Bukhara com Aziz

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Café da Manhã Apertado

  • Acordamos umas 8 e pouco e chegamos no café às 8:50. Era o mais completo café da manhã até agora, com os figos mais doces que já comi, escuros por fora e amarelos por dentro, outras frutas, muitos pães, queijos e frios, panquecas, omeletes, umas 30 geléias de todas as cores mas sem nenhuma legenda, sucos, etc. Mas pena que mal deu para saborear pois às 8:58 começaram a tirar tudo implacavelmente. Corri para reclamar e mostrar que ainda estávamos lá, mas não adiantou. Regra é regra nesses resquícios de burocracia soviética.
  • Apesar disso, comemos bem, embora correndo para pegar as coisas antes que os funcionários as tirassem. Na saída reclamei com um funcionário que parecia mais sênior. Com uma cara de que já vou tarde me mostrou a placa com o horário do café: 7 às 9.
  • Encontramos o guia: Aziz, um jovem tadjik de Bukhara. O santo não bateu. Ele parecia não conhecer nada senão o blablabla decorado da visita (tele)guiada, não parecia gostar de nenhuma surpresa ou saída do esquema e não respondia direito nenhuma pergunta sobre a vida cotidiana. Pior: só direcionava atenção para as lojinhas e técnicas de artesanato. Além do mais, não tinha nenhum senso de humor e falava o ano ou século, irritantemente, de todos os monumentos. Um robô turístico. As cores de sua roupa eram um bom símbolo de sua personalidade: calça bege, camisa bege, sapato bege.
  • E apesar de Aziz, Bukhara brilha. Madrassas enormes, lindas mesquitas e belas praças com chafarizes. A cidade é antiqüíssima mas foi destruída diversas vezes sendo a mais letal a passagem de Genghis Khan. Por isso poucos monumentos tem mais de 1000 anos e a maioria foi erguida a partir do século XV.
  • Começamos por uma praça com o pequeno mausoléu de Ismail Samani cujos tijolos colocados em diversos ângulos específicos formavam a decoração inteligente. Na hora que estivemos lá, o sol entrava pelas frestas e rasgava o ar com raios brancos.
  • No mesmo complexo havia também a Fonte de Jó onde o próprio Jó da Bíblia teria batido o cajado e feito brotar uma água límpida e cristalina que está lá até hoje. O governo aproveitou e fez lá um museu da água, que mostra os trabalhos de irrigação e os carregadores de água, profissão reputada desde o século passado. Podia-se ver ao longe o que restou da Fortaleza de Emir.

A Casa do Noivo

  • Andamos por uma rua adjacente e Aziz ofereceu conhecermos uma casa típica de um bukhariano. Isso foi realmente espontâneo da parte dele e gostamos.
  • Pediu licença e permissão, e foi entrando. Era uma casa relativamente grande, de um cidadão abastado, com um jardim de rosas interno e uma edícula que iria servir para seu filho morar com a futura esposa. Conhecemos o proprietário e o noivo, mas não entramos na sala nem nos aposentos. A decoração não batia muito com os nossos gostos.

As Árvores Milenares e o Ninho da Garça

  • Aziz nos mostrou uma casa de banhos feminina do século XVI, que segundo a Tati cheirava bem, e outra masculina, que cheirava a muito mofo.
  • Almoçamos na beira do Lyab-i Hauz, um dos antigos reservatórios de água da cidade que hoje tem um papel decorativo na cidade. Em sua beirada haviam árvores retorcidas com sinalização de que eram de 1470, século XIII.
  • Todos os turistas almoçam lá e encontramos o primeira e único grupo de brasileiros ali. Era uma coisa tão rara que ao ouvir português simplesmente chegávamos para conversar.
  • Zanzamos por mais ruas com mesquitas, monumentos, madrassas e minaretes que sempre estavam forradas de lojas com vendedores agressivos. No topo de uma delas havia um gigantesco e impressionante ninho de garça, pássaro popular naquelas freguesias.
  • Entramos numa fábrica de tapetes onde mulheres tímidas e peludas trabalhavam todas as fases da confecção. Usavam fios de seda e era um trabalho interessante de ver sendo executado.
  • No final do dia, já não agüentávamos mais olhar trequinhos e técnicas e tecidos e tesouras e dizer “não, obrigado” para todos os vendedores e artesãos. Este último ponto não é exatamente culpa de Aziz. Praticamente todos os monumentos foram loteados em centenas de lojinhas que vendem basicamente as mesmas coisas. Visitar qualquer monumento significa ingressar num shopping cujas vitrines é a própria calçada.

Dança, Moda, Compras e Internet

  • Umas 17h fomos para o hotel. Sacha agitou um show-jantar para nós mais tarde, e fomos descansar um pouco.
  • Umas 18:30 ele nos pegou novamente e levou a uma ex-madrassa em Lyab-i Hauz. Toda a praça interna foi recheada de mesas e cadeiras para um show de música, dança e moda uzbeke. As mesas já estavam postas com o tradicional chá, saladas, pães e somsas. Achamos que o jantar era só aquilo então mandamos ver. Mas depois veio sopa e um prato principal. Sacha cuidou para que me servissem coisas vegetarianas e deu certo.
  • O show era bem bonito, com muitas dançarinas e intercalavam uma dança com um desfile de moda uzbeke. Eu achei o desfile legal, mas a Tati achou a coreografia das modelos um pouco brega. As roupas eram interessantes.
  • Pena que nos deram uma mesa um pouco distante. Gostaria de ver mais de perto a dança e os instrumentos que tocavam, mas privilegiavam grupos maiores para sentarem mais próximos do palco. Foi uma apresentação bonita e junto com o jantar tinha o preço fixo de $10 por pessoa.
  • Não precisa dizer que o lugar era envolvido por lojas que já havíamos visitado de dia, já conhecíamos os preços e produtos, e já sabíamos o que iríamos comprar. Depois de muita pechincha, mas muita pechincha mesmo, compramos véus sedas, bordados e lindas capas de travesseiros decoradas com bordados de seda de cores intensas.
  • Usamos a Internet precariamente num cybercafe lá perto e voltamos a pé até o hotel meio desesperados porque nossas entranhas já não estavam muito boas, e dormimos em seguida.

O Caminho para Bukhara

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O Professor de Inglês do Borat

  • Acordamos às 7h, fechamos as malas e fomos para o buffet matinal do hotel de Khiva. Melancia, melão diferente e bom, outras frutas, sucos prontos, ovo estrelado, uma panqueca adocicada de ricota que ficava melhor ainda com um pouco de mel e umas massas doces fritas, além de frios e queijos que não tocamos.
  • Às 9 nos encontramos com Sacha na recepção. Ele fala exatamente como o russo do filme Tudo é Iluminado. Uma de suas pérolas: “I recommendation to you”. Ou cantar “happy birthday to you” para o cão que recebeu todos os restos do almoço mais tarde. Ou gritar “spaghetti” quando tocou Enzo Ramazzotti no rádio. Ou ainda “next you are civilizatsya” para indicar que chegaremos em lugares mais civilizados em breve. Mas nada se compara a quando perguntei se a usina a vista era de energia nuclear e ele respondeu “this in atom Uzbekistan no”.

Paisagens do Deserto

  • Caímos na estrada. Dessa vez dei uma olhada melhor em Urgench. É uma típica cidade de interior mas tem ruas e calçadas largas muito arborizadas, tanto que mal se percebe os postes e fios elétricos externos.
  • Na periferia de Urgench havia muitas plantações de algodão e era época de colheita. Sacha contou que quem trabalha na colheita recebe 300 sum por quilograma, e uma pessoa colhe ± 10kg por dia. Mais tarde paramos para ver a colheita e pesagem e atualizamos o valor para 50 sum. No mercado internacional a tonelada de algodão vale 400 USD, segundo Sacha.
  • Atravessamos o rio Amu Darya a pé sobre uma ponte de metal totalmente remendada. Havia trabalhadores constantemente consertando a ponte. Sacha passou de carro, só fomos a pé porque é legal. Esse rio divide o território Khorezm do Karakalpak e havia um posto policial ali, quase como se fosse uma fronteira entre países.
  • O deserto é lindo. Paramos em alguns pontos altos para ver o rio de longe. Estávamos na época das secas o que fazia o rio ficar pequeno, mas pelas margens era possível entender o colosso que é por volta de março, época das chuvas e degelo.
  • Apesar da aparência árida, não havia 1 m² sequer sem um arbusto de no máximo 1.5m de altura. Na estrada estávamos constantemente quase atropelando pássaros que pousavam e levantavam vôo. Vimos também alguns pequenos animais irreconhecíveis cruzando a pista. Ou seja, como todos os cantos desse planeta, esse deserto era o seio fértil de fauna e flora ricas e próprias.
  • Paramos para almoçar numa casa de chá no meio do nada. Imagine parar para comer numa estrada deserta no interior do Piauí. Deve ser parecido. A idéia era comer peixe do rio. Desceram um pão que estaríamos com sorte se fosse da semana passada e um molho de tomate pronto como entrada. Depois veio um pratão com postinhas de peixe frito. Comemos com as mãos e estava bem bom. 9500 sum para nós três incluindo chá, biscoitos, balas e moscas.
  • Ao longo de toda a estrada desértica, seja perto de alguma casa de chá ou no umbigo de um grande nada, havia incontáveis garrafas de plástico jogadas. Deduzimos que os carros passavam ali e as pessoas lançavam seus lixos imperecíveis aleatoriamente. Como aquilo não se dissolve espontaneamente, ao longo dos anos as garrafas se somavam aos milhares. Uma pequena marca na visão do deserto mas um profundo arranhão na ética dessa civilização.

O Algodão e Uma Breve Bukhara

  • Já perto de Bukhara, vimos a colheita e transporte do algodão. Paramos para umas fotos e Sacha puxou uma prosa com eles. Um deles veio nos dar um punhado de algodão mas mostrei que já tínhamos de outro pomar. Sua primeira ação foi pegar um de nossos chumaços e contar o número de sementes. Pelo jeito isso define a qualidade do algodão porque é da semente que se extrai o óleo, usado na culinária etc. Nunca tinha pensado nisso.
  • Chegamos umas 17:30 em Bukhara e saímos às 9:00 de Khiva. O hotel é do tipo luxuoso-dos-anos-70. No guia diz que ele é um marco da Bukhara soviética. É meio longe da cidade, as coisas não funcionam direito e cobram 5000 sum por hora de Internet. Uma calamidade de caro comparado a outros lugares.
  • Despedimos de Sacha, subimos ao quarto e cogitamos dar um mergulho na piscina mas estava em reforma. Então fomos bater perna e acabamos chegando na cidade velha, com suas casas baixas e muitas lojas para turistas.
  • Descobrimos um pequeno hotel-boutique num bairro que não era dos melhores mas ficava mais próximo do centro que o nosso soviético Palace. O recepcionista era muito simpático e eficiente. Mostrou um quarto que era realmente charmoso, saleta secular preservada, onde se comia etc. Perguntou do Brasil e detalhes de futebol que realmente não sabíamos responder. Não conte para ninguém mas o preço era $50 por noite e realmente valia a pena.

Jantar e Internet no Interior do Uzbequistão

  • Já anoitecia, a fome batia e voltamos ao hotel. Decidimos ir jantar direto no Pelican Cafe, indicado pelo Sacha e uns 800m do hotel. Era uma lanchonete decorada como americana, passava clipes americanos na TV e tinha uma freqüência jovem. Mandamos uma sopa solianka para a Tati e um spaghetti com vegetais para mim. E depois um sorvete com frutas. 7000 sum.
  • Na volta paramos numa LAN house e por 800 sum por hora acessamos a Internet por linha discada. Foi irritante (porque já não estamos mais acostumados) mas funcional.
  • Voltamos para o hotel e chapamos.

O’zbekiston

Eh assim que se escreve o nome do pais que eh muito diferente do nosso.

A coisa mais incrivel eh a etnia das pessoas, ou melhor dizer, a salada etnica delas. Eh russo loiro misturado com mongol e tartaro ouvindo musica americana na MTV. Nunca se perguntaram por que o negocio se “salada russa”? Poizeh, entendemos.

Estamos em Bukhara, chegamos hoje depois de viajar o dia todo pelo deserto, que eh sempre lindo.

Ja passamos por Tashkent que eh bem bonita e arborizada, e Khiva que eh uma cidade-museu. Tashkent tem um ar europeu com edificios stalinistas enormes, avenidas larguissimas e gente bonita.

A comida eh meio turca, meio arabe, meio carneiro e meio oleo. Daqui a 2 dias vamos chegar em Samarkand onde disseram ter o melhor sorvete do pais, ai minha dieta vai se equilibrar 😀

As coisas sao muito baratas. Se a gente se livrasse dessa nossa cara de turista, ia ser mais ainda.

Dia Livre em Khiva

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Quem Não Se Comunica Não Almoça Nem Dança

  • Perdemos o café felizes porque dormimos até tarde. Mas deram um jeito para nos servir umas 11:15. A Tati queria ver mais algumas coisas em Khiva e lá fomos nós.
  • Certa hora deu fome e fomos conhecer o bazar que ficava na parte de fora da cidade. Já tinham desmontado tudo mas vimos um lugar simplório que tinha um placa indicando ser uma casa de chá. Não era um lugar nem uma zona turística.
  • Havia uma moça extremamente bonita parada na porta e fomos entrando. Não havia ninguém comendo provavelmente por causa do horário. Quebramos os dentes para nos comunicar num esforço hercúleo de ambas as partes, até que a dona entendeu que queríamos ver o que ela tinha na cozinha. “Salat”, “nan” e “tchai” foram as únicas palavras que ambos entendemos. O resto que ela mostrou não nos interessou. Então acabamos comendo um pão caseiro bem bom, salada de tomate com cebola e coentro e chá verde.
  • Enquanto comíamos eles não paravam de nos olhar e coxixar de longe. Certa altura chamei alguém e vieram todos, a família toda com todas as crianças. Pedi que sentassem, principalmente a menina da porta que tinha realmente uma beleza e sorriso surpreendentes.
  • Nos divertimos tentando nos comunicar mas foi extremamente difícil. Com ajuda de papel e caneta descobrimos o nome e idade de cada um. A menina bonita parecia estar nos convidando para jantar em sua casa, mas foi tão confuso que pareceu improvável. Então tiramos um monte de fotos, e descobrimos que não eram uma família e que as duas moças só trabalhavam lá.
  • Nessas alturas a dona estava bêbada, começou a falar sem parar, não entendemos nada e para fechar a matraca dela pagamos com a mesma moeda: comecei a falar coisas aleatórias em português. Funcionou.
  • Cena surreal: meteram uma música e nos chamaram para dançar. Uma menininha tirou um monte de fotos.
  • A dona estava bem bêbada e ficava tentando agarrar todo mundo (Tati e Avi) falando “i love you”.
  • Começamos o ritual de despedidas e as moças pediram para que lhes enviássemos as fotos. Estiquei uma caneta e falei as palavras mágicas “e-mail” e “internet”. Elas disseram calmamente “no no, no internet”. Fiquei alguns segundos perdido pensando como iria enfrentar esse desafio enquanto elas escreviam seu endereço num papel. Fiquei mais calmo quando lembrei que existia uma coisa chamada correio físico e agora só faltava descobrir como usá-lo.
  • A conta saiu 1000 sum o que nos revelou o verdadeiro Uzbekistan — literalmente de 5 a 10 vezes mais barato comparado ao já barato circuito turístico.

Outras Aventuras em Khiva

  • Fomos nos aventurar por partes mais externas da cidade e descobrimos uma tal academia de ciências, mas o homem na porta ou não nos deixou entrar ou disse que estava fechado, ou não foi com nossa cara.
  • Voltamos para a muralha e achamos uma rampa para subir nela. Vimos a cidade do alto quando o sol já estava mais baixo.
  • Atravessamos para voltar ao hotel e no caminho tentamos descarregar a câmera para um CD. Cobraram 5000 sum, mais caro que a turística Jerusalém. Não topamos.

Jantar em Khiva

  • No hotel tomamos banho e esperamos a fome bater enquanto relembrávamos o dia. E ela bateu violentamente, o que nos arrancou do quarto em direção ao Farouk, restaurante bonitinho e a céu aberto que tínhamos visto de dia.
  • Não havia praticamente ninguém às 20:00 e começou o ritual de explicar que não comia carne e selecionar as opções. Mandamos ver uma salada oleosa mas boa de beringela, pão fresco, 2 tigelas de lakhman (lámen) e umas fatias de melancia. O lakhman estava bom, mas o serviço não: traziam só 1 guardanapo que tínhamos que dividir e precisei ir até a cozinha para conseguir sal e pedir a conta. Saiu 10100 sum incluindo o serviço, valor que tínhamos aprendido ser altíssimo para o interior do país.
  • Voltamos ao hotel, usamos o computador para transferir fotos para o pen drive da Tati. Internet nem pensar, era por linha discada, 33.6kbps, e não estava conectando. E fomos dormir.

Khiva com Timur

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Sacha e o Caminho de Khiva

  • Acordamos às 5h, fechamos as malas, comemos pouco, rápido e praticamente de pé e nos encontramos com o Sergey às 5:35.
  • Levou-nos ao aeroporto que era num prédio diferente e mais moderno que e o internacional.
  • Fizemos check in observando muitas pessoas tentando furar fila. O cartão de embarque era escrito a mão. Depois do raio-X respiramos o ar pesado da sala de espera devido aos fumante ansiosos que haviam lá.
  • A Tati cochilou no vôo, e eu não.
  • Urgench parecia um aeroporto desolado e saímos do avião a pé direto para o estacionamento de carros. As malas são entregues ali mesmo diretamente do carrinho que vinha do avião.
  • Encontramos o Sacha, nosso motorista de feições russas e dentes de ouro (só os 2 de baixo, e os outro era muito estragados) para os próximos dias. Seu inglês nota 3.5 não intimidava sua comunicação e falava sem parar. Era engraçado.
  • Tentei dormir um pouco esticado na van durante os 30km para Khiva, sem sucesso.
  • O hotel Malika (que significa rainha em uzbek, mas a Tatiana ficava fazendo trocadilhos do tipo “malika sem alçika”) ficava em frente a entrada da muralha da cidade antiga. Na recepção encontramos Timur, nosso jovem guia de 23 anos, com quem combinamos adiar para as 13h o passeio, para tentarmos dormir um pouco. Era 9:30.
  • Antes entramos pelo muro na cidade velha para um chá. Encontramos o Sacha no bar que pediu um café na nossa mesa e não pagou (provavelmente ficou escondido na nossa conta). Então tentou nos convencer em almoçar mais tarde nesse restaurante, tanto que pareceu que iria tirar vantagem. De qualquer forma era muito cedo para pensar nisso, não topamos e voltamos para o hotel.
  • Tati chapou, eu não. Só fiquei com dor de cabeça.

Timur e sua Khiva Khorezm

  • Às 13h nos encontramos com Timur no saguão e fomos caminhando até um restaurante que a Tati viu no guia (Zarafshan). Era aconchegante e sentamos num tipo de cama gigante com uma mezinha mais alta no meio. Timur nos ajudou com o cardápio, pedi 3 saladas e a Tati mandou ver um manti que parece um guioza no vapor.
  • Timur disse que já tinha comido mas comeu também. Tudo bem, porque foi bombardeado por perguntas sócio-político-étnico-econômico-religiosas e foi uma conversa legal. A conta deu uns 9500 sum.
  • Começamos então um longo city tour a pé, que durou 5 horas de longa conversa e histórias de Timur. Percorremos os principais monumentos e pequenas ruas empoeiradas e marrons de Khiva. O monumentos eram decorados com azulejos azuis (alma), verdes (islã) e brancos (paz).
  • Um lugar interessante foi a mesquita Juma Masjid com seus muitos pilares de madeira trabalhada. Um deles foi feito na Índia como premio pela vitória de um “Hércules” khorezm no campeonato mundial de luta. Continha divindades indianas escondidas em seus detalhes. Os Khorezm são uma minoria que vivem nessa região. Quando a Rússia definiu as fronteiras, seu território ficou dividido entre o Uzbekistan e o Turkmenistan.
  • Nesse lugar conversamos sobre religião e contei emocionado sobre o episódio da reza no deserto da Jordânia.
  • Em algum lugar Timur mostrou um poço de água a moda antiga. Pode-se encontrá-los em várias partes da cidade e essa água subterrânea é o que deu origem a Khiva. Ele puxou um balde de água que era limpíssima e bem fria. Eu a provei e tinha gosto mineral.
  • Às 17h fomos assistir um show khorezm típico numa casa de chá. Eu dancei junto e foi muito interessante.
  • Uma menina que tocava acordeon no grupo era lindíssima e perguntamos sobre ela ao Timur, por que não namorava ela etc. Ele contou que ser músico em Khiva era um tipo de subemprego, a posição social dela era complicada e isso dificultava as coisas.
  • Compramos ali umas sedas artesanais feitas a mão, depois da tradicional pechincha. E no caminho para o hotel Timur nos levou para outras lojas onde havia CDs e VCDs de dança. Não compramos mais nada.

Jantar com Intercâmbio Cultural Portátil e Digital

  • Num Bed-and-Breakfast perto da saída da cidade Timur combinou um jantar para nós pois era alto e tinha vista. Iríamos voltar lá às 20:30.
  • Acompanhou-nos até o hotel, cochilamos forte no quarto e tomamos um banho de pouca água, o que nos atrasou para o encontro com Timur às 20:20 no saguão.
  • Chegamos no restaurante atrasados e o proprietário reclamou! Serviram as saladas, um pão não fresco, uns pasteis de carne e de batata que tinham sido fritos horas atrás, chá, água e amendoim doce, uvas passa, peras e maçãs para sobremesa por 5000 sum por pessoa. Timur, nosso guia simpático, disse que só ia nos acompanhar mas filou novamente. Cobraram 10000 sum como que só para 2 pessoas.
  • Ao longo do dia fizemos um intercâmbio turístico, histórico e cultural. Mas agora era hora do intercâmbio digital. Bluetooth ativado em nossos Nokias e lá estávamos a trocar MP3s de nossos países. Timur recebeu Sa Grama, Pau Brasil, Titane, João Gilberto, Sa & Guarabyra e Paco de Lucia. Faltou Ulisses Rocha, Zé da Velha e outros mas ele não tinha mais memória. E eu recebi alguns MP3 khorezm e fotos. É assim que tecnologia derruba fronteiras.
  • Voltamos felizes para o hotel e dormimos profundamente até às 10:30 do dia seguinte.

Tashkent Turística

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  • Acordamos umas 7:00.
  • O café no hotel tinha pães típicos um pouco secos, peras, maçãs, frutas secas, tomate e pepino frescos, um queijo branco e outro amarelo que eram bastante mixurucas, frios, uvas, sucos de maçã e outra fruta que não soubemos identificar mas que tinham um sabor diferente e bom, cereais simples, leite, iogurte, coisas que estavam entre compotas e geléias de diversas frutas, croquetes fritos de frango e carne, panquequinhas recheadas de carne, arroz cozido no leite que não era doce e rabanada que também não era doce. Haviam ovos expostos provavelmente indicando que poderiam ser requisitados. O café em si era dissolvido em água quente mas havia uma máquina de expresso lá. Foi uma refeição suficientemente boa.
  • Vimos o carro do Sergey lá fora e fomos atrás dele. Aí apareceu a Natascha, nossa guia, e nos cumprimentou. Seu inglês era compatível com o nosso. Ela era filha de russos mas nasceu e viveu em Tashkent a vida toda.
  • Levaram-nos primeiro a um belo jardim chamado Victory Park na beira do rio Bozsu, de águas verdes e rápidas. Havia um memorial à independência de 1991 e um museuzinho que não entramos.
  • Obviamente bombardeamos ela com perguntas sócio-político-étnico-econômico-religiosas, e perguntamos como soa a língua uzbek. Ela foi atrás de umas senhoras com traços mais ou menos tártaros que passeavam por lá e pediu para abrirem a boca. E elas falaram frases simples mostrando seus inúmeros dentes de ouro. Foi o momento mais alto do dia até aquela hora.
  • Perto do jardim ficava a monumental antena de TV cuja arquitetura continha um tripé de tamanho colossal. Parecia um míssil pronto para ser lançado.
  • Depois fomos a um monumento tocante no epicentro do terremoto de 1966 que consistia do chão rachado e uma família parando o terremoto com um gesto sereno. Escultura monumental stalinista, mas bela.
  • Atravessamos um rio que era a divisa entre a cidade nova onde estávamos, e a velha, para onde íamos.

Tashkent Antiga e o Primeiro Corão

  • Fomos a um complexo de edifícios renovados de arquitetura islâmica típica do Uzbekistan. Fica na parte antiga da cidade, pois Tashkent sempre foi um lugar de passagem e troca de mercadorias. Além das ruas labirínticas de terra batida do século XVI, visitamos a madrassa e mesquita renovadas após a independência (e a retomada da fé islâmica).
  • Um dos edifícios continha exposto a Corão mais antigo que existe, escrito poucos anos após a morte de Maomé. Trata-se de um livro enorme com páginas papel de seda de ± 1m². Cada página continha umas poucas frases escritas em caligrafia grossa, grande e bem espaçada. Era proibido fotografar e tivemos que tirar os sapatos para chegar perto.
  • Andamos pelo bairro antigo, onde todas as casas são cercadas por grandes muros para que o pessoal de fora não soubesse a situação econômica de seu dono. Cada casa esconde um pequeno quintal com árvores frutíferas que pode revelar uma pequena jóia.
  • Natascha contou sobre os rituais de casamento, a proteção dos mais velhos, a mudança dos tempos e o fim do comunismo.

Bazar, Almoço e Outros Pontos Turísticos

  • Fomos para o bazar que parece a Feira do Ver o Peso de Belém. Era muito grande. Havia partes abertas que vendiam frutas e legumes, sapatos, roupas, temperos, e uma construção redonda muito interessante onde se vendia nozes, frutas secas, queijos (todos iguais e azedos), picles de vários tipos, conservas, legumes pré-fatiados-na-hora, condimentos, em 2 andares. Todos os bazares tem 2 andares: um para comidas, outra para roupas e outras coisitas. Por exemplo, 1kg de castanha de caju custava, sem pechinchar, 13000 sum ou $10, ou R$20, um pouco mais barato que no Brasil, terra do caju.
  • De lá fomos para uma antiga madrassa que foi transformada em um centro de artesanato onde artesãos mantinham seus estúdios e lojinhas. Todos faziam exatamente as mesmas coisas: caixinhas pintadas da forma tradicional, pinturas islâmicas simétricas de grande precisão e detalhe, e também os mesmos temas em papel de seda ou papiro antigo. Era lindo mas encheu o saco ver tantos artesãos fazerem a mesma coisa com diferenças somente técnicas.
  • Então fomos almoçar no Credo, restaurante estranhinho indicado pelo Sergey. Mesmo sendo domingo, estava praticamente vazio. Comemos umas saladas, carneiro e uma pizza frita de cheiro verde e um queijo meio estranho. Sorvete com nozes no final e chá verde com limão que parece o refrigerante Feel Good do Brasil.
  • Fomos ao pequeno museu de artes aplicadas na parte nova da cidade já com muito sono. Vimos sedas, tapetes, roupas tradicionais, madeira esculpida, cerâmica, instrumentos musicais, jóias, etc. A casa era do diplomata Alexandrovich Polovtsev em 1907 e havia pertencido a algum judeu que a reformou com inserindo alguns temas judaicos como Estrelas de David.

Jantar Turco

  • Fomos para o hotel umas 17h e chapamos até umas 19h.
  • Acordamos e decidimos jantar no Istambul, atravessando a rua do hotel, um turco que a Natascha indicou. Antes de chegar lá demos uma volta numa praça com lago e chafarizes e bares de espeto e de bêbados em volta.
  • No Istambul foi divertido pedir comida. Turcos fumantes se amontoavam para assistir um jogo de futebol na TV. Mandamos ver um prato de vagens, salada de pepino e tomate, e pepino com iogurte (a minha receita é melhor), acompanhado de um pão perigosamente gostoso. A sobremesa foi um preparado de semolina com nozes que minha mãe também sabe fazer.
  • Voltamos para o hotel pela passagem do metrô e demos uma espiada.
  • Já no quarto percebemos como fedíamos a cigarro. Fizemos parcialmente as malas e tentamos dormir. A Tati obviamente conseguiu, mas eu não por causa da soneca da tarde. Passei a noite em claro e sofri no dia seguinte.

Chegando em Tashkent

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Aflição com o Passaporte

  • Pousamos em Tashkent.
  • Na imigração havia 4 guichês e nenhuma coordenação de ordem. As pessoas simplesmente se amontoavam para serem atendidas, sem fila nenhuma. Nunca vi isso.
  • Precisávamos tirar visto mas ninguém nos atendia. Esperamos mais de uma hora até todos terem o passaporte carimbado.
  • As vezes passavam policiais fardados do aeroporto sempre com carimbos pendurados na cintura ao invés de armas. Era engraçado.
  • Um cara de crachá apareceu e falou a palavra mágica: “visa”. Foi o suficiente para darmos nosso passaporte. Falou para esperarmos aí e desapareceu na multidão. Bateu medo, arrependimento e frio na barriga. Não podíamos ter dado o passaporte tão levianamente.
  • Outro cara voltou 10 infinitos minutos depois com os passaportes com visto e cobrou $60 por cada um.
  • Carimbamos os passaportes, pegamos as malas e nos juntamos a multidão quase inerte que precisava passar pela alfândega, também sem nenhuma ordem de fila.
  • Passamos pela alfândega e saímos para a parte externa do aeroporto que parecia o de Ilheus, Bahia. A Tati sentia cheiro de cravo. Pousamos às 7h, saímos do aeroporto às 10h. Bem eficiente.

A Moeda Engraçada

  • Encontramos com o Sergey que nos levou ao Hotel Uzbekistan (mapa). Ele falava pouquíssimo inglês mas era simpático.
  • A primeira impressão da cidade lembrou as capitais do norte como Belém, com suas árvores gigantes.
  • O hotel tem porte stalinista mas a fachada é inteira rendada lembrando temas islâmicos.
  • O carregador tinha pele literalmente rosa com olhos muito claros e as recepcionistas totalmente orientais, muito simpáticas, falavam inglês e atravessamos o grande saguão para falar com elas.
  • Fizemos check in, subimos, tomamos banho e dormimos das 11 às 14:30. O quarto era enorme, a cama também.
  • Fomos trocar dinheiro no hotel mesmo. $1=1274 sum. Mas a maior nota é de 1000 sum e ao trocar $100(=127400 sum) saímos com um incômodo bolo de 15cm de altura em notas. A maior cédula do país, de 1000 sum, comprava uma garrafa de água de 2 litros no hotel. É como se a maior cédula no Brasil fosse de R$5, talvez até menor.

Tashkent Soviética e a Primeira Refeição

  • Saímos para andar. Ruas e edifícios enormes, arquitetura monumental, parece Brasília com um toque de Stalin e um pezinho no oriente.
  • Andamos por uma rua muito larga com árvores enormes e um parque em um de seus lados. Havia uma estátua de Amir Timur, herói nacional do século XIV.
  • Entramos num lugar chamado Mir Burger, anexo ao Mir Stores — um tipo de supermercado com pequeno shopping no andar de cima, onde compramos pasta de dente — mas além de sandwiches haviam outros tipos de comida.
  • No andar de baixo havia o tal Restaurante Anatólia e pudemos montar pratos com vagens, feijão, espinafre com arroz e bolinho de carne com batata. Era gostosinho e lembrava a comida búlgara — ½ eslava, ½ turca — de minha mãe.
  • Uma avenida dava em um tipo de Esplanada dos Ministérios com avenidas, calçadas e jardins larguíssimos e bem cuidados. Conseguimos ler o nome do Ministério das Finanças em alfabeto cirílico. A segunda coisa que conseguimos ler foi СИМРСОНС (Simpsons, propaganda do filme).
  • Zanzamos por lá admirados com a arquitetura de coisas gigantes e principalmente com a variedade étnica e cultural das pessoas. Era mais interessante fotografá-las do que as paisagens. E seu temperamento muda tanto quanto seus traços: alguns são solícitos e simpáticos, outros são rudes, desinteressados ou desdenhosos. Ou pode ser só choque cultural mesmo…
  • Pode-se identificar as etnias pelas roupa (quem conhece). há chapéus quadradinhos, chapéus redondos, chapéus mais muçulmanos ou mais chineses. Para as mulheres, vestidos em geral longos e brilhantes, como se fossem a Scarlett Ohara com vestido do sofá da vovó. Mas tem aquelas moderninhas que se vestem com jeans ou micro saias, sempre cheios de brilhos. Aquele amor oriental por tudo que brilha, porque mesmo o que não é ouro, reluz.
  • A Tati ainda dormia de pé e fomos voltando para o hotel ao anoitecer.
  • Paramos para um café ruim num lugar na praça que parecia um coreto de nossas cidades do interior: totalmente aberto, alto e com tudo de mármore.
  • E lá perto havia uma feira de quadros como o da antiga Praça da República. Mas as pinturas em geral eram bastante bregas.

Jantar Típico e “Caro”

  • Descansamos um pouco no hotel, assistimos Fashion TV, tomamos outro banho e pedimos sugestões de restaurantes típicos.
  • Escolhemos o Caravan porque disseram ser típico e com música típica ao vivo, mas precisaríamos de um táxi.
  • 3000 sum depois, o taxista do hotel nos deixou lá, numa rua de bairro larguíssima e que ele fez questão de lembrar que sediava o consulado de Israel.
  • O restaurante era bem decorado com antiguidades e tinha vários recintos, alguns com mesas com sofás aconchegantes. Sentamos na parte de fora perto da música ao vivo que não era tradicional coisa nenhuma. Jazz meio vagabundo e tocaram até Pantera Cor de Rosa.
  • Para um sábado a noite, o restaurante estava bastante vazio, e havia mesas só com mulheres um tanto vulgares.
  • Depois ficamos sabendo que o lugar era considerado muito caro. 2 cumbucas de saladas boa e outra ruim, 1 chá gelado com berries, 1 pão tradicional, 1 somsa de espinafre (bureka com massa gorda) e 2 sobremesas (prato de frutas secas e maçã assada com pistache) saiu por 21000 sum, ou menos de $20.
  • Ligamos para o taxista Sunat vir nos buscar e voltamos para o hotel quase meia noite.

Índice Linux Journal, Agosto de 2007

  1. Posição da Rackspace (baseada em Linux) entre as empresas de hosting mais confiáveis, pela Netcraft em abril de 2007: 1
  2. Número de provedores de hosting baseados em Linux, entre os 10 primeiros na lista da Netcraft, de abril de 2007: 3
  3. Número de provedores de hosting baseados em Open Source, entre os 10 primeiros na lista da Netcraft, de abril de 2007: 6
  4. Milhões de dólares de renda da Rackspace em 2006: 224
  5. Porcentagem de crescimento na renda da Rackspace comparado a 2005: 61
  6. Número de acordos Open Source em venture capital em 2004: 36
  7. Milhões de dólares investidos por VCs em 2004 em startups Open Source: 297
  8. Número de acordos Open Source em venture capital em 2005: 41
  9. Milhões de dólares investidos por VCs em 2004 em startups Open Source: 306
  10. Número de acordos Open Source em venture capital em 2006: 48
  11. Milhões de dólares investidos por VCs em 2004 em startups Open Source: 481
  12. Bilhões de dólares investidos por VCs em startups desde 2000: 1,9
  13. Número de road maps de cinco anos para o Kernel do Linux: 0
  14. Número de sistemas operacionais que suportam mais hardware que Linux: 0
  15. Milhões de câmeras digitais: 400
  16. Milhões de telefones celulares com câmeras: 600
  17. Milhões de tocadores digitais de música: 550
  18. Milhões de computadores: 900
  19. Milhões de TVs de plasma vendidas no mundo todo: 70
  20. Ano no qual a quantidade de dados a serem armazenados excede a capacidade dos dispositivos de armazenamento: 2007

Fontes

  • 1-5: Netcraft.com
  • 6-12: Marr Asay, Robin Vasan e Matthew Aslett
  • 13, 14: Jonathan Corbett
  • 15-20: IDC, via Freedom’s Phoenix

Por Doc Searls. Original: http://www.linuxjournal.com/article/9688#mpart4

Índice Linux Journal, Julho de 2007

  1. Número de teclas necessárias para recuperar um documento no FBI: 13
  2. Custo em milhões de dólares do systema Virtual Case File (VCF) do FBI: 170
  3. Número de gerentes de TI no systema VCF em 40 meses: 15
  4. Custo estimado, em milhões de dólares, do Sentinel, que vai entrar no lugar do VCF: 425
  5. Número de anos em que se espera que o Sentinel esteja pronto: 2
  6. Petabytes diários de tráfico de Internet Protocol transferidos por Level 3: 3,7
  7. Porcentagem de filmes de Hollywood que mostram uso de tabaco: 75
  8. Número de atrizes na Lista de Celebridades Fumantes (que roda Linux): 6.409
  9. Porcentagem de sites de spam entre os domínios .info: 68
  10. Porcentagem de sites de spam entre os domínios .biz: 53
  11. Porcentagem de blogs de Blogspot.com que são falsos ou spam blogs ou splogs: 77
  12. Porcentagem de blogs em hometown.aol.com que são splogs: 91
  13. Porcentagem de blogs em home.aol.com que são splogs: 95
  14. Número pico de splogs criados todos os dias, em milhares: 11
  15. Milhares de splogs removidos do Technorati no começo de dezembro de 2006: 341
  16. Posição do japonês entre as línguas mais usadas em blogs: 1
  17. Posição do inglês entre as línguas mais usadas em blogs: 2
  18. Posição do chinês entre as línguas mais usadas em blogs: 3
  19. Posição do italiano entre as línguas mais usadas em blogs: 4
  20. Porcentagem de posts (de blogs) que usam tags em 2007: 35

Fontes

  • 1: cnet
  • 2-5: Fast Company
  • 6: Level 3
  • 7: Revista Time
  • 8: Smoking From All Sides (smokingsides.com)
  • 9-13: Infoniac.com
  • 14-20: Technorati

Por Doc Searls. Original: http://www.linuxjournal.com/article/9713#mpart3

IBM Forum 2007

A IBM vai realizar seu o maior evento do ano no World Trade Center São Paulo (mapa) na quinta-feira da semana que vem, dia 13 de setembro).

Haverá também uma grande área de exposição de tecnologias, soluções e parceiros.

Quinta, dia 13/09 — Técnicos e Desenvolvedores

Inscrição R$600 →

Teremos laboratórios hands on, cursos e certitificações acontecendo no local.

Como destaque teremos a presença de Jean Paul Jacob, renomado cientista e futurologista falando sobre como o futuro já não é mais o que era, e de Grady Booch inventor da UML e outras metedologias. Marco Bravo, diretor de Software da IBM Brasil fará a abertura reforçando a importância dos desenvolvedores.

Venha se relacionar com outras pessoas de sua área e atualizar seus conhecimentos.

São Paulo dos Vegetarianos

Minha São Paulo é uma cidade lotada de restaurantes vegetarianos, como uma cidade cosmopolita não podia deixar de ser. Temos mais de 50 catalogados !

A maioria segue o padrão sirva-se-e-coma-a-vontade, e não passam de R$10 ou R$15 por pessoa, geralmente com bebidas e sobremesas incluidas. Isso os faz ter o melhor custo-benefício entre os restaurantes, e são uma ótima opção também para os não-vegetarianos.

A lista abaixo é um resumão de um movimentado tópico na comunidade São Paulo do orkut.com, e que continua crescendo com a ajuda da comunidade dos Paulistanos Vegetarianos, do mesmo Orkut. Está ordenada por P.N. e provavelmente inclui todos os restaurantes vegetarianos de São Paulo, porque várias pessoas contribuem constantemente. Deus salve as comunidades.

Se você conhecer algum que não está aí, ou que esteja com informação imprecisa, por favor deixe um comentário. Esta lista só será melhor ainda se você continuar contribuindo para ela.

Este mapa interativo contém todos os restaurantes da lista. Encontre a região desejada e veja clique nos ícones para ver os restaurantes próximos. Mantenho ele publicamente disponível no Google Maps.
Exibir mapa ampliado

Mapa de Restaurantes Vegetarianos


Permalink desta parteMaha Mantra

R. Fradique Coutinho 766, na metade do quarteirão após a Inácio Pereira da Rocha (ou o Galinheiro), Vila Madalena. 3032-2560. www.mahamantra.com.br

Sem dúvida o melhor vegetariano de São Paulo, ou do mundo (conferido no México, Amsterdam, Munique, Paris, New York e outras cidades).

A cozinha mistura receitas indianas com idéias de cozinhas de outras civilizações. O resultado são soberbas feijoadas, babaganushes, dhals, etc. Alho e cebola não são usados porque atrapalham a prática da meditação.

Abre mão do excesso de opções para concentrar as delicias, desde a simples salada até o prato mais sofisticado. Os chutneys, especialmente os de manga e abacaxi, sempre se superam. Entre as bebidas, prove algum lassi (yogurt batido com água de rosas com opção de alguma fruta) ou deixe-o para a sobremesa, pois ele não mata a sede.

Falando nisso, as sobremesas não estão incluidas no preço, e o pudim de yougurt com calda de frutas vermelhas vale a pedida pela leveza.

R$11,50 por pessoa durante a semana e R$17 sábado e domingo. Sobremesas e sucos não inclusos.

Atualização 3/08/2008:

Depois de muito tempo voltei ao Maha Mantra para almoçar ontem. Descobri que mudou de dono e agora Fernando e Mariana tocam simpaticamente o lugar.

A comida continua espetacular, com ênfase no sabor indiano e temperos marcantes. Fernando me atualizou que os vegetais agora são orgânicos e vêm muito frescos de uma fazenda de Morungaba. É verdade, fresquíssimos.

O pudim de yougurt na sobremesa continua sensacional. E os chutneys, ah os chutneys…

A partir de 15/08/2008 o Maha Mantra abrirá nas noites de sexta e sábado servindo um buffet se sopas e saladas e opções no cardápio. Especificamente no dia 15/08, a partir das 18:30, haverá uma cerimônia do fogo para inaugurar essa nova atividade. Não vou perder.


Permalink desta parteGaia Gourmet Vegetariano

Rua Cônego Eugênio Leite 1152. Pinheiros. 3031-0680

Mande um e-mail para gaiavegetariano@ajato.com.br e receba diariamente o cardápio do dia. Escrevi um artigo rasgando a seda para o maravilhoso Gaia Gourmet aqui.


Permalink desta parteFlor de Mamão

R. Tutóia 126, esquina com Rua Manoel da Nóbrega. 2609-7347

Um oásis vegetariano numa parte da cidade que realmente fazia falta: perto do meu trabalho.

Por R$15 come-se a vontade diversas opções de saladas, quentes, sopas, sucos e sobremesas. A maioria é vegan, mas há sinalização onde há leite e ovos. Havia uma kafta de repolho no dia que fui que estava simplesmente estupenda. A simples sopa de ervilha também era imperdível. O que me chamou a atenção foi a originalidade das receitas, fora do espaço comum. As diversas sobremesas eram fortemente baseadas em frutas e excelentes também.

A casa tem 2 andares com muitas saletas e serve-se no térreo. É decorada com leveza e a música ambiente é MPB e às vezes do tipo inspirativa. Vendem também grãos, pães e livros de Paramahansa Yogananda.


Permalink desta parteGopala Prasada

R. Antonio Carlos 413, Perto da Av. Paulista. 3283-3867

Há fila no almoço, que é compensada pelo visual da espera, com pétalas de rosas no chão e decoração indiana. Não é self-service. Senta-se e escolhe-se o prato entre 2 opções. Os sucos são divinamente especiais, misturando frutas com essencia de rosas. A comida é satisfatória. Come-se em pratos e copos de metal, que remetem a Índia. Em indi, prasada significa refeição (aprendi isso em Nova Gokula, dos Hare Krishna :-). R$10 com tudo incluido, de 2ª a sábado.


Permalink desta parteBio Alternativa

Al. Santos 2214, quase esquina com a Augusta, ironicamente ao lado do McDonald’s, e em frente ao Galeto’s e Habib’s. 0800-556-876

Segue a linha supernatureba, e acho que não usam ovos nem leite e derivados. Receitas originais e gostosas, com opções de patês e pães. R$14 o buffet. Bebidas e sobremesas a parte.


Permalink desta parteVegethus

R. Padre Machado 51, perto do metrô Sta. Cruz, Vila Mariana. 5539-3635.

95% vegan, e o que não é fica em evidência com as plaquinhas ao lado de cada prato. Tudo parece feito com amor e atenção. Tive a impressão de ver mais sobremesas que pratos quentes, sendo a maioria baseado em frutas em calda e compotas. O bolo de fubá estava impressionante.

Num domingo de feriado, 14:00, ameaçaram espera de 10 minutos, mas só esperei 2. Há uma lojinha com livros e coisinhas lá dentro.

George Guimarães, o proprietário, é um grande ativista do vegetarianismo, proferindo palestras etc. O restaurante é usado para uma série de eventos, jantares, pic-nics externos, com agenda mensal, tornando-o um centro social para vegetarianos. A última que se tem notícia é o autêntico Jantar Junk Food, com junks tipo hamburguers, cachorro-quente, frituras, bebidas gaseificadas, e outras porcarias em sua versão vegetariana a uns R$8 por pessoa. Informações no próprio restaurante e no site.

R$11 com sucos e sobremesas. Só almoço. Fecha sábado. Pode abrir para eventos especiais.


Permalink desta parteApfel

R. Bela Cintra 1343, entre Al. Santos e Al. Itú, Jardins. 3062-3727.

Destaque para a PVT (proteina vegetal texturizada, ou carne-de-soja), que é a melhor que conheço. R$10 por pessoa, sucos e sobremesas incluidas.


Permalink desta parteApfel no Centro

R. Dom José de Barros 99 1o. andar, Centro. 3256-7909


Permalink desta parteAlcaparra

Av. Pompéia 2544, metros antes da Heitor Penteado, Pompéia. 3672-7674

Bom e simples, sem nenhuma especialidade nem pratos superoriginais. Ótimo para quem está por perto e quer comer bem. Há uma lojinha anexa de livros exotéricos, e produtos natureba. R$10 no buffet, com boas sobremesas incluidas.


Permalink desta parteCachoeira Tropical

R. João Cachoeira 275, depois da Pedroso Alvarenga, perto da Av. 9 de Julho, Itaim. 3167-5211

Provavelmente o mais conhecido e o mais cheio de opções. É o mais lotado também, com risco de espera. Tudo está incluido no preço do buffet, e pode-se escolher sobremesas com ou sem açucar, com ou sem gelatina (derivado animal). Criaram a pouco tempo um anexo similar, só que com uma opção de carne leve, como peixe ou frango. É ainda mais lotado. Uns R$9 pelo buffet.


Permalink desta parteLá Na Quitanda

R. Rodésia 128, perto do Forum, Vila Madalena. 3097-0410.

Os clientes da região fazem-no o mais descolado dos vegetarianos, que por sua vez contrasta com seu visual: fica nos fundos rústicos de uma verdadeira quitanda! Não bastasse o charme, a comida é muito boa também. R$10 com tudo incluido. Das 12h às 16h.


Permalink desta parteCheiro Verde

Peixoto Gomide 1413, entre Al Franca e R. José Maria Lisboa, Jardins. 289-6853

Ambiente bonito e agradável. Usam muita batata e muito queijo, o que lhes esconde a falta de originalidade. É a la carte e muito caro, se comparado aos outros vegetarianos. Sempre aparece bem colocado nos guias oficiais de restaurantes, talvez pq fez fama entre famosos carnivoros, que não ligam para vegetarianos. Vale a pena uma vez, para conhecer, e só.


Permalink desta parteBio Alternativa em Higienópolis

R. Maranhão 812, perto do Shopping Higienópolis.

É o primeiro da rede Bio Alternativa, e fica sobre uma grande loja de produtos naturais.


Permalink desta parteOrange

R. Batataes 388, entre Joaquim Eugênio de Lima e Al. Campinas, Jardins. 3885-3384.

Destaque para os sucos especiais, e comida leve e saborosa. R$11. Somente dias úteis.


Permalink desta parteAspargus

Av. Paulista 352, perto do metrô Brigadeiro, dentro do prédio ao lado do Fran’s Café.

Alguém relatou que viu o cozinheiro saindo da cozinha com vassoura na mão, correndo atrás de camundongos. R$9,90, só em dias úteis.


Permalink desta parteNutrisom

Viaduto 9 de Julho, 160, sobreloja. Perto da Av. Consolação com a São Luis. 3255-4263.

Só almoço e fecha aos sábados. Funciona domingos e feriados. Comida sem pretenções e atendimento simpático. R$13,90 com sucos, chás e sobremesas (algumas a vontade, outras não).


Permalink desta parteSabor e Saúde

Luis Coelho 214/222, entre Bela Cintra e Augusta.

Várias opções no buffet, mas nada supersaboroso. Se você estiver na região, o Gopala Prasada é uma opção mais autêntica.


Permalink desta parteLagoa Tropical

Borges Lagoa 406, atrás do Hospital São Paulo. Vila Clementino. 5579-9228.

Só almoço, fecha sábados.


Permalink desta parteInstituto de Desenvolvimento da Consciência Humana

R. Correia Dias 161, perto do metrô Paraiso. 5083-1930. http://www.idch.art.br.

É uma espécie de centro cultural alternativo, com festas, aulas de yoga, etc. Parece que deixou de ser um restaurante e virou uma lanchonete a noite. Mais informações sobre o restaurante, com cardápio e tudo.


Permalink desta parteFlor de Liz

Rua Doutor Cândido Espinheira, 643, Perdizes. 3676-1615. Diariamente, 11h30 às 16h. Loja: diariamente, 9h às 16h.

Há opções com peixes e frango tb.


Permalink desta parteMoinho de Pedra

R. Francisco de Morais, 227. 5181-0581.

Almoço de 2ª a sábado. Um dos VGs mais longínquos da cidade, perto do monumento ao Borba Gato.

Prepare-se para enfrentar longas filas para se servir (eu pelo menos peguei num sábado, 29/08/2009). Escolhe-se entre duas opções de prato do dia, com direito a salada de entrada por uns R$27, ou as outras coisas do cardápio. Não é self-service-coma-a-vontade e a bebida é a parte.

A comida é muito boa, o ambiente agradável e a frequência contempla todas as tribos, incluindo muito praticantes de yoga, gente saudável e bonita.

Na entrada há uma loja de orgânicos e coisas naturais. Começamos o almoço com um pão integral com castanhas do pará pescado ali que estava bem bom.

É um restaurante bom e prático para quem mora na região de Santo Amaro.


Permalink desta parteMoema Natural

Al. dos Arapanés, 1456 – Moema
Al. Jauaperi, 1332 – Moema

Achei que era vegetariano, mas mantém uma opção de frango. Sobremesas e bebidas não incluidas no buffet.


Permalink desta parteMercearia Alternativa

Fradique Coutinho 910, quase com a Inácio Pereira da Rocha, em frente a Livraria da Vila e ao lado do Fran’s Café, na Vila Madalena. 3816-0706


Permalink desta parteArroz de Ouro

Largo do Arouche, 88, Centro. 223-0219. Dia 31/Jan/2008 passei lá e observei que este restaurente fechou.

Este restaurente fechou.


Permalink desta parteBio Natural

Av. Paulista 2073, Conjunto Nacional.


Permalink desta parteBiosfera

Av. Higienópolis 618 (na praça de alimentação do Shopping Higienópolis). 3823-2855


Permalink desta parteCio da Terra

R. Mairinque 163, Vila Clementino. 5572-2054

Tem loja de produtos naturais.


Permalink desta parteMosteiro Dévakan

Pça General Gentil Falcão 86. Brooklin. 5506-3875

R$9,00 pelo prato do dia, R$7,50 salada Oceano, e R$2,50 o salgadinho.


Permalink desta parteSatori

Praça Carlos Gomes 60, 1° andar. Liberdade. 3242-9738.

Não abre aos domingos


Permalink desta parteÁsia Veg

R. Avanhandava 378 (com 9 de Julho), Bela Vista ou Centro. 6841-1945.

Culinaria asiática vegetariana no centro, principalmente para delivery. Yakissobas, yakimeshi, bifun e chop-suey a R$5,00 e R$1,00 a mais com tofu defumado. Opções de lanches, salgados, sucos, doces, chás, e até pão de mel vegano a preços muito bons.


Permalink desta parteSorveteria Soroko

R. Augusta 305, lado centro, em frente a um muro, perto da rua do Mackenzie. 3258-8939.

Sorveteria que tem opções com e sem leite (vegan). O vegan abóbora com côco impressiona, enquanto que o abacate com leite é intragável.

Servem também açaí na tigela. Se você é vegan, prefira os sorbets (sem leite) da Sotto Zero, Offelê ou outras sorveterias melhores. Sistema self-service por quilo, por uns R$16 o quilo. A regra da casa é não fazer degustação, diferente da Sotto Zero ou Offelê, por exemplo, onde esta prática é deliciosamente liberada.


Permalink desta partePizzaria Vegan

R. Guaricanga 135, Lapa. 3982-3030, dimiveg@yahoo.com.br. Pede-se ligar antes para reservar.

Usam requeijão de soja, PVT, produtos orgânicos da feira do Parque da Água Branca. Há também esfihas integrais. Sábado a noite (20:30 às 0hs), sistema rodízio com 5 sabores a R$10 com sobremesa incluida. Sábados e domingos coma a vontade no almoço (12:00 às 16:00) incluindo sobremesa, e sucos a parte. Criança acompanhada de adulto pagante não paga. Pede-se ligar antes para confirmar presença.


Permalink desta parteIntegrão

R. Joaquim Antunes 377, Pinheiros. 3085-3703 e 3088-3335

Almoço e jantar de 2ª a 6ª e almoço aos sábados.


Permalink desta parteLótus

R. Brigadeiro Tobias 420, esquina com Senador Queiroz, Luz. 229-5696 ou 229-6769

Vastíssima mesa de opções de saladas e pratos quentes inspirados na culinária chinesa. As opções que levam leite e ovos estão marcadas, o que o torna prático para vegans. Comida saborosa mas muito carregada em frituras. Sistema a kilo, onde os bons garfos, acostumados a comer a vontade em outros restaurantes do gênero, acabam pagando caro.

Refrigerantes e sobremesas (nada naturais) não incluidos, apesar de que há frutas no buffet de saladas.


Permalink desta parteCreatyvo

Av. Padre Antonio José dos Santos 1512, Brooklin. 5505-9400.

Sistema a la carte. Segunda a sábado das 12:00 às 15:30. A noite (terça a domingo a partir das 18:00) vira pizza-bar com bons sabores.


Permalink desta parteFulô

R. Haddock Lobo 899, esquina com a Alameda Itú, entre a Av. Paulista e R. Oscar Freire. Estacionamento conveniado está situado à R. Haddock Lobo, 867 (R$ 4,00). 11-3081-7769.

Diariamente temos um cardápio executivo com pratos vegetarianos e veganos. No almoço servimos duas opções de entrada e 3 opções de pratos quentes por R$18,70 ou R$ 22,00, com a sobremesa.

No jantar, a sugestão do chef inclui entrada, prato principal e sobremesa por R$ 27,00.

Horário de funcionamento:

Terça a Sexta das 11:30 às 16:00 e 19:30 às 23:30 h

Sábados e feriados das 12:00 às 18:00 e 20:00 às 23:30 h

Domingos das 12:00 às 18:00 h


Permalink desta parteSattva

R. Consolação 2904, Centro. 3083-6237 / 3062-7239.

Um dos poucos que abrem a noite. Pena que a comida a la carte não é aquelas coisas. Usam muita batata.

Prestam também um serviço de emagrecimento baseado em cardápios semanais.


Permalink desta parteVivenda Silvestre

R. Arandu 407, Brooklin. 5507-2704 e 5506-8944

Só almoço, fecha sábado.


Permalink desta parteAlfredo

Largo do Café, 14. 11h-15h. 3104-9970.

Self-service a vontade com sobremesas e sucos incluidos.

Primeiro andar é um restaurante vegetariano, e no segundo um natural.


Permalink desta parteLila

R. Ivorá 23, Morumbi. 3746-5803

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteDemether

R. Verbo Divino 1519, Santo Amaro. 5182-9118

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteManipura

R. Fidêncio Ramos 49, Vl. Olímpia. 3849-0201


Permalink desta parteBioqualitá

R. Cardoso de Almeida 1457, Perdizes. 3801-4406


Permalink desta parteSafra

R. Venceslau Bras 86, Centro. 3241-5378

Almoço de 2ª a sábado, a quilo e com uma sobremesa grátis.


Permalink desta parteDelícia Natural

R. Albion 193, Lapa

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteFamily

R. Riachuelo 100, Centro. 3104-5621

Almoço de 2ª a 6ª.


Permalink desta parteBoa Saúde

R. Tobias Barreto 809. 6605-6452.

Só almoço, fecha aos sábados.


Permalink desta parteGrano Vegetariano

granoencomendas@gmail.com, 3885.6510 ou 9679.5910

Produtos congelados para estocar, resfriados ou quentes para consumo imediato. Oferecemos produtos lactos ou vegans. Mande um e-mail para receber o cardápio ou fazer encomendas.


Permalink desta parteCéu Natural

R. Hideo Sugyama 70, Jabaquara. 5034-3719


Permalink desta parteViva Melhor

Rua Silvio Penteado 08, Brás. 3313-2110, veganas@terra.com.br

Totalmente vegan. Funcionamento de segunda a sexta-feira das 9h00 às 18h00. Aos sábados das 9h00 às 17h00


Permalink desta parteRecanto Vegetariano

Rua Florida, 1442, Brooklin. 5506-8944 ou 5507-2704.

Ainda não os conheço, mas parecem ser muito preocupados com qualidade e higiene. Seu site é bem feito e divertido. Segundo alguns leitores deste blog, verduras e legumes são excelentes pois são de produção propria e sem agrotoxicos.  Eles tem uma horta com 18.000 metros quadrados.


Permalink desta parteCiência e Natureza

Av. Eng. Luis Carlos Berrini, 1127. 5505-1461

Segunda à sexta das 11:30 às 15:30. Entrega lanches em domicílio das 10 às 18 horas.


Permalink desta parteEspaço Natural

Av. Cotovia 900. 5096-1301

Diariamente das 11:30 às 16 horas inclusive feriados.


Permalink desta parteAna Gouveia

R. Botucatu 693. 5579-4983

Segunda à sexta das 11 às 16 horas. Chá das 16 às 18 horas.


Permalink desta parteSabor Ético

R. Arthur de Azevedo 980, Pinheiros, a duas quadras da Henrique Schaumann. 3062-9917 e 3063-5344.

Vegan orgânico que oferecen chá da manhã, almoços e lanches diariamente, e pizza no sábado a noite, tradição trazida de seu antigo endereço na Lapa. Segunda a sexta até as 18h, sábado a partir das 19h.


Permalink desta parteMandala

Rua Anésio Pinto Rosa, 63 – Brooklin (entre as av. Luiz Carlos Berrini e av. Nova Independência). 5102-4381

Inaugurado no final de fev/2005, oferece comida lactovegetariana védica, feita por monges Hare Krishnas. Além dos pratos tradicionais como bife vegetal, arroz dal (feijões e lentilhas com especiarias) e também das massas, como lasanhas, panquecas e koftas (almôndegas vegetais ao molho) , pode-se comprar os pães integrais feito todos os dias. Após o almoço, há um cantinho especial para relaxar, com música tranqüila, energética e propícia. O restaurante funciona de seg. a sex. no horário do almoço, até 15:00 hs. São duas opções de pratos por dia, sendo que se pode pedir parte de um e de outro, podendo repetir o quanto quiser. O prato custa R$12,00. Inclui saladas, sucos e sobremesas. O ambiente é agradável e bem decorado e a comida muito saborosa (segundo minha opinião). Aceitam cartão Visa (não sei se outros).


Permalink desta parteTemplo Zu Lai

Estrada Municipal Fernando Nobre, 1.461 (Rod. Raposo Tavares km28, saindo a direita seguindo as placas para o templo). 4612-2895.

Considere isso mais que um almoço, mas uma agradável visita a este belíssimo e exuberante templo budista. O objetivo deste lugar não é ser um restaurante. A comida é oferecida como um serviço secundário aos visitantes e aos que vão orar no templo. O almoço é servido até as 14:00 e há filas. Os alimentos são simples e lembram comida chinesa, distribuindo-se entre saladas, preparados de legumes, sopas, tofu e PVT. Os R$10 por pessoa incluem almoço a vontade, alguma fruta e água. Outras bebidas e pães-doces a parte. Há uma cafeteria também vegetariana no templo, onde pode-se sentar ao ar livre. Visite também o museu budista e informe-se sobre cursos de culinária vegetariana, meditação etc.


Permalink desta parteFulô

rua. Haddock Lobo, 899. 3081-7769.


Permalink desta parteSatya Mandir Bistrô

Alameda Franca, 444. 3284-7961.


Permalink desta parteVegacy

rua Augusta, 2077. 3062 9989.


Permalink desta partePuri

rua Augusta, 2052. 3062 4429.


Permalink desta partePrema

R. Maria Figueiredo, 189. 3283-0884.

Almoço: 12:00 – 15:30hs. Happy Hour Natural: 17h00 – 20:00hs

Fica dentro de uma escola de yoga, perto da Paulista. Oferecem duas opções de entrada e duas opções de prato principal a escolher. A salada esta ótima, com excelente molho de gengibre. Comi também uma feijoada que podia estar mais bem temperada. Se trabalhasse lá perto, comeria quase todos os dias. Se não, provavelmente não me deslocaria até lá para almoçar.

Na sobremesa pedi uma torta de maçã com sorvete de castanha. Estava bem pesado.

Renata Rocha também conta: Tenho almoçado no Prema e gostado bastante de lá, só que precisa chegar cedo pra conseguir comer direito e ser bem atendido, depois de 12:30 a comida fica faltando no balcão e a casa lota.


Permalink desta parteBanana Verde

Rua Harmonia, 278, Vila Madalena. 3814-4828.

R$ 22,00, entrada, prato principal e sobremesa. Também serve café da manhã.


Permalink desta parteLar Vegetariano

Rua Domingos Rodrigues, 423, Lapa. 3835-2490.

De R$ 15,00 a R$ 20,00, cardápio original.

Segunda: Lasanha, Pizzas, Bife de Soja…
Terça: Strogonoof, Croquetes, Abobrinha ou Berinjela a Milanesa…
Quarta: Feijoada veg, Esfihas integrais , Quibe de forno..
Quinta: Panqueca,Torta e Hamburguer de PVT
Sexta: Yakissoba, Pizzas, Bife de Soja…
Sábado: Noite de Pizzas – Rodízio de 6 Pizzas Salgadas, Pizzas Doces, Espeto veg, Salgados e sorteios. Das 19:15 às 23:00 h, e deve-se fazer reserva.
Domingo: Reservado para Festas, Eventos e Encontros.


Permalink desta parteZym

Rua Tonelero, 1248. 3021-563.


Permalink desta parteVitallis

Av. Lins de Vasconcelos,1659. 6914-2294


Permalink desta parteSoja Brasil

R. Maria Paula, 140 piso L. 3106-0726.


Permalink desta parteNutrivida

R. Fernão Tavares, 132. 6197-5571


Permalink desta parteVida Verde

Rua Artur Guimarães, 166 – Santana (em frente à Chácara Souza). 6977-0579.

Almoço de segunda a sexta das 12h às 15h, empório aberto das 9h às 18h.
Restaurante lacto-vegetariano com delivery; R$ 7,00 o prato, s/ incluir suco e sobremesa. Aceita encomendas de doces, salgados, comida congelada, pão integral e bolo.


Permalink desta parteHari Prasada

Rua do Paraíso, 694 – Paraíso (próx. ao metrô Paraíso). 3149-0450.

De Terça a Sexta-feira, a partir das 14h, Sábados a partir das 12h e aos Domingos
as 16h.


Permalink desta parteSabores da Terra

Rua Abraão Adib 8, Paraíso (próx. ao Shopping Paulista).


Permalink desta parteSer-afim

Av. São Camilo, 288, São Paulo

2º a Sábado: a partir de 12h. Domingo não abre. Para alimentar a alma e o coração.


Permalink desta parteAnna Prem

Rua Muniz de Souza, 1170 – em frente ao Parque Aclimação, São Paulo. 3208-7552.

Ainda não posso falar da comida e do lugar porque só agora entrou na minha lista para visitar. Por enquanto só posso falar sobre o site que é bonito para os olhos mas pouco amigável para o browser por não seguir as boas práticas da Internet.


Permalink desta parteMasala

R. João de Sousa Dias, 281, Campo Belo. 5093 4257. www.masala.com.br

Recebi um e-mail anunciando este novo restaurante. Alguns de seus sócios são os ex-Maha-Mantra. Entrou na lista dos que quero visitar.

Escolhendo uma Distribuição Linux

É importante começar dizendo que todas as distribuições Linux, incluindo as comerciais — Red Hat Enterprise Linux, SUSE Linux, Xandros, etc — e não-comerciais — Debian, Slackware, Gentoo, etc — atendem a maioria das necessidades reais. Escolher uma melhor entre elas é mais uma questão de gosto pessoal do técnico que já a conhece do que de funcionalidades. Mas uma empresa precisa pesar mais aspectos — além do gosto — para garantir uma escolha estratégica de benefícios de longo prazo.

Suporte e Certificação

Todas as distribuições Linux empacotam, de uma forma ou de outra, mais ou menos os mesmos softwares Open Source (o Kernel, Apache, Samba, bibliotecas, Gnome, KDE, etc). Mas somente as chamadas distribuições chamadas enterprise incluem suporte junto ao seu produto.

Para um usuário, suporte significa:

  1. Um parceiro disponível agora e no longo prazo, para transferir riscos operacionais
    Este é o ponto mais importante. Empresas não querem tomar riscos — especialmente os riscos inerentes ao Open Source.

  2. Acesso rápido a atualizações de qualidade
    Empresas em geral tem recursos limitados para compilar, testar e integrar atualizações de software Open Source.

  3. Acesso a um grande número de fabricantes independentes de hardware (IHV) e de software (ISV) certificados e disponibilidade de soluções complexas pré-testadas
    Uma parte crítica de qualquer projeto de TI consiste em correlacionar a certificação entre seus componentes (hardware, storage, middleware, SO, etc). A característica mais importante e valorizada que uma distribuição pode prover, mais do que as tecnologias embutidas no SO, é a sua capacidade de criar ecossistemas de hardware e software homologado.

Modelo de Subscrição versus Preço por Licença

Empresas que vendem software comercial (como a Microsoft, IBM, Oracle, etc) vão permitir o uso de seus produtos somente após a compra de um direito de uso. Esses “direitos compráveis” são hoje em dia chamados de licença comercial.

O software contido em qualquer distribuição Linux é sem custo. Os desenvolvedores desses softwares licenciaram seu trabalho sob a GPL, BSD, Mozilla Public, IBM Public ou alguma outra licença Open Source, que garante a qualquer um o direito de usar e redistribuir o software sem ter que pagar por isso.

É errado dizer que se “compra” uma distribuição Linux (ou uma licença de seu uso). Não se pode comprá-la. Na prática ela já é sua. É como dizer que um usuário irá comprar o conteúdo de um site. Não há nada material para adquirir. Por outro lado, o que sim pode-se dizer é que se está assinando um serviço que provê assistência técnica, acesso a atualizações, e ingresso a um ecossistema de produtos que inter-operam de uma forma pré-testada e certificada — os pontos de suporte pincelados anteriormente.

Então empresas que fazem distribuições enterprise (como Red Hat, Novell, Xandros) vendem esse serviço, e não o software, porque o último é gratuito.

Escolhendo a Melhor Distribuição

Há duas formas responsáveis e maduras de usar alguma distribuição Linux nas operações de TI de uma empresa:

  1. Adquirir subscrição de uma distribuição enterprise global como as vendidas pela Red Hat e Novell
    A subscrição atrela o software Open Source a um suporte de escala global, criando ambiente estável e favorável para o florescimento de um ecossistema de ISVs e IHVs certificados.
  2. Usar distribuições gratuitas como Debian ou Slackware, e adquirir serviços de suporte de uma companhia local, independente
    Isso pode trazer mais risco por causa da operação de suporte não-global, e falta de integração entre o empacotamento do software e seu suporte, o que leva a um ecossistema fraco ou inexistente de ISVs e IHVs.

Em termos de flexibilidade técnica e escolha de fornecedor — pontos que impactam em custo —, as duas opções são iguais. Todos os benefícios da segunda opção estão presentes na primeira, enquanto na segunda estão ausentes os aspectos de ecossistema de ISVs e IHVs da primeira.

RHEL versus SLES

Para uma empresa que precisa tomar decisões pragmáticas, parece fazer mais sentido adquirir diretamente um produto como o RHEL e SLES, que atrela suporte ao software na fonte, do que manualmente integrá-los em níveis regionais. A segunda opção, com Debian etc, também tem sido escolhida com sucesso por empresas principalmente do setor público, e trazem benefícios sociais e econômicos gerais por manterem o dinheiro circulando dentro do país.

Empresas devem prestar atenção aos seguintes pontos, mais ou menos nesta ordem, quando estão escolhendo uma distribuição Linux para rodar suas aplicações de negócio:

  1. Com qual fabricante de distribuição eu tenho melhores relacionamentos comerciais ?
  2. Qual fabricante tem melhor preço de subscrição pelo valor oferecido ?
  3. Qual distribuição meus técnicos conhecem melhor ?
  4. Qual distribuição é suportada e certificada por quem me fornece produtos de hardware e software ?
  5. A não ser que se saiba muito bem o que se está fazendo, empresas devem ser responsáveis e usar distribuições enterprise.

Para empresas que precisam escolher rapidamente uma distribuição, há duas opções enterprise que tem um forte ecossistema e penetração no mercado: Red Hat Enterprise Linux e Novell SUSE Linux Enterprise. Umas poucas diferenças entre elas tem se tornado cada vez maiores ao longo do tempo, mas a maioria das diferenças tem convergido ou desaparecido. Veja uma comparação na tabela.

Outras Distribuições Enterprise

Há alguns provedores de distribuições Linux com modelos de negócio similar ao adotado pela Red Hat e Novell. As mais famosas são Ubuntu (tecnicamente baseado no Debian), Mandriva (fusão da Conectiva, Mandrake e outras), Xandros (também baseado no Debian), para citar algumas. Elas estão focadas em prover um produto global de tal forma que suporte e serviços possam ser disponibilizados automaticamente ou num modo self-service.

Há uma lei intrínseca do mercado que busca o equilíbrio lançando mão de duas opções de escolha. Uma opção pode ser boa (na verdade não há opção quando só existe um caminho), duas opções maduras é melhor, mas três ou mais opções já é demais para o mercado digerir. E parece que o mercado já definiu suas duas escolhas maduras com a Novell e Red Hat.

Mesmo se essas outras distribuições enterprise tiverem produtos melhores, elas terão que investir uma quantidade considerável de energia construindo um ecossistema de ISVs e IHVs. Mais do que isso, ISVs e IHVs terão que fazer uma pausa em suas operações para ouvir o que estas novas distribuições tem a oferecer.

Ecossistema é tudo que importa. Um produto com um bom ecossistema pode facilmente se tornar melhor que um excelente produto sem ecossistema. Provavelmente este é o aspecto mais importante a considerar quando uma companhia escolhe uma distribuição.

Não se pode dizer que certa distribuição é melhor que todas as outras. Deve-se sempre colocar na balança aspectos pragmáticos visando uma boa aderência a sua empresa ou a um certo projeto.

Linux no Bradesco ?

Estava eu na fila de uma agência do Bradesco no Rio e eis que vejo reiniciarem o pedestal da foto com Linux. Um Conectiva Linux, para ser mais exato.

Pedestal Linux numa agência do BradescoPedestal Linux numa agência do Bradesco

Vi o Kernel subir, depois os serviços, depois o KDE — não lembro a versão, mas não era das mais novas — e depois entrou a aplicação na tela inteira.

Segundo novas leis, um cliente não pode esperar mais do que 20 minutos — acho — para ser atendido na agência, e para controlar isso ele recebe um bilhete numerado ao entrar na fila, que é entregue ao caixa. Este confere a hora atual com a hora do bilhete e pronto. Bem esse pedestal é usado para entregar esse bilhete para o cliente assim que entra na fila.

Diga-se de passagem, o Bradesco é um grande usuário de Java. Muitas aplicações internas de missão crítica são desenvolvidas nessa lingaugem no banco. Claro, há muito legado também em outras tecnologias, mas Java e o uso de outros Padrões Abertos estão no cerne de sua estratégia técnica. E a partir do momento em que a lógica de negócio de muitas aplicações é independente de plataforma, Linux passa a ser uma plataforma viável e com certeza usada em muitos servidores do Bradesco.

OOXML Perdeu

Saiu agora o resultado da votação internacional do Fast Track na ISO sobre a adoção do OOXML como uma padrão de documentos ou não.

O voto final é a soma de dois pilares:

  1. Membros P, que votam ativamente se aprovam o padrão ou não. Aprovação desse pilar só acontece se mais de 2/3 votarem SIM. Dos 32 paises, somente 17 (53%) votaram SIM.
  2. Membros O. Só passa aprovado daqui se a rejeição for menor que 25%. Dos 69 paises deste grupo, 18 (26%) rejeitaram o OOXML.

O resultado, meus amigos, é que OOXML não virou um padrão ISO.

Ainda haverá uma reunião março de 2008 para ver como o ECMA vai abraçar os comentários e alterar a especificação. Mas cá entre nós, isso será difícil. O OOXML é como se fosse uma mapa da memória da única aplicação que o gera e consome. Mudar o formato para acatar os comentários mais conceituais (relacionados a patentes e tecnologias obsoletas como VML) implica em mudar completamente a forma como o Microsoft Office trabalha suas estruturas de dados em memória, e como trata documentos legado. Um trabalho colossal.

Um outro caminho tortuoso é embarcar conversores em memória, mas já sabemos que eles dificilmente podem ser 100% confiáveis.

Bom, estamos todos comemorando. Jomar, da ODF Alliance Brasil, andou contando algumas análises que fizeram do MS Office 2007 e do formato OOXML, apontando uma séries de incosistências.

Mas a coisa mais importante que ele está perguntando é: visto a posição do Kazakistão, será que o Borat participou do comitê daquele país? Não deixe de votar.

Segue a lista dos paises e seus votos.

Country Member Participation Voted Modified
Argentina IRAM O Member Abstention 9/1/2007 23:51
Armenia SARM O Member Approval 7/30/2007 12:57
Australia SA P Member Abstention 8/31/2007 9:02
Austria ON O Member Approval with comments 7/25/2007 6:59
Azerbaijan AZSTAND P Member Approval 6/11/2007 10:12
Bangladesh BSTI Approval 8/28/2007 16:10
Barbados BNSI Approval 8/9/2007 17:52
Belarus BELST O Member Approval 8/31/2007 9:25
Belgium NBN P Member Abstention 9/3/2007 9:13
Bosnia and Herzegovina BAS Approval 8/9/2007 13:58
Brazil ABNT O Member Disapproval 8/31/2007 18:00
Bulgaria BDS O Member Approval with comments 8/17/2007 8:45
Canada SCC P Member Disapproval 8/14/2007 20:23
Chile INN O Member Abstention 9/1/2007 0:27
China SAC P Member Disapproval 9/1/2007 16:04
Colombia ICONTEC O Member Approval with comments 8/31/2007 18:12
Congo, The Democratic Republic of OCC Approval 9/3/2007 10:01
Costa Rica INTECO O Member Approval 8/31/2007 22:19
Côte-d’Ivoire CODINORM P Member Approval 8/24/2007 12:49
Croatia HZN O Member Approval 8/31/2007 13:03
Cuba NC O Member Disapproval 8/31/2007 20:34
Cyprus CYS P Member Approval 6/20/2007 10:06
Czech Republic CNI P Member Disapproval 8/31/2007 14:16
Denmark DS P Member Disapproval 9/1/2007 9:54
Ecuador INEN P Member Disapproval 9/1/2007 1:23
Egypt EOS O Member Approval 8/2/2007 10:58
Fiji FTSQCO Approval 8/31/2007 7:55
Finland SFS P Member Abstention 8/31/2007 12:15
France AFNOR P Member Disapproval 8/31/2007 19:49
Germany DIN P Member Approval with comments 8/30/2007 14:36
Ghana GSB Approval with comments 8/31/2007 20:01
Greece ELOT O Member Approval with comments 8/31/2007 14:51
India BIS P Member Disapproval 8/31/2007 8:45
Iran, Islamic Republic of ISIRI P Member Disapproval 8/28/2007 11:08
Ireland NSAI P Member Disapproval 8/31/2007 11:03
Israel SII O Member Abstention 8/30/2007 15:37
Italy UNI P Member Abstention 8/29/2007 8:56
Jamaica JBS P Member Approval 8/11/2007 0:26
Japan JISC P Member Disapproval 8/31/2007 5:10
Jordan JISM Approval with comments 8/14/2007 15:43
Kazakhstan KAZMEMST P Member Approval 7/12/2007 14:16
Kenya KEBS P Member Approval with comments 8/30/2007 9:44
Korea, Republic of KATS P Member Disapproval 8/31/2007 10:51
Kuwait KOWSMD Approval 8/21/2007 11:53
Lebanon LIBNOR P Member Approval 8/31/2007 8:52
Luxembourg SEE O Member Abstention 8/24/2007 15:44
Malaysia DSM P Member Abstention 9/2/2007 17:58
Malta MSA P Member Approval with comments 8/31/2007 15:20
Mauritius MSB Abstention 8/31/2007 14:07
Mexico DGN O Member Abstention 9/1/2007 0:56
Morocco SNIMA O Member Approval 7/24/2007 16:55
Netherlands NEN P Member Abstention 8/21/2007 9:13
New Zealand SNZ P Member Disapproval 8/30/2007 1:13
Nigeria SON Approval 8/31/2007 18:03
Norway SN P Member Disapproval 8/31/2007 9:58
Pakistan PSQCA P Member Approval 8/27/2007 14:20
Panama COPANIT Approval 8/23/2007 17:29
Peru INDECOPI O Member Abstention 9/2/2007 6:33
Philippines BPS O Member Disapproval 9/1/2007 6:23
Poland PKN O Member Approval with comments 8/31/2007 11:57
Portugal IPQ O Member Approval with comments 8/29/2007 21:35
Qatar QS Approval 8/30/2007 9:41
Romania ASRO O Member Approval 7/3/2007 9:47
Russian Federation GOST R O Member Approval 8/22/2007 7:40
Saudi Arabia SASO P Member Approval 8/18/2007 10:40
Serbia ISS O Member Approval 6/8/2007 10:17
Singapore SPRING SG P Member Approval with comments 8/31/2007 10:53
Slovenia SIST P Member Abstention 8/29/2007 9:52
South Africa SABS P Member Disapproval 8/31/2007 10:45
Spain AENOR P Member Abstention 7/31/2007 9:59
Sri Lanka SLSI O Member Approval 8/30/2007 12:10
Switzerland SNV P Member Approval with comments 9/2/2007 12:39
Syrian Arab Republic SASMO Approval 9/2/2007 17:45
Tanzania, United Rep. of TBS Approval 9/3/2007 9:02
Thailand TISI O Member Disapproval 8/28/2007 9:30
Trinidad and Tobago TTBS P Member Abstention 8/27/2007 18:00
Tunisia INNORPI O Member Approval with comments 8/27/2007 10:42
Turkey TSE P Member Approval with comments 7/24/2007 12:27
Ukraine DSSU O Member Approval 8/28/2007 11:46
United Arab Emirates ESMA Approval 8/31/2007 17:20
United Kingdom BSI P Member Disapproval 8/31/2007 17:01
Uruguay UNIT P Member Approval with comments 8/31/2007 19:45
USA ANSI Secretariat Approval with comments 8/30/2007 16:48
Uzbekistan UZSTANDARD Approval 8/31/2007 17:06
Venezuela FONDONORMA P Member Approval with comments 8/31/2007 15:29
Viet Nam TCVN O Member Abstention 9/1/2007 15:37
Zimbabwe SAZ Abstention 8/28/2007 9:18

Boas Vindas à Correia Fotorreceptora

E falando em amigos, favor dar as boas vindas ao André Uratsuka Manoel que acabou de ingressar na blogosfera.

Consta que ele teve uma estréia dupla hoje, porque além do blog saiu também no Link do Estadão, com foto e tudo, falando de pé para uns 50 ouvintes no BlogCamp que aconteceu semana passada em São Paulo. Na ocasião ele chamava a atenção dos representatnes da blogosfera brasileira sobre questões legais, de propriedade intelectual, e responsabilidade do dono do blog inclusive sobre a parte de comentários de terceiros em suas páginas. Dá até para me ver mais ou menos na foto também.

Voltando a rasgação de seda, pode-se dizer que o André é um dos grandes pilares da Internet brasileira. Cérebro por trás de cohecidas incursões na Internet de nomes como Bradesco, NET Virtua, zip.net, Agência Estado, iG e muitos outros, junto com a Insite, sua empresa.

Ele é um daqueles caras que em uma conversinha de 15 minutos vira sua semana pelo avesso. Principalmente se você estiver metido com tecnologia, porque quando você pensa que descobriu uma coisa nova e está sendo inovador, ele já voltou com a colheita.

Mas não só de Internet, Kernel, IPTables e mod_perl vive o André. É espetacular encontrá-lo para conversar de cultura, sociedade e livros, muitos livros. E pizza de margherita do Speranza.

Como então um dito filhote de Internet só começou a blogar agora? Talvez porque confundiram quem é pai de quem aqui e o verdadeiro pai estava é muito ocupado em criar o filho.

Então para esquentar a Correia Fotorreceptora vou fazer de novo: por falta de espaço vou retirar o feed do grande Cezar Taurion da minha barra lateral e colocar no lugar o do grande André.

Por favor, o caminho é por aqui.

Limites da Voz

Uma vez prestei atenção na belíssima letra da belíssima canção I Say a Little Prayer.

Pasmem, ela é uma oração, uma reza, e não uma canção de amor !

De todas as versões que existem por aí, eu acho que as da Aretha Franklin (como a do video acima) são as mais bonitas.

Para fazer uma boa cantora não basta ter só bela voz. Gosto como Aretha modula a voz e não cai na armadilha de repetir melodias. Ela sempre trata de inserir improvisações melódicas. Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque e muitos outros são cantores que independente de terem bela voz ou não, tocam o âmago do nosso ser porque sabem transmitir emoção.

Um exemplo inverso é a Natalie Merchant, famosa cantora do 10,000 Maniacs, que tem uma voz de timbre singular e bonito, mas que considero no máximo mediana. Ela não sabe cantar.

Bem, acabei de achar o tal video por aí e todas essas idéias e lembranças me ocorreram.

Sem Leilão mas Com Responsabilidade

Sobre a Receita Federal ter suspendido o leilão de compra de licenças do Microsoft Office, isso é uma notícia aparentemente boa para a comunidade livre, mas é preciso tomar cuidade para o tiro não sair pela culatra.

A experiência mostra que é IMPOSSÍVEL trocar uma aplicação de usuário final sem fazer um planejamento técnico e cultural de migração. É imprescindível também um alto cargo da empresa apoiar esse projeto. Gerente de informática sozinho não faz verão.

Se não, a cultura das pessoas simplesmente vence. Ainda mais quando o número de usuários é do tamanho de R$41M em software.

Eu espero que a Receita Federal tenha planos para a migração para ODF e outra suite de escritório. Do contrário essa notícia pode virar um fiasco.

Wireless Gratuito

Enquanto no Brasil falamos de custos de R$6 por megabyte para acessar a Internet a partir de nossos smartphones, nos EUA isso é gratuito e público em muitas cidades.

Quando estava lá, fiquei surpreso em ver na mídia o projeto WiPhi, onde a prefeitura de Philadelphia está cobrindo a cidade inteira com roteadores WiFi. De graça. Para qualquer cidadão, turista ou empresa.

Lembrei disso ao ver hoje um post no blog do Google comemorando 1 ano de cobertura WiFi gratuita na cidade de Mountain View, sede do Google perto de San Francisco.

É obvio como o Google ganha dinheiro com isso: aumentando o número de usuários, número de geradores de conteúdo (bloggers e outros), e por conseqüência o número de impressões de AdSense.

San Francisco, capital do Vale do Silício, é outra cidade que tem um projeto similar. Mas enquanto não sai do papel, o Google fez uma parceria com a Earthlink para já prover esse serviço gratuitamente.

Para isso ser viável no Brasil, nossa economia terá que crescer muito ainda. Apesar de sermos uma país continental, a população economicamente ativa é muito pequena, talvez menor que a de muitos paises da Europa.

SMS pela VIVO

Comprei o tal Nokia E61i desbloqueado fora do país.

Aí coloquei o tal chip GSM e consigo fazer e receber ligações mas só receber SMSs (ou torpedos). Não conseguia enviar porque quando tentava ele pedia um tal de número do centro de mensagens. Vai saber o que é isso…

Investiguei os menus do aparelho e realmente pode-se cadastrar centros de mensagens, cada um com um respectivo número. Ou seja, se quero mandar um SMS para o número 1234-5678 o que de fato acontece é que o aparelho envia para um número especial da operadora, e esta por sua vez trata de redirecionar para 1234-5678 ou outra operadora.

Restava agora descobrir que número era esse. E uma pequena saga começou.

Liguei umas 5 vezes para a central de atendimento da VIVO (em cada tentativa fui recirecionado umas 4 vezes, tendo que passar cada vez meu CPF etc) e ninguém nem sabia do que eu estava falando.

Liguei na Nokia, e com tom de “sabemos do que se trata” disseram que é a operadora quem tem que fornecer esse número, obviamente.

Impaciente, fui até uma loja da VIVO para pedir ajuda. Quem me atendeu também tentou ir via central de atendimento, e nessas fui redirecionado mais umas 4 vezes, sem a menor possibilidade de êxito. Em paralelo, o gerente muito atencioso foi tentando falar com seu suporte de loja, que também batia com a cabeça na parede.

Resumo da ópera, tive que pedir um aparelho similar da vitrine, tipo E62, N73, etc, ligá-lo com o meu chip e entrar nas configurações do Centro de Mensagens para ver qual era o número que aparecia. Ligá-lo sem o chip não funcionava.

Ai foi só criar um centro de mensagens com um nome qualquer, tipo “Vivo SMS” e copiar o número +55-01-0110-2010 do outro aparelho. E lá vai o bichano mandando SMS com sucesso.

Mas me tiraram a alma até eu poder manusear um aparelho da vitrine para que eu mesmo possa descobrir a solução do problema !

Espero que esse número seja útil para outros que compram celulares fora do país.

Manchetes de Hoje no Rádio

O que não se aprende ouvindo um pouco de CBN ao vir para o trabalho.

  • Brasil precisa investir quase R$90bi sem parar ao longo dos próximos 10 anos para resolver nossos problemas de infraestrutura. Isso sem contar o investimento necessário para levar infraestrutura para todos os brasileiros. Falta de investimento foi a causa de problemas como o apagão aéreo. Esqueci qual era a fonte da pesquisa.
  • Um restaurante em São Paulo está oferecendo algo suigêneris. Diferente de restaurantes gregos onde simplesmente se quebra pratos no chão, o cliente pode entrar numa sala e jogar objetos em alvos que lembram pessoas, e a idéia é que os alvos personifiquem pessoas odiadas pelos fregueses. Os objetos quebráveis variam de R$2,50 a R$50.
  • Um homem exige indenização de R$15000 de sua futura ex-mulher por tê-lo traido e ter criado uma filha que não é sua.

Cesar Brod e seu SIM ao OOXML

Cesar Brod registrou sua opinião sobre OOXML antes e depois da votação.

Eu acho essa questão muito complicada. Não acho que ele deve ser crucificado nem nada. A comunidade só está espantada com o fato de que ele não teve a postura padrão que todos esperavam.

A surpresa que tive no dia do voto foi o meu lado preconceituoso falando mais alto. Depois de minha mente retomar o controle, eu acho que apesar de não concordarmos sobre a diferença entre padrão e documentação, OOXML é uma oportunidade de mercado, Cesar Brod é um ser muito pensante, tem feito trabalhos técnicos com a tecnologia, está inserido num contexto diferente do meu, e só isso me indica que teve seus motivos para votar SIM.

Seu voto de forma alguma arranha o respeito que tenho por ele. Talvez o respeite mais ainda pela coragem de tomar uma postura contra a opinião média da comunidade livre do Brasil, que como toda comunidade, tem conceitos pré concebidos, é segregacionista e costuma ser plana por natureza.

Do pouco que conheço Cesar consego mapear sua personalidade afável, conciliadora e bem aventurada. Em outra vida, Cesar seria um bom diplomata.

Impressões Sobre Reunião Final da ABNT

Era uma incógnita absoluta como iria terminar a reunião de votação do OOXML. E de fato terminou de forma inédita.

Não é responsabilidade da ABNT definir tecnicamente um padrão, e sim somente estabelecer e liderar o processo para que os interessados da sociedade decidam sobre ele.

Hoje a ABNT viveu uma reunião como nenhuma outra em sua história, acredito. As opiniões estavam tão divididas e irredutíveis que Eugênio, o diretor de normatização, teve que assumir uma posição de muita responsabilidade e ele próprio decidir pelo voto baseado nos relatos gravados da reunião. Ele teve presença de espírito suficiente para perceber que a discussão poderia demorar mais 8 semanas e não chegar num consenso.

O processo funciona mais ou menos assim:

  1. A ECMA/Microsoft submeteu a especificação OOXML para se tornar uma norma ISO.
  2. A ISO instala o processo Fast Track onde as National Bodies (ABNT no caso do Brasil) de vários países analisam a qualidade da especificação para votar SIM, NÃO ou abstenção na ISO. Votos SIM e NÃO podem vir acompanhados de comentários.
  3. A ABNT criou um Grupo de Trabalho (GT2) a uns meses atrás para fazer um estudo técnico do OOXML. Participaram do estudo empresas e entidades a favor e contra o OOXML. Eu participei pela IBM.
  4. O trabalho do GT2 como um todo se consolidou em 63 comentários de melhoria à especificação, mais 2 comentários muito polêmicos que foram tratados de forma separada, mais algumas dezenas de comentários muito pertinentes que ou não houve tempo de incluí-los na mesma lista dos 63, ou concordou-se que deveriam ficar de fora. Esse trabalho terminou nesta segunda, 20 de agosto, um dia antes da reunião de hoje.
  5. O processo da ABNT dita que para eliminar um desses 63+2 comentários técnicos, deve-se apresentar uma contraposição fundamentada. Caso contrário, tal comentário é categorizado como um consenso de que é válido. Este é um ponto muito importante do processo.
  6. Há quem ache que os comentários não são relevantes, e nesse caso vota SIM ou SIM com os comentários. E há quem ache que são relevantes, e no caso vota NÃO ou NÃO com os comentários.

Fernando Gebara repassando os 63 comentários.Os 63 comentários foram lidos na parte da manhã e gastamos quase a tarde inteira para discutir calorosamente somente um dos 2 comentários polêmicos. Soa como discutir o sexo dos anjos: ninguém parece estar errado nem certo.

No fim do dia, Eugênio voltou para o desenrolar e se deparou com uma total indefinição. Analisou rapidamente a situação e colocou a reunião num trilho de raciocínio lógico. Primeiro constatou que todos concordavam com os 63 comentários e que eles não tinham contraposições fundamentadas. Depois verificou que as pessoas não queriam que a posição do Brasil fosse abstenção. Sobrou o SIM ou o NÃO.

A Microsoft e algumas empresas parceiras não aceitavam um NÃO mas ao mesmo tempo concordaram que os comentários eram pertinentes. Corinto Meffe, do Ministério do Planejamento, argumentou, e todos concordaram, que comentários anexos a um NÃO teriam mais força de transformação da especificação do que os mesmos acompanhados por um SIM. Neste último caso, não se sabe se a ECMA/Microsoft iriam acata-los, o que desvalorizaria o trabalho do GT2 e a opinião técnica do Brasil no mundo. O NÃO com comentários fazia mais sentido. Aparentemente inclusive aos olhos do Eugênio.

Era evidente o balanço de opiniões. Todas as empresas e instituições governamentais como MCT, ITI, MP, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios, Serpro, Celepar, etc, mais organizações como BrOffice.org, Rede Livre, ODF Alliance, mais empresas do calibre da Sun, Red Hat, 4Linux, IBM, Metrô de São Paulo, Google e outras, votariam NÃO.

O SIM era mantido pela Microsoft, UNESP, SUCESU-SP, Associação de Parceiros Microsoft, e mais uma porção de empresas regionais ou de alcance menor.

Numa votação informal deu 27 NÃOs e 24 SIMs. Mas isso não representa a sociedade, e o objetivo é chegar a um consenso, e não resultado por votação.

Eugênio assumiu uma missão para as próximas horas. Ele deve analisar o teor dos argumentos na reunião e provavelmente medir o peso das divergências. Por exemplo, talvez ele calcule que o opinião de um parceiro regional da Microsoft tem uma relevância mais focada que o de uma empresa global como o Google, ou não estaria tão sintonizado com os desejos intrínsecos da sociedade em geral como as instituições públicas.

Isso é um exemplo de critério que faz sentido para mim, mas não sei que linha ele vai tomar. E é importante não pressionar a ABNT nem o Eugênio por que é comprovadamente uma questão muito difícil.

De qualquer forma, tudo indica, mas sem nenhuma certeza, que o Brasil dará um NÃO com comentários ao OOXML.

Há especulações que outros fatores podem influenciar a decisão final. Mas na minha opinião, o processo da ABNT tem sentido e lógica, é bem formal, e foi seguido na medida do possível. Aos meu olhos somente o processo em sí, e nenhum outro fator político externo, definiram o trilho para se chegar ao voto do Brasil.

Seja qual for, vamos saber nas próximas horas, e não vamos cantar vitória antes disso.

Indefinição Marca Fim da Votação do OOXML na ABNT

Escrevi neste post detalhes minuto a minuto da reunião de hoje na ABNT, que vai decidir se o Brasil é SIM favorável ao Microsoft Office Open XML, ou se vai dizer NÃO porque prefere usar bons padrões abertos como o ODF.

Se você não entendeu nada, leia outro post que explica algumas coisas.

O resultado de hoje definirá a posição oficial do Brasil na reunião mundial da ISO, para tornar o MooX um padrão aberto ou não.

Hoje, o SIM é ruim para a comunidade livre. É o NÃO que buscamos.

Há uma chance de o dia de hoje levar o Brasil a se abster. Isso potencializa duplamente os outros votos SIM e NÃO na ISO, mas acima de tudo colocaria o Brasil numa posição indefinida, vergonhosa na minha opinião, para uma questão tão importante. A abstenção é o destino de uma reunião que não entrará em consenso.

  • 9:45. Fila para entrar. Sala se enchendo rápido. Pessoas na reunião: Jomar Silva da ODF Alliance, Marcelo Marques da 4Linux, Marisa e Deivi do Serpro, Corinto Meffe do Ministério do Planejamento, outros do ITI, Bimbo da Red Hat, IBGE, outras pessoas do governo, Claudio do BrOffice.org, estudantes da UNESP (provavelmente os que mais se aprofundaram na especificação do MooX), Cesar Brod, Pedro Rezende da Rede Livre, e várias pessoas usando bolsas de eventos da Microsoft.
  • 10:20. Sala lotada. Eugênio da ABNT abre a reunião dizendo que o papel da instituição é ser neutra e somente tocar o processo. Esclarece também alguns pontos questionados pelo Jomar sobre o que é voto “sim com comentários” e “não com comentários”, etc. Esclareceu também outros detalhes do processo da ISO. Contou também que é o maior quorum de uma reunião na ABNT. Ressaltou novamente que a ABNT não tomou nenhum partido.
  • 10:50. Ainda com o Eugênio ao microfone, Daivi do Serpro pediu a palavra para lembrar como a ISO define consenso. O voto será SIM ou NÃO se houver um consenso geral para isso.Fernando Gebara repassando os 63 comentários.
  • 11:00. Pessoas começaram a pedir para cumprirem a agenda, e começar a revisar as objeções a especificação OOXML.
  • 11:03. Marcia Cristina da ABNT contou que sempre, inclusive questões polêmicas, acabam em consenso. Quero ver como esta vai terminar.
  • 11:04. Fernando Gebara da Microsoft toma o microfone e se prepara para mostrar a lista de comentários a especificação.
  • 11:05. Cesar Taurion pede para citar quem participou do GT2. A partir da Parte 4, mais de 200 comentários foram postados no Wiki. UNESP, Celepar, Banco do Brasil, Serpro, Correios, ODF Alliance, IBM, Sun, 4Linux, Red Hat.
  • 11:10. Gebara conta como foi o processo de coleta de comentários, centrado num Wiki e com reuniões presenciais em SP, RJ e BSB, onde mais de 200 comentários foram consolidados em 61. Explicou também como é o template de documento da ISO para receber comentários de normas.
  • 11:18. Decide-se ler comentário por comentário pela voz de Fernando Gebara, conforme mostra a fotografia.
  • 12:03. Terminada a leitura dos comentários. Assuntos mais polêmicos como propriedade intelectual e reinvenção da roda em várias subespecificações como DrawingML versus SVG, MathML e outros ficarão para a tarde. Decide-se voltar as 13:15.

Foi uma manhã leve.

Na saida do intervalo, encontrei um velho amigo de uma empresa chamada Programmer’s. Perguntei qual seria seu voto. Ele respondeu que na opinião dele, quanto mais padrão melhor, ainda mais se é um padrão já muito usado. Isso é um total equívoco porque praticamente ninguém usa o OOXML ainda por ser extremamente novo.

Mas a Microsoft tem “vendido” o OOXML como um formato já antigo, na verdade como um formato de compatibilidade com os documentos legados do Microsoft Office. Como assim? Só pra começar, um é puramente binário e o outro é XML zipado? Não há absolutamente nenhuma compatiblidade entre os dois formatos.

Corcovado visto do escritório da ABNTCatedral de São Sebastião vista do escritório da ABNT

  • 13:40. Abriram a reunião discutindo a mudança do local da votação de Brasilia para o Rio e que isso não entrou de forma correta na ata da última reunião.
  • 13:50. Começaram a discutir os dois pontos mais polêmicos onde não se chegou num consenso se deveriam entrar ou não na lista de comentários.
  • 13:53. Ponto 1: se a especificação é para um formato de documentos e de compatibilidade com o legado, deve haver um mapeamento entre o OOXML e o formato legado, e isso não está incluido na especificação.
  • 13:56. A discussão fica mais quente quando Jomar explica que sem isso a especificação não se justifica.
  • 14:00. Pedro Rezende, Rede Livre, toma o microfone. Divaga sobre o uso livre da especificação e que ela está incompleta para uso livre.
  • 14:06. Raimundo da Microsoft diz que essa questão já foi discutida e que não deve voltar a tona.
  • 14:11. Ricardo Bimbo da Red Hat diz que tecnicamente há a necessidade de acesso ao mapeamento entre o OOXML e os antigos formatos binários.
  • 14:13. Jomar insite na necessidade dos mapeamentos porque qualquer um deve ser capaz de criar conversores entre os formatos binários legados e o OOXML.
  • 14:16. Leandro da UNESP diz que deve ser feito o questionamento sobre o mapeamento. Mas diz que isso não faz parte do escopo da norma.
  • 14:19. Raimundo da Microsoft diz que a norma atinge os objetivos e tal questionamento está fora do escopo.
  • 14:20. Murilo do Banco do Brasil lê o objetivo da norma, de seu documento de overview, mostrando que deve haver um documento de correlação entre os dois formatos. Muitos sussuram de que isso está claro.
  • 14:23. Outra pessoa diz achar que há a necessidade de um documento de mapeamento.
  • 14:24. Propuseram simplesmente adicionar o link para a especificação dos formatos binários de documentos.
  • 14:25. Bimbo deixa claro que não estamos ensinando ninguém a fazer norma. Diz que normas são vendidas e que devem ter alta qualidade. E adiciona que se a especificação binária existe, por que só não inclui-la ao padrão ?
  • 14:27. Jomar diz que o foco não é ter acesso a especificação binária, mas ao mapeamento do antigo formato binário ao novo OOXML.
  • 14:28. Leandro da UNESP diz que a norma não propõe essa conversão.
  • 14:30. Claudio da BrOffice.org diz que isso contradiz o objetivo da especificação.
  • 14:33. Raimundo diz que incluir tudo isso seria impossível. É um pedido impossível.
  • 14:42. Corinto diz que legado é uma coisa importante sempre e houveram pelo menos 3 desenvolvedores que disseram que um mapeamento é importante. Ele fala bem. Saiu aplaudido.
  • 14:44. Eu queria falar mas só uma pessoa deve falar por instituição, e este seria o papel do Cezar Taurion. A discussão se voltou para que as pessoas a mais de cada instituição deveriam sair da sala. Estou saindo mas continuarei ouvindo da sala anexa.
  • 14:46. Não me deixam sair !
  • 14:50. Maluf da Sun diz: esses dois pontos são tão polêmicos, que tal simplesmente votá-los.
  • 14:51. Cezar se cansa com essa discussão estéril e propõe voltar a discussão técnica ao invés de ficar se atendo a quem deve sair da sala ou não.
  • 14:52. Raimundo sugere desconsiderar os 2 pontos polêmicos porque estão fora da lista dos 61 comentários. Estão quase jogando cadeiras, lavantaram a voz e tal.
  • 14:57. Prof. Rezende argumenta que os dois pontos devem ser incluidos sim.
  • 14:59. Lêem a introdução da especificação para ficar claro que seu objetivo não combina com o conteúdo. Falta o mapeamento.
  • 15:01. Jomar, tentando ser pragmático, pede para alguém manifestar uma contraposição fundamentada para anular o argumento de que o objetivo da especificação não condiz com a especificação em sí.
  • 15:05. Vitório da Celepar coloca sua opinião técnica de que esse mapeamento é necessário.
  • 15:06. IBGE propõe que os ítens polêmicos devem ser votados pelos representantes das instituições.
  • 15:08. A mesa pergunta como essa votação deve ser feita.
  • 15:09. Djalma do ITI também pede votação.
  • 15:12. Claudio da BrOffice.org propõe retirar esse ponto polêmico do mapeamento e também remover todas os pontos da especificação referentes ao suporte legado. Era exatamente isso que eu queria falar quando não me deixaram.
  • 15:13. Tadao da Serasa fez uma pergunta processual para a ABNT que ninguém perto de mim entendeu.
  • 15:17. A mesa exige que se dê uma solução para o impasse. O ponto do mapeamento deve ou não entrar na lista de comentários?
  • 15:18. Jomar relembra que não há uma contraposição fundamentada ao comentário do mapeamento.
  • 15:22. Voltam ao ponto de representantes duplicados, a.k.a. eu.
  • 15:23. Marcelo Marques diz que não há contraposição técnica ainda para o ponto polêmico.
  • 15:25. Intercalam com o assunto de presença duplicada na sala e eu finalmente saio. Cezar Taurion levanta a voz e pede para voltarmos a discussão que importa.
  • 15:26. Corinto pede a contraposição, ou não.
  • 15:29. A discussão continua enrolada e sem fim. Acabei de ver o Gustavo Mazzariol do Metrô.
  • 15:32. Os participantes estão divididos: o ponto polêmico deve entrar ou não ?
  • 15:34. Bimbo sugere ir adiante e congelar este ponto pela falta de qualidade técnica na discussão.
  • 15:37. Marcia da ABNT mostra as opções que a ISO deu à ABNT para votar: SIM, SIM com comentários, NÃO e NÃO com comentários. Sugere a definição do grupo nesse sentido.
  • 15:43. Prof. Rezende relembra a questão do consenso e maturidade da norma. Sugere que a norma não está madura e portanto o voto do Brasil deveria ser NÃO.
  • 15:50. Da sala anexa em que estou posso ouvir gritos de desespero que não precisam do alto-falante para chegarem aos meus ouvidos.
  • 15:53. Bimbo comenta o constrangimento que seria o Brasil levar uma abstenção para a votação da ISO, e adicionou que o voto da Red Hat seria NÃO.
  • 15:59. Raimundo diz que o trabalho do GT2 foi no sentido de aprovar a norma e não aceita essa reversão para uma suposta desaprovação.
  • 16:01. Jomar diz que em nenhum momento o objetivo do trabalho era melhorar a norma, e sim avaliar sua qualidade.
  • 16:03. Murilo do Banco do Brasil reafirma o que o Jomar disse.
  • 16:04. Cezar Taurion reclama que a discussão técnica está sem técnicos, e isso vira algo comercial e vazio perante o objetivo da reunião. Diz que o que sabe é que a norma como está não pode ser aprovada.
  • 16:06. Vitório da Celepar diz que se sentiu ofendido e que não trabalhou para aprovar a norma.
  • 16:08. Maluf lembra que há outros 61 ítens que desqualificam a norma, e votaria NÃO. Apesar de os membros já estarem se expressando, isso não é ainda uma votação oficial.
  • 16:09. Eugênio volta a reunião e se atém aos 61 ítens que já são consenso de comentários à norma.
  • 16:13. Maurício da Associação de Parceiros Microsoft diz que seu voto seria SIM com comentários.
  • 16:20. Alguém da Cobra Tecnologia comenta sobre a questão de incluir binários (e potencialmente virus) dentro de um documento OOXML. É uma questão de segurança e por isso seu voto seria NÃO.
  • 16:26. Vários blablablás redundantes depois, o Ministério das Ciências e Tecnologia diz que seu voto seria NÃO.
  • 16:29. A mesa diz que praticamente só tem ouvido NÃO com comentários.
  • 16:32. Percebo que os parceiros da Microsoft estão se pronunciando muito pouco nessa fase de decisão. Quase nada. Calculo que eles não se sentem respaldados o suficiente para expressarem um suposto SIM.
  • 16:33. O representante da SUCESU-SP diz ser muito importante haver competitividade no mercado, do ponto de vista do consumidor. Comprimenta a Microsoft por abrir a especificação do OOXML. Diz que votaria SIM com os comentários anexos. Não contaram para ele que escolha é uma questão de produto, não de padrão de formato de documentos.
  • 16:35. Eugênio tenta achar uma solução para o impasse. Diz que em face dos 63 ítens, não precisamos mais da abstenção. Já temos instrumentos para decidir pelo SIM ou pelo NÃO.
  • 16:43. Jomar diz que nem todos os 63 comentários são impeditivos. Mas há 6 ou 10 que são, exemplo: não se pode definir senhas de documentos em chines, questões de Unicode, etc.
  • 16:45. O representante do Google Brasil se pronuncia dizendo que muitas empresas cresceram graças aos Padrões Abertos, felicita a Microsoft por entrar nesse time abrindo a especificação, e diz que votaria NÃO com os comentários.
  • 16:48. Corinto diz que se votamos NÃO com comentários, queremos que os comentários sejam considerados. E que não somos contra o padrão, mas contra o padrão como está proposto hoje.
  • 16:49. Gustavo Mazzariol do Metrô se posicionou, mas não ouvi sua resposta.
  • 16:49. Conab, sob o Minitério da Agricultura, vota NÃO com comentários.
  • 16:51. Alguém votou SIM com comentários, mas perdi quem era.
  • 16:51. Alguém diz que as questões de senha em chinês é problema da China, e não do Brasil. Ele vota SIM com comentários.
  • 16:52. Outro SIM com comentários da RGM.
  • 16:52. CompTIA vota SIM com comentários
  • 16:53. Cesar Brod vota SIM com comentários! Não esperava por essa !
  • 16:53. Serasa: SIM com comentários.
  • 16:54. UNESP: SIM com comentários. Prefiro acreditar que essa é a opinião do representante, e não da UNESP, instituição que me formou e que muito respeito.
  • 16:54. Outro SIM com comentários.
  • 16:56. Isso não era para ser uma votação. Eugênio tenta retomar o controle.
  • 16:57. Vira tumulto. Aparentemente não chegaremos a um consenso, segundo o sonho de todos. A reunião deve terminar às 17:00.
  • 16:59. Eugênio pergunta a todos se há um consenso de que existem 63 pontos a serem discutidos. Todos dizem SIM em côro. Então ele diz que agora deve-se discutir a categoria destes.
  • 17:01. Eugênio pergunta ao Jomar qual é o comentário mais crítico. Ele responde que é a questão de incluir blocos binários em documentos.
  • 17:02. Eugênio pergunta: isso é algo que deve ser modificado na especificação ?
  • 17:03. Raimundo quer se pronunciar e pergunta: porque os 63 ítens devem se transformar em condicionantes se eram só comentários adicionais. Da forma como ele colocou, muitos não concordaram com sua assertiva.
  • 17:04. Raimundo, com voz alta, acha que a regra do jogo foi mudada.
  • 17:05. Jomar diz que ele deveria ter lido as diretrizes do grupo de trabalho.
  • 17:05. Raimundo diz que Jomar usou diretrizes antigas.
  • 17:06. Eugênio diz que não o Jomar mas ele próprio trouxe as regras do grupo. É aplaudido.
  • 17:08. Eugênio lembra que consenso é ausência de contraposição fundamentada, e todos pedem ao Raimundo para fundamentar tecnicamente onde e como não concorda com o ítem de blocos binários.
  • 17:09. Raimundo comenta que o NB da Alemãnha acabou de votar SIM.
  • 17:11. Virou votação informal. Eugênio perguntou quem quer NÃO com objeções: 27 votos.
  • 17:11. SIM com comentários: 24 levantaram a mão.
  • 17:12. Eugênio pergunta quem quer abstenção. Ninguém.
  • 17:13. Alguém que votou SIM diz que quando há quase empate assim, o resultado deve ser abstenção.
  • 17:14. Raimundo diz que se fosse por maioria, teria colocado um ônibus aqui para votar.
  • 17:15. Corinto desenvolve um raciocínio dizendo que se não há contraposição fundamentada, deveria ser NÃO.
  • 17:17. Eugênio discorre que tenta evitar a abstenção do Brasil.
  • 17:21. Murilo do BB diz que as pessoas perceberam que há ítens impeditivos. Votaria NÃO.
  • 17:23. Marcelo Marque, 4Linux, sugere à ABNT que as discussões deveriam ser técnicas, e não comerciais ou políticas.
  • 17:25. Eugêncio tenta levar as pessoas ao longo de um raciocínio decisório.
  • 17:27. Bimbo insiste que não houve contraposição fundamentada a nenhum ítem crítico.
  • 17:30. Raimundo argumenta que o ODF passou na ISO com SIM com comentários técnicos. Mas ODF não é o assunto do dia.
  • 17:32. Raimundo acha que está sendo razoável. Eugênio argumenta que todos acham que estão sendo razoáveis. E todos riem.
  • 17:34. A mesa pede para chegarmos a um veredito por causa do horário. A ABNT precisa fechar o expediente.
  • 17:37. Discute-se que se não há consenso, deve haver abstenção.
  • 17:41. Corinto conta que Caixa Econômica e Banco do Brasil tiveram que sair para tomar seus vôos.
  • 17:42. Eugênio sai com o pessoal da ABNT para discutir fora da sala. Eles não sabem o que fazer, e não os culpo por isso.
  • 17:44. Raimundo discursa de pé dizendo que a turma do Software Livre não confiava na ABNT e agora estão amigos.
  • 17:45. Eugênio retoma a palavra perguntando ao Raimundo se a Microsoft confia na ABNT. Raimundo diz que sim. Eugênio adiciona então que agora a galera do SL também. Que bom !
  • 17:48. A mesa retoma e exige uma posição. Eugênio relembra que a abstenção não é mais uma opção. É SIM ou NÃO somente.
  • 17:49. Pessoas levantam nervosas. Dizem que a abstenção ser ou não uma opção não é discutível.
  • 17:52. Alguém discursa que a Microsoft pode ser ovacionada por admitir que há erros na especificação e corrigí-los, e que isso é importante.
  • 17:53. Eugênio tenta levar a um NÃO, argumentando que esse trabalho pode continuar, o draft pode ser melhorado pela Microsoft/ECMA, e que isso não é o fim. Conta que disse na ISO em Genebra que é um absurdo darem somente 4 meses para revisarem uma norma de 6000 páginas. E que o processo Fast Track é para normas pequenas, e não dessa magnitude.
  • 17:58. Por falta de tempo, Eugênio diz que terá que analizar as contraposições, que já tem um indicativo do voto, e dispensa todos para tomarem seus vôos. Diz que ele terá a responsabilidade de decidir o voto e que saberemos amanhã. Uma senhora responsabilidade, diga-se de passagem.


Achei que teria acesso à Internet da sala, mas só pude sincronizar na hora do almoço, e a noite quando cheguei em casa, em São Paulo, umas 21:00. Desculpem também qualquer erro de português: o editor do blog foi meu rascunho de anotações para vocês.

Amanhã vou postar mais impressões e opiniões pessoais sobre a reunião.

Lembre-se: o voto do Brasil ainda não está definido. Notícias como a que apareceu no site do PSL e que afirmam um NÃO, são mais especulativas do que verídicas. É importante não cantar vitória antes do tempo.

Despertar da Consciência

Muita gente considera meu pai um mestre espiritual.

Ele tem desbravado os caminhos para o despertar da consciência e iluminação espiritual durante toda a sua vida. Diria que praticamente dedicou a vida para isso.

Começou um blog a algumas semanas e já recheou-o com algumas centenas de aulas, técnicas de meditação, mensagens, pequenas citações, videos, etc.

Para os buscadores da verdade, do encontro entre fé e ciência, ou que só tem dúvidas sem resposta, conheçam o Despertar da Consciência.

Economizando Energia em Casa

Ouvi esta manhã na KUT, ótima rádio comunitária aqui em Austin, que alguns estados americanos tem pensado em formas de reduzir o consumo doméstico de energia elétrica.

Uma das soluções é instalar dentro de casa um mostrador de consumo em dólares e não em indecifráveis kWh. Deram um exemplo de que uma torradeira acusa consumo de US$0.59 por hora enquanto uma lavadora de roupas acusa US$1.09 por hora. Muito mais fácil de entender, não !?

O dispositivo tem duas partes. Uma para coletar os dados, agregada ao relógio de kWh da casa, e outra dentro de casa funcionando só como mostrador. A comunicação seria por algum tipo de wireless.

Selecionaram uma população para testar esse dispositivo por algum tempo, e observaram que 75% dos lares passaram a gastar menos energia. Não mencionaram quanto economizaram.

Mas já é bastante efetivo. E funciona só porque apresentaram o consumo para as pessoas numa medida que todo mundo entende muito bem. Sim, isso é uma questão de acessibilidade também.

Claro que discutiram também questões de redução do lucro das empresas que provêm energia. Mas pensando a longo prazo, na minha opinião isso é um problema menor e que se ajeita com o tempo.

Candidatos Democratas e o YouTube

Ontem aqui nos EUA passou na TV um debate dos pré-candidatos democratas (entre eles somente um será o candidato a presidência a representar os democratas).

Da perspectiva política já era um debate interessante, mas o que realmente chamava atenção era o formato.

O programa chamava-se CNN & YouTube. As pessoas gravavam e enviavam suas perguntas pelo YouTube e no programa o video era apresentado num telão. Junto havia o logotipo do famoso site e podia-se ver também aqueles controles tradicionais de Play, Pause, etc do videos do YouTube.

Alguns videos eram bem simples, com o cidadão fazendo uma pergunta em frente a câmera. Outros tocantes, como o do homem mostrando o túmulo de seu pai, avô e filho mais velho que morreram em guerras. E outros bem produzidos e editados, e engraçados.

As perguntas eram das mais variadas: saúde, impostos, guerras e a guerra com o Iraque, aquecimento global, e aquecimento global relacionadas ao alto padrão de consumo americano.

A indústria do entrenimento não se contenta mais em receber a ligação ao vivo e transmitir a voz do telefone. Buscou e encontrou um novo formato. No site da CNN há uma video-matéria entrevistando os fundadores do YouTube discutindo essa nova forma de debate, com cenas do debate em sí. Há muitos outros videos sobre o debate em CNN.com.

Eu achei muitíssimo interessante. Os pré-candidatos que se destacaram foram Barack Obama e Hillary Clinton. E se você visitar seus sites verá que ambos tem blogs e outros mecanismos a la Web 2.0 de interagir com seus clientes, digo, eleitores.

Volto pro Brasil Mais Não

Fiquei sabendo do nefasto acidente meia hora depois que aconteceu.

Estou a trabalho nos EUA e depois conto detalhes. Mas tenho interagido com pessoas de diversos países que ficam me perguntando sobre o acontecimento, dando suporte etc, porque me tem como “referência de Brasil”.

Eu tenho orgulho de ser brasileiro, mas esse sentimento tem definhado.

Um colega comentou sobre um conhecido vitimado no acidente que deixou esposa e três filhos, uma delas de só 4 mêses de idade.

Corrupção leva a desordem, que leva a negligência, que leva a morte. Corrupção mata. A bala no revolver é mais rápida que a corrupção, mas é também menos eficiente. Quem duvida é só passar na avenida Washington Luis em São Paulo.

Outro colega me sugeriu nem voltar. Ficar por aqui. Com um tom de “esse país não tem mais jeito”.

Índice Linux Journal, Junho de 2007

  1. Número de bilinários no mundo: 946
  2. Número de bilinários na Índia: 36
  3. Aumento de biolinários na Índia no ano passado: 12
  4. Posição da Índia entre países com bilionários: 1
  5. Número de bilionários no Japão: 24
  6. Posição de Bangalore entre os que fazem buscas sobre “Linux” no Google: 1
  7. Posição de Tókio entre os que fazem buscas sobre “Linux” no Google: 2
  8. Número de localidades no hemisfério ocidental entre as dez maiores fontes de busca por “Linux” no Google: 0
  9. Número de localidades dos EUA entre as que as dez maiores fontes de busca por “Microsoft” no Google: 7
  10. Milhões de ouvintes de rádios de Internet por mês em 2005: 45
  11. Milhões de ouvintes de rádios de Internet por mês em 2006: 72
  12. Dólares pagos por ouvinte/por “performance” (gravação) por webcaster comerciais americanos entre 2002-2005: .0007
  13. Mesma obrigação acima para webcasters não comerciais entre 2002-2005: .0002
  14. Dólares pagos por ouvinte/por “performance” (gravação) por todos os webcaster americanos (americanos ou não) retroativos para 2006: .0008
  15. Dólares pagos por ouvinte/por “performance” (gravação) por todos os webcaster americanos (americanos ou não) em 2007: .0011 por performance
  16. Mesma taxa para 2008: .0014 por performance
  17. Mesma taxa para 2009: .0018 por performance
  18. Mesma taxa para 2010: .0019 por performance
  19. Posição da Radio Paradise, baseada em Linux, entre as “mais bem sucedidas em sua classe” de rádios de Internet: 1
  20. Obrigações em royalties do citado como uma porcentagem da atual receita total da Radio Paradise: 125

Fontes

  • 1-5: Forbes, CNN
  • 6-9: Google
  • 10, 11: Radio and Internet Newsletter
  • 12, 13: Librarian of Congress in 2002
  • 14-18: Copyright Royalty Board in 2007
  • 19, 20: KurtHanson.com

Por Doc Searls. Original: http://www.linuxjournal.com/article/9650#mpart4

A Música Celestial de Bach

Depois de ler o artigo sobre a apresentação anônima de Joshua Bell no metrô, revisitei minha querida coleção de Bach para ouvir a Gavotte em Mí Maior da Partita n°3 para Violino Solo que Bell usou para abrir a sua experiência.

Que peça de extraordinária beleza !

Na mesma obra há também o Prelúdio que lembro muito bem a primeira vez que ouvi, em uma versão mais elétrica da Vanessa Mae que alguém me mandou pela Internet. Estava no trabalho, me fez fechar os olhos e quase chorar de emoção.

O gênio foi praticamente esquecido após a sua morte. Felix Mendelsson o redescobriu 1829 e desde então Bach não parou de influenciar músicos até os nossos tempos.

Há quem toque Bach em versões jazzísticas, como Jacques Loussier e outros. Há quem faça belíssimos arranjos vocais, como os Swingle Singers. E músicos brasileiros como Altamiro Carrilho, Villa-Lobos e Paulinho Nogueira vivem dizendo que Bach foi o primeiro compositor de choro do mundo. Comprovam isso com releituras em choro de suas composições, ou compondo novidades ao estilo Bach. Bach é inconfundivelmente brasileiro! Veja por exemplo as Bachianas de Villa-Lobos.

A técnica do contraponto vigoroso de Bach, sobrepondo diversas melodias similares em tempos defasados, exige um absoluto e matemático controle da harmonia, coisa que não é problema para o mestre. Um dos momentos mais vibrantes e perceptíveis dessa técnica é o último movimento do Concerto Brandenburgo n°3, onde uma avalanche de cordas e melodias cresce sem fim elevando nossa alma para justamente onde Bach queria nos trazer: perto de Deus.

Em momentos de graciosidade, Bach nos presenteia com clássicos como a Badinerie de sua Suite Orquestral n°2 ou o primeiro movimento do Brandenburgo n°5. E quando é hora de buscar nossa paz interior Bach nos deixa a sós com a famosa Ária da Suite Orquestral n°3.

Copiando Beethoven é o mais belo filme que fizeram sobre os grandes compositores eruditos. Apesar do pano de fundo do pequeno romance, as intrigas com o sobrinho etc, o foco do filme é a intensa relação emocional e espiritual do compositor com sua música, de onde vem a inspiração, e seu poder transformador na humanidade.

Mozart, Schumann e outra vez Beethoven também tiveram seus filmes populares. Bach ainda não. Uns dizem que é porque sua vida foi sem graça e não merece um filme. Mas a verdade é que o cinema ainda não é crescido o suficiente para comportar a paixão que é Bach.

Bach dizia que a função da música era elevar a alma para louvar Deus. Não um deus obsoleto das páginas da bíblia, do pecado, da igreja, das velhas tradições. Mas o Deus que é e está em tudo, no bem e no mal, e cuja multipolaridade inspirava em Bach seus belos contrapontos.

Testei o iPhone

De pé, numa loja da AT&T em NY, brinquei com o iPhone por uns 20 minutos.

  • Ele é menor, mais fino e mais bonito do que eu esperava.
  • Comparado com o iPod, sua parte de trás é fosca de material que não risca.
  • A Apple conseguiu fazer uma interface que só tem 1 botão, e ele é exatamente para o que você precisa naquele momento. Muito intuitivo.
  • Tem viva voz.
  • O lance da tela virar na horizontal e vertical não funcionou direito, mas acho que eu fiz algo errado.
  • Fiz ele travar uma vez quando inseria um contato na agenda e usei sua câmera para tirar a foto da pessoa. Simplesmente travou na hora de diminuir a resolução da foto.
  • Não se pode dar várias categorias (tags) a um contato, como se faz hoje com KPIM, Lotus Notes, ou Outlook. Isso faz falta.
  • Seu teclado virtual é bom e preciso.
  • Não encontrei nenhuma forma fácil de usar caracteres internacionoais com o teclado. Ou seja, não se pode escrever com ascentos. Talvez ainda não suporte isso.
  • Seu browser — o Safari — é ótimo e mostrou corretamente as páginas em que entrei, inclusive o GMail. Ele tem bom suporte a JavaScript.
  • Tem um controle de zoom espetacular: amplia ou diminui-se o tamanho das coisas abrindo ou fechando-se 2 dedos sobre a tela.
  • Mesmo em tamanho muito pequeno suas letras são legíveis, graças a tecnologias TrueType.
  • Tem uma aplicação de Google Maps personalizada. Mas acredito que pode-se acessar esse site também pelo browser.
  • Tem uma aplicação de YouTube personalizada. Funciona.
  • A interface de sua parte iPod não tem mais a roda sensível. Navega-se pelas listas com o dedo como se fosse um scrollbar.
  • Selecionei um filme para assitir, mas travou.
  • O navegador 3D de capas de albuns é lindo.
  • Não há aplicações de escritório como editor de planilhas ou texto rico.
  • Tem WiFi, acho que tem Bluetooth, mas não reparei se tem infravermelho.
  • O navegador de fotos é intuitivo e ótimo também, mas não consegui girar a tela conforme giro o iPhone fisicamente.
  • A aplicação de previsão do tempo — movida a tecnologia Yahoo! e Weather Channel — não achou a cidade de São Paulo !
  • Há outras aplicações como anotações e stocks, mas não as testei.

Enquanto no Brasil pagamos uma média de R$6 por megabyte nos pacotes de dados de telefonia celular, na AT&T a transferência é ilimitada.

Achei que o iPhone não iria me servir por causa da dificuldade de inserir dados, teclado etc. Mas adorei e mudei de idéia. E acredito que os problemas encontrados serão corrigidos ao longo do tempo.

O iPhone é uma revolução em interface com o usuário. Na minha opinião, é o primeiro computador de bolso verdadeiramente viável e prático além de bastante poderoso.

Frases Para um Planeta Renovado

Viva com simplicidade para que outros possam simplesmente viver.


Adquira menos necessidades.


Não há poder de mudança maior do que uma comunidade descobrindo o que é importante para ela.
— Margaret Wheatley


DIGA ADEUS AOS ANOS DO CARBONO…
prepare-se para uma revolução na energia !!


Toda escolha é um voto para o mundo no qual você quer viver.


O caminho de menor resistência leva ao supermercado.
— Tom Philpott


Comida é a única coisa na experiência humana que pode ao mesmo tempo abrir nossos sentidos e nossa consciência sobre nosso lugar no mundo.
— Alice Waters


Ache o caminho mais simples e curto entre o planeta, as mãos e a boca.
— Lanza Del Vasto


Comida é uma forma de memória profunda. Através dela [pessoas] são ligadas a sua paisagem nativa, ao seu solo, sua água, e suas árvores.
— Patricia Klindienst


Os jardins do mundo são uma única democracia gigante.
— Rudolf Borchardt


Quando dizemos orgânico, queremos dizer local. Queremos dizer saudável. Queremos dizer ser autêntico às ecologias das regiões. Queremos dizer mutuamente respeitoso entre cultivadores e consumidores. Queremos dizer justiça social e igualdade.
— Joan Dye Gussow


O melhor fertilizante são as pegadas do fazendeiro.


Vida simples, pensamento elevado.


Tudo está conectado.


Extraido do Northeast Organic Farming Association of New York‘s Organic Food Guide 2007, distribuido numa pequena feira orgânica em Mount Kisco, NY.

Passaporte para Entrar nos EUA

Como comentei no outro artigo, lá fui eu tirar um passaporte novo só porque ele vencia em menos de 6 meses. O visto americano só expirava em 2013.

Consegui tirar um novo passaporte em uma longa tarde porque sabia tudo que precisava:

Carta assinada da empresa dizendo que era motivo de trabalho, RG, passaporte antigo, título de eleitor e comprovantes de voto (que obtive no site do TRE), quitação do serviço militar, 1 foto 5×7 com ou sem data. A lista completa está no site da PF.

E há duas delegacias da Polícia Federal em São Paulo que emitem passaporte com urgência (que é o modelo antigo): a do aeroporto de Cumbica, e a sede na Lapa. Fui na de Cumbica, e pessoas com problema semelhante que encontrei ali me disseram que na sede ninguém sabe nada e não dá certo. Coisas de Brasil.

Ali eles preencheram um formulário com meus dados e emitiram um boleto de R$202,89 de taxa de passaporte urgente, que paguei no aeroporto mesmo.

Com toda a documentação pronta e entregue tomei um chá de cadeira de várias horas e obtive um passaporte novo com válidade de 1 ano. Devolveram-me o antigo com suas páginas carimbadas com “CANCELADO”.

E então descobri que não precisava ter feito nada disso. Vai ouvindo…

Viagei então com 2 passaportes: o antigo, que expirava em 17/12/2007 (minha viagem é de 6/7/2007 até 4/8/2007, menos de 6 meses antes do passaporte expirar), e que contém o visto americano válido até 2013, e o novo, sem visto, mas que expira em 07/2008. O visto de um com a validade do outro me garantiriam a entrada nos EUA.

Depois de 2 horas na fila da imigração no aeroporto de New York, perguntei a oficial que carimba o passaporte e efetivamente te deixa entrar no país ou não, se precisava ter tirado esse novo passaporte só porque o antigo vencia em menos de 6 meses, mas bem depois do término da viagem. Ela disse:

Não é necessário fazer um novo passaporte se o primeiro não vence até o término da viagem e se contém um visto americano válido.

Ela inclusive confirmou isso com outro colega carimbador. Observei ele abrir um arquivo para verificar.

Reforçou afirmando que se minha viagem terminasse 1 dia antes do passaporte vencer, também teria me deixado entrar.

Confirmei a mesma coisa com a companhia aerea, que sabe exatamente quem deve ou não deixar embarcar porque se der problema sera ela a culpada, multada e responsável por achar lugar num vôo de volta.

Por que essa confusão acontece ?

Tanto a agência de viagens como a Polícia Federal do Brasil me disseram que se o passaporte vence em menos de 6 meses “há grande probabilidade” de não entrar nos EUA, mesmo com visto válido. Esta informação é inexata e errada, não está escrita em lugar algum e é uma má interpretação de outra coisa: não se pode tirar um visto americano se o passaporte for vencer em menos de 6 meses conforme descrito no site da embaixada americana.

Perdi um dia inteiro e cancelei compromissos desnecessariamente por causa de má informação da agência e da Polícia Federal do Brasil.

Atualização de 30/4/2010

O leitor Luciano Bastos achou no site da embaixada americana a seguinte pergunta e resposta:

O meu passaporte brasileiro precisa estar válido por seis meses além da data de minha partida dos Estados Unidos?
Não. Se seu passaporte não estiver válido por pelo menos seis meses a partir da sua data de saída dos Estados Unidos, isso não afetará sua viagem. Os Estados Unidos possuem um acordo com o Brasil pelo qual estendem automaticamente a validade de um passaporte para seis meses além da data de expiração desse passaporte.

Isso é o ponto 34 na página de Perguntas Freqüentes sobre Vistos, no site da embaixada americana e significa que os EUA te deixarão entrar no país mesmo que seu passaporte expire em menos de 6 meses.

Ajude ODF a Vencer

Muita evangelização tem sido feita pela comunidade livre, requisitando que pessoas votem não ao Microsoft Office Open XML (ou MooX).

É ótimo para conscientizar, mas infelizmente não tem muito efeito prático.

Como Funciona Tudo Isso

  1. A ISO já aprovou o ODF como o padrão de documentos. Então a ECMA entrou com um pedido para endossar o MooX como outro padrão ISO.
  2. Como o MooX já foi pré-padronizado pelo ECMA (uma entidade menor que a ISO), a ISO iniciou um processo chamado Fast Track onde os National Bodies de diversos países (como a ABNT) votarão se o aceitam ou não o MooX como outro padrão.
  3. No Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas criou um Grupo de Trabalho — o GT2 — para discutir o MooX e concluir qual é o voto que o Brasil — via ABNT — vai levar ao Fast Track da ISO. Processo semelhante está acontecendo em diversos países. Veja openxml.info com mais foco na América Latina.
  4. No GT2, claramente favoráveis ao ODF — e que tendem a votar não ao MooX — estão empresas/entidades como IBM, Red Hat, Sun, 4Linux, ODF Alliance Brasil entre outras. Mas quanto mais votos, melhor. É necessária a presença de mais empresas.
  5. Tem direito a voto as empresas/entidades que comparecerem a no mínimo 1/3 das reuniões. E como isso é uma questão nacional, a ABNT tem feito um rodízio de cidades, uma reunião em cada cidade.

Como Ajudar o ODF Neste Processo

Se você acredita que o ODF é o padrão univeral e verdadeiramente aberto para documentos e quer votar não ao MooX, incentive a sua empresa/entidade a comparecer com regularidade nas reuniões do GT2 da ABNT. Ao longo deste período, serão levantados e documentados aspectos técnicos e estratégicos do MooX a fim de munir os votantes de informação e votarem corretamente. Muita ajuda é necessária aqui e o trabalho está sendo coordenado pelo Jomar Silva da ODF Alliance Brasil.

Novamente, você pode votar somente se comparecer a no mínimo 1/3 das reuniões da ABNT. Do contrário, evangelizar é bom mas não suficiente.

A próxima reunião acontecerá em São Paulo, dia 17 de julho. No final de cada reunião é marcada a próxima.

Contate Milena Beguito Pires da ABNT, e-mail <atendimento.rj ARROUBA abnt PONTO org PONTO br>, tel 21-3974-2300 pedindo mais informações sobre o GT2 e atas das reuniões anteriores. No caso de não obter resposta, mande-me um e-mail ou deixe um comentário neste post.

Compareça com regularidade !

Sonho acordado antes de viajar

Não me interprete mal. É de insônia mesmo.

Vou passar um mês a trabalho nos EUA, viajo sexta, e hoje descobri que meu passaporte vence em dezembro.

Parece OK, mas estão me dizendo que preciso ter passaporte válido por no mínimo 6 meses. Até dezembro são 4.

Então ou eu arrisco e vou com esse mesmo, ou viro minha semana de ponta-cabeça mais uma vez para tirar um passaporte em 2 dias.

Em geral não sou ansioso para viajar. Sou do tipo que faço as malas 20 minutos antes de sair para o aeroporto, chego em cima da hora, não levo a farmácia na bagagem de mão, e na verdade só levo coisas na mão por que vão de carona com o laptop. Viajo light.

Mas essas regras inexplicáveis de governos brasileiro e americano são o fim. E lá sei vai o meu sono…