Achei este site genial, e parece que ninguém ainda o conhece no Brasil.
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Mais Sons Inspiradores
Como fiz com o Buddha-Bar, agora foi a vez de compactar toda coleção Café del Mar em 2 CDs de MP3 para ouvir no carro.
Quer saber? Gosto mais do Café del Mar do que do Buddha-Bar. Enquanto o último se preocupa em sobrevoar sons étnicos de todo o mundo, o Café del Mar é independente, e bem mais zen. É simplesmente delicioso adormecer com a delicadeza etérea desses sons nos ouvidos.
Há muitíssimas coisas ótimas, que remetem a imagens de jardins verdejantes e folhas de palmeiras balançando ao vento, respiração profunda, um êxtase sereno, e sempre a lembrança de que o mundo é maior do que a nossa percepção abafada pelo dia-a-dia é capaz de sentir.
Selecionei (com muita dificuldade) a Northern Lights do Lux, 8:00 AM de Lazybatusu e Adios Ayer de José Padilla, o organizador da coleção. Selecione com o botão direito para baixar e ouvir.
Ah! Tem também algumas rádios de Internet que ainda não estão 100% exploradas, mas vale a dica: Drone Zone, Space Station Soma e Groove Salad, todas no site da Soma.fm.
IBM e OpenDocument Format
A IBM apóia o uso de OpenDocument Format – o padrão aberto para documentos de escritório, e o formato usado pela suite OpenOffice.org, KOffice, Corel WordPerfect Office, e outros.
Estamos num processo interno gradativo de migração para ODF, e falamos da importância disso com governos e clientes, globalmente. Nossos produtos suportam ODF no sentido de consumir e gerar documentos nesse formato.
Uma das vozes mais conhecidas é o blog do Bob Sutor, executivo de padrões da IBM que dá muito foco para ODF. Aqui no Brasil temos o Cezar Taurion, eu e outros fazendo esse papel.
E finalmente vimos o Brasil tomando a liderança na América Latina, recomendando o uso de ODF como formato preferido para documentos do governo.
Semana passada divulgamos o seguinte press release:
Brasil incentiva a utilização do formato OpenDocument
Aliança ODF também é reconhecida por países da Europa e Ásia
São Paulo, 13 de dezembro de 2006 — A OpenDocument Format Alliance (Aliança ODF), que reúne grande número de organizações, instituições acadêmicas e representantes da indústria com o objetivo de melhorar o acesso aos documentos eletrônicos de governo, elogiou a decisão do Brasil de recomendar a ODF como o formato preferido do governo. A Aliança também parabenizou a decisão da Índia de usar a ODF em um grande órgão do governo estadual e a decisão unânime da Itália de reconhecer a ODF como padrão nacional.
A Aliança ODF expressou, ainda, seu apoio à predisposição da China, Coréia e Japão de requerer um “formato de documento internacional e baseado em padrões abertos”, além de reuniões de planejamento de TI e fonte aberta celebradas em forma conjunta anualmente pelos governos dos três países. A Polônia também foi elogiada por demonstrar sério interesse na adoção da ODF após uma reunião nacional celebrada para seu governo com grande número de participantes da indústria e organizações sem fins lucrativos.
Com a publicação da versão 2.0 do e-Ping Interoperability Framework, o Brasil se transforma no primeiro país da América do Sul que recomenda oficialmente a ODF. O quadro estabelece que todos os arquivos .xls, .doc e .ppt se encontram em transição, ou seja, que já não cumprem com suas políticas técnicas, e que a ODF é agora o formato recomendado oficialmente pelo governo do Brasil. O Instituto Nacional de Tecnologia e Informática, o Ministério da Defesa e o Governo do Estado do Paraná, no Brasil, são membros da Aliança ODF.
“2006 acaba de maneira tão auspiciosa como começou, com legiões de governos no mundo inteiro expressando verdadeiro apoio à ODF”, disse Marino Marcich, Diretor Executivo da Aliança ODF. “Parabenizamos o Brasil, a Índia, a Itália, o Japão, a Coréia, a China e a Polônia por reconhecerem a ODF, cada país a seu modo, e estamos ansiosos por ver o impulso contínuo deste movimento no ano que vem.”
Na Índia, o governo ordenou usar arquivos ODF para o escritório de impostos comerciais do governo estadual de Delhi. Além disso, a Itália se une a países como a Malásia, que têm a intenção de reconhecer a ODF como padrão nacional (consultar www.uninfo.polito.it), enquanto o Japão, a Coréia do Sul e a China pensam em usar exclusivamente formatos de documentos internacionais e baseados em padrões abertos como a ODF para reuniões celebradas por seus diretores gerais de Tecnologia e Informática, a fim de debater e promover o software de fonte aberta.
A Aliança tem crescido a mais de 400 membros em mais de 40 países, mostrando um impulso sustentado para o formato de arquivo aberto em nível mundial.
Para obter informações adicionais sobre a ODF Alliance vá para www.odfalliance.org.
Sobre a IBM
Para mais informações sobre a IBM, visite www.ibm.com/br.
Histórias de Muita Coincidência
Entre risadas e caipirinhas de saquê com lichia com amigos no Mestiço, começamos a contar experiências pessoais com coincidências impressionantes.
Algumas delas faria qualquer pessoa simplesmente desacreditar se não tivesse acontecido consigo mesmo. Selecionei algumas para compartilhar:
Estive em Paris este ano e ía para o aeroporto Charles de Gaulle de metrô — aquele tipo de transporte que tem dezenas de vagões num mesmo trêm, e por onde circulam dezenas de milhares de pessoas por dia.
Numa certa estação quem é que entra no meu vagão, bem na minha frente? A única pessoa que conhecia — mesmo que remotamente — morando em Paris: a Denise, colega de trabalho que tinha se mudado para lá.
Eram os últimos respiros da Varig e seus vôos estavam sendo cancelados. Ela também estava indo para lá, levar a filha para tentar tomar o mesmíssimo vôo. Só que no caso delas já era a segunda tentativa de tomá-lo.
Coincidência ou não, ela nos ajudou naquele enorme aeroporto e deu as dicas de com quem falar e qual ônibus tomar para ir ao terminal correto. Talvez sem a ajuda dela teríamos tido problemas.
A Adriana tem alguns irmãos. Certo dia ela estava parada num farol da Av. Rebouças e viu seu irmão Julio parado no mesmo farol, do outro lado da avenida.
A Rebouças é uma das principais avenidas da cidade, com tráfego de algumas dezenas de milhares de carros por dia.
Mas até ai tudo bem. O mais incrível é que naquele mesmo farol fechado, com a Adriana e o Julio parados naquele instante, a Bia — outra irmã — atravessava a avenida.
Qual é a probabilidade de dois irmãos se encontrarem numa avenida como essa? Qual é a probabilidade de três irmãos estarem ao mesmo tempo no mesmo lugar, numa cidade tão grande, e sem terem marcado ?
A noite, em casa, os três confirmaram que se viram naquele cruzamento.
Saí umas 22:00 do trabalho certa vez, e tomei um taxi para ir para casa. Ele passou pela Av. Paulista, que normalmente nesse horário tem muito trânsito.
Qual é a probabilidade de alguém bater o carro na Av. Paulista? Quantos acidentes acontecem alí por dia? Com certeza alguns.
Bem, o taxista foi fazer uma manobra e bateu de leve no carro da frente. Quem saiu cheteada do carro batido para reclamar? A Daniele, uma grande amiga minha. Qual é a probabilidade de um taxi em que você está bater no carro de um conhecido? E no de uma grande amiga então ?
Sua tristeza era maior do que a batida. Tinha perdido o emprego naquele dia, o carro era novo, tirado da loja dois dias antes, e sentia-se sozinha com tanta desgraça acontecendo enquanto esperava o namorado voltar da pós-graduação para consolá-la. Então ajudei ela e o pobre taxista a negociar a funilaria, dispensei o motorista, e ofereci o ombro amigo e companhia, até o namorado voltar. (Hoje ela está bem, empregada, curte boa vida e já trocou de carro várias vezes).
Uma amiga contou que uma conhecida casada viajou para a Europa, conheceu por acaso um homem alí e começou a ter um caso com ele. E voltou para o Brasil e para sua vida normal. Tempos depois o marido no Brasil viajaria para o mesmo país e iria se encontrar com o único amigo que ele tem lá: concidentemente o mesmo homem com quem ela teve um caso.
Fui a uma cafeteria tarde da noite com uma amiga que tem uma mediunidade muito forte, do tipo “I see dead people all the time”.
O lugar estava completamente vazio, e ao sentarmos ela disse que havia um espírito brincando de se esconder e aparecer bem atrás de uma coluna. Naquele momento eu só pensei que o espírito podia ser meu primo Rami. Não sei porque me ocorreu aquilo, visto que ele havia morrido uns 20 anos antes, e era um parente que não visitava com freqüência as minhas lembranças.
Mas não falei nada sobre meu pensamento. Só brinquei com ela pedindo que chamasse o tal espírito para vir conversar conosco, através dela, claro. Eu não tenho o menor problema com essas coisas e acredito muito, desde que seja de fontes que me inspirem confiança.
Ela se recusou, e recomendou deixarmos ele em paz. OK.
Minutos depois ela foi ao banheiro. Quando voltou, sentou, deu um tapinha na mesa e disse: “Seguinte, o nome desse espírito é Rami.”
Meu queixo caiu porque não tinha falado nada para ela (ou seja, não foi induzido) e nós “três” passamos o resto da noite conversando sobre música (Rami era um ótimo músico) e sobre nossa família.
Não é exatamente uma história de coincidência. Mas, telepatia ou mediunidade, é algo bem além da imaginação, e foi sensacional.
Talvez há um propósito para essas coisas acontecerem. Ou talvez não. Mas uma coisa é certa: acontecimentos desse tipo nos fazem pelo menos parar para repensar o mundo. E sim, é ainda uma zona cinzenta e nebulosa para a ciência . . .Leitor, você tem histórias assim para compartilhar ?
Museu Afro-Brasil no Ibirapuera
O Parque Ibirapuera me recebeu de braços abertos ontem para uma rodada de bicicleta. É uma pérola de nossa cidade com aquelas árvores enormes e magestosas e pessoas bonitas praticando esportes.
Dei de frente com o Museu Afro Brasil lá dentro e aproveitei para conferir. É uma exposição permanente, densa e vasta, e muita bonita, com arte e cultura de todo o Brasil. De xilogravuras armoriais típicas do nordeste, ao grafite das grandes cidades do sul. De letras e poesias gravadas nas paredes, a panfletos do encontro nacional das trabalhadoras do sexo de Salvador. De arte e fotografia da cultura do Candomblé, a um horrendo esqueleto de navio negreiro. Este último ficava numa sala a parte, junto de mais fotografias e dizeres de FHC, Castro Alves e outros. Foi muito tocante.
Fiquei impressionado com as enormes fotografias de nativos africanos, suas vestimentas (ou ausência de) e rituais, de uma tal de Isabel Muñoz.
Enquanto andava pela exposição fiquei ouvindo Ulisses Rocha e seu violão solar, que caiu como uma luva para o momento. Sempre cai.
Não deixe de visitar.
Wireless iPod
Tentando me desfazer dos anti-sociais-fones-de-ouvido, fui na onda de comprar um transmissor FM para o iPod que ganhei de aniversário.
Para quem não sabe o que é isso, trata-se de um dispositivo que se pluga ao iPod e que transmite o que ele toca para um rádio, por ondas de FM.
Minha dica é: não perca seu tempo com isso. Testei vários e todos são ruins. Sim, você consegue ouvir no rádio o que o iPod toca, mas sempre há muito chiado, e só funciona a poucos centímetros do rádio, o que não é prático.
Irritei-me e devolvi hoje para a loja.
Aquecimento Global
SAIBAM, que a Terra não será mais a mesma dentro de 20 ou 30 anos.
A Natureza não consegue rearranjar seus ecossistemas tão rápido quanto o homem tem feito a temperatura do planeta subir, através da crescente emissão de CO2 (dióxido de carbono), marca de nossa era industrial. Então, antes da maioria de nós deixar esta vida, veremos secas fustigantes, enchentes avassaladoras e extinções irreversíveis. Já começou. Espécies, geleiras e continentes inteiros sumirão do mapa.
O mais terrível não é a mudança na paisagem global, mas os impactos sócio-econômicos. Imaginem as hordas de milhões de pessoas — 6 casas decimais de desabrigados — migrando para as montanhas porque seus paises e cidades viraram parte dos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico. Ou teremos séculos de guerras por água e m2, ou aprenderemos a viver em paz e compartilhar os recursos.
Este assunto era um rumor remoto para mim, mas é impossível não se sensibilizar com o documentário Uma Verdade Inconveniente, ainda em exibição em algumas salas de São Paulo. Os fatos relatados alí não me saem da cabeça, e é filme obrigatório para todas as pessoas.
Faça Sua Parte Para Evitar o Aquecimento Global
- Use lâmpadas fluoerescentes ao invés das incandescentes.
- Deixe o carro em casa sempre que puder e use transporte público, vá a pé ou de bicicleta.
- Recicle lixo.
- Plante árvores. Muitas árvores. Elas absorvem o CO2 do ar reduzindo o efeito estufa.
- Pare de comer carne, pois só se pode criar pastagens desmatando grandes áreas verdes, e o processo digestivo do gado emite gases (flatulência) que contribuem para o efeito estufa.
- Busque ser cada vez menos dependente direta ou indiretamente de petróleo.
- Tenha uma vida regrada, consciente.
- Suporte o Protocolo de Kyoto, inclusive para resoluções pós-2012.
- Mais ações.
- Veja também Frases Para um Planeta Renovado.
Mais na Web
- (Estadão) Calor mata no mundo; anos mais quentes ocorreram desde 98
- (Estadão) Aquecimento global já provoca extinções, diz análise
- (Veja) Em Profundidade: Aquecimento Global
- (Fundação Oswaldo Cruz, Infantil) Aquecimento Global
- (Unicamp) Pesquisa antevê efeitos do aquecimento global
- (Cosmonauta: Elisabet Sahtouris) O Aquecimento Global pode se tornar nosso maior processo de paz
- Blog de EcoEconomia do Cezar Taurion
Lembre-se: o planeta não é nosso; ele nos foi emprestado pelos nossos filhos (provérbio africano).
Receita de Kiopolo
Isto é uma engenharia reversa bem sucedida de uma entrada típica da culinária judaica-sefaradita ou búlgara. Pode ser encontrada em São Paulo no Shoshi Delishop, no Bom Retiro (R. Correia de Melo quase esquina com a Três Rios).
Ingredientes
- Beringelas: 4
- Pimentão vermelho: 1
- Alho amassado: um pouco menos de 1/2 cabeça
- Azeite extra virgem
- Suco de limão: 1 se for fraco, 1/2 se for forte
- Sementes de kümmel, opcional
- Adoçante ou açucar a gosto
- Sal a gosto
Modo de Preparo
- Coloque as beringelas e o pimentão diretamente sobre o fogo das bocas do fogão sem nenhuma proteção. Isso vai dar um sabor especial ao prato.
- Vire de vez em quando com um pegador longo de metal, pegando a beringela sempre pelas extremidades. Toda a pele deve ficar queimada e carbonizada, praticamente se descolando da polpa, e o fruto deve se abrir em alguns pontos revelando estar mole e molhado.
- Espere esfriar até uma temperatura que não queime as mãos.
- Segure a beringela pelo cabo e remova gentilmente a pele queimada, e por último o cabo.
- Faça a mesma coisa com o pimentão, removendo a pele e sementes. Mais detalhes na receita de matbukha.
- Coloque a beringela longitudinalmente numa tábua, uma de cada vez, e com uma faca grande massere-a na transversal quebrando suas fibras. Depois pique mais até o ponto de ficar uma massa. E vá juntando todas elas num recipiente final.
- Pique o pimentão em pedaços bem pequenos e finos e junte no recipiente final. Ele serve mais para dar um tom vermelho esporádico à salada.
- Junto o alho amassado.
- Regue com azeite extra virgem. Regue com o limão ou vinagre. Por incrível que pareça, o azedo do vinagre desaparece e ele potencializa o sabor assado da beringela.
- Adicione um pouco de kümmel. Atenção para ele não dominar a salada. Ele deve funcionar como uma surpresa em algumas poucas mordidas.
- Misture tudo e vá experimentando, regulando o sal, vinagre e adoçante/açucar. É importante ter um sabor levemente adocicado.
Sirva frio, com pão sírio ou outro tipo de pão, como entrada ou petisco.
Kiopolo é delicioso e quem experimenta quer a receita. Eu sempre preparo esta receita quando faço matbukha, porque o trabalho é o mesmo.
Padrões Abertos e Linux no Desktop
- Publicado em 28/03/2006 no site IBM Rational Buzz, logo após um mal entendido de que a IBM iria migrar todos os seus desktops para Linux.
- Mais artigos
Hoje a indústria usa o sistema operacional de desktop de praticamente um único fornecedor, cria aplicações gráficas 100% dependentes dele, e usa uma suite de escritório que também só funciona sobre esse mesmo sistema operacional. Ainda por cima, os documentos de formato proprietário com que o mercado usa só podem ser gerados e consumidos por essa mesma suite.
Se nossos CDs de música tocam em qualquer CD player, por que nossas aplicações, páginas da web, documentos, etc não podem ser usados em qualquer sistema operacional, plataforma de hardware, etc ?
A demora para isso acontecer reflete quão dependente dessas tecnologias proprietárias é o mercado. Isso é caro principalmente porque não há com quem negociar alternativas, e por isso essas tecnologias terão o preço que seu fornecedor quiser.
A IBM ainda está analisando o direcionamento futuro dos nossos desktops internos para funcionários. Não foi decidido entre Linux ou Vista, nem Darwin, nem BSD, nem nenhum outro sistema operacional.
Temos iniciativas internas fortíssimas para que os produtos e serviços de nossa Intranet sigam Padrões Abertos. Dessa forma, um funcionário pode escolher o sistema operacional que melhor se adequar ao seu trabalho.
Não usamos uma tecnologia proprietária de impressão remota, e sim o serviço que usa Padrões Abertos para imprimir na rede.
Não usamos uma aplicação proprietária de VPN, mas o serviço de VPN que usa Padrões Abertos.
Não temos um serviço de diretórios de uma implementação proprietária, e sim um diretório corporativo baseado no Padrão Aberto LDAP.
Não usamos documentos de formatos proprietários, que só podem ser gerados e consumidos por uma única suite de escritório, mas reforçamos o uso do novo Open Document Format, baseado em XML, introduzido pelo OpenOffice.org, que pode ser aberto em qualquer suite de escritório.
E por aí vai….
A última fronteira é a convergência gradativa dos produtos de workgroup baseados em Lotus Notes com o novo Workplace Client Technology, que implementa Padrões Abertos, e que é baseado no Eclipse (como dezenas de outros produtos da IBM).
E digo mais: as tecnologias proprietárias que usamos internamente nos nossos desktops, tivemos que adotá-las porque quando surgiu a necessidade de resolver o problema de negócio que elas resolvem, simplesmente não haviam opções que implementassem Padrões Abertos. Conforme surgem Padrões para aquele determinado problema, isso entra em pauta e a migração é estudada seriamente. Logicamente analizando custos, funcionalidades, viabilidade, etc, porque essa é a forma racional de se fazer mudanças.
Padrões Abertos. Padrões Abertos. Padrões Abertos. Essas são as palavras do momento.
Para o mundo comercial, isso é mais importante do que ter acesso ao código fonte de um software. E é algo que deve estar sempre presente na pauta de TI do CIO.
Pregamos que companhias que inovam reutilizando Padrões Abertos levam vantagem porque seus recursos são liberados para trabalhos que agregam maior valor, e porque as oportunidades do mercado se expandem à medida que os Padrões Abertos proliferam.
É o que dizemos aos nossos clientes. É o que acreditamos. E é o que fazemos.
Receita de Matbukha
Provei matbukha (ou matbucha ou matbuha) pela primeira vez em um restaurante libanês em Abu-Gosh, uma vila árabe perto de Jerusalém.
Fiquei impressionado, e depois comprei nos supermercados de Israel matbukha pronta várias vezes. Bem, aqui não há essas coisas para vender, então achei a receita na Internet, que minha mãe traduziu para mim. Fiz e ficou muito bom.
Ingredientes
- 2 latas de tomates pelados
- 4 pimentões vermelhos
- 1 pimentão verde (para variar a cor)
- 1/2 cabeça de alho amassado
- 1 colher de sopa de páprica doce
- Pimenta ardida a gosto
- 1/2 xícara de café de azeite de oliva virgem
- Sal e açucar ou adoçante a gosto
Modo de Preparo
- Coloque os pimentões diretamente sobre o fogo das bocas do fogão sem nenhuma proteção e vire de vez em quando até toda a pele ficar preta e carbonizada. O fogão vai ficar sujo, mas é essa assagem que vai dar um sabor especial ao prato.
- Deixe-os esfriar até uma temperatura que não queime as mãos.
- Limpe os pimentões removendo facilmente a pele carbonizada. Muitas pessoas evitam pimentões porque os consideram de dificil digestão. Bem, é esta pele carbonizada, de pura celulose indigesta, a vilã da estória. Depois de remove-la, o pimentão é só delícia.
- Abra-os e remova cirurgicamente o miolo com as sementes.
- Lave-os cuidadosamente removendo o resto de pele e semente que ficaram grudados.
- O resultado parece um bife fino e grande, que deve ser cortado em pedaços quadrados de 1 ou 2cm2.
- Triture muito pouco os tomates pelados. Devem sobrar pedaços relativamente grandes.
- Junte os tomates, pimentões, alho amassado e pimenta ardida numa panela.
- Ferva em fogo baixo por uns 20 minutos, mexendo sempre.
- Pitada de açucar ou adoçante (isso é muito importante) e sal.
- Misture a páprica ao azeite numa xícara e junte à panela.
- Cozinhe devagar, com panela destampada e fogo baixo até a água evaporar e engrossar.
- Esfrie e espere algumas horas antes de servir, para o sabor apurar.
Matbukha se come fria, como entrada com pão sírio ou outro pão, e é deliciosa.
A Mais Importante Notícia do Ano
A Sun abriu o código fonte de sua implementação do Java.
Teria muitas coisas positivas para falar sobre isso, mas o Kov já disse boa parte, e o Simon Phipps também.
Faltava no mundo Open Source uma linguagem/tecnologia de desenvolvimento universal, madura, altamente padronizada com portabilidade em mente, e com ecossistema vigoroso em toda a indústria. Java tem todos estes atributos.
Essa carência, somado ao fato de Java não ser instalado automaticamente quando se instalava qualquer Linux (por questões de lincenciamento), fervilhava o idealismo da comunidade Open Source fazendo os programadores lançarem mão de outras linguagens/tecnologias que ou tem portabilidade questionável (como C, C++, por causa de suas bibliotecas), ou que ainda não se estabeleceram com maturidade, performance e ecossistema industrial (como PHP, Perl, Python, Ruby), ou ambos (como C#, Mono). O resultado na indústria é uma descentralização de skill de desenvolvimento de software de negócio.
Java entrando no cenário Open Source muda tudo isso. Será benéfico para o ecossistema de Computação Aberta, e principalmente para o de Linux como plataforma de negócio.
Minha previsão agora, é que as JVMs da IBM, Bea etc serão também abertas em breve para logo depois se fundir numa JVM/JDK única de alta performance, portável, modular, facilmente instalável, e de bem estabelecido ecossistema.
É a maior notícia do ano para TI. Talvez da década.
Instalando Java e Eclipse em Linux
English summary available.
- Este artigo [ODF] [PDF] foi impresso e distribuido em alguns eventos IBM developerWorks no Brasil.
- Mais artigos
Porque Java com Linux ?
Nos primórdios das tecnologias, todas elas nasciam proprietárias porque seus criadores queriam explora-las ao máximo, por serem todas novidades.
Depois da popularização do PC, e mais ainda, da Internet, fabricantes começaram a se reunir ao redor de Padrões Abertos para criar uma rede de valor onde todos — fabricantes e usuários — acabam ganhando.
Existem hoje inúmeros Padrões Abertos, mas os que se destacam são os seguintes:
- HTML
É a representação universal de interfaces com usuários. Hoje qualquer usuário de computador sabe usar um browser e navegar através de um hipertexto. HTML, ou melhor ainda, hoje, DHTML ou AJAX, é o padrão aberto para aplicações interagirem com usuários. - XML
Antes de XML, não havia um padrão aberto amplamente aceito que permitisse qualquer aplicação falar com qualquer outra aplicação, mesmo de fabricantes diferentes. XML se tornou a base dos Web Services e Arquitetura Orientada a Serviços, que traz o benefício da integração de processos, com parceiros, clientes e fornecedores. - Java Enterprise Edition
Java é a tecnologia escolhida por toda a indústria para transformar processos de negócio em software. É o Padrão Aberto para se escrever aplicações. Antes de Java, desenvolvedores usam diversas linguagens, sem uma metodologia universal de programação e sem nenhum padrão de bibliotecas de alto nível. JEE (Java Enterprise Edition) é um padrão de biblioteca com métodos universais para aplicações de negócio. - Linux
É o sistema operacional escalável e multiplataforma para rodar tudo isso. É o componente aberto que faltava para ligar a lógica de negócio com padrões abertos de HW.
Essas quatro tecnologias juntas provém tudo que um desenvolvedor precisa para criar suas aplicações de negócio.
Java comparado a C/C++, PHP, Perl e Python
Cabe ao desenvolvedor escolher a linguagem/tecnologia certa para a aplicação certa. Não só os aspectos tecnológicos devem ser levados em conta, mas também aceitação no mercado, aderência a padrões, reputação, política de atualização da tecnológica, prontidão para uma aplicação de negócios, etc.
- C é uma linguagem criada para desenvolver sistemas operacionais, ou algoritmos de baixo nível, quase no nível da máquina, e é nesse nível que essa linguagem se sai melhor. C++ surgiu a alguns anos trazendo orientação a objetos, mas ambas linguagens falharam em padronizar suas semânticas e, principalmente, bibliotecas multiplataforma abertas, e de uso genérico. A não ser que você esteja escrevendo sistemas operacionais, ou bibliotecas de acesso a hardware, uma linguagem mais prática que C ou C++ deve ser escolhida para desenvolver sua aplicação de negócio.
- PHP é uma linguagem/tecnologia desenhada para criar páginas web dinâmicas. Seus programas são geralmente mesclados com código HTML e equivale a JSP e ASP. É muito usada e provou seu valor, porém tem pouca penetração no mundo corporativo e de aplicações de negócio (de fabricantes de SW), e por isso pouco suporte da indústria para que a tecnologia evolua como um padrão. Então, por ser um investimento de risco, dificilmente uma grande empresa vai escolher PHP como tecnologia estratégica para a confecção de suas aplicações críticas, mesmo porque PHP é mais madura somente para aplicações web.
- Perl é abreviação de Practical Extract and Reporting Language, que sugere ter sido criada para manipular texto. A linguagem e suas bibliotecas cresceram para muito além disso, e há hoje quem a use para fazer grandes sistemas. Porém isso é considerado um exagero de uso, pois os programas são interpretados em tempo de execução, o que acarreta performance limitada, e é de fato desenhada para automatizar tarefas de sistema operacional. Python, apesar de ser mais moderna e poder ser compilada, não foge muito deste escopo também. Além disso, ambas ainda não conseguiram uma aceitação comercial madura, e, não representando um investimento seguro a longo prazo, ainda não tem sido escolhidas como estratégicas para a fábrica de SW de uma empresa, ou para um sistema complexo e de missão crítica.
Em contrapartida, a tecnologia Java tem as seguintes características:
- Atingiu um nível de maturidade e aceitação de toda a industrial que o torna um investimento seguro quando da escolha de uma plataforma de desenvolvimento de aplicações de negócio.
- Evolui de acordo com as decisões de um comitê independente chamado Java Community Process, onde empresas e indivíduos votam igualmente para a aceitação de uma novidade. São integrantes ativos do JCP empresas como IBM, Apache Software Foundation, Dolby Laboratories, JBoss, SAP, Oracle, Nokia, Sony, etc. Lista completa em http://jcp.org/en/participation/members.
- Toda a indústria respeita as decisões do JCP, evitando o surgimento de derivados (forks) de comportamento diferente.
- É um grande polo tecnológico, tendo somente .NET como seu polo oposto e concorrente (e ainda imaturo de certa forma).
Instalando Java Em Linux
Há muitas formas de instalar a JVM em Linux, mas há somente uma forma correta: usando RPM através do repositório JPackage.
Sobre Repositórios de RPMs
A instalação de um pacote RPM pode falhar se outro pacote precisa ser instalado antes. Isso é conhecido como o inferno das dependências.
Para resolver este problema a comunidade criou ferramentas de instalação de pacotes como o Yum e o APT, que, junto com os metadados oferecidos por um repositório de RPMs, liquidam este problema calculando tudo que é necessário fazer para instalar certo pacote, atualizando automaticamente pacotes já instalados, ou instalando novos, tudo para satisfazer as dependências do pacote que o usuário deseja instalar.
Um repositório é um site na web que contem vários RPMs e metadados de interdependências sobre esses pacotes, que são usados por ferramentas como yum e apt-get.
O projeto JPackage e seu Repositório de RPMs
O JPackage é um repositório de RPMs de alta qualidade de softwares relacionados a Java. É uma comunidade de pessoas que empacotam em RPM as JVMs mais conhecidas do mercado, bem como softwares Java populares como Tomcat, Eclipse, Jakarta, etc.
A primeira pergunta que surge depois que dizemos isso é: “Mas as JVMs da Sun, IBM, etc já não são disponibilizadas em RPM ?�? Sim, mas cada fornecedor empacota como bem entende, sem seguir nenhum padrão de diretórios ou do sistema operacional. E essa despadronização faz a tecnologia como um todo ser mais difícil de usar.
O Projeto JPackage resolveu isso definindo uma organização de diretórios que permite multiplas JVMs, e lugares padronizados para arquivos JAR, WAR, EAR, etc. O JPackage inovou simplesmente aplicando os conceitos do Filesystem Hierarchy Standard — um padrão aberto dos mais importantes para Linux — aos softwares Java.
O resultado é tão bom, que a Red Hat, SUSE, Mandriva e outros adotaram o padrão JPackage de empacotamento e diretórios para tudo que se refere a Java em suas distribuições (RHEL, Fedora, SLES, SLED, OpenSUSE, NLD, Mandriva, etc).
Problemas do JPackage
O JPackage tem uma diretriz de fornecer em seu repositório somente RPMs de softwares livres. Por isso, softwares que não tem licenças livres estão lá somente como RPMs-fonte, que não são tão simples de se instalar, mas mesmo assim promovem a organização e a qualidade do JPackage. Entre esses softwares estão a própria JVM, que vamos demonstrar sua instalação agora.
Inicializando o JPackage em seu sistema
Antes de instalar qualquer RPM oferecido pelo JPackage, você precisa configurar as ferramentas que acessam e instalam os pacotes automaticamente no seu sistema.
Nos nossos exemplos, vamos usar o Fedora Linux com YUM. Pode-se optar pelo apt-get ao invés do YUM, ou de outra distribuição Linux ao invés do Fedora. No caso do Red Hat Enterprise Linux ou CentOS, o processo é idêntico.
Tenha o YUM ou apt-get no seu sistema
No caso do Fedora 4, RHEL 4 ou CentOS 4, já temos o YUM instalado no sistema, e só teremos que configura-lo.
No caso de outro Linux, você pode testar se estas ferramentas estão instaladas simplesmente executando o comando yum ou apt-get.
Se você finalmente concluiu que não as tem, encontre-as aqui:
- Download do Yum: http://linux.duke.edu/projects/yum/download.ptml
- Download do apt-get: https://moin.conectiva.com.br/AptRpm
Nos nossos exemplos, vamos usar o Yum.
Configure o YUM para usar o repositório JPackage
Basta instalar um arquivo de configuração no diretório /etc/yum.repos.d/ desta maneira:
bash# cd /etc/yum.repos.d/ bash# wget http://www.jpackage.org/jpackage.repo
Edite o arquivo jpacakge.repo que você acabou de baixar habilitando e desabilitando os canais de RPMs específicos para seu sistema. Por exemplo, no nosso Fedora Core, garantimos que os canais jpackage-generic e jpackage-fc contém a linha “enabled=1�?.
Instale o primeiro pacote
O pacote jpackage-utils deve estar instalado para começar usar o repositório. Nas últimas versões das distribuições populares, ele já está instalado. Nesse caso é boa idéia atualiza-lo.
Para fazer isso:
bash# yum install jpackage-utils # No caso de não estar instalado ainda. bash# yum update jpackage-utils # Para atualiza-lo.
Instalando a Máquina Virtual Java (JVM)
Esta é uma das partes mais difíceis porque por questões de licensa o Projeto JPackage não tem permissão para prover o RPM pronto para ser instalado de softwares que tem licensa restrita. É o caso de todas as JVMs comerciais. O JPackage provê o pacote fonte que a partir dele pode-se construir fácil, porém manualmente, o RPM instalável. E vamos demonstrar isso aqui.
JVM da IBM
Seguimos estes passos:
- http://www.jpackage.org
- Procuramos e baixamos o nosrc.rpm da JVM da IBM. A última vez que olhamos estava em http://mirrors.dotsr…./java-1.5.0-ibm-1.5.0.2.3-3jpp.nosrc.rpm
- Consultamos o pacote para descobrir de onde se baixa a JVM da IBM com o comando rpm:
bash# rpm -qpi java*nosrc.rpm Name : java-1.5.0-ibm Relocations: (not relocatable) Version : 1.5.0.2.3 Vendor: JPackage Project Release : 3jpp Build Date: Tue 15 Aug 2006 Install Date: (not installed) Build Host: tortoise.toronto.redhat.com Group : Development/Interpreters Source RPM: (none) Size : 395165271 License: IBM Binary Code License Signature : (none) Packager : Thomas Fitzsimmons URL : http://ibm.com/developerworks/java/jdk/linux/download.html Summary : IBM Java Runtime Environment Description : This package contains the IBM Java Runtime Environment.
e descobrimos que devemos procurar na URL marcada.
- Fomos para http://ibm.com/developerworks/java/jdk/linux/download.html, nos registramos, escolhemos baixar a SDK 1.5 (que é a versão do RPM) em formato tar-gzip (tgz). Tivemos que baixar também a biblioteca javacomm do mesmo lugar. No fim copiamos tudo para o diretório de fontes para RPMs assim:
bash# cd /diretorio/onde/baixei/SDK bash# cp ibm-java2-sdk-50-linux-i386.tgz /usr/src/redhat/SOURCES bash# cp ibm-java2-javacomm-50-linux-i386.tgz /usr/src/redhat/SOURCES
No SUSE, copie para /usr/src/rpm/SOURCES.
- Construimos os pacotes finais com este simples comando:
bash# cd /diretorio/onde/baixei/nosrc.rpm bash# rpmbuild –rebuild java*nosrc.rpm
e vimos uma série de coisas acontecendo: é a construção do pacote.
- Quando terminou, encontramos todos os pacotes gerados em /usr/src/redhat/RPMS/i386. Instalamos todos assim:
bash# cd /usr/src/redhat/RPMS/i386 bash# rpm -Uvh java*ibm*rpm
e a JVM da IBM está instalada.
O padrão JPackage definiu que a JVM deve ser a soma de uma série de sub-pacotes, todos com nome padronizado, e os que geramos neste exemplo são:
java-1.5.0-ibm-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | A JRE mínima. É o pacote básico que você deve instalar. |
java-1.5.0-ibm-alsa-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | Suporte a arquitetura de audio ALSA do Linux. |
java-1.5.0-ibm-plugin-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | Java Plugin para os browsers Mozilla e Firefox. Não obrigatório. |
java-1.5.0-ibm-devel-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | O compilador Java e a SDK. Instale-o se você vai programar em Java. |
java-1.5.0-ibm-src-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | Fontes de programas em Java, para estudo e teste. |
java-1.5.0-ibm-jdbc-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | Driver JDBC genérico para o unixODBC genérico. Não é necessário se você vai usar o driver JDBC de seu banco de dados. |
java-1.5.0-ibm-demo-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | Alguns programas demo. Não é obrigatório. |
java-1.5.0-ibm-javacomm-1.5.0.2.3-3jpp.i386.rpm | Java Communications API para Linux. |
No JPackage há modelos de empacotamento (src.rpm) das JVMs da IBM, Sun, BEA e Blackdown. Para instalar qualquer uma delas, você terá que construir o RPM como demonstramos aqui.
A diferença entre elas está no nome do RPM (“ibm�?, “sun�?, “blackdown�?), e você pode ter instalado em seu sistema JVMs de vários fornecedores simultaneamente. Os RPMs de todos os fornecedores, segundo o padrão JPackage, obedecem esta mesma convenção de nomes de sub-pacotes.
Instale Outros Softwares Java que Não Tem Fonte
Será necessário instalar outros RPMs sem fonte para usar corretamente outros pacotes populares do JPackage. Tentanto instalar o tomcat, verificamos que ele necessita do JTA, que é uma API de transações.
Então repetimos os conceitos do passo anterior:
- Começamos em http://jpackage.org
- Procuramos e baixamos o nosrc.rpm da JTA. A última vez que olhamos estava em http://mirrors.dotsrc.org/jpackage/1.6/generic/non-free/SRPMS/jta-1.0.1-0.b.4jpp.nosrc.rpm
- Consultamos o pacote (ou as infos sobre o pacote em jpackage.org) para descobrir de onde se baixa a JTA, com comando rpm, e descobrimos que precisamos procurar em http://java.sun.com/products/jta/.
- Desta vez, tivemos que baixar dois ZIPs: o de classes e o de documentação. E copiamos ambos para o diretórios de fontes de RPM
bash# cd /diretorio/onde/baixei/JTA bash# cp jta*-classes.zip jta*-doc.zip /usr/src/redhat/SOURCES
- Construimos os pacotes finais e instalamos os RPMs gerados:
bash# cd /diretorio/onde/baixei/nosrc.rpm bash# rpmbuild –rebuild jta*nosrc.rpm bash# cd /usr/src/redhat/RPMS/noarch bash# rpm -Uvh jta*rpm
E a JTA está instalada.
Instalando outros Softwares Java pelo JPackage
Neste ponto, você já tem o repositório JPackage configurado no seu sistema, e a JVM de sua escolha instalada conforme ditam os padrões FHS de diretórios do Linux.
Agora é muito fácil instalar qualquer outra aplicação, biblioteca ou JAR disponível no JPackage, representado pelo nome do pacote na lista a esquerda em http://www.jpackage.org.
Para instalar ou atualizar um pacote, bastam os seguintes comandos respectivamente:
bash# yum install [nome do pacote] # Para instalar. bash# yum update [nome do pacote] # Para atualizar.
O YUM, usando os metadados do repositório, vai resolver todas as dependências, baixar tudo que for necessário, e instalar os pacotes.
Exemplo: Instalando o Apache Tomcat
O Apache Tomcat é um servlet container, que se integra ao webserver e permite a criação e execução de aplicações web feitas em Java (servlets).
Para instalar o Tomcat, segundo nosso exemplo anterior, basta:
bash# yum install tomcat5
Após resolver todas as dependências, o YUM determinou que para instalar o Tomcat, seria necessário instalar também vários módulos do Jakarta, Axis, módulos de XML, etc. E tudo foi automaticamente baixado e instalado num mesmo passo.
Instalando o Eclipse
O Eclipse foi a princípio uma poderosa ferramenta de desenvolvimento de aplicações, ou IDE.
Desde a versão 3, ele foi reestruturado para ser um “servidor de aplicações�? de desktop. Ou seja, se tornou o que chamamos de Rich Client Platform — ou RCP — que é uma base genérica que provê a infraestrutura padronizada que qualquer aplicação de desktop precisa. O IDE então passou a ser uma aplicação, um plugin, do RCP. O IDE Java está no JPackage com o nome de eclipse-jdt, e para instala-lo, basta:
bash# yum install eclipse-jdt
Como sempre, todos os outros módulos necessário para estes componentes serão automaticamente selecionados e instalados.
O ícone do Eclipse deve aparecer no menu inicial, pronto para ser usado.
Curtindo a Vida em São Paulo
Um colega que está se mudando para São Paulo me pediu umas dicas de lugares para levar sua namorada. Mandei esta lista para ele:
- Insalata (Al. Campinas, perto da Estados Unidos)
É bonito, descoladinho e tem todos os tipos de comida, com destaque a ótimas saladas. - Sargento (Al. Pamplona)
Vai lá só para comer a saladona, que é ótima e sustenta. Peça a pequena.
Ou então aproveite as massas que estão entre as melhores de SP. - Nello’s (R. Antonio Bicudo entre R. Pinheiros e Artur de Azevedo)
Barato, tradicional e ótimo. Peça a panzanella de entrada, e depois castigue uma massa. Eu adoro. - Piratininga Bar (R. Wizard, na Vila Madalena)
É aquele bar que te falei para marcar gol. É bonito, tem piano e sax ao vivo, e uns petiscos sem vergonha. Tem que chegar cedo pq é pequeno, e tenta ficar na parte superior, perto do piano. Tem o Pira Grill ao lado que é mais para comer, e é menos romântico. - Acrópoles (fica em alguma rua do Bom Retiro)
É um restaurente grego supertradicional e simples. É interessante pq nos finais de semana o Bom Retiro é um bairro morto, com todas as lojas fechadas mas as pessoas bombam na frente do restaurante (mas sempre tem lugar). Um bom programa é ir na Pinacoteca de manhã e depois almoçar lá, que é perto. Pode-se também ir comprar roupa feminina no bairro (vc vai ter que ter paciência) de sábado (até as 12:00, pq depois tudo morre) e depois castigar o grego. - Restaurante do Museu da Casa Brasileira (Av. Faria Lima quase com a Av. Cidade Jardim)
Este lugar é lindo. O negócio é ir lá domingo umas 10:00 da manhã, assistir o concerto de jazz de graça, dar uma volta no museu (que é pequeno) e ficar para o almoço. Tem um jardim bonito e o restaurente fica de frente para ele. Vale mais pelo programa do que pela comida. - Jardim Aurélia (Rua Tabapuã, 838, no Itaim)
É um restaurante grande que comprou todas as casas de uma vilinha, então as mesas ficam meio a céu aberto. Self-service de tudo, e a noite vira uma pizzaria razoável. - Sorveteria Ofelê (Al. Lorena com Bela Cintra)
Dá uma passeada nos Jardins, e toma um sorvete nessa melhor sorveteria de São Paulo. - Senzala (Pça Pan Americana)
Retaurante tem-de-tudo, com algumas mesas a céu aberto, e vista p/ a praça. Eu gosto do sanduiche de atum, que é bem servido e bom. - Speranza (Av. 13 de Maio quase esquina com a Brigadeiro Luiz Antonio, embaixo do viaduto)
A melhor pizzaria de São Paulo. Tem que pedir a pizza de marguerita que é inacreditável. - Maha Mantra (Fradique Coutinho perto do Galinheiro)
O melhor restaurante vegetariano do mundo. É muito barato e é boa opção também para os carnívoros. - Deli Paris (R. Harmonia com Wizard, na Vila Madalena, perto do Piratininga)
Boulangerie francesa com café da manhã self-service bom, barato e descolado. Dá para almoçar lá tb, tipo quiche com salada etc.
Para os vegetarianos, tenho esta lista de todos os restaurantes VGs de São Paulo.
Gaia Gourmet Vegetariano
Finalmente consegui almoçar no Gaia, marcando um almoço informal com o pessoal do trabalho.
A marioria dos restaurantes vegetarianos são self-service-coma-a-vontade com buffet de saladas e quentes, bem normal. O Gaia não. Lá as porções vem naqueles pratos bem montados e bonitos dos restaurantes mais elegantes.
E não é só visual. É tudo muito saboroso, muito bem temperado.
Eu por exemplo pedi um panqueca de ricota com risoto de quinua e abóbora, de sabores inusitados. Alguns pediram a outra opção: fusili al dente marinado com vegetais. Olhei a massa que não parecia prometer muito, mas que me disseram que estava ótima. Não resisti e provei também, e me surpreendi.
O Gaia Gourmet Vegetariano é um presente para São Paulo. Levaria lá até aqueles amigos gourmets mais carnívoros. E além de tudo, não é caro: R$15 por pessoa.
Entrou na lista dos meus restaurantes preferidos.
Cantá
Cantá seja lá cumu fô Si a dô fô mais grandi qui o peito Cantá bem mais forte qui a dô Cantá pru mor da aligria Cantá sintino sodade Cantá coieno as coieta Cantá cumu quem dinuncia Cantá nossa vida i a roça |
Cantá as caboca cum jeito, Cum viola i catiguria Si elas cantá nu seu peito Num tem cantá qui alivia Cantá pru mor dispertá Cantá cum muitos amigos Cantá, cantá sempri mais: Cantá seja lá cumu fô |
Autoria de Gildes Bezerra.
Escrito como uma resposta a um cartão de fim-de-ano de Rolando Boldrin. Mais detalhes pelo próprio autor. |
Unbreakable Linux: Mais uma Distribuição Enterprise
A Oracle anunciou a distribuição Unbreakable Linux na semana passada. Ela será tecnicamente idêntica ao Red Hat Enterprise Linux (RHEL), com excessão da logotipagem e trademarks da Red Hat, incluindo — conforme anunciado — um suporte de preço inferior ao da Red Hat.
O mercado ainda não entendeu o que este passo significa, e muitos interpretaram (e celebraram) como um suporte mais amplo ao RHEL por parte da Oracle. Na verdade a Red Hat se pronunciou em seu Unfakeable Linux.
Por que copiar o Red Hat Enterprise Linux? Porque é uma distribuição muito popular e porque desde sempre foi desenhada para ser genérica, ou seja, é muito fácil tirar a logotipagem da Red Hat e colocar o seu próprio nome. O resultado é uma distribuição idêntica (bit a bit) ao Red Hat Enterprise Linux (com exceção dos logotipos), e que se comporta exatamente da mesma forma que o RHEL se comportaria ao interagir com diversos hardwares e softwares: a compatibilidade do hardware e software catalog da Red Hat é tecnicamente herdada, mas não leva o carimbo formal de certificação da Red Hat.
Essa idéia não é nova e outras iniciativas já faziam isso antes: WhiteBox, CentOS, Scientific Linux. Isso é possível graças a tecnologia Open Source chamada RPM que “documenta” numa linguagem de máquina todo o processo de compilação, integração e instalação dos softwares, a ponto de ser facilmente reproduzivel em qualquer ambiente. Já havia explicado este processo antes a partir deste slide, nesta apresentação.
Como o software é idêntico, os bugs também são herdados, e é ai que começa o problema. As iniciativas sem suporte (CentOS etc) declaravam em alto e bom som que não fornecem suporte, e por isso não tem nenhum vínculo de responsabilidade com seus usuários. Elas podem se dar ao luxo de esperar a Red Hat lançar uma atualização para só depois se atualizarem.
No caso de um contrato de suporte comercial da Oracle, ela terá um cliente impaciente do outro lado da linha que quer ter seu problema técnico resolvido. O luxo da espera não existe mais, e a Oracle terá que resolver os bugs por si só.
Na pior das hipóteses, ao longo do tempo é possível que o Unbreakable comece a divergir tecnicamente do RHEL, mesmo tendo a Oracle um desejo latente de sempre se sincronizar com o RHEL — conforme anunciado. E teremos uma terceira distribuição Enterprise forte. Foi assim que nasceram algumas distribuições, como Conectiva e Mandrake, que no começo eram basicamente uma cópia traduzida do Red Hat (não enterprise) Linux. Mas hoje o ecossistema de Linux é bem diferente do da época em que essas distribuições surgiram.
Arrisco também um palpite favorecendo uma hipótese bem melhor, onde o Unbreakable e o RHEL continuarão idênticos e sincronizados, cooperando entre sí como verdadeiros projetos Open Source. E ao longo do tempo o RHEL realizará a façanha inédita de consolidar um sabor universal de Linux corporativo. Coisa que o Linux Standard Base está longe de conseguir.
Só o tempo dirá, e é essa constante incerteza a maior inimiga de uma adoção em massa de Linux no mundo corporativo.
Cabe aqui uma salva de palmas para a Oracle que teve a coragem de inovar comercialmente sobre algo que já era tecnicamente e legalmente possível.
Mágica dos Decimais
Multiplique 37 por múltiplos de 3: |
Trapézio: |
Outro Trapézio: |
E mais outro: |
Conta bonita:
111.111.111 x 111.111.111 = 12.345.678.987.654.321
Filhote Pai D’égua
Cheguei ontem em Belém do Pará, para um evento, e jantei num ótimo restaurante chamado Lá em Casa.
Queria traçar uma comida típica e o garçom foi excelente nas sugestões e descrições, e acabei indo no Filhote Pai D’égua. Filhote é um peixe da região, e o prato vinha acompanhado de arroz com jambú (que parece espinafre, mas é diferente), farinha molhada com leite de côco, e salada de feijão manteiguinha de Santarém (um feijão claro e muito pequeno). O peixe era grelhado, macio, suculento e muito saboroso.
O garçom — cujas explicações regionais não deixavam a desejar perto de qualquer documentário de Travel Channel — explicou que o nome “Filhote” caiu na boca do povo como o nome do tal peixe. Mas não é. Chamam-no assim até ele atingir 20kg. Pense num peixe de 20kg que é chamado de Filhote. Bem, depois disso o nome dele vira Piraíba, mas seus 100kg não são mais apreciados porque na fase adulta sua carne fica fibrosa. Imagine um peixe de 100kg!! Coisas da Amazônia….
Já estava satisfeito quando descobri que a carta de sobremesas incluia sorvete de Bacurí — a maior de todas as delícias da Amazônia, talvez do Brasil, que já conhecia de outra viagem que fiz aos Lençóis Maranhenses e ao Piauí. Para não desencarnar de êxtase, pedi só uma bola, acompanhada de outra de sorvete de tapioca. Dormi feliz, mesmo porque tinha passado o dia comendo só barras de cereais nos vôos.
Em São Paulo pode-se provar sorvete de Bacurí numa pequena cafeteria que fica no Itaim Bibi, na rua Jesuino Arruda entre ruas João Cachoeira e Manuel Guedes.
Belém é uma cidade plana, com casarões antigos muito bonitos, alguns infelizmente não muito preservados. O que mais impressiona na cidade são as mangueiras carregadas e outras arvores gigantescas que enfeitam as ruas. Um taxista me contou que as mangas dessas árvores eram uma arma letal da natureza contra os carros passantes, mas agora a prefeitura organizou um esquema em que elas são colhidas das árvores e transformadas em suco para escolas carentes.
Estação das Docas nas margens do Rio Amazonas.
Fui ao evento na sexta, na famosa Estação das Docas, que fica na beira do rio Amazonas. No almoço um garçom me informou que havia uma feira livre — que depois soube que era a Feira do Ver-o-Peso — a sudoeste (dava para ir a pé), onde uma senhora (e suas filhas) vendia polpa de frutas. Numa operação rápida atravessei a feira, comprei um isopor, e enchi com 4 litros de polpa de Bacurí e Graviola. A Tati ganhou uma sorveteira esses dias, que só faltava agora se juntar às polpas e me proporcionar a atmosfera ideal para desencarnar de vez com a êxtase do sorvete de Bacurí.
No fim do evento, aquele povo lindo de feições indígenas se juntou na parte externa das Docas, de frente para o rio, para ver um show que acontece toda sexta-feira, e sucedeu uma cena tocante: todos suspiraram sincronizadamente ao ver o último fio de sol sumir, laranja, quente, lindo, atrás da floresta, que ficava atrás daquele pequeno — mas já gigante — braço do rio Amazonas.
Acho que por respeito ao por-do-sol, a banda só começa a tocar logo depois. Músicas regionais que todos conheciam, menos eu. Lundus, etc. E depois entrou um grupo de dançarinas morenas e sorridentes, girando suas saias longas com os braços erguidos. Era uma cena da mais pura e singela alegria.
Mais uma vez, adorei o Pará.
Migro meu Blog para o WordPress ?
Hoje sou um relativamente feliz usuário do Blogger, do Google. Mas me faltam coisas como categorizar posts, mais controle sobre os posts e comentários, etc.
Muita gente usa o WordPress, e queria saber: migro p/ o WordPress ou não ?
Vocês usam o WordPress no WordPress.com mesmo (com configurações limitadas), ou baixaram o software de WordPress.org e insatlaram no site de vcs ?
Não vi forma alguma de usar o serviço do WordPress.com e ter o blog no meu domínio. É isso mesmo ?
Tentei fazer testes de importação dos posts e comentários do Blogger, e não consegui: deu pau com mensagens estranhas. Confere ?
Onde há um diretório de templates PHP supimpas para escolher ?
Obrigado pelas dicas !
Desenvolvedores versus Programadores
Achei ótimo este ensaio comparando programadores e desenvolvedores. Está dividido nas seguintes partes:
- Desenvolvedores são de Marte, Programadores são de Venus
- Desenvolvedores tem algum conhecimento do escopo e do negócio
- Desenvolvedores se preocupam com manutenções de mais
- Desenvolvedores sabem que métodos de trabalho são mais importantes que cortadas técnicas
- Programadores acham que a solução para todos os problemas é programar
- Desenvolvedores procuram repetição, programadores gostam de heroísmos singulares
- Programadores gostam de complexidade, desenvolvedores favorecem simplicidade
- Desenvolvedores se preocupam com os usuários
- Desenvolvedores gostam de satisfazer uma necessidade, programadores gostam de terminar
- Desenvolvedores trabalham, programadores brincam
Quando eu faço pelestras, insisto em enaltecer a importância dos desenvolve/programadores, e como o autor, vou trocando de termo para não soar repetitivo. Vou prestar mais atenção de agora em diante.
Você, leitor, é um programador ou um desenvolvedor ?
Diga-se de passagem, vou começar a acompanhar esse blog Hacknot. Quase anônimo, ele tem uma aura de mistério atraente, e é muito bem escrito.
Censo Populacional de Linux na br-linux.org
Acabei de votar no censo de Linux do br-linux.org
Meus votos:
- Ferramenta de Administração do sistema: rpm
- Ferramenta de Segurança : ssh e iptables
- Servidor de Banco de Dados: DB2
- Visualizador de Vídeo: mplayer
- Programa de Audio (MP3 e similares): amarok
- Editor de textos: kate
- Navegador web: Firefox
- Programa de mensagens instantâneas: kopete
- Cliente de e-mail: GMail
- Agregador RSS: Google Reader
- Aplicação P2P: Azureus (BitTorrent)
- Ambiente Gráfico: KDE
- Ferramenta de Desenvolvimento: KDeveloper e Eclipse
- Linguagem de programação: C, C++, Java e Shell
- Editor de imagens: Kuickshow e Gimp
- Suíte Office: OpenOffice.org
- Distribuição Live CD: Knoppix
- Distribuição nacional:
- Distribuição para desktop: CentOS ou SLED
- Distribuição para servidor: Red Hat Enterprise Linux
- Site nacional, excetuando o BR-Linux: vivaolinux.com.br
- Site internacional: ibm.com/developerworks
- Personalidade da comunidade livre nacional: EU !
- Personalidade da comunidade livre internacional: Bob Sutor
- Ponto alto do software livre em 2006: A Iniciativa Elektra
- Ponto baixo do software livre em 2006: Iceweasel – o ridículo nome que a comunidade Debian decidiu dar ao Firefox, só no Debian
- Fórum web ou lista de e-mail:
- Livro sobre software livre: O do Cezar Taurion sobre Software Livre
- Grupo de usuários ou organização livre nacional:
- Evento da comunidade:
- Empresa atuante na comunidade livre nacional: 4Linux
- Revista que acompanha a comunidade livre: Linux Magazine
Aspirina para a Febre Ubuntu
Nunca usei o Ubuntu, mas todo mundo diz que ele é facinho facinho de usar.
Legal. Fico feliz por ele.
Mas encontrei com um cara recentemente, bem famoso na comunidade Linux, que tem uma visão bem madura das coisas e bem antenado na história do Debian e Ubuntu. Contou que a empresa Ubuntu é do fundador da Thawte — que foi vendida a preço de ouro para a Verisign. Ai ele pegou esse monte de dinheiro e foi se divertir montando a Canonical (empresa que desenvolve o Ubuntu).
Ele apontou enormes pontos de interrogação na estratégia do Ubuntu. Tipo, como eles mandam CDs de graça pra todo mundo ao redor do mundo? Como eles dão suporte de graça bastando ligar para eles? Afinal, como eles ganham dinheiro? Etc.
Resumo da ópera, o modelo de negócio do Ubuntu como empresa é muito duvidoso, se é que tem lá um modelo de negócios.
Então para se divertir, em casa, etc, usar o Ubuntu é legal, e eu incentivo muito. Mas para usa-lo numa empresa, de uma forma responsável, de jeito nenhum por enquanto.
Eu ainda sou da linha que técnicos devem usar em casa, para aprender, uma das 2 grandes distribuições: Red Hat ou SUSE. Não quer comprar a subscrição? Não precisa. Use gratuitamente o Fedora ou CentOS para usar o sabor Red Hat, ou OpenSUSE para saborear SUSE.
PVFS, GFS e IBM GPFS
Descobri hoje o PVFS (parallel virtual filesystem). Parece ser a única coisa arquitetonicamente semelhante ao GPFS da IBM.
A característica que acho a mais atraente nesses filesystems é que pode-se monta-los com um cluster de computadores simples, desta forma:
- Cada um deles doa parte de seu storage interno para a célula do filesystem, por exemplo, uma partição
- Os servidores (que podem ser clientes também) são membros da célula
- Um servidor (ou serviço) de metadata define políticas para distribuir os arquivos fisicamente pelos computadores
- Um nó que precisa acessar com mais freqüência um certo arquivo, terá ele (ou um cache dele) em seu storage local
Isso garante paralelismo, porque todos os membros acessam um único filesystem lógico que na verdade é uma núvem espalhada por todos os nós. E garante performance, porque coloca o dado (ou arquivo, ou parte dele, ou um cache) mais perto de quem mais precisa dele no momento.
Em contrapartida, o GFS da Red Hat é centrado no storage físico (geralmente externo), ou seja, não implementa esse conceito de nuvem espalhada pelos membros do cluster. Ele está mais preocupado em administrar o acesso físico simultâneo ao storage.
Dando uma rápida olhada, o PVFS me pareceu precisar ainda de uma polida. Seus comandos são feios, e configuração não muito intuitiva e não bem integrada ao sistema operacional, mas é Open Source. O GPFS por outro lado é um produto maduro, já usado nos maiores clusters computacionais do mundo mas é pago.
Acompanho esse mundo de filesystems desde a época do AFS (bela arquitetura mas muito complexo), passando pelo DFS (mais complexo ainda), Coda (vapourware), Inter-mezzo (vapourware), até os de hoje. Eles tem potenciais muito interessantes em aplicações de grandes escritórios distribuidos e de clusters de alta performance. Aqui na IBM, internamente temos algumas células AFS, mas gradativamente estamos migrando para uma nova arquitetura batizada de GSA (Global Storage Architecture), baseada em GPFS, mas acessível por Samba, NFS, etc.
Feriado em Caldas da Imperatriz
Eu que nunca ganho nada, ganhei um final de semana no Resort Plaza Caldas da Imperatriz, na serra de Santa Catarina, uns 40 km de Florianópolis. Como eu tinha que estar em Floripa na segunda-feira, 16 de outubro, resolvi passar o feriado inteiro lá, numa espécia de mini-férias, chegando na quarta anterior, a noite.
A princípio, Tati e eu achamos que talvez seria tempo de mais ficar 4 dias enfurnado num “resort” — palavra que me dava calafrios só de imaginar. Estavamos enganados e foi mais-do-que-ótimo.
Era um hotel grande e legal montado sobre umas fontes históricas de águas termais — que já brotam da terra a agradáveis 39° C —, em Santo Amaro da Imperatriz, SC. Então, por causa disso, o hotel dava foco a banhos, hidromassagens e piscinas com cascatas quentes. Contei umas 2 piscinas fechadas, 1 gigante externa, 5 ofuros externos e mais uns 2 internos, fora as saunas e duchas. O resort estava cheio de gente de todos os tipos, principalmente famílias e era comum ver os hóspedes circulando de roupão pelo hotel.
Além disso, havia um SPA que oferecia massagens e tratamentos especiais, e pacotes de alimentação acompanhada de nutricionista. Tudo isso, claro, cobrado a parte.
Fazíamos todas as refeições lá mesmo, com muitas opções quentes, de saladas, e de sobremesas. Tudo muito bom, mas acho que na cozinha eles podiam pensar um pouco mais nos vegetarianos: até um frugal arroz-a-grega levava uns pedaços de presunto que não precisavam estar lá.
Todos os dias eles publicavam uma programação diferente para adultos e crianças, que incluia hidroginástica, aulas de dança, caminhadas, trilhas, filmes, música ao vivo, mágico, aulas de Tai Chi Chuan e Lian Gong (um tipo de auto-massagem que parece Tai Chi). Quando não queríamos fazer uma das atividades, saíamos para passear pelos belos jardins de bromélias, palmeiras imperiais, flores, rios, lagos e pássaros. Ou caíamos na água morna de um dos ofuros. Ou ainda nos refugiávamos no quarto para assistir TV a cabo até o sono da tarde chegar tranqüilo.
Fiz algumas massagens, esforcei-me para me alimentar sem exageros e corretamente, fiz questão de manter a mente longe de coisas que a deixavam muito agitada, e o resultado foi uma bela limpeza perceptível de corpo e alma.
A-do-rei.
Poema de Mulher
Do livro Tapa de Humor Não Dói do grupo carioca O Grelo Falante.
Que mulher nunca teve: Que mulher nunca tomou: Que mulher nunca sonhou: Que mulher nunca pensou: |
Que mulher nunca penou: Que mulher nunca comeu: Que mulher nunca apertou: Que mulher nunca jurou: |
Acabou Tudo
Fábio Gandour toca o time de Novas Tecnologias na IBM Brasil e publicou um artigo interessantíssimo na Intranet, que reproduzo aqui, para depois comentar. Não se engane com a linguagem que ele usou. O público alvo do artigo é uma população enorme de gente de todos os tipos e idades, e por isso forçou uma linguagem simples.
Acabou tudo. Ou então… estamos começando de novo
Por Fábio Gandour
Há 260 semanas, em todas elas, estamos aqui falando de ciência, tecnologia, pesquisa, idéias, inovação, vanguarda e coisas de igual sabor. Uma delícia! No entanto, sabendo vocês ou não, a acomodação não ajuda a evolução cultural do homem. Por mais delicioso que seja, contentar-se com o mesmo banquete, ainda que com pratos variados, não promove o avanço do saber universal. Nem em extensão e nem em profundidade. E é esta desacomodação, este desarranjo, este distúrbio, subversão até, que a gente quer criar hoje. E criar bem aí, na cabeça de vocês.
Pra começar, imagine uma situação em que tudo o que se disse e se fez a respeito de ciência, de repente estivesse inválido. Mas… não inválido porque estivesse errado e sim porque simplesmente perdeu o valor. Assim… num instante, percebemos que acabou tudo! Sim, tudo que foi feito na ciência continua aí, mas perdeu o valor, a utilidade. O conhecimento, de repente não é mais capaz de resolver os problemas. Meio maluco, né não?!? Pois é, apesar de meio [ou muito, concordo :-)] maluco, talvez a gente esteja mais perto desta conclusão do que você [e eu também, confesso :-)] podemos imaginar. E a razão desta súbita perda de utilidade de tudo que se sabe não vai ser por conta da perda de valor intrínseco do conhecimento. O que pode acontecer é que a complexidade do mundo tende a aumentar tanto que o pensamento científico atual não tenha mais instrumentos teóricos e práticos para resolver os problemas. Viu como isto pode estar mais perto do que vocês imaginam!?!
Bem… peraí, não vai sair correndo desesperado que você pode assustar os vizinhos :-). O mundo não vai acabar por causa disso!!! Até porque tem gente que já percebeu a existência desta possibilidade e vem tentando evitar que o pior aconteça. O principal destes caras chama-se Stephen Wolfram [biografia, publicações, cores prediletas e número do sapato, tá tudo aqui – querendo mais, o site do cara é bem este].
O cara é fera. Publicou o primeiro trabalho científico aos 15 anos e concluiu o PhD aos 20 [sentiu?]. Durante 10 anos, dedicou-se a escrever um livro. Só um. O livro se chama “A New Kind of Science”. Não tem em Português. E também acho que não vai ter porque… o livro é imenso [tem mais de 1200 páginas] e duro de ser lido [depois de 2 meses, estou na página 115, onde começa o capítulo “Sistemas Baseados em Números”]. E como sabemos que é pouco provável que alguém vá ler o livro do Wolfram, contamos o fim do filme: no fim, o livro indica que estamos muito perto do problema falado aí em cima.
Dito de maneira assim bem simplezinha, o cara afirma que a ciência universal, baseada na álgebra árabe e na lógica que nasceu na filosofia e foi importada pela matemática, não vai dar conta do recado. E se isto não vai funcionar, todo o resto, da física à literatura, vai servir pra muito pouco. Grave, não?!? Tem mais: o Wolfram só aponta a existência do problema, mas não dá uma solução completa. Portanto, acabou tudo. Ou então, é hora de começar de novo. Começar lá no fundo, lá atrás. Criar uma nova abstração, uma nova noção de quantidade e de medida, um outro sentido para a percepção das coisas.
É, eu sei, tá meio confuso, mas… eu falei que ia gerar desacomodação, desarranjo, distúrbio, E claro que este assunto não termina aqui. O artigo sim, termina. Mas o assunto vai longe, muito longe… É bem provável que você nem veja o desdobramento disso tudo, mas seu neto [ou filho, vá lá :-)] vai ver. E poderá até dizer que o vovô tinha razão. Paro aqui. Qualquer hora eu volto nisso.
P.S.: Conheci o Stephen Wolfram. Foi demais!
Achei interessante o problema que Wolfram está estudando.
Sou um espiritualista e acredito que a mente humana tem limitações de alcance. Não é tudo que se pode explicar com matemática, ou as leis da física, ou da ciência. Seria muito prático se fosse assim, mas talvez o mundo seria um pouco sem sabor. E olha que eu me considero um cientista.
A ciência está chegando nos limites do macro e do micro, e os cientistas quebram o escopo das leis do mundo em duas partes: as do mundo atômico e as do grande universo. A busca por uma única lei que explica tudo, elegante e universal, como desejava Einstein, está mais longe de terminar do que nunca.
Apesar disso, acho que a ciência pode e vai um dia abranger tudo, mas até lá o conceito de ciência terá que mudar, e terá que ser menos mental e mais intuitiva (algo que está além da mente). É vasto o número de relatos de ioguis que vão para um “além-mundo” em suas meditações, e quando voltam sempre contam as mesmas coisas sobre suas experiências:
- Tem-se a nítida sensação de que o mundo físico que julgamos ser real, é completamente irreal.
- É um “lugar” de incomensurável paz e de infinita inteligência, onde tem-se uma conciência universal maior e infinita (sempre usam as palavras paz e inteligência).
- A mente é incapaz de entender esse “lugar”.
E é engraçado que eles tem essas percepções justamente quando dizem estar com a “mente vazia ou anulada”.
A resposta para tudo está dentro de nós.
Os Novos Sons do Mundo
Caí na estrada com todos os 16 CDs dos 8 albuns Buddha-Bar compactados em práticos 2 CDs de MP3. Para quem não sabe (eu não sabia até uns 3 meses atrás) os Buddha-Bar são belíssimas compilações de DJs do bar-restaurante-lounge Buddha-Bar de Paris, e trazem sons do mundo todo, parte no estilo lounge/chill out/ambient, parte em ritmos mais animados.
Alguns anos atrás eu diria que isso é música alienante e me manteria fiel a MPB, ou ao Instrumental Brasileiro; como a mais uns anos antes diria que qualquer coisa fora do hard rock seria “fagot-music”. Incrível como os gostos mudam quando agente mantém a mente aberta…
Hoje tenho me sintonizado mais com essas pulsações globais. São sons que me fazem sentir parte de uma coisa maior, que amplificam a visão, a respiração, sei lá. Fazem os nossos problemas precerem menores ainda porque insistem em nos lembrar que o mundo não termina na nossa cultura.
No meio de um monte de coisas interessantes, há canções realmente lindas, e separei algumas degustações para vocês: a etérea Tibet (a passage to…) de uns tais de Tibet Project, e a maravilhosa Onón Mweng de Oliver Shanti.
Essas canções fizeram as paisagens de Ilhabela ficarem ainda mais paradisíacas nesse final de semana.
- Veja também o que achei do Café del Mar.
Levitação
Voltei a sonhar que podia voar.
Saltava de um lugar alto descendo devagar até chegar em baixo. Ou simplesmente decolava e ia para onde queria. Ou ainda saia do topo de um edifício e chegava em outro.
Não tem nada a ver com o que a gente vê nos filmes de super-herói. Era um vôo de paz, lento, com movimentos harmônicos e dançantes no ar, sem pressa.
É tão real que a gente acorda com a sensação de poder abrir a porta de casa e sair levitando. Lembro que quando era criança cheguei a tentar isso.
Não tem sonho melhor.
Um Vegetariano no Mundo dos Negócios
Ontem fui a um evento do rico mercado de tecnologia. Por começar cedo, durar o dia todo e se estender até a noite, foram servidos diversos café da manhã, coffee-breaks, almoço e coquetel no final do evento.
Eu sou vegetariano.
Havia sanduiche de metro, de pastrami, salame e peito de peru. Perguntei se havia alguma opção mais vegetariana, menos carnívora, ou só com queijo, e os garçons mal entenderam do que estava falando. Tive que me contentar só com pão de queijo, muito sem-vergonha.
No almoço, era arroz com açafrão, batata gratinada com queijo brie e três opções de carne: tiras de frango com um molho, cubos de carne ao molho madeira com cogumelos, e rondeli recheado com ricota e frango. Atenção especial para este último, porque achei que ia conseguir separar a carne, mas não: o recheio do rondeli continha pedaços bem pequenos de frango. Resultado, tive que comer arroz e batata.
Minha dieta não foi nada nutritiva. Não havia outras opções para vegetarianos.
Fiquei imaginando como essa comida toda é contratada por quem faz o evento.
- — Vocês do buffet, por favor coloquem tudo do bom e do melhor, porque quero impressionar meus convidados !
- — Pois não, então tudo terá carne.
Um vegan (quem nem leite e ovos come) então, nem se fala. Ia ter que levar maçã de casa para não definhar de fome, por absoluta falta de opções para comer.
Durante o almoço o buffet passou um ficha de avaliação e não demorei a sugerir para pensarem nos vegetarianos, bem como lembrar de orientar seus clientes de que nem todos os convidados podem ter os mesmo hábitos alimentares de quem faz o evento.
Bem, não fiquei para o coquetel no final, mas achei aquilo tudo muita falta de senso de diversidade. E isso é bem comum nos inúmeros eventos em que vou.
Feliz Aniversário !
Parabéns Linux, pelos seus 15 anos — hoje — de hackerismo, mudanças radicais no mercado de TI, e por ser fonte de inspiração às grandes mudanças na cultura humana.
Antes de votar…
…consulte perfil.transparencia.org.br onde é possivel fazer consultas sobre todos os candidatos, como bens declarados, atuação parlamentar, emendas de sua autoria, gastos de gabinete, quem financia campanhas, etc.
O site ainda permite fazer uma pesquisa de quando e como o candidato apareceu no jornal.
Superútil. Só falta eu poder registrar em quem votei nas últimas eleições para poder acompanhar, porque sinceramente não lembro mais….
Não Subestime as Pessoas
Alguns anos atrás, quando era mais idealista e ingênuo, recebia projetos para executar que tinham sido arquitetados por outras pessoas.
Eu era também muito sabichão e achava que havia a forma correta para fazer as coisas. Com toda essa pompa, certamente achava vários defeitos nesses desenhos. Na verdade achava eles uma droga. Era inaceitável que alguém pudesse fabricar um trabalho de tão baixa qualidade, e ficava nervosíssimo porque era eu quem tinha que executar.
Claro que achava que se estivesse no lugar do projetista, teria desenhado muito melhor, mais bonito, e mais barato.
Bem, cuidado com o que você deseja porque um dia pode te-lo.
Aconteceu que mudei de lado, e virei “desenhista”. E dos piores, porque fui com aquele sentimento de “agora eles vão ver coméqueé”. Mas, também descobri coisas incríveis.
O lado de lá da moeda — também conhecido como área de vendas — era cheio de incertezas. Lidar com clientes — coisa que não fazia do lado de cá — é um processo sujeito a diversas forças, tanto técnicas (as mais fáceis de mitigar), políticas, estratégicas, e de escassez de recursos que nunca me ocorriam, chamados tempo e dinheiro. Só o fato de ter-se produzido um desenho de projeto, por mais tosco que seja, já era uma vitória, tamanha as dificuldades no meio do caminho.
Quantas vezes subestimei as pessoas e suas inteligências quando via algo que rapidamente julgava como erro grosseiro, mas logo depois era informado de situações que forçavam ser aquela a única saida. Não estou falando de conseqüências futuras, mas do que as pessoas são capazes de fazer com os recursos que elas tem hoje, somados a suas experiências anteriores. De qualquer forma, futurologia é uma ciência que não existe.
É muito fácil julgar e criticar ações alheias. É bem mais dificil colocar-se na posição e situação da outra pessoa. Hoje prefiro pensar que alguma idéia simples e óbvia que acabei de ter para resolver uma guerra alheia, um projeto difícil, ou um impasse em que não estou metido, provavelmente já foi concebida por quem vive aquilo todo dia, e só não foi adotada porque havia um conjunto de forças desfavoráveis para tal.
Não que as pessoas tenham que parar de ter idéias sobre os problemas alheios. Só precisam fazê-lo quando não estiverem arrotando sabedoria, e com um certo senso de humildade.
Vôo Espiritual
A religião é como o avião que reboca você — o planador — para as alturas até que você se solta dela. A partir dai você está por sua conta, sem religião, livre, no silêncio do céu. Você deve achar as correntes do ar quente que sobem para subir bem mais alto, inebriando-se do sol e desfrutando a tua liberdade.
Grupo Corpo
O Grupo Corpo esteve em São Paulo com duas coreografias.
A Missa do Orfanato dançava uma missa de Mozart (que não era o Requiem) como pano de fundo. Dançarinos mostraram muita emoção nesse opus n° 1 (primeira obra) da companhia.
Ai teve um intervalo, e depois entraram com o Onqotô.
Pegue uma caixa, coloque o Onqotô, goiabada cascão, caipirinha de maracujá com boa cachaça, biscoito de polvilho, sorvete de bacurí, e doce de abóbora com côco, e você terá um perfeito Kit Brazil Export. Vontade de comer tudo. Talvez o Onqotô sozinho já dê conta do recado, de tão brasileiro que ele é. A voz zen de Caetano Veloso somava à perfeição a dinâmica vigorosa da coreografia. Adorei.
O intervalo era um espetáculo a parte. Muita gente bonita, com ar de descolada e que parecia emanar glamour e cultura. Todos alí prestigiando essa que está entre as mais importantes companhias de dança moderna do mundo. De logo aqui, Minas Gerais.
Nesses espetáculos minha namorada sempre sempre encontra todos seus sócios, e eu nunca nunca vejo pessoas da minha empresa.
♫ É só isso… ♫
Artigos Sobre Tecnologia
Escrevo artigos que são publicados em mídias diversas como sites, revistas, etc, muitos deles como artigos oficiais da IBM. Esta página leva a todos eles.
Linux, Software Livre, Padrões Abertos, etc
- Escolhendo uma Distribuição Linux
- Open Source na Prática
- Por que Linux é Melhor que Windows ?
- Software Livre sem excesso de filosofia
- Optimal Use of Fonts on Linux
- Instalando Java e Eclipse em Linux
- Padrões Abertos e Linux no Desktop
- Choosing a Linux Distribution
- Pense Aberto, Seja Livre
- Designing Integrated High Quality Linux Applications
- Managing Accurate Date and Time
- Elektra Initiative
Segurança em Tecnologia da Informação
- Quer Segurança? Organize-se !
- Tudo que você precisa saber sobre Criptografia
- Segurança em Software de Código Aberto
- Na Trilha do Invasor
Assuntos Diversos
Baixando Música da Internet
Internet Music Download
- Como criar um website
- Sobre Profetas e Bolas de Cristal
Há também uma boa quantidade de insights nas apresentações que faço em eventos.
Software como indicador de desenvolvimento socioeconômico
Jorge Sukarie Neto, presidente da ABES, nos enviou um estudo encomendado ao IDC, sobre o mercado brasileiro de software.
Cruzei alguns dados do estudo com a população dos respectivos paises, e deu isso:
Brasil
|
Australia
|
Canada
|
Italia
|
França
|
|
População |
186.405.000
|
20.155.000
|
32.268.000
|
58.093.000
|
60.496.000
|
Volume de SW (US$ bi) |
7,23
|
16,2
|
17,9
|
16,9
|
36,8
|
Volume per capita (mi) |
38,78
|
803,77
|
554,73
|
290,91 | 608,3 |
Ou seja, mesmo com uma população quase dez vezes maior que a desses países (que não são tão expressívos assim), o Brasil consome e produz software dezenas de vezes menos que eles.
Parece-me que software é um tipo de indicador de desenvolvimento social.
Das duas uma: ou o Brasil está realmente bem atrás, ou pirateia-se muito por aqui. Ou das duas, as duas são afirmações corretas.
ODF e OpenXML: ecossistema, sorte e poder
A sorte está lançada entre ODF e OpenXML.
O que vale mais?
Um padrão universal e em franco crescimento de aceitação, mas ainda pouco usado, resultado do melhor capital intelectual aberto que a Internet é capaz de fabricar, ou um formato fechado de documentos, com política de royalties, e amarrado ao produto mais usado desse segmento?
Por outro lado, se meus CDs tocam em qualquer CD player, porque MEUS documentos vão funcionar somente em UMA suite de escritório? CD (e sua independêndia do CD player) está para música, assim como ODF (e sua independência de suite de escritório) está para documentos.
Quando tivermos o resultado dessa interessantíssima briga, os mais emotivos dirão que foi sorte de um e azar do outro. Mas não tem nada a ver com isso, e sim com poder de construir ecossistemas de cada um desses polos.
Ecossistema é tudo.
Mas paixão e vontade de realizar vem em segundo lugar. E essas forças movem montanhas. E ecossistemas.
Recife e o Mar
Estou em Recife.
Hoje de manhã (ok, já era umas 11:30) olhei pela janela do quarto do hotel e vi uma cena linda: a maré baixa e os recifes cheios de piscinas naturais convidando a criançada a brincar na água calma e morna.
Baixando Música da Internet
É muito controverso se é ilegal ou não baixar música da Internet. A lei e licença de uso do fonograma (faixa de um CD) ou não é clara ou ninguém nunca explicou isso direito.
Entenda o Contexto Primeiro
Outro dia conversei com um músico profissional que fazia faculdade de produção musical, e ficaram claros alguns aspectos:
- As grandes gravadoras prestam um serviço para a sociedade desta forma: encontrando talentos, patrocinando a produção e gravação do fonograma, produzindo um encarte bonito, divulgando o produto na TV, rádio, revistas, outdoors e novelas, e depois operando a logística de distribuição física do CD, além de em paralelo investir na própria evolução da tecnologia do CD, tudo isso para você poder ouvir música de alta qualidade técnica, e fácil de encontrar na loja perto da sua casa. Então nada mais justo que as gravadoras serem remuneradas por todo esse trabalho.
- Por isso, em geral a gravadora é dona do fonograma, e não o músico ou compositor. Isso significa que é ela quem decide quando, quanto e como vai publicar as canções (publicar significa prensar CDs e por nas lojas). O músico não pode pegar o fonograma, gravar um CD e sair vendendo, a não ser que ele compre os direitos sobre o fonograma, que são em geral muito caros.
- As gravadoras não estão defendendo os direitos dos artistas, mas seus próprios interesses. De fato, muitos artistas não gostam que as gravadoras digam que estão defendendo os direitos deles.
- Nesse processo todo, os músicos ganham os direitos autorais (que segundo alguns músicos que conheço, é pouco), que recebem de uma instituição independente, que por sua vez vem da gravadora e de outras fontes. Essa regra não vale para estrelas que tem poder (e agentes) para negociar contratos melhores com uma gravadora.
- O músico quer que sua arte seja conhecida e ouvida o máximo possivel.
- Músicos profissionais ganham mais dinheiro em shows e performances ao vivo, e menos em venda de CDs das gravadoras, que levam a sua obra.
- Pessoas só vão prestigiar os músicos num show (e pagar ingresso) se sua obra for boa e conhecida.
- Muitos bons artistas não tem penetração no mercado, dinheiro ou disposição para gravar um CD independente. Esses são os chamados “alternativos”.
- Excelentes músicos e lindos fonogramas podem ser pouco conhecidos ao ponto de ser comercialmente inviável dar-lhes espaço numa concorrida prateleira de loja de discos. Por isso é dificil encontrar gravações antigas ou as chamadas “alternativas” nas lojas: ou as pessoas já mudaram de gosto, ou há pouquíssimos compradores. A situação é pior para as gravações que são ao mesmo tempo antigas e alternativas.
- Eu estimo o custo de 1 CD — incluindo o plástico, encarte, trabalho artístico, pagamento do direito autoral, veiculação etc — em menos de R$5.
- Ouvi dizer que a lei proibe a redistribuição de fonogramas em meio físico (gravar um CD ou fita e sair vendendo ou comprando).
- A Internet não é considerada um meio físico. Por isso, nesse raciocínio, não é proibido usar a Internet como meio de distribuição de música, pelo menos para fonogramas produzidos/gravados/publicados antes da era Internet, o que inclui tudo antes de mais ou menos 1997. Depois disso, fonogramas começaram a ser produzidos com uma licença (os termos legais que definem o que é permitido ou não fazer com o fonograma) revisada que incluia a Internet — junto com CDs piratas, fitas caseiras, etc — como um meio ilícito de distribuir música direta e livremente.
Seja como for, baixar música da Internet leva tempo, vem sem o encarte — que conté muita arte gráfica e informações valiosas — e é controverso se é ilegal ou não. Por outro lado, já foram vistos artistas e suas discografias completas disponíveis ao ponto de parecer irracional não baixar.
Você decide se vai seguir o que a mídia diz defendendo seus interesses — e não a dos artistas —, ou se vai prestigiar um músico e sentir tudo o que seu potencial criativo pode fazer com suas emoções.
Como Baixar: Método Fácil
Há diversos blogs em que amantes da música publicam albuns completos para serem facilmente baixados através de serviços como RapidShare, 4Shared, Badongo, etc. São geralmente albuns antigos, raros, que não se acha em lojas. Coisa de colecionador.
Os albuns vem geralmente comprimidos no formato RAR, que é um tipo de ZIP, e é necessário o software da Rar Labs para descompacta-los.
Segue uma lista de alguns blogs:
- DEMFM: Classicos, New Age, Sound Tracks, Ambient.
- MP3 CBR 320: Classicos, New Age, Ambient.
- Um Que Tenha: MPB em geral, raridades e às vezes coisas novas.
- Eu Ovo: MPB em geral com muita informação sobre os artistas.
- Música da Boa: MPB em geral, mais focada em cantoras.
- BR-Instrumental: Álbuns completos de Música Instrumental Brasileira.
- Loronix: LPs de vinil digitalizados e coisa antigas.
- Acervo Origens: LPs antigos e raros.
- Brasil Mídia: Discografias e biografias de artistas brasileiros e internacionais.
- Lágrima Psicodélica: Rock progressivo e pop.
- O Canto do Assum Preto: Música pantaneira e do Mato Grosso.
- Lowcostmusic: Pop do mundo todo.
- Opus666: Country, brega, forró e pop brasileiro, oferecido alí muitas vezes antes dos CDs chegarem as lojas.
- NoNaMe::Muzic: Blog russo com pop internacional.
- NoNaMe::Muz2: Blog russo com lounge, ambiente, Café del Mar.
- Mp3Tera: Um pouco de tudo.
Na barra lateral desses blogs há sempre uma lista de links para outros blogs similares, então este método é de difícil procura, mas de fácil download. O método de BitTorrent abaixo é de procura mais fácil, mas de download mais complexo.
Como Baixar: Método Mais Eficiente, com BitTorrent
Abri espaço neste blog para um conhecido relatar como se faz. Este método usa a tecnologia Bit Torrent e estes são passos para usa-la com sucesso:
- Baixe e instale algum cliente Bit Torrent como o BitComet (só para Windows) ou o Azureus (Mac, Linux, Java, Windows). Estes softwares são seguros, não instalam spyware nem virus, e seu uso é totalmente legal.
- Use o site www.isohunt.com para procurar músicas por nome, artista, etc. Ele pode ser usado também para procurar outros tipos de arquivos. Você pode também procurar na Internet por outros sites the provem “torrents”.
- Procure por, por exemplo, “Mozart” ou “Bach“, etc (clique nesses links para ver um resultado de busca do exemplo).
- Você vai encontrar coleções completas de artistas, etc e arquivos muito muito grandes, que as vezes demoram dias para baixar. Os primeiros resultados que ele mostrar são os downloads mais ativos, e por isso mais rápidos para baixar.
- Selecione o ítem que você quiser, ele vai se expandir, e então clique no link chamado “Download Torrent” para começar a baixar.
- Isso vai disparar o programa de Bit Torrent (BitComet ou Azureus acima), que vai te perguntar onde você quer gravar o download. Escolha um diretório que você vai lembrar depois.
- Antes de dar OK, você pode ver a lista (enorme, se for coleção completa) de arquivos que serão trazidos, e pode selecionar para baixar só os arquivos que te interessam, ou tudo.
- Monitore a atividade do download e garanta que você está baixando em boa velocidade. Se estiver constantemente muito lento (pode haver períodos de maior lentidão), é melhor cancelar e procurar outro download.
- Mesmo baixando muito rápido, um download grande pode demorar dias para se completar.
- Depois de terminar o download, se você usa Linux, use o Musicman para organizar seus MP3.
Seja responsável e boa sorte !