question to my girlfriend, because I am still not sure. I even don’t know how she convinced me to do this trip. But with her company everything will be a pleasure.

I’ll try to blog the most I can from there, but I guess this region and some parts of Africa are the most remote locations in the world, so I can’t promise any single post.

São Paulo dos Vegetarianos

Minha São Paulo é uma cidade lotada de restaurantes vegetarianos, como uma cidade cosmopolita não podia deixar de ser. Temos mais de 50 catalogados !

A maioria segue o padrão sirva-se-e-coma-a-vontade, e não passam de R$10 ou R$15 por pessoa, geralmente com bebidas e sobremesas incluidas. Isso os faz ter o melhor custo-benefício entre os restaurantes, e são uma ótima opção também para os não-vegetarianos.

A lista abaixo é um resumão de um movimentado tópico na comunidade São Paulo do orkut.com, e que continua crescendo com a ajuda da comunidade dos Paulistanos Vegetarianos, do mesmo Orkut. Está ordenada por P.N. e provavelmente inclui todos os restaurantes vegetarianos de São Paulo, porque várias pessoas contribuem constantemente. Deus salve as comunidades.

Se você conhecer algum que não está aí, ou que esteja com informação imprecisa, por favor deixe um comentário. Esta lista só será melhor ainda se você continuar contribuindo para ela.

Este mapa interativo contém todos os restaurantes da lista. Encontre a região desejada e veja clique nos ícones para ver os restaurantes próximos. Mantenho ele publicamente disponível no Google Maps.
Exibir mapa ampliado

Mapa de Restaurantes Vegetarianos


Permalink desta parteMaha Mantra

R. Fradique Coutinho 766, na metade do quarteirão após a Inácio Pereira da Rocha (ou o Galinheiro), Vila Madalena. 3032-2560. www.mahamantra.com.br

Sem dúvida o melhor vegetariano de São Paulo, ou do mundo (conferido no México, Amsterdam, Munique, Paris, New York e outras cidades).

A cozinha mistura receitas indianas com idéias de cozinhas de outras civilizações. O resultado são soberbas feijoadas, babaganushes, dhals, etc. Alho e cebola não são usados porque atrapalham a prática da meditação.

Abre mão do excesso de opções para concentrar as delicias, desde a simples salada até o prato mais sofisticado. Os chutneys, especialmente os de manga e abacaxi, sempre se superam. Entre as bebidas, prove algum lassi (yogurt batido com água de rosas com opção de alguma fruta) ou deixe-o para a sobremesa, pois ele não mata a sede.

Falando nisso, as sobremesas não estão incluidas no preço, e o pudim de yougurt com calda de frutas vermelhas vale a pedida pela leveza.

R$11,50 por pessoa durante a semana e R$17 sábado e domingo. Sobremesas e sucos não inclusos.

Atualização 3/08/2008:

Depois de muito tempo voltei ao Maha Mantra para almoçar ontem. Descobri que mudou de dono e agora Fernando e Mariana tocam simpaticamente o lugar.

A comida continua espetacular, com ênfase no sabor indiano e temperos marcantes. Fernando me atualizou que os vegetais agora são orgânicos e vêm muito frescos de uma fazenda de Morungaba. É verdade, fresquíssimos.

O pudim de yougurt na sobremesa continua sensacional. E os chutneys, ah os chutneys…

A partir de 15/08/2008 o Maha Mantra abrirá nas noites de sexta e sábado servindo um buffet se sopas e saladas e opções no cardápio. Especificamente no dia 15/08, a partir das 18:30, haverá uma cerimônia do fogo para inaugurar essa nova atividade. Não vou perder.


Permalink desta parteGaia Gourmet Vegetariano

Rua Cônego Eugênio Leite 1152. Pinheiros. 3031-0680

Mande um e-mail para gaiavegetariano@ajato.com.br e receba diariamente o cardápio do dia. Escrevi um artigo rasgando a seda para o maravilhoso Gaia Gourmet aqui.


Permalink desta parteFlor de Mamão

R. Tutóia 126, esquina com Rua Manoel da Nóbrega. 2609-7347

Um oásis vegetariano numa parte da cidade que realmente fazia falta: perto do meu trabalho.

Por R$15 come-se a vontade diversas opções de saladas, quentes, sopas, sucos e sobremesas. A maioria é vegan, mas há sinalização onde há leite e ovos. Havia uma kafta de repolho no dia que fui que estava simplesmente estupenda. A simples sopa de ervilha também era imperdível. O que me chamou a atenção foi a originalidade das receitas, fora do espaço comum. As diversas sobremesas eram fortemente baseadas em frutas e excelentes também.

A casa tem 2 andares com muitas saletas e serve-se no térreo. É decorada com leveza e a música ambiente é MPB e às vezes do tipo inspirativa. Vendem também grãos, pães e livros de Paramahansa Yogananda.


Permalink desta parteGopala Prasada

R. Antonio Carlos 413, Perto da Av. Paulista. 3283-3867

Há fila no almoço, que é compensada pelo visual da espera, com pétalas de rosas no chão e decoração indiana. Não é self-service. Senta-se e escolhe-se o prato entre 2 opções. Os sucos são divinamente especiais, misturando frutas com essencia de rosas. A comida é satisfatória. Come-se em pratos e copos de metal, que remetem a Índia. Em indi, prasada significa refeição (aprendi isso em Nova Gokula, dos Hare Krishna :-). R$10 com tudo incluido, de 2ª a sábado.


Permalink desta parteBio Alternativa

Al. Santos 2214, quase esquina com a Augusta, ironicamente ao lado do McDonald’s, e em frente ao Galeto’s e Habib’s. 0800-556-876

Segue a linha supernatureba, e acho que não usam ovos nem leite e derivados. Receitas originais e gostosas, com opções de patês e pães. R$14 o buffet. Bebidas e sobremesas a parte.


Permalink desta parteVegethus

R. Padre Machado 51, perto do metrô Sta. Cruz, Vila Mariana. 5539-3635.

95% vegan, e o que não é fica em evidência com as plaquinhas ao lado de cada prato. Tudo parece feito com amor e atenção. Tive a impressão de ver mais sobremesas que pratos quentes, sendo a maioria baseado em frutas em calda e compotas. O bolo de fubá estava impressionante.

Num domingo de feriado, 14:00, ameaçaram espera de 10 minutos, mas só esperei 2. Há uma lojinha com livros e coisinhas lá dentro.

George Guimarães, o proprietário, é um grande ativista do vegetarianismo, proferindo palestras etc. O restaurante é usado para uma série de eventos, jantares, pic-nics externos, com agenda mensal, tornando-o um centro social para vegetarianos. A última que se tem notícia é o autêntico Jantar Junk Food, com junks tipo hamburguers, cachorro-quente, frituras, bebidas gaseificadas, e outras porcarias em sua versão vegetariana a uns R$8 por pessoa. Informações no próprio restaurante e no site.

R$11 com sucos e sobremesas. Só almoço. Fecha sábado. Pode abrir para eventos especiais.


Permalink desta parteApfel

R. Bela Cintra 1343, entre Al. Santos e Al. Itú, Jardins. 3062-3727.

Destaque para a PVT (proteina vegetal texturizada, ou carne-de-soja), que é a melhor que conheço. R$10 por pessoa, sucos e sobremesas incluidas.


Permalink desta parteApfel no Centro

R. Dom José de Barros 99 1o. andar, Centro. 3256-7909


Permalink desta parteAlcaparra

Av. Pompéia 2544, metros antes da Heitor Penteado, Pompéia. 3672-7674

Bom e simples, sem nenhuma especialidade nem pratos superoriginais. Ótimo para quem está por perto e quer comer bem. Há uma lojinha anexa de livros exotéricos, e produtos natureba. R$10 no buffet, com boas sobremesas incluidas.


Permalink desta parteCachoeira Tropical

R. João Cachoeira 275, depois da Pedroso Alvarenga, perto da Av. 9 de Julho, Itaim. 3167-5211

Provavelmente o mais conhecido e o mais cheio de opções. É o mais lotado também, com risco de espera. Tudo está incluido no preço do buffet, e pode-se escolher sobremesas com ou sem açucar, com ou sem gelatina (derivado animal). Criaram a pouco tempo um anexo similar, só que com uma opção de carne leve, como peixe ou frango. É ainda mais lotado. Uns R$9 pelo buffet.


Permalink desta parteLá Na Quitanda

R. Rodésia 128, perto do Forum, Vila Madalena. 3097-0410.

Os clientes da região fazem-no o mais descolado dos vegetarianos, que por sua vez contrasta com seu visual: fica nos fundos rústicos de uma verdadeira quitanda! Não bastasse o charme, a comida é muito boa também. R$10 com tudo incluido. Das 12h às 16h.


Permalink desta parteCheiro Verde

Peixoto Gomide 1413, entre Al Franca e R. José Maria Lisboa, Jardins. 289-6853

Ambiente bonito e agradável. Usam muita batata e muito queijo, o que lhes esconde a falta de originalidade. É a la carte e muito caro, se comparado aos outros vegetarianos. Sempre aparece bem colocado nos guias oficiais de restaurantes, talvez pq fez fama entre famosos carnivoros, que não ligam para vegetarianos. Vale a pena uma vez, para conhecer, e só.


Permalink desta parteBio Alternativa em Higienópolis

R. Maranhão 812, perto do Shopping Higienópolis.

É o primeiro da rede Bio Alternativa, e fica sobre uma grande loja de produtos naturais.


Permalink desta parteOrange

R. Batataes 388, entre Joaquim Eugênio de Lima e Al. Campinas, Jardins. 3885-3384.

Destaque para os sucos especiais, e comida leve e saborosa. R$11. Somente dias úteis.


Permalink desta parteAspargus

Av. Paulista 352, perto do metrô Brigadeiro, dentro do prédio ao lado do Fran’s Café.

Alguém relatou que viu o cozinheiro saindo da cozinha com vassoura na mão, correndo atrás de camundongos. R$9,90, só em dias úteis.


Permalink desta parteNutrisom

Viaduto 9 de Julho, 160, sobreloja. Perto da Av. Consolação com a São Luis. 3255-4263.

Só almoço e fecha aos sábados. Funciona domingos e feriados. Comida sem pretenções e atendimento simpático. R$13,90 com sucos, chás e sobremesas (algumas a vontade, outras não).


Permalink desta parteSabor e Saúde

Luis Coelho 214/222, entre Bela Cintra e Augusta.

Várias opções no buffet, mas nada supersaboroso. Se você estiver na região, o Gopala Prasada é uma opção mais autêntica.


Permalink desta parteLagoa Tropical

Borges Lagoa 406, atrás do Hospital São Paulo. Vila Clementino. 5579-9228.

Só almoço, fecha sábados.


Permalink desta parteInstituto de Desenvolvimento da Consciência Humana

R. Correia Dias 161, perto do metrô Paraiso. 5083-1930. http://www.idch.art.br.

É uma espécie de centro cultural alternativo, com festas, aulas de yoga, etc. Parece que deixou de ser um restaurante e virou uma lanchonete a noite. Mais informações sobre o restaurante, com cardápio e tudo.


Permalink desta parteFlor de Liz

Rua Doutor Cândido Espinheira, 643, Perdizes. 3676-1615. Diariamente, 11h30 às 16h. Loja: diariamente, 9h às 16h.

Há opções com peixes e frango tb.


Permalink desta parteMoinho de Pedra

R. Francisco de Morais, 227. 5181-0581.

Almoço de 2ª a sábado. Um dos VGs mais longínquos da cidade, perto do monumento ao Borba Gato.

Prepare-se para enfrentar longas filas para se servir (eu pelo menos peguei num sábado, 29/08/2009). Escolhe-se entre duas opções de prato do dia, com direito a salada de entrada por uns R$27, ou as outras coisas do cardápio. Não é self-service-coma-a-vontade e a bebida é a parte.

A comida é muito boa, o ambiente agradável e a frequência contempla todas as tribos, incluindo muito praticantes de yoga, gente saudável e bonita.

Na entrada há uma loja de orgânicos e coisas naturais. Começamos o almoço com um pão integral com castanhas do pará pescado ali que estava bem bom.

É um restaurante bom e prático para quem mora na região de Santo Amaro.


Permalink desta parteMoema Natural

Al. dos Arapanés, 1456 – Moema
Al. Jauaperi, 1332 – Moema

Achei que era vegetariano, mas mantém uma opção de frango. Sobremesas e bebidas não incluidas no buffet.


Permalink desta parteMercearia Alternativa

Fradique Coutinho 910, quase com a Inácio Pereira da Rocha, em frente a Livraria da Vila e ao lado do Fran’s Café, na Vila Madalena. 3816-0706


Permalink desta parteArroz de Ouro

Largo do Arouche, 88, Centro. 223-0219. Dia 31/Jan/2008 passei lá e observei que este restaurente fechou.

Este restaurente fechou.


Permalink desta parteBio Natural

Av. Paulista 2073, Conjunto Nacional.


Permalink desta parteBiosfera

Av. Higienópolis 618 (na praça de alimentação do Shopping Higienópolis). 3823-2855


Permalink desta parteCio da Terra

R. Mairinque 163, Vila Clementino. 5572-2054

Tem loja de produtos naturais.


Permalink desta parteMosteiro Dévakan

Pça General Gentil Falcão 86. Brooklin. 5506-3875

R$9,00 pelo prato do dia, R$7,50 salada Oceano, e R$2,50 o salgadinho.


Permalink desta parteSatori

Praça Carlos Gomes 60, 1° andar. Liberdade. 3242-9738.

Não abre aos domingos


Permalink desta parteÁsia Veg

R. Avanhandava 378 (com 9 de Julho), Bela Vista ou Centro. 6841-1945.

Culinaria asiática vegetariana no centro, principalmente para delivery. Yakissobas, yakimeshi, bifun e chop-suey a R$5,00 e R$1,00 a mais com tofu defumado. Opções de lanches, salgados, sucos, doces, chás, e até pão de mel vegano a preços muito bons.


Permalink desta parteSorveteria Soroko

R. Augusta 305, lado centro, em frente a um muro, perto da rua do Mackenzie. 3258-8939.

Sorveteria que tem opções com e sem leite (vegan). O vegan abóbora com côco impressiona, enquanto que o abacate com leite é intragável.

Servem também açaí na tigela. Se você é vegan, prefira os sorbets (sem leite) da Sotto Zero, Offelê ou outras sorveterias melhores. Sistema self-service por quilo, por uns R$16 o quilo. A regra da casa é não fazer degustação, diferente da Sotto Zero ou Offelê, por exemplo, onde esta prática é deliciosamente liberada.


Permalink desta partePizzaria Vegan

R. Guaricanga 135, Lapa. 3982-3030, dimiveg@yahoo.com.br. Pede-se ligar antes para reservar.

Usam requeijão de soja, PVT, produtos orgânicos da feira do Parque da Água Branca. Há também esfihas integrais. Sábado a noite (20:30 às 0hs), sistema rodízio com 5 sabores a R$10 com sobremesa incluida. Sábados e domingos coma a vontade no almoço (12:00 às 16:00) incluindo sobremesa, e sucos a parte. Criança acompanhada de adulto pagante não paga. Pede-se ligar antes para confirmar presença.


Permalink desta parteIntegrão

R. Joaquim Antunes 377, Pinheiros. 3085-3703 e 3088-3335

Almoço e jantar de 2ª a 6ª e almoço aos sábados.


Permalink desta parteLótus

R. Brigadeiro Tobias 420, esquina com Senador Queiroz, Luz. 229-5696 ou 229-6769

Vastíssima mesa de opções de saladas e pratos quentes inspirados na culinária chinesa. As opções que levam leite e ovos estão marcadas, o que o torna prático para vegans. Comida saborosa mas muito carregada em frituras. Sistema a kilo, onde os bons garfos, acostumados a comer a vontade em outros restaurantes do gênero, acabam pagando caro.

Refrigerantes e sobremesas (nada naturais) não incluidos, apesar de que há frutas no buffet de saladas.


Permalink desta parteCreatyvo

Av. Padre Antonio José dos Santos 1512, Brooklin. 5505-9400.

Sistema a la carte. Segunda a sábado das 12:00 às 15:30. A noite (terça a domingo a partir das 18:00) vira pizza-bar com bons sabores.


Permalink desta parteFulô

R. Haddock Lobo 899, esquina com a Alameda Itú, entre a Av. Paulista e R. Oscar Freire. Estacionamento conveniado está situado à R. Haddock Lobo, 867 (R$ 4,00). 11-3081-7769.

Diariamente temos um cardápio executivo com pratos vegetarianos e veganos. No almoço servimos duas opções de entrada e 3 opções de pratos quentes por R$18,70 ou R$ 22,00, com a sobremesa.

No jantar, a sugestão do chef inclui entrada, prato principal e sobremesa por R$ 27,00.

Horário de funcionamento:

Terça a Sexta das 11:30 às 16:00 e 19:30 às 23:30 h

Sábados e feriados das 12:00 às 18:00 e 20:00 às 23:30 h

Domingos das 12:00 às 18:00 h


Permalink desta parteSattva

R. Consolação 2904, Centro. 3083-6237 / 3062-7239.

Um dos poucos que abrem a noite. Pena que a comida a la carte não é aquelas coisas. Usam muita batata.

Prestam também um serviço de emagrecimento baseado em cardápios semanais.


Permalink desta parteVivenda Silvestre

R. Arandu 407, Brooklin. 5507-2704 e 5506-8944

Só almoço, fecha sábado.


Permalink desta parteAlfredo

Largo do Café, 14. 11h-15h. 3104-9970.

Self-service a vontade com sobremesas e sucos incluidos.

Primeiro andar é um restaurante vegetariano, e no segundo um natural.


Permalink desta parteLila

R. Ivorá 23, Morumbi. 3746-5803

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteDemether

R. Verbo Divino 1519, Santo Amaro. 5182-9118

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteManipura

R. Fidêncio Ramos 49, Vl. Olímpia. 3849-0201


Permalink desta parteBioqualitá

R. Cardoso de Almeida 1457, Perdizes. 3801-4406


Permalink desta parteSafra

R. Venceslau Bras 86, Centro. 3241-5378

Almoço de 2ª a sábado, a quilo e com uma sobremesa grátis.


Permalink desta parteDelícia Natural

R. Albion 193, Lapa

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteFamily

R. Riachuelo 100, Centro. 3104-5621

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteBoa Saúde

R. Tobias Barreto 809. 6605-6452.

Só almoço, fecha aos sábados.


Permalink desta parteGrano Vegetariano

granoencomendas@gmail.com, 3885.6510 ou 9679.5910

Produtos congelados para estocar, resfriados ou quentes para consumo imediato. Oferecemos produtos lactos ou vegans. Mande um e-mail para receber o cardápio ou fazer encomendas.


Permalink desta parteCéu Natural

R. Hideo Sugyama 70, Jabaquara. 5034-3719


Permalink desta parteViva Melhor

Rua Silvio Penteado 08, Brás. 3313-2110, veganas@terra.com.br

Totalmente vegan. Funcionamento de segunda a sexta-feira das 9h00 às 18h00. Aos sábados das 9h00 às 17h00


Permalink desta parteRecanto Vegetariano

Rua Florida, 1442, Brooklin. 5506-8944 ou 5507-2704.

Ainda não os conheço, mas parecem ser muito preocupados com qualidade e higiene. Seu site é bem feito e divertido. Segundo alguns leitores deste blog, verduras e legumes são excelentes pois são de produção propria e sem agrotoxicos.  Eles tem uma horta com 18.000 metros quadrados.


Permalink desta parteCiência e Natureza

Av. Eng. Luis Carlos Berrini, 1127. 5505-1461

Segunda à sexta das 11:30 às 15:30. Entrega lanches em domicílio das 10 às 18 horas.


Permalink desta parteEspaço Natural

Av. Cotovia 900. 5096-1301

Diariamente das 11:30 às 16 horas inclusive feriados.


Permalink desta parteAna Gouveia

R. Botucatu 693. 5579-4983

Segunda à sexta das 11 às 16 horas. Chá das 16 às 18 horas.


Permalink desta parteSabor Ético

R. Arthur de Azevedo 980, Pinheiros, a duas quadras da Henrique Schaumann. 3062-9917 e 3063-5344.

Vegan orgânico que oferecen chá da manhã, almoços e lanches diariamente, e pizza no sábado a noite, tradição trazida de seu antigo endereço na Lapa. Segunda a sexta até as 18h, sábado a partir das 19h.


Permalink desta parteMandala

Rua Anésio Pinto Rosa, 63 – Brooklin (entre as av. Luiz Carlos Berrini e av. Nova Independência). 5102-4381

Inaugurado no final de fev/2005, oferece comida lactovegetariana védica, feita por monges Hare Krishnas. Além dos pratos tradicionais como bife vegetal, arroz dal (feijões e lentilhas com especiarias) e também das massas, como lasanhas, panquecas e koftas (almôndegas vegetais ao molho) , pode-se comprar os pães integrais feito todos os dias. Após o almoço, há um cantinho especial para relaxar, com música tranqüila, energética e propícia. O restaurante funciona de seg. a sex. no horário do almoço, até 15:00 hs. São duas opções de pratos por dia, sendo que se pode pedir parte de um e de outro, podendo repetir o quanto quiser. O prato custa R$12,00. Inclui saladas, sucos e sobremesas. O ambiente é agradável e bem decorado e a comida muito saborosa (segundo minha opinião). Aceitam cartão Visa (não sei se outros).


Permalink desta parteTemplo Zu Lai

Estrada Municipal Fernando Nobre, 1.461 (Rod. Raposo Tavares km28, saindo a direita seguindo as placas para o templo). 4612-2895.

Considere isso mais que um almoço, mas uma agradável visita a este belíssimo e exuberante templo budista. O objetivo deste lugar não é ser um restaurante. A comida é oferecida como um serviço secundário aos visitantes e aos que vão orar no templo. O almoço é servido até as 14:00 e há filas. Os alimentos são simples e lembram comida chinesa, distribuindo-se entre saladas, preparados de legumes, sopas, tofu e PVT. Os R$10 por pessoa incluem almoço a vontade, alguma fruta e água. Outras bebidas e pães-doces a parte. Há uma cafeteria também vegetariana no templo, onde pode-se sentar ao ar livre. Visite também o museu budista e informe-se sobre cursos de culinária vegetariana, meditação etc.


Permalink desta parteFulô

rua. Haddock Lobo, 899. 3081-7769.


Permalink desta parteSatya Mandir Bistrô

Alameda Franca, 444. 3284-7961.


Permalink desta parteVegacy

rua Augusta, 2077. 3062 9989.


Permalink desta partePuri

rua Augusta, 2052. 3062 4429.


Permalink desta partePrema

R. Maria Figueiredo, 189. 3283-0884.

Almoço: 12:00 – 15:30hs. Happy Hour Natural: 17h00 – 20:00hs

Fica dentro de uma escola de yoga, perto da Paulista. Oferecem duas opções de entrada e duas opções de prato principal a escolher. A salada esta ótima, com excelente molho de gengibre. Comi também uma feijoada que podia estar mais bem temperada. Se trabalhasse lá perto, comeria quase todos os dias. Se não, provavelmente não me deslocaria até lá para almoçar.

Na sobremesa pedi uma torta de maçã com sorvete de castanha. Estava bem pesado.

Renata Rocha também conta: Tenho almoçado no Prema e gostado bastante de lá, só que precisa chegar cedo pra conseguir comer direito e ser bem atendido, depois de 12:30 a comida fica faltando no balcão e a casa lota.


Permalink desta parteBanana Verde

Rua Harmonia, 278, Vila Madalena. 3814-4828.

R$ 22,00, entrada, prato principal e sobremesa. Também serve café da manhã.


Permalink desta parteLar Vegetariano

Rua Domingos Rodrigues, 423, Lapa. 3835-2490.

De R$ 15,00 a R$ 20,00, cardápio original.

Segunda: Lasanha, Pizzas, Bife de Soja…
Terça: Strogonoof, Croquetes, Abobrinha ou Berinjela a Milanesa…
Quarta: Feijoada veg, Esfihas integrais , Quibe de forno..
Quinta: Panqueca,Torta e Hamburguer de PVT
Sexta: Yakissoba, Pizzas, Bife de Soja…
Sábado: Noite de Pizzas – Rodízio de 6 Pizzas Salgadas, Pizzas Doces, Espeto veg, Salgados e sorteios. Das 19:15 às 23:00 h, e deve-se fazer reserva.
Domingo: Reservado para Festas, Eventos e Encontros.


Permalink desta parteZym

Rua Tonelero, 1248. 3021-563.


Permalink desta parteVitallis

Av. Lins de Vasconcelos,1659. 6914-2294


Permalink desta parteSoja Brasil

R. Maria Paula, 140 piso L. 3106-0726.


Permalink desta parteNutrivida

R. Fernão Tavares, 132. 6197-5571


Permalink desta parteVida Verde

Rua Artur Guimarães, 166 – Santana (em frente à Chácara Souza). 6977-0579.

Almoço de segunda a sexta das 12h às 15h, empório aberto das 9h às 18h.
Restaurante lacto-vegetariano com delivery; R$ 7,00 o prato, s/ incluir suco e sobremesa. Aceita encomendas de doces, salgados, comida congelada, pão integral e bolo.


Permalink desta parteHari Prasada

Rua do Paraíso, 694 – Paraíso (próx. ao metrô Paraíso). 3149-0450.

De Terça a Sexta-feira, a partir das 14h, Sábados a partir das 12h e aos Domingos
as 16h.


Permalink desta parteSabores da Terra

Rua Abraão Adib 8, Paraíso (próx. ao Shopping Paulista).


Permalink desta parteSer-afim

Av. São Camilo, 288, São Paulo

2º a Sábado: a partir de 12h. Domingo não abre. Para alimentar a alma e o coração.


Permalink desta parteAnna Prem

Rua Muniz de Souza, 1170 – em frente ao Parque Aclimação, São Paulo. 3208-7552.

Ainda não posso falar da comida e do lugar porque só agora entrou na minha lista para visitar. Por enquanto só posso falar sobre o site que é bonito para os olhos mas pouco amigável para o browser por não seguir as boas práticas da Internet.


Permalink desta parteMasala

R. João de Sousa Dias, 281, Campo Belo. 5093 4257. www.masala.com.br

Recebi um e-mail anunciando este novo restaurante. Alguns de seus sócios são os ex-Maha-Mantra. Entrou na lista dos que quero visitar.

Limites da Voz

Uma vez prestei atenção na belíssima letra da belíssima canção I Say a Little Prayer.

Pasmem, ela é uma oração, uma reza, e não uma canção de amor !

De todas as versões que existem por aí, eu acho que as da Aretha Franklin (como a do video acima) são as mais bonitas.

Para fazer uma boa cantora não basta ter só bela voz. Gosto como Aretha modula a voz e não cai na armadilha de repetir melodias. Ela sempre trata de inserir improvisações melódicas. Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque e muitos outros são cantores que independente de terem bela voz ou não, tocam o âmago do nosso ser porque sabem transmitir emoção.

Um exemplo inverso é a Natalie Merchant, famosa cantora do 10,000 Maniacs, que tem uma voz de timbre singular e bonito, mas que considero no máximo mediana. Ela não sabe cantar.

Bem, acabei de achar o tal video por aí e todas essas idéias e lembranças me ocorreram.

Bossa Nova to Samba to Choro

Before the famous Brazilian Bossa Nova type of music we had Samba and before that, Choro. Each style evolved from its predecessor.

Many will translate the word choro as cry but nobody is sad. In old Portuguese, choro refers to the vibration of the strings of the acoustic guitar. But yes, it makes me cry when I listen to such a beautiful music.

Choro is a style being played for more than one hundred years. In the 1950’s people started to forget it because the Bossa Nova movement was flourishing and stealing the scene. But then a bandolinist called Jacob do Bandolim took it over playing in bars his wonderful compositions as Doce de Côco and since then Brazilian big cities, specially Rio de Janeiro, find enough room for all styles. In fact, one can find Choro shows 7 nights per week in Brazilian cities as Rio and São Paulo.

Around the end of the 1890’s Samba appeared as a direct descendent of Choro. Identical in rhythm and as melodic as Choro. But while Samba values more percussion and dancing, choro is more concerned with musical solos and harmony between instruments, as we can hear when the trombone plays together with the trumpet on O Trombonista Romântico.

Choro is Brazilian Jazz since before Jazz even existed.

The samples here are played by the outstanding duo of Zé da Velha e Silvério Pontes playing trombone and trumpet, a very uncommon combination of instruments for Choro, together with other excellent musicians from groups as Nó em Pingo D’Água, and other independent musicians.

Zé da Velha e Silvério Pontes first albumThe harmony between them is so unique that I can say they are the best “chorões” in their old school style nowadays. Particularly about Zé da Velha, the trombonist, some people say he plays as he speaks, and his voice recalls his trombone playing. Just listen the famous Alvorada to understand that.

Other wonderful songs they registered in their recordings:

Manchetes de Hoje no Rádio

O que não se aprende ouvindo um pouco de CBN ao vir para o trabalho.

  • Brasil precisa investir quase R$90bi sem parar ao longo dos próximos 10 anos para resolver nossos problemas de infraestrutura. Isso sem contar o investimento necessário para levar infraestrutura para todos os brasileiros. Falta de investimento foi a causa de problemas como o apagão aéreo. Esqueci qual era a fonte da pesquisa.
  • Um restaurante em São Paulo está oferecendo algo suigêneris. Diferente de restaurantes gregos onde simplesmente se quebra pratos no chão, o cliente pode entrar numa sala e jogar objetos em alvos que lembram pessoas, e a idéia é que os alvos personifiquem pessoas odiadas pelos fregueses. Os objetos quebráveis variam de R$2,50 a R$50.
  • Um homem exige indenização de R$15000 de sua futura ex-mulher por tê-lo traido e ter criado uma filha que não é sua.

Top Movies of My Life (so far)

Looks like people really enjoy talking about movies.

Lets leverage that with a blog meme and learn from each other which new movies people suggest us to watch. This is my unordered list.


Antonia

This is the best. Very feminist, dense, funny sometimes and beautiful. I wish I could have this DVD at home, but can’t find it on stores. It is an Oscar winner too.

Contact

I really like how Carl Sagan articulated the relationship between science, faith, religion and believes in this story. Its a very well done movie, and I am looking forward to read the book.

Festen

This is the first Dogme 95 movie I saw, and also the best. I remember how everything was refreshing: the technique, the acid story, language. All.

In the end of the movie, people in the theater started clapping. This is rare. Only for rare movies like this.

Crna macka, beli macor

A.k.a “Black Cat, White Cat”, is the best comedy I ever saw. I should see more movies by Emir Kusturica, but every time his movies feature in a film festival in São Paulo, I can’t manage the long lines.

Cidade de Deus

From Brazil, based in true facts, very violent, very well done and very beautiful too. The actors are completely unknown and poor boys and girls that were trained to play, and did a really great job on this movie. Nominated for 4 Oscars plus another 48 wins & 22 nominations. Don’t miss it.

Lola Rennt

Outstanding movie. Refreshing in shape, style, music, and on its story with a bit of metaphysics.

The Butterfly Effect

I really doubt somebody would put this movie in a top list. I like the metaphor this movie provides about reencarnation and spiritual learning and forgiving. I have to admit I watched it a little bit high.

The Matrix

I’m talking about the first movie plus a few elements from the 2 others to close the context and atmosphere. Not the whole series.

For me this movie is very philosophical and is a metaphor about our addictions, illusions and a real higher life that we need to find inside ourselves. This and the Butterfly Effect are somehow related movies in this matter.

Is just great how successful this movie was in establishing a style, a sort of new way of doing fantasy movies and on popularizing philosophical subjects.

The Last Temptation of Christ

Although I believe the actual life of Jesus was quite different from this story, The Last Temptation of Christ is the one that gets closer. Specially his search for a bigger true and how the story puts Jesus as a plain real man — and not a god —, with conflicts and agonies.

Xanadu

I saw it for the 9th time on TV at 3AM, after returning from a party, and finally time has come to recognize it as a very beautiful movie.

Electric Light Orchestra‘s soundtrack is wonderful and remarkable. The movie is light, full of love, and people involved in its creation were just having a lot of fun. A jewel from the 80’s that is still being sold as DVDs with high prices in stores.

Fantasia and Fantasia 2000

The idea is simple: get pieces of audio beauty and add some visual beauty on top of them. You can do no wrong. I prefer the more abstract or surreal chapters, but I don’t skip the other parts every time I watch these movies again and again.

Copying Beethoven

From all great classical composers movies, this is the best.

Despite the small romantic affair, problems with family etc, I like the focus of this movie on the intense emotional and spiritual relation of the composer with its music, where the inspiration comes from and its transforming power in human kind.

Amadeus

An incredibly entertaining movie about Mozart’s life which was the big Oscar winner of 1985, amassing best movie, best actor for Murray Abraham amongst other prizes. The Mozart character in the movie is very close to what is known about the actual real person.

Hero and House of Flying Daggers

Two movies from Yimou Zhang. The first is more philosophical and the other more romantic. Both have great landscapes, nice stories and excellent Kung-Fu/dance scenes.

Happiness

An excellent alternative american film. Very acid.

Love Actually

I think this is the best romance movie you can get.


If you join the meme, please remember to use trackbacks to get linked all around and leverage the blogsphere mesh.

Check also a list of top latin american movies.

Top Latin American Movies

A friend from Australia asked me for a list of some great Brazilian and LA movies. This is what I’m sending her.


  • Cidade de Deus
    Brazil. Probably one of the best movies I ever saw. Very violent and based on real facts. Don’t miss it.
  • El Abrazo Partido
    Argentina. Beautiful. Simple and beautiful. The music matches perfectly all parts of the story. I saw it again this week, and it is still great.
  • Nueve Reinas
    Argentina. Very funny, and maybe one of the first of the new movie age from this country.
  • Central do Brasil
    Brazil. Outstanding drama that unfortunately lost Best Foreign Language Film in Oscar 1999 for Benigni’s La Vita è Bella. Central do Brasil deserved that prize.
  • O Xangô de Baker Street
    Brazil. Sherlock Holmes comes to Brazil to solve a case and gets enchanted by brazilian drinks, food and women, and almost loses its focus. This movie is useful for foreigners, and is good too.
  • Whisky
    Uruguay. Sad but very well done drama. In the end you won’t be sure if you hate it or love it.
  • Abril Despedaçado
    Brazil. The tough life of poor people in northeast of Brazil.
  • Machuca
    Chile. Social classes conflicts by the eyes of a child.
    • O Auto da Compadecida
      Brazil. A funny movie that is a summary of a TV series. Adventures of two guys fighting for survival in the most bizarre ways. It is an adaptation of a very important brazilian play from the 70’s that shows many social and folk aspects of our country’s culture. The soundtrack is wonderful, by Sa Grama, a group focused on a very special type of brazilian folk lyric music. Non-brazilians may find difficult to understand the beauty of this movie, but give it a try.
    • El Hijo de la Novia
      Argentina. A very beautiful drama.
    • Kamchatka
      Argentina. Dictatorship and revolution being seen by the eyes of a child.
    • Diários de Motocicleta
      Brazil, Argentina. The Che Guevara movie.
    • Pequeno Dicionário Amoroso
      Brazil. A romantic story, from A to Z.
    • Amores Perros
      Mexico. Just watch it.
    • O Quatrilho
      Brazil. A well done drama about italian imigrants in southern Brazil. This movie could be shorter. Lost Best Foreign Language Film in Oscar 1996 for dutch’s Antonia. Indeed Antonia is a far better movie.
    • Pantaleón y las Visitadoras
      Not really great but just to put Peru in this map. Its a cute movie.


    I am not an expert, and I’m probably missing a few movies. And hope to see more suggestion in the comments below.

    Despertar da Consciência

    Muita gente considera meu pai um mestre espiritual.

    Ele tem desbravado os caminhos para o despertar da consciência e iluminação espiritual durante toda a sua vida. Diria que praticamente dedicou a vida para isso.

    Começou um blog a algumas semanas e já recheou-o com algumas centenas de aulas, técnicas de meditação, mensagens, pequenas citações, videos, etc.

    Para os buscadores da verdade, do encontro entre fé e ciência, ou que só tem dúvidas sem resposta, conheçam o Despertar da Consciência.

    Economizando Energia em Casa

    Ouvi esta manhã na KUT, ótima rádio comunitária aqui em Austin, que alguns estados americanos tem pensado em formas de reduzir o consumo doméstico de energia elétrica.

    Uma das soluções é instalar dentro de casa um mostrador de consumo em dólares e não em indecifráveis kWh. Deram um exemplo de que uma torradeira acusa consumo de US$0.59 por hora enquanto uma lavadora de roupas acusa US$1.09 por hora. Muito mais fácil de entender, não !?

    O dispositivo tem duas partes. Uma para coletar os dados, agregada ao relógio de kWh da casa, e outra dentro de casa funcionando só como mostrador. A comunicação seria por algum tipo de wireless.

    Selecionaram uma população para testar esse dispositivo por algum tempo, e observaram que 75% dos lares passaram a gastar menos energia. Não mencionaram quanto economizaram.

    Mas já é bastante efetivo. E funciona só porque apresentaram o consumo para as pessoas numa medida que todo mundo entende muito bem. Sim, isso é uma questão de acessibilidade também.

    Claro que discutiram também questões de redução do lucro das empresas que provêm energia. Mas pensando a longo prazo, na minha opinião isso é um problema menor e que se ajeita com o tempo.

    Candidatos Democratas e o YouTube

    Ontem aqui nos EUA passou na TV um debate dos pré-candidatos democratas (entre eles somente um será o candidato a presidência a representar os democratas).

    Da perspectiva política já era um debate interessante, mas o que realmente chamava atenção era o formato.

    O programa chamava-se CNN & YouTube. As pessoas gravavam e enviavam suas perguntas pelo YouTube e no programa o video era apresentado num telão. Junto havia o logotipo do famoso site e podia-se ver também aqueles controles tradicionais de Play, Pause, etc do videos do YouTube.

    Alguns videos eram bem simples, com o cidadão fazendo uma pergunta em frente a câmera. Outros tocantes, como o do homem mostrando o túmulo de seu pai, avô e filho mais velho que morreram em guerras. E outros bem produzidos e editados, e engraçados.

    As perguntas eram das mais variadas: saúde, impostos, guerras e a guerra com o Iraque, aquecimento global, e aquecimento global relacionadas ao alto padrão de consumo americano.

    A indústria do entrenimento não se contenta mais em receber a ligação ao vivo e transmitir a voz do telefone. Buscou e encontrou um novo formato. No site da CNN há uma video-matéria entrevistando os fundadores do YouTube discutindo essa nova forma de debate, com cenas do debate em sí. Há muitos outros videos sobre o debate em CNN.com.

    Eu achei muitíssimo interessante. Os pré-candidatos que se destacaram foram Barack Obama e Hillary Clinton. E se você visitar seus sites verá que ambos tem blogs e outros mecanismos a la Web 2.0 de interagir com seus clientes, digo, eleitores.

    Volto pro Brasil Mais Não

    Fiquei sabendo do nefasto acidente meia hora depois que aconteceu.

    Estou a trabalho nos EUA e depois conto detalhes. Mas tenho interagido com pessoas de diversos países que ficam me perguntando sobre o acontecimento, dando suporte etc, porque me tem como “referência de Brasil”.

    Eu tenho orgulho de ser brasileiro, mas esse sentimento tem definhado.

    Um colega comentou sobre um conhecido vitimado no acidente que deixou esposa e três filhos, uma delas de só 4 mêses de idade.

    Corrupção leva a desordem, que leva a negligência, que leva a morte. Corrupção mata. A bala no revolver é mais rápida que a corrupção, mas é também menos eficiente. Quem duvida é só passar na avenida Washington Luis em São Paulo.

    Outro colega me sugeriu nem voltar. Ficar por aqui. Com um tom de “esse país não tem mais jeito”.

    A Música Celestial de Bach

    Depois de ler o artigo sobre a apresentação anônima de Joshua Bell no metrô, revisitei minha querida coleção de Bach para ouvir a Gavotte em Mí Maior da Partita n°3 para Violino Solo que Bell usou para abrir a sua experiência.

    Que peça de extraordinária beleza !

    Na mesma obra há também o Prelúdio que lembro muito bem a primeira vez que ouvi, em uma versão mais elétrica da Vanessa Mae que alguém me mandou pela Internet. Estava no trabalho, me fez fechar os olhos e quase chorar de emoção.

    O gênio foi praticamente esquecido após a sua morte. Felix Mendelsson o redescobriu 1829 e desde então Bach não parou de influenciar músicos até os nossos tempos.

    Há quem toque Bach em versões jazzísticas, como Jacques Loussier e outros. Há quem faça belíssimos arranjos vocais, como os Swingle Singers. E músicos brasileiros como Altamiro Carrilho, Villa-Lobos e Paulinho Nogueira vivem dizendo que Bach foi o primeiro compositor de choro do mundo. Comprovam isso com releituras em choro de suas composições, ou compondo novidades ao estilo Bach. Bach é inconfundivelmente brasileiro! Veja por exemplo as Bachianas de Villa-Lobos.

    A técnica do contraponto vigoroso de Bach, sobrepondo diversas melodias similares em tempos defasados, exige um absoluto e matemático controle da harmonia, coisa que não é problema para o mestre. Um dos momentos mais vibrantes e perceptíveis dessa técnica é o último movimento do Concerto Brandenburgo n°3, onde uma avalanche de cordas e melodias cresce sem fim elevando nossa alma para justamente onde Bach queria nos trazer: perto de Deus.

    Em momentos de graciosidade, Bach nos presenteia com clássicos como a Badinerie de sua Suite Orquestral n°2 ou o primeiro movimento do Brandenburgo n°5. E quando é hora de buscar nossa paz interior Bach nos deixa a sós com a famosa Ária da Suite Orquestral n°3.

    Copiando Beethoven é o mais belo filme que fizeram sobre os grandes compositores eruditos. Apesar do pano de fundo do pequeno romance, as intrigas com o sobrinho etc, o foco do filme é a intensa relação emocional e espiritual do compositor com sua música, de onde vem a inspiração, e seu poder transformador na humanidade.

    Mozart, Schumann e outra vez Beethoven também tiveram seus filmes populares. Bach ainda não. Uns dizem que é porque sua vida foi sem graça e não merece um filme. Mas a verdade é que o cinema ainda não é crescido o suficiente para comportar a paixão que é Bach.

    Bach dizia que a função da música era elevar a alma para louvar Deus. Não um deus obsoleto das páginas da bíblia, do pecado, da igreja, das velhas tradições. Mas o Deus que é e está em tudo, no bem e no mal, e cuja multipolaridade inspirava em Bach seus belos contrapontos.

    Frases Para um Planeta Renovado

    Viva com simplicidade para que outros possam simplesmente viver.


    Adquira menos necessidades.


    Não há poder de mudança maior do que uma comunidade descobrindo o que é importante para ela.
    — Margaret Wheatley


    DIGA ADEUS AOS ANOS DO CARBONO…
    prepare-se para uma revolução na energia !!


    Toda escolha é um voto para o mundo no qual você quer viver.


    O caminho de menor resistência leva ao supermercado.
    — Tom Philpott


    Comida é a única coisa na experiência humana que pode ao mesmo tempo abrir nossos sentidos e nossa consciência sobre nosso lugar no mundo.
    — Alice Waters


    Ache o caminho mais simples e curto entre o planeta, as mãos e a boca.
    — Lanza Del Vasto


    Comida é uma forma de memória profunda. Através dela [pessoas] são ligadas a sua paisagem nativa, ao seu solo, sua água, e suas árvores.
    — Patricia Klindienst


    Os jardins do mundo são uma única democracia gigante.
    — Rudolf Borchardt


    Quando dizemos orgânico, queremos dizer local. Queremos dizer saudável. Queremos dizer ser autêntico às ecologias das regiões. Queremos dizer mutuamente respeitoso entre cultivadores e consumidores. Queremos dizer justiça social e igualdade.
    — Joan Dye Gussow


    O melhor fertilizante são as pegadas do fazendeiro.


    Vida simples, pensamento elevado.


    Tudo está conectado.


    Extraido do Northeast Organic Farming Association of New York‘s Organic Food Guide 2007, distribuido numa pequena feira orgânica em Mount Kisco, NY.

    Passaporte para Entrar nos EUA

    Como comentei no outro artigo, lá fui eu tirar um passaporte novo só porque ele vencia em menos de 6 meses. O visto americano só expirava em 2013.

    Consegui tirar um novo passaporte em uma longa tarde porque sabia tudo que precisava:

    Carta assinada da empresa dizendo que era motivo de trabalho, RG, passaporte antigo, título de eleitor e comprovantes de voto (que obtive no site do TRE), quitação do serviço militar, 1 foto 5×7 com ou sem data. A lista completa está no site da PF.

    E há duas delegacias da Polícia Federal em São Paulo que emitem passaporte com urgência (que é o modelo antigo): a do aeroporto de Cumbica, e a sede na Lapa. Fui na de Cumbica, e pessoas com problema semelhante que encontrei ali me disseram que na sede ninguém sabe nada e não dá certo. Coisas de Brasil.

    Ali eles preencheram um formulário com meus dados e emitiram um boleto de R$202,89 de taxa de passaporte urgente, que paguei no aeroporto mesmo.

    Com toda a documentação pronta e entregue tomei um chá de cadeira de várias horas e obtive um passaporte novo com válidade de 1 ano. Devolveram-me o antigo com suas páginas carimbadas com “CANCELADO”.

    E então descobri que não precisava ter feito nada disso. Vai ouvindo…

    Viagei então com 2 passaportes: o antigo, que expirava em 17/12/2007 (minha viagem é de 6/7/2007 até 4/8/2007, menos de 6 meses antes do passaporte expirar), e que contém o visto americano válido até 2013, e o novo, sem visto, mas que expira em 07/2008. O visto de um com a validade do outro me garantiriam a entrada nos EUA.

    Depois de 2 horas na fila da imigração no aeroporto de New York, perguntei a oficial que carimba o passaporte e efetivamente te deixa entrar no país ou não, se precisava ter tirado esse novo passaporte só porque o antigo vencia em menos de 6 meses, mas bem depois do término da viagem. Ela disse:

    Não é necessário fazer um novo passaporte se o primeiro não vence até o término da viagem e se contém um visto americano válido.

    Ela inclusive confirmou isso com outro colega carimbador. Observei ele abrir um arquivo para verificar.

    Reforçou afirmando que se minha viagem terminasse 1 dia antes do passaporte vencer, também teria me deixado entrar.

    Confirmei a mesma coisa com a companhia aerea, que sabe exatamente quem deve ou não deixar embarcar porque se der problema sera ela a culpada, multada e responsável por achar lugar num vôo de volta.

    Por que essa confusão acontece ?

    Tanto a agência de viagens como a Polícia Federal do Brasil me disseram que se o passaporte vence em menos de 6 meses “há grande probabilidade” de não entrar nos EUA, mesmo com visto válido. Esta informação é inexata e errada, não está escrita em lugar algum e é uma má interpretação de outra coisa: não se pode tirar um visto americano se o passaporte for vencer em menos de 6 meses conforme descrito no site da embaixada americana.

    Perdi um dia inteiro e cancelei compromissos desnecessariamente por causa de má informação da agência e da Polícia Federal do Brasil.

    Atualização de 30/4/2010

    O leitor Luciano Bastos achou no site da embaixada americana a seguinte pergunta e resposta:

    O meu passaporte brasileiro precisa estar válido por seis meses além da data de minha partida dos Estados Unidos?
    Não. Se seu passaporte não estiver válido por pelo menos seis meses a partir da sua data de saída dos Estados Unidos, isso não afetará sua viagem. Os Estados Unidos possuem um acordo com o Brasil pelo qual estendem automaticamente a validade de um passaporte para seis meses além da data de expiração desse passaporte.

    Isso é o ponto 34 na página de Perguntas Freqüentes sobre Vistos, no site da embaixada americana e significa que os EUA te deixarão entrar no país mesmo que seu passaporte expire em menos de 6 meses.

    Sonho acordado antes de viajar

    Não me interprete mal. É de insônia mesmo.

    Vou passar um mês a trabalho nos EUA, viajo sexta, e hoje descobri que meu passaporte vence em dezembro.

    Parece OK, mas estão me dizendo que preciso ter passaporte válido por no mínimo 6 meses. Até dezembro são 4.

    Então ou eu arrisco e vou com esse mesmo, ou viro minha semana de ponta-cabeça mais uma vez para tirar um passaporte em 2 dias.

    Em geral não sou ansioso para viajar. Sou do tipo que faço as malas 20 minutos antes de sair para o aeroporto, chego em cima da hora, não levo a farmácia na bagagem de mão, e na verdade só levo coisas na mão por que vão de carona com o laptop. Viajo light.

    Mas essas regras inexplicáveis de governos brasileiro e americano são o fim. E lá sei vai o meu sono…

    La Brasserie

    Um dos restaurantes que mais gosto de ir é o La Brasserie em São Paulo.

    É bonito, tem ótima comida e ótimo atendimento, além de ser pertinho, lá na Rua Bahia. Bom, tudo isso tem seu preço…

    Levei a Tatiana, minha excelente companhia intelectual e de sorriso grande, estavamos felizes e falantes.

    Focamos nos frutos do mar, então ela escolheu um pinot noir francês, meia garrafa, não lembro o nome. Apesar de eu preferir os vinhos do novo mundo, esse estava ótimo, elegante e perfumado.

    Para um jantar a dois, meia garrafa é totalmente suficiente. Se fosse mais, teríamos bebido, íamos sair grogues e bodeados. Mas isso não aconteceu.

    Programa gostoso nesses momentos de doce vida.

    Como Medir Beleza ?

    Li um excelente artigo na Revista Piauí que relatava como Joshua Bell, um dos maiores músicos eruditos do mundo, pegou o seu Stradivari Gibson ex Huberman, fabricado em 1713, e foi tocar numa estação plebéia em Washington, na hora do rush.

    O experimento foi encomendado pelo Washington Post e os mandantes chegaram a especular que teriam que chamar a SWAT para aplacar as massas sedentas por arte. Bem, não foi exatamente isso o que aconteceu.



    Note: Please upgrade your Flash plug-in to view our enhanced content.



    Mas não vou contar os detalhes. Leia-o no original em inglês ou traduzido na revista. Vale a pena. É cheio de análises filosóficas sobre o que é beleza, o contexto ou a moldura para experimentá-la, etc. Além de ser muitíssimo bem escrito.

    O mesmo número tinha também um artigo do Nando Reis contando sobre sua semana, dia por dia, como se fosse um blog. Gostoso de ler.

    Diga-se de passagem, a Revista Piauí é ótima. Já conhecia, mas nunca tinha lido. Acho que vou dar de presente para a minha namorada intelectual uma assinatura para mim.

    Viagem de Nerd

    Não é de hoje que vos digo que o Google Maps é o melhor site da Internet (depois de um blog ou outro).

    Pois bem, vou fazer uma longa viagem a trabalho para os EUA, com muitas cidades, muitos lugares para ir, vários hoteis, muitos aeroportos. E como todo bom nerd, estou posicionando todos esses pontos em um mapa pessoal.

    meu mapa pessoal

    Ainda mais nos EUA, que está inteiro semanticamente mapeado (na linguagem nerd: the country is entirelly geocoded). Assim posso traçar rotas e imprimir mapas personalizados e não mais quebrar a cabeça procurando os meus lugares em mapas genéricos.

    Não vivo mais sem o Google Maps.

    Pedágios Sem Fim

    Numa viagem de carro ida-e-volta São Paulo-São Carlos talvez gasta-se mais em pedágio do que em gasolina.

    São 2 x 230km = 560km. E de pedágios R$23.8 na ida e R$27.6 na volta.

    Ou seja, o usuário paga R$1 para cada 10.89 kilometros rodados nessas ótimas (porém caras) rodovias.

    Tentei descobrir a média de carros na Bandeirantes e Washington Luiz e assim calcular mais ou menos a renda da AutoBAn e Centrovias (respectivas concecionárias dessas estradas), mas isso parece ser uma informação confidencial, pois nem o Google acha nada. Nem no site da ARTESP — agência que regula transortes em São Paulo.

    A AutoBAn colocou no ar uma página de números das estradas, mas esqueceu o número mais importante: o de usuários que passam (e pagam) por ela.

    km 70 da Rod. Bandeirantes, agoraEu calculo que mais ou menos 10 mil carros passam por dia em qualquer trecho de 11 kilometros. Isso dá uma renda de R$10 mil por dia, ou R$300 mil por mês, para fazer a manutenção desses 11 kilometros. Isso me parece muito dinheiro para um trecho tão pequeno.

    Quando você pegar a bela Rodovia dos Bandeirantes entre São Paulo e Campinas, repare no enorme canteiro central entre as duas pistas. Nunca se perguntou o porquê de todo aquele gramado? Segundo um amigo, o jornal da época dizia que já que estavam abrindo terreno para a estrada, iriam também deixar espaço para um monotrilho de alta velocidade ligando as cidades. Assim, poderia-se morar numa cidade e ir rapidamente ao trabalho na outra.

    Mas pelo jeito o Poder Executivo falhou na execução desse projeto.

    Tanto que no recente pronlongamento da Bandeirantes, de Campinas a Corumbataí, já projetaram e construiram sem esse canteiro.

    Se esse monotrilho existisse, cidadãos como eu talvez tivessem a opção de morar no interior e trabalhar em São Paulo, deixando o carro em casa, diminuindo tráfego e poluição na capital.

    Mas o Poder Executivo não nos ajuda aqui.

    Blue Man Group

    Blue Man Group TubeAcabamos de voltar do show do Blue Man Group.

    É um show de rock instrumental percursivo, e algumas músicas famosas e energéticas cantadas por uma mulher.

    Muito bem feito, totalmente tropicalizado, sincronizado, inteligente mas não cerebral, e também um pouco bobo.

    De homens azuis mesmo são só 3. O resto é uma banda supimpa com uns percussionistas com fogo no rabo.

    Blue Man GroupConforme o público vai se acomodando antes do show, vão mostrando umas frases provocantes e engraçadas.

    A Tati viu eles em Nova York 10 anos atrás e achou muito mais legal porque o teatro era bem menor que o intimidante Credicard Hall do show de hoje.

    Boa diversão, mas caro de mais.

    McDonalds Vegetariano

    Fazia anos que não colocava o pé no McDonalds, o templo da carne, a não ser para um sorvetinho. Mas com essa promoção do Shrek 3 que tem o tal do Veggie Crispy, fui arriscar.

    O engraçado foi ouvir a moça do caixa dizer que apesar de a loja já estar quase fechando ela ainda tinha a “carne” desse sanduba. Hahaha. Quase virei e fui embora.

    É lotado de maionese, no melhor estilo junk food, e o sabor é bem homogêneo e sem graça. Sem imaginação.

    A opção vegetariana do Burger King (que só provei nos Estados Unidos) é mais bem temperada.